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História Obsessivo - Ken Kaneki


Escrita por: FlorDoDeserto1

Notas do Autor


Como prometido, aqui lhes trago o ponto de vista do Kaneki. No próximo capítulo a história vai começar pra valer.
Para ser sincera, esse cap era bem maior, mas eu cortei varias cenas e diminuí o flashback em 50℅, para não ficar cansativo...

Boa leitura!

Capítulo 2 - Ken Kaneki


Fanfic / Fanfiction Obsessivo - Ken Kaneki

How many days have passed like this?
This city the crowd is fading, moving on
I sometimes have wondered where you've gone
Story carries on
Lonely lost inside
I had this dream so many times
The moments we spent has past and gone away

Uma suave melodia preenchia o cômodo... O Sol estava em seu auge e as cortinas dançavam conforme o vento soprava. Kaneki foi despertando aos poucos, meio zonzo e desnorteado, até que se deu conta que a tranquilizante canção que havia invadadido seu sono se tratava do toque do seu celular...

A sonolência sumiu em um segundo, levantou abruptamente da cama e procurou pelo aparelho no criado mudo. Quando sua visão se acostumou a luminosidade, rapidamente identificou quem era... E, revirou os olhos. Não, não queria conversar com essa pessoa naquela hora.

Se tratava de Shuu Tsukiyama, seu stalker pessoal. Onde quer que ia Tsukiyama arrumava um jeito de ir atrás. Na pré-escola, no fundamental, médio e agora na faculdade. Perguntava-se o que tinha de tão interessante para atrair a atenção do violáceo para ele, porque, se soubesse, daria um jeito de fazer desaparecer.

Não era que Shuu fosse uma má pessoa, passava longe disso, mas tinha algo que Kaneki gostava muito, seu espaço pessoal.

Tentou ignorar a chamada, mas o telefone tocou uma, duas, três vezes. Então o colocou no modo silencioso. Voltou a deitar e escondeu a cabeça em baixo do travesseiro, mas quando estava quase pegando no sono, o telefone residencial começou a tocar.

- Droga! - Bufou. - Já vou! Já vou. - Arqueou o rosto, e contra sua vontade, levantou da cama e foi atender o telefone, que era instalado ao lado do seu quarto. "Tenho que mandar trocar essa coisa de lugar".

Tirou o aparelho do gancho.

- Alô? - Sua voz saiu como sempre, não exaltando seu incômodo.

- Hallo, Kaneki-kun, aqui é o Shuu Tsukiyama, das aulas de Alemão. Eu liguei em um momento inapropriado?

"Mesmo que não se apresentasse eu saberia que é você" Suspirou.

- Não, não, pode me dizer. O que deseja?

O rapaz sentiu mais confiança.

- Você deixou uma bolsa de presente na biblioteca da faculdade. Só queria avisar que ela está comigo. Quer que eu leve pra você agora, Kaneki-kun? - Perguntou educado.

Ken arregalou os olhos "O presente, como foi que eu me esqueci dele?"

- Eu agradeço a sua gentileza, Tsukiyama-san, mas não é necessário. - Respondeu. - Você pode me devolver amanhã na faculdade, tudo bem?

- Verstehen. - Pronunciou o "entendo" no perfeito alemão.

- E muito obrigado, você me poupou de precisar comprar outro presente para meu irmão. - Sorriu.

- Es war nichts - Escutou o sorriso dele. - Bem, nos vemos amanhã então. Jusqu'à demain.

- Até...

Dito isso, a ligação foi finalizada.

Virou um pouco a cabeça e olhou para um ponto em especifico, podendo visualizar alguns escassos raios de sol tentando penetrar as negras cortinhas, que eram próprias para sedar a luz... Deu um suspiro, devia ser tarde...

"Não importa, hoje é meu dia de folga"

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- Shuu-sama, você deve deixar essa obsessão por esse porco, está te fazendo mal. -  Shuu se deparou com o semblante irritado “do” arroxeado, quem o fulminava com o olhar.

