História Obsession - Bye!!

Um dia Antes:

Sai rápido da casa, entrei no carro e peguei meu celular discando o número do Shawn.

- Eu encontrei ela. Tô levando ela pro hospital.

- Eu já To indo.

A pequena possibilidade de perder a Nina me apavorava. Em muitas vezes esse pensamento já passou pela minha cabeça. Mas agora. Agora eu sentia que isso estava prestes a acontecer.

Já estava a uma hora e meia na sala de espera.

- Justin! – O médico responsável pela Nina apareceu – É bom velo novamente, pena que em circunstâncias não muito agradáveis.

- me fala como ela está.

- Ela vai se recuperar. Mas terá que ter um sério cuidado a partir de agora.

- o que o senhor está querendo dizer.

- A Senhorita Maxwell, sofreu muitas pancadas na cabeça, não fortes o suficiente para causar sequelas permanentes, mas uma dor de cabeça intensa por alguns dias. E ela teve muita sorte, sei que vocês ainda não sabem mas nos exames de sangue, foi encontrado uma elevada quantidade do Hormônio HCG. Que dependendo da quantidade, mostra se a mulher estar ou não grávida. E pelos dados apresentando no exame Da Nina, indicam que ela Está com no mínimo de 2 a 3 semanas de gestação.

**

Ao chegar no hospital, peguei meu certificado de acompanhante e fui até o quarto da Nina. Antes de entrar olhei pela Janela de vidro. Ela estava sentada na cama com uma bandeja de comida. Ela olhava pra comida com fome, mas sem um pingo de vontade de comer.

O jeito que ela agia, era tão doce. Desde que eu soube que ela estava grávida, a única coisa que conseguia pensar, era o mau que eu podia causar a eles.

- Você vai entrar, ou vai ficar olhando a Beleza dela, daí? – Olhei pro Chris que estava atrás de mim. – Eu vou ficar aqui, caso você seja arrogante de mais e ela acabe chorando.

- Você promete que vai cuidar dela? – Olhei pra ele com sinceridade.

- o Máximo que eu puder. – assenti pra ele e entrei no quarto.

- Justin! - Ela falou ao me ver e sorriu.

- Oi! – Sentei ao lado dela na cama. Passei a mão por cima do curativo que tinha na sua testa. – Você ta bem?

- So uma dor de cabeça bem insuportável, e um enjoo agoniante. Mas tô bem. – ela ficou me olhando. – e você? Tá tudo bem? Você ta estranho.

- nós precisamos conversar.

- Pode falar.

- vou ser bem Claro. Quanto menos eu enrolar vai ser melhor pra você. – Levantei da cama e dei as Costas pra ela.

Minha vontade era dizer a ela a minha felicidade por saber que ela estava grávida, que o que eu mais queria era poder criar aquela criança, ficar com ela, e tentar ser feliz. Mas não podia. Aquelas vozes na minha cabeça, eu sabia que era perigoso. E seria o melhor pra eles.

- Você precisa ir embora. Arrumar suas coisas e ir embora. Não sei pra onde, mas espero que seja longe. – Tentei ser o mais Áspero possível. – Você não tem mais utilidade pra mim. O Victor descobriu que você trabalha pra mim. O que significa que você não serve mais.

- O que? Como assim? – a voz dela já estava embargada. – Você não pode estar falando sério comigo.

- É eu estou. As boates estão normais, outra vez. Foi isso que você veio fazer aqui, não foi? Então, está feito. Agora arruma suas coisas e Vai embora. – Falei, e sai do quanto sem encarar ela.

Chris estava na porta.

- Você está bem?

- Não! Definitivamente eu não estou bem. – Falei e sai rápido Dalí.

Aquelas malditas vozes voltaram a me perturbar, desde que eu tive aquela conversa indesejada com o Victor. Tudo aquilo me trouxe lembranças desagradáveis, das quais eu não queria lembrar.

Entrei dentro do meu carro e respirei fundo. Eu precisava respirar, precisava pensar.

Sai arrancando pinéus, a velocidade que o carro era capaz de alcançar, era a única coisa possível de me acalmar.

As ruas não estavam muito movimentadas, ate eu entrar em uma rodovia Central. Era carros para todos os lados. Uma BMW estava na minha frente, e estava demorando bastante, então tive que ultrapassa. Quando eu entrei na mão errada uma Ferrari azul veio em minha direção, desviei rápido, voltando pra a mão certa. O sinal de trânsito estava amarelo logo a frente. Pisei um pouco mais fundo no acelerador, passando no sinal assim que ele feichou.

