Ele é tão distante intocável, isso está me matando. Eu realmente não sei oque fazer. Eu só quero acabar com essa maldita dor.
Mas a ironia da dor é que você quer ser consolado pela pessoa que a causou.
- Por que é assim? Meu coração insiste nesse erro? Por que eu ainda acredito que um dia irá ser tudo diferente?
Esse vício, essa coisa, essa atração, esse maldito amor.
Merda S/N. Você é uma iludida.
Essa última frase se repete inúmeras vezes em minha cabeça.
Termino por urrar de dor. Sangue quente percorre minhas veias de todo meu corpo, em uma fração de segundo. Saio fora completamente de meu controle, e vou até o banheiro buscar anti-depressivos. Eu sei que isso é extremamente perigoso, mas a dor me consumia cada vez mais.
Não só apenas saber que Kim Taehyung, é o ser que acaba com os meus sentidos. Mas a profunda ausência de meus pais também me fazia sofrer.
Flash Back:
Meses depois de me emancipar, em uma madrugada ás 2 da manhã Kook me ligou avisando que omma e appa tiveram uma briga e meu appa saiu nervoso de casa, pegou o carro e saiu. Horas depois ele colidiu de frente com o caminhão que estava vindo.
Meus pais viajavam muito, esse o motivo de me emanciparem. Ás brigas de meus pais eram sempre constantes e frequentes, pelo mesmo motivo da emancipação. Talvez por não terem tempo um para o outro por conta do trabalho.
Com a notícia de que meu pai havia falecido, estou passando um tempo com minha mãe para cuidar de seu bem estar. Mas a mesma se culpa a cada dia. E isso me preocupa muito, pois ela vem se decaindo. Não alimenta-se direito e toma uma certa quantidade em comprimidos.
E oque eu mais temia acontece. Minha omma adoeceu. Sempre que a chego no quarto dela a vejo orando, talvez pelo seu profundo arrependimento.
- Omma, a culpa não foi sua. -- adentro o quarto dela.
- Eu sei minha filha. -- ela me olha com um olhar perdido.
Eu chego mais perto e a abraço, com todo amor que tinha por àquela coroa.
- Sabe minha filha, seu appa veio me visitar. -- eu à olho nos olhos.
Minha omma e meu appa acreditavam em "vida após a morte " e por mais que eu não acreditasse junto à eles, eu os respeitava. Pois era a crença dos mesmos.
- Ele disse que a culpa não foi minha e que ainda me ama muito. -- nessa última frase ela me devolve um sorriso de lado. Mas o mesmo se desfaz quando continua. - Seu appa me faz muita falta S/N, sem ele é como se eu tivesse em um profundo abismo. Sem saída, apenas presa em uma realidade em que eu não consigo aceitar. -- ela diz cabisbaixa.
- Mas eu tenho você, e isso me salva. - Eu te amo muito S/N. Te amo por ter nascido, e já te amava antes de vir ao mundo. - A omma irá se esforçar para melhorar logo.
Eu te ajudarei para que a senhora melhore omma. Farei tudo oque puder! - Falo em um tom decidido, terminando por fazer um sinal de soldado, fazendo biquinho.
Minha mãe deu uma breve gargalhada. - S/N, você é a melhor. -- Ela pega nas minhas mãos. -- minha preciosa S/N...
- Você ficará melhor omma, eu irei fazer de tudo, darei de tudo de mim pela senhora.
As semanas se passaram e minha mãe estava melhorando. Nós passávamos os dias juntas, víamos filme em casa ela me ajudava a fazer bolos e guloseimas. Eu cuidava de seu bem estar à todo momento. Ríamos e conversávamos abeça, eu à levava para tomar sorvete comigo. Nós íamos no cinema e no parque de diversões.
Tudo estava bem.
Ela estava recuperada ao meu ver. Então eu voltei para minha casa. Para tomar conta de meu apartamento à ordem de minha omma. Mas algumas semanas após Jimin e Jeon me visitam as pressas em meu apartamento me dizendo que omma estava super mal.
Ouço a campainha ser tocada inúmeras vezes. Quando abro à porta avisto um indivíduo mais pálido do que é naturalmente.
- S/N! nossa omma está passando mal! -- o mais novo diz desesperado. Jimin e Kookie à consideravam como nossa omma.
- Onde está Jimin?
- Ficou cuidando de omma.
Pego meus sapatos e fecho o apartamento. Desço com Kookie que me leva até o estacionamento.
Minha tia Rosa estava lá em baixo com o carro estacionado. Esperando por nós.