- Kanae, não o chame de porco. – O repreendeu. - O Kaneki-kun é um pouco esquivo, é verdade, mas tem um cheiro único e maravilhoso. - Disse  com malícia. - Imagino qual será o seu gosto...

Kanae o fitou preocupado, quem aos seus vinte e seis anos só esperava que seu mestre desistisse de tentar caçar a presa perfeita, segundo ele, com o nome Ken Kaneki. Shuu era filho único de um homem exitoso no campo empresarial, dono de oitenta por cento das ações de uma companhia chamada “Grupo Tsukiyama”; o qual estava presente em todos os ramos do mercado nacional e internacional com as mais diversas submarcas.

Era uma catástrofe...

Se seu mestre continuasse obsecado por tal peste, o que seria da família Tsukiyama? Porque ele sabia perfeitamente, depois de 16 anos de obsessão, Shuu não pretendia mais devorar a sua carne gourmet, suas intenções eram ainda mais obscuras.

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Kaneki saiu do banho com uma toalha enrolada na cintura. Secou os cabelos e visualizou sua figura no espelho. Não mudara nada desde os seus 18 anos. Agora, com 21, ainda parecia um adolescente de 16, a coloração dos seus fios só piorava a situação.

Suspirou, ao olhar para uma enorme cicatriz em seu abdômen, parcialmente responsável pelo seu estilo de vida atual.

Aos 14 anos sofreu um grave acidente automobilístico. Estava no lugar certo, mas na hora errada. Caminhava tranquilamente pelo 20° distrito quando tudo aconteceu. Só sentiu o impacto do carro contra ele... Depois disso, mais nada... Só recobrou a consciência três semanas depois, rodeado por vários médicos que o observavam curiosos.

Lembrava-se do quanto Haise estava perturbado naquele dia, e do quanto ele ficou feliz quando o viu acordado.



- Ken! - Foi chamado, uma voz fina e um pouco infantil, uma voz que conhecia perfeitamente. Olhou para a porta, encontrando-se com a enfurecida figura do seu irmão. Porque tinham que ser tão parecidos? Olhar para Haise era o mesmo que observar seu reflexo em um espelho, o deixava atordoado. Olhou para os olhos do seu gêmeo, orbes cinzas avermelhados pela frustração e ofuscados pelas olheiras. Ele... Esteve chorando? Antes que pudesse formular alguma coisa, viu como Sasaki vinha em sua direção em passos duros, com o punho fechado, preparando-se para golpear algo.

Esse algo era ele.

Fechou os olhos, a espera do impacto.

- Seu estúpido! Eu te odeio! - Lhe doeu ouvir isso, mas antes que pudesse raciocinar, sentiu os braços do seu irmão a envolvendo em um apertado abraço, necessitado e cheio de alivio. - Não faça mais isso Ken... - Soluçou, escondendo o rosto no ombro do mais novo. Kaneki sentiu as lágrimas do garoto e também chorou, correspondendo o abraço. - Você é a pessoa mais importante  para mim... Por favor, não me deixe só outra vez....

- ...

- Você não tem ideia... Do que eu passei nesses últimos dias... Pensando que você poderia estar morto, jogado em um beco qualquer de Tokyo... O Hide e o Hiro encontraram um rapaz morto, na quinta... Ken, eu senti tanto medo... - Confessou, estremecendo só de pensar na possibilidade. - Nós já perdemos a mamãe, não suportaria perder você também...

- Me perdoe, Haise...

- Está tudo bem agora, nós iremos ficar bem.



.....

O momento de reencontro foi quebrado com a chegada de uma nova pessoa ao quarto.

- Kaneki-kun é bom vê-lo desperto. - Desviaram a atenção para o recém-chegado. Um homem de cabelos grisalhos, jaleco branco e olhos cinzas. - Sou o doutor Kanou, da ala científica da CCG e proprietário deste hospital, prazer em conhecê-lo. - Sorriu simpático. Em seguida, focou sua visão no gêmeo mais velho. - Pequeno Sasaki, poderia sair deste quarto por uns instantes? Preciso realizar alguns exames em seu irmão.