Minha adrenalina foi interrompida com o meu Celular tocando. Peguei o Celular e Atendi.

- O que você quer agora Ryan?

- É... tem Um cara aqui, e umas meninas. Estão dizendo que são parentes da Nina. – as Irmãs da Nina estavam na Minha Casa?

- Eu já to indo. – Mudei meu destino e peguei uma rota que levava em minha casa.

Em estante já estava estacionando no Jardim. Joguei as chaves para um segurança e fui em direção a casa.

- Onde eles estão? – Falei entrando.

- “Danstin”!!! – ouvi a voz meiga da Mel. Olhei pra porta da cozinha e ela veio correndo até mim.

- Pirralha – Abaixei pra abraçar ela. Um abraço de criança era tão sincero e reconfortante. – O que você ta fazendo aqui?

- A gente veio convidar você e a Nina Pro aniversário da Carly.

- Aniversário da Carly?

- Eu não aceito não como resposta. – Carly saiu da cozinha seguida de uma das minhas empregadas.

- Oi Carly! – Ela veio e me Abraçou.

- pensei que a Nina estivesse com você. Cadê ela?

- A Nina? É... a Nina...

- Então você é o namorado dela? Estava ansioso em te conhecer. – Ouvi a voz rouca de um homem vindo de trás de mim.

- Bom... podemos dizer que... – Falei enquanto virava. Mas parei assim que vi de quem se tratava.

Flashback:

Eu estava no pequeno escritório que tinha na casa do meu pai. Tinha vários papéis com os lucros do mês, pra cabeça de um menino de dezesseis anos aquilo era muita coisa.

- Justin! – Chris falou entrando no escritório. – Tem um cara, Stevan Maxwell. Ele que falar com você.

Eu já tinha ouvido aquele nome. Ele era um Advogado bem conhecido em Los Angeles.

- Manda ele entrar. – Um homem alto, loiro, de terno entrou. – O que você quer?

- Pensei que fosse encontrar um homem mais velho. Não um garoto de... dezesseis anos? Mas enfim, você deve servir pro meu trabalho.

- Vamos logo ao assunto.

- Bom... Eu sei que você trabalha com roubos, tráfico e outras coisas. E to precisando de um serviço.

- Que tipo de serviço?

- Minha mulher, ela está trabalhando em um casino, e eu quero que você faça uma visitinha a esse casino.

- o que especificamente você quer que eu faça?

- Ela tem um caso com o dono do Casino. E eu quero que você mate ele. Se você quiser pode roubar o local também, tem joias e dinheiro em um cofre no escritório dele. As pessoas achariam que foi um roubo comum. E lógico, eu te dou mais dinheiro. Uns 400 mil.

- Qual o nome desse cara?

- Thiago Mota.

**

Eu estava com a arma apontada para o coração dele, mas aquela maldita mulher estava em minha frente.

- Sai da minha frente! Se não eu vou matar os dois. – gritei pra ela.

- Mata. Pode me matar.- Gritou de volta.

Meu objetivo era matar ele, não ela.

Me aproximei dela, a segurando pelo cabelo e a jogando pra longe do Homem.

- Por favor não me mata. – O homem se encolheu no chão.

- Desculpa. – Falei e atirei na cabeça dele. Vendo ele cair no chão sem vida.

- Não! NÃO! – A mulher voltou pra perto dele o abraçando. Depois veio pra cima de mim. – ME MATA TAMBÉM. EU NÃO TENHO MAIS MOTIVOS PRA VIVER. Você matou o homem que eu amava, então pode me matar também. Eu prefiro morrer ao ficar sem ele.

- Você é besta!

- Besta? Você nunca deve ter amado alguém como eu o amo. Mas quando você amar alguém de verdade, você vai entender. Você vai preferir morrer ao invés de ficar sem ela.

Os olhos dela estavam cheios de lagrimas. O azul nos seus olhos estavam sem vida.

- Eu não vou fazer isso. – Entreguei a arma a ela.

- Obrigada. – Ela falou e deu um tiro na própria cabeça.

Flashback off:

Ele me encarava com ódio.

- depois de quatro anos não esperava te reencontrar.

- nem eu. Ryan leva elas la pra cima. – Falei, Ryan estava atrás dele, saindo do escritório. Ryan veio até as meninas, e foi pra parte de cima da casa. – Eu não sabia que você era o pai da Nina.