- Olá S/N, entra logo precisamos ir ver sua omma. Minha tia Rosa obtinha uma aparência doce, mas era tão fria e formal.
Adentrei àquele carro, e fomos direto a caminho da casa de minha omma. Que ficava em Daegu.
Chegando lá, adentrei logo seu quarto, e tive a cena de Jimin segurando a mão direita de minha mãe, ajoelhado ao seu lado.
- Ela quer falar com você S/N. - Jimin me olha cabisbaixo, saindo do cômodo.
- Omma! Eu estou aqui agora. Fale comigo!
- S/N... Me perdoe.
Só de olha-lá decaída, naquele estado novamente, meus olhos se inundam de lágrimas.
- Omma...
- Eu não pude ser forte S/N, me perdoe... Não consegui manter a minha promessa de que iria melhorar. Me perdoe por te decepcionar S/N.
- omma... Eu fui inútil por ter te deixada sozinha, -- me ajoelho diante dela. - Me perdoe...
- S/N, levante-se.
Levantei-me.
- omma está decaída novamente, por conta da ausência de seu pai. Eu o amo muito S/N. E sempre irei amá-lo. A falta dele me destrói completamente. -- ela se desmancha em lágrimas. - Você é meu anjo, eu te amo muito. -- seguro nas delicadas mãos de minha mãe. - S/N. Eu sou muito grata a você, por tudo. Por tudo oque passamos desde a minha gravidez, sua infância, e agora sua adolescência. Obrigada por ser minha filha. E não se culpe quando eu morrer. Eu estarei junto de seu pai. -- ela deu uma pausa me olhando nos olhos. E nós estaremos te guiando de lá.
Soluços saem de meu pranto, e os demais, Jeon, Jimin, e Hoseok que acaba de chegar acompanhado de minha tia, entram no cômodo.
- Por favor S/N, seu sorriso é oque eu mais preciso, eu preciso dele. Sorria.
-Omma não se vá, não me deixe...
- Saranghae, S/N.
-- Jeon Jungkook, Park Jimin, Rosa, e amigo da S/N... Hoso-k, Hoseok. Cuidem da S/N... Façam ela feliz... Eu serei grata a vocês...
- Omma!
Hoseok, e os demais me abraçam.
- Nós iremos estar ao seu lado para sempre. -- diz minha tia, e os demais concordam.
.
Eu preciso de paz.
Não pensei muito. Digeri aqueles comprimidos que ali estavam. Uma quantidade de 6 comprimidos, eu poderia dizer.
Meu celular toca.
Uma agitação cardíaca, se forma em meu peito. Ainda consigo andar até o cômodo onde se localizava meu celular.
Era Hoseok.
Oque ele quer?
Uma sonolência, junto de batimentos cardíacos fortes me atingem em conjunto. Eu atendo o celular.
- Alô...? Hoseok..?
- S/N, eu preciso falar com você. Onde está agora?
- (...) Eu suspiro para me recompor. Mas o domínio de meu corpo está se tornando lesado. Minhas mãos estão tremendo muito.
Uma agitação cardíaca me domina. Mal consigo falar.
- Apartamento.
- S/N? Você está bem? ... S/N?
- Meu corpo perde o equilíbrio, e caio ali mesmo.
É estranho, minha mente vaga alguns segundos.
Uma overdose?
Porquê minha mente fantasia a imagem de Taehyung...?
(...)
- S/N?? Eu estou indo indo rapidamente ao seu apartamento.
~s/n ver:
Ué. Onde eu estou?
Tá tudo escuro. Alguém poderia acender à luz?
Está frio aqui. Que lugar é esse??
E oque aconteceu?
É um sonho?!
Uma ilusão?
(...)
- S/N? -- uma voz fina e delicada flui derrepente no local.
Um medo estranho me invade.
Talvez seja apenas meu consciente fantasiando tudo. Calma S/N.
- S/N?! -- a voz do indivíduo se repete um pouco alterada.
Ouço passos.
Uma luz vem iluminando o caminho.
Uma silhueta se mostra junto àquela forte luz que vem se aproximando. Como se a mesma trouxesse essa iluminação.
Coloco minha mão direita um pouco à frente de minha face, e forço a vista para tentar enxergar melhor.
Uma silhueta feminina.
Espera. Estou reconhecendo aquela silhueta. Claro, a reconheci assim que fixei minha vista totalmente. Mas como? Seria a minha...
- o-omma?
- ... S/N.
Seria mesmo minha mãe? Não penso duas vezes e corro abraça-lá.