- Eu... - Ele não queria solta-lo

- Por favor, há uma sala de espera aqui ao lado. Será muito rápido, você poderá voltar a ver o Kaneki-kun assim que  eu acabar.

- Hmm. - Desfez o abraço de má vontade e antes de abandonar o cômodo, olhou para Ken como se dissesse, "qualquer coisa me chama".

Kanou fechou a porta, depois se aproximou a cama do garoto.

- Bem, por onde eu devo começar... - Coçou o queixo, em sinal de duvida. - Provavelmente a doutora Sakano já mencionou com você sobre seu estado, certo? - Ken assentiu, prestando atenção nos movimentos do homem. - "Milagre", é o que todos dizem pelos corredores. Mas, na verdade, as coisas não são bem assim.

- Como? - Piscou varias vezes, com uma expressão confusa.

- Você já deve ter ouvido falar sobre os compatíveis, suponho...

...





Não gostava de lembrar dessa conversa. Foram vários choques em um só um dia. Ainda mais quando descobriu o que teria que fazer para retrebuir o "favor" que a CCG tinha lhe feito. Como se tranformar uma pessoa em um ghoul fosse um favor!

Hoje já não reclamava, pois não existia uma "Desghoulnificação". Esse seria seu estado até morrer. Mas, antes que esse dia chegasse, continuaria sendo a marionete que não consegue fugir dos seus titereiros.

Suspirou.

Bem, a vida continuava.

A tela de seu celular vibrou, indicando que uma nova mensagem havia chegado. Fez o desenho de segurança e nas notificações foi bombardeado com duas ligações perdidas de Hide, uma de Haise, trinta de Tsukiyama  e quinze de seu ex mentor da CCG, "o que será que aconteceu?". Resolveu ler as mensagens. Todas dele...

1:30 am
Ken, não se esqueça de vir pegar seu novo uniforme na Sede. O velho não pôde ser restaurado.

7:41 AM
Acho que esqueci meu relógio na sua casa, passarei aí mais tarde para pegá-lo.

7:51 am
Você foi solicitado para uma nova missão, o diretor veio falar comigo assim que cheguei, mas não deu muitos detalhes. Ele quer que você ajude um grupo de cinco novatos em campo. As informações completas serão passadas por ele a noite.

10:46 am
Ken, seu irmão conseguiu derrubar café em todos os relatórios que deveriam ser entregues hoje. A reimpressão demorará duas horas...

"Haise", Kaneki riu, imaginando a situação.

11:59 am
A medicação irá atrasar dois dias neste mês. O fornecedor de estrato de magnésio teve problemas e a própria CCG terá que fabrica-lo. Mas não se preocupe, não é nada que prejudique seu estado.

12:48  pm
Estou indo para sua casa, estou em horário de almoço.

"Ele está vindo para cá"

Olhou no relógio, a mensagem fora enviada há pouco mais de vinte minutos, então demoraria um pouco para ele chegar. Terminou de se enxugar e colocou uma roupa confortável, não muito chamativa. Logo desceu as escadas do apartamento e foi a cozinha a procura de café.

Ao entrar no cômodo deu de cara com uma mesa repleta de coisas apetitosas e que faria a boca de qualquer um salivar...

Menos a de um ghoul.

Balançou a cabeça negativamente.

Queria  poder dizer a verdade a Haise,  se sente muito mal quando finge gostar de alimentos que o fazem querer vomitar.

"Estou enganando meu próprio irmão."

Suspirou e, meio coibido, sentou-se na cadeira.

Se serviu uma xícara de café, a única coisa que poderia desfrutar de toda a mesa. Mas mal teve tempo para tomar o primeiro gole do líquido escuro, a campanhia começou a tocar. Sabendo de quem se tratava, foi atender a porta.

Vestido com um elegante terno cinza azulado, o recém chegado lhe dedicou um pequeno sorriso, quase imperceptível.

Ele também sorriu.

- Arima-san... 

- Olá, Ken.


Notas Finais


Amanhã eu posto o três!

Até logo...


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