- Você não sabia que matou a mãe dela, você quer dizer. E além disso matou, o garoto que hoje poderia ser o Irmão mais velho dela.

Marlon! Foi ali que meu pesadelo começou. Eu estava em uma festa de rua, ia acontecer um racha ali, estava tudo muito tranquilo, ate um cara vir pra cima de mim com um canivete. Eu tentei desviar mas acabei ferido no braço. O ataque foi completamente inesperado, e sem noção. Mas ele estava realmente querendo me ferir, ou melhor, me matar. Eu lutei com ela por um tempo até tirar o canivete dele e tomar pra mim, nós continuamos lutando, ate que umas coisas estranhas começaram a acontecer comigo, vozes, vozes falavam pra eu o matar, mas eu não queria fazer isso. Ele veio pra cima de mim com toda a sua força, e com um golpe involuntário eu o furei no abdômen. Seu sangue escorria pela minha mão, e o pior de tudo eu estava me sentindo bem, eu não sabia o que tinha acabado de acontecer, Só sabia que eu havia gostado.

- Acredite. Eu me arrependo muito de ter matado o Marlon.

- Seu arrependimento não vai trazer ele de volta. E agora que eu sei que você está próximo, de outro filho meu, eu te aviso pela última vez, Fique longe da Minha família. Se não eu juro que te coloco na Cadeia, ate o fim da sua vida.

- Você não me assusta mais. Mas se a sua intenção é me afastar da Nina, Fique a vontade. Estaria me fazendo um favor. – Falei e dei as costas pra ele indo pra parte de cima da casa.

Nesse momento descobrir que ele era o Pai da Nina, poderia ser até uma coisa boa. Agora eu sabia que ela ficaria longe.

**

Depois da minha Conversa com o Stevan, ele e as meninas foram embora.

A Nina ainda não tinha recebido alta. E eu não voltei no hospital. Ao invés disso pedi pra que o Chris fosse até o hospital e me informar, o que estava acontecendo.

Na Última ligação, ele me falou que todo mundo já sabia, o babaca que eu tinha sido com a Nina. A única pessoa que sabia a verdade era ele, então o resto achava que eu realmente era um completo babaca.

Levantei do sofá e fui até a cozinha pegar outra cerveja na geladeira, eu já tinha bebido todas as bebidas que eu encontrei, já que minha mãe toda vez que vinha na minha casa, fazia de tudo pra esconder qualquer coisa que tivesse álcool.

- JUSTIN!! – Escutei alguém entrando na casa. Voltei pra sala encontrando o Shawn no meio da sala. – Você é um completo idiota. – ele falou e me empurrou, não reagi- Você so queria usar ela. Fez ela se apaixonar por você, e agora que ela não tem mais utilidade, você quer descartar ela como um objeto? Eu ate cheguei a pensar que você realmente amava ela, mas pelo visto eu estava enganado. – Ela veio pra cima de mim e me deu um soco me fazendo cambalear.

Ele deu vários outros murros, mas eu não fiz nem questão de me defender, sabia que merecia cada soco daquele. Senti alguém puxar o corpo dele.

- Já chaga Shawn. – Minha vista estava embaçada mas reconheci o Chris pela voz. - Acho melhor você ir embora.

Chris me jogou no sofá e me deu um pano com gelo.

- Eu imaginei que iria encontrar esse babaca aqui. – Ouvi a Voz da Cintlin vindo da porta.

- Oi pra você também -Falei com dificuldade.

- É o seguinte, eu não vim aqui te dar uma surra como o Shawn, nem vou fazer um discurso pra você, Eu so vim te devolver isso, em nome da Nina – Ela me deu uma caixa pequena, as chaves do apartamento, e a Esther. – A Nina pediu pra que você cuide dela, pelo menos da Esther. – Ela falou e deu as Costas.

- espera! Pra onde ela vai? – Falei levantando.

- Eu não acho que você esteja realmente interessado em saber disso, já que você mandou ela ir embora.

- Você pode não acreditar, mas eu ainda me preocupado com ela – Caitlin me olhou por algum tempo, depois resolveu falar.

- A Nina vai dormir no apartamento onde eu e O Shawn moramos. E manhã ela vai voltar pra Los Angeles, com o pai. Eu tentei fazer ela ficar lá em casa, mas não deu. Ela falou que ia fazer exatamente o que você queria, ia pra longe. Pra sempre.