Eu estou sentindo o abraço de minha mãe?! Isso é como um sonho.
- O-omma!
- Porquê está aqui S/N
- Eu não sei omma. Onde eu estou? Oque faço aqui? É algum tipo de sonho?
- Não, não é um sonho. -- uma segunda voz se aproxima.
- Appa?! Espere, mas oquê?... Isso tudo.. Como assim..? Eu... E-eu morri? Omma... Appa... Como vim parar aqui?!
- Provavelmente sim. Você não se lembra S/N?
- Não appa. Eu não... Espere.
(...)
- Diga as primeiras palavras que lhe façam lembrar.
- Vá, diga S/N.
- Mas appa, não estou conseguindo.
- Se você não tentar, não saberá a resposta.
- Vamos S/N.
Fecho meus olhos para pensar melhor.
- Solidão... Ilusão... Tristeza, Necessidade, Amor...
- Filha...
- Eu digeri uma quantidade de remédios, por conta da saudade vocês. Por conta da falta de minha família. Falta dos seus carinhos, do amor de vocês. Eu... Não achei uma saída mais certa. E Eu também estou me auto destruindo por conta de um sentimento incontrolável que sinto por uma pessoa. É algo que vai além de mim mesma, como se meu coração e minha mente não me pertencesse. Pois esses mesmos não me obedecem. Quero esquecê-lo. Mãe, Pai... -- Mas eu não consigo acabar com isso. No momento sou apenas uma alma que está gritando seu sofrimento, mas esse grito não pode ser ouvido por ninguém.
~ meus pais me acolhem em seus braços, me prendendo em um abraço aconchegante. Tudo o que eu almejava à um tempo.
- Filha, se seu coração não mede esforços e se nega à esquecê-lo, é por que isso é a seu favor. -- omma começa.
- Sua mãe tem razão S/N.
- A meu favor?
- Escute seu coração filha, o escute com atenção. -- meu appa completa. Colocando sua mão em meu ombro.
- Tudo isso irá mudar drasticamente S/N.
- Porquê dizem isso?
- Você irá ver.
- Mas appa, omma...
- Você irá ficar bem. - omma diz sorrindo.
- Omma? Appa? Porque estão chorando?
- Não se culpe filha. Não chore. Não se machuque. Nós precisamos que seja feliz.
Você não está sozinha. Tem Jeongguk e Jiminnie. Eles à amam muito S/N. E sempre irão estar ao seu lado. Lembra?
MINI FLASH BACK
Hey crianças, oque estão fazendo?
- Omma, omma! S/N caiu e se machucou! - diz Jeon preocupado.
- Onde está Jimin?
- Está junto de S/N, a cuidando enquanto vim avisa-lá omma! Vem vamos! -Jeon pega em meu pulso e leva-me ao local onde estava S/N com seu joelho ferido. Jimin, não estava ali.
- Jeongguk? Cadê Jimin?
- S/N cai no choro.
- TCHARAM! - Jimin salta atrás de mim com uma caixa de curativos.
- Demorou Jimin, achei que não tinha encontrado. Poxa... - Jeon ainda preocupado.
- Vamos minha cara paciente. A senhorita está diagnosticada com joelhinho ralado. Mas não se preocupe por quê o doutor Jimin e seu... Seu... é... Como se diz mesmo Kook? -- Jungkook cochicha algo no ouvido de Jimin.
- Doutor Jimin e seu belo assistente Jeon. Irão providenciar a cura deste machucado.
Jimin se agaixa naquele gramado com sua caixa de curativos, e limpa o machucado de S/N, com a ajuda de Jeon que finaliza com um band-aid.
- Pronto S/N! Está curada! - dizem em coro, orgulhosos esboçando seus melhores sorrisos.
- Obrigada Jiminnie, Jeongguk. - S/N cora.
- Esses três...
- Hey S/N sempre estaremos aqui ao seu lado para te proteger, somos os seus heróis! E nunca iremos te abandonar! - Diz Jimin
- E sempre iremos te atormentar.
- por que te amamos. - termina Jeon.
FLASH BACK OFF
- Eles devem estar preocupados.
- Omma... Appa... Obrigada. -- Os abraço ainda mais.
- Obrigada por tudo meus coroas. Eu amo vocês.
- Nós em dobro. Meu amor.
- Provavelmente não irei lembrar do que aconteceu aqui no mundo real. Mas este momento único com vocês estará sempre guardado. Aqui, na minha alma.
- Saranghae S/N. - dizem em coro.
- Saranghae Omma, Appa.
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