História Oceans - Will I see you again?

   E de repente Michael percebeu que na vida real acontece esse tipo de tragédia.Ele sempre ouvia falar em sequestros,desaparecidos e assassinatos mas isso nunca o afetou diretamente.Ele sabia que essas coisas existiam no mundo e que aconteciam o tempo todo em todos os lugares.Mas...aquilo parecia uma coisa tão distante de sua realidade,tão improvável de acontecer.Uma hora ele estava vivendo um momento de romance com Joy,uma moça saída dos contos de fada e na outra hora ele estava vivendo um suspense terrível.
   

"A vida não é tão difícil" pensara ele antes.Mas como a vida consegue não ser difícil quando algo assim ocorre?Chame de absurdo,caótico,esquisito mas a vida prega peças.Ela dá uma rasteira e derruba qualquer um nas formas mais inesperadas.E Michael pensava no caso de ter acordado mais cedo,de não tê-la deixado sozinha.Se ele tivesse acreditado nela quando ela disse que vira um homem naquela mata.
   

 Seus pés caminhavam ao lado dos da detetive Linden.Seus olhos passeavam pela floresta procurando por ela.Policiais usavam lanternas e cães farejadores.Eles já ultrapassaram a área onde ele a nocauteou e agora seguem mais fundo na mata procurando por um sinal.Um único sinal.Não há nada a não ser neblina.
 

  E aquele pesadelo o consumia como uma gota negra penetrava na água e a tornava escura.A cada passo sem sucesso que dava,ele começava a criar angústias profundas.Pânico.Tristeza.Ela não pode morrer ali,sozinha,com frio,perdida,com medo...Ela tem a vida pela frente ainda,coisas a fazer,pessoas a amar.

-Vamos tirar uma pausa para respirar,Sr.Fassbender.O senhor parece cansado.- disse a mulher.

-Não.Vamos prosseguir!- disse Michael.Ele estava notavelmente cansado.
 

  Linden o ofereceu uma garrafa contendo água.Michael ainda se frustrava com as expressões da mulher.Ele queria saber se ela realmente não se abalava com nada daquilo.

-Pelo menos beba um pouco de água.
   

Michael aceitou a proposta e se jogou contra um tronco,apoiando o braço contra a árvore na altura do rosto e descansando o mesmo nele.Ele fechou os olhos,respirando fundo e tentando se recompor.Ele só conseguia vê-la em sua mente.Michael se esforçou para não derramar lágrimas.

-Onde está você agora, Joy?- Michael sussurrou.Ele parecia rezar para ela.- Eu vou encontrar você uma hora?Está sozinha,está com medo?Está procurando por mim?-ele suspirou.- Estou indo buscar você.Você vai esperar?-o queixo de Michael tremia.-Vou ver você de novo?
   

Linden o observava com o que parecia pela primeira vez ser uma emoção: pesar.
 

  Michael passou a mão pelo rosto e devolveu a garrafa à Linden.

-Você acha que ela vai ficar bem?- perguntou ele.
   

Linden piscou.

-Vamos continuar.
               

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   Holder e Linden agora conversavam entre si e Michael estava morrendo de vontade de saber do que falavam,mas temia que se perguntasse Linden pudesse mandá-lo de volta.
   

Ele tentou se concentrar em apenas olhar em volta e continuar procurando por Joy.

-Nós devemos ir para leste.Estamos seguindo nessa direção a duas horas.-disse um policial à Linden.
 

 Ele ouvia a conversa com o coração na mão.Seus músculos se enrijeciam com a possibilidade de ouvir uma coisa ruim.E ele ouviu.

-Procure por possíveis covas.Depois iremos para o leste.- disse Holder.O estômago de Michael se comprimiu.

   Ele abanou a cabeça como se tentasse afastar o pensamento da cabeça.Apesar de estar assustado demais,ele sabia que Joy estava em maior desespero e trauma.Tinha que se recompor para encontrá-la.E ele continuou a andar...
                     

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  Joy chorava sem parar em silêncio.Sua cabeça doía,sua barriga roncava,seu tornozelo e seus pulsos doíam.Depois de analisar o local ela pôde saber que era uma cabana pelas paredes nuas de madeira,pelo frio terrível que fazia e pelo cheiro de pinho.O quarto em que estava era pequeno e escuro,a janela que tinha estava fechada e a única luz que ela tinha era a que vinha da porta entre aberta do cômodo.
 

 Tremendo de medo por sua vida,ela pensou que teria de haver um jeito de sair dali.Tinha de haver.

-Não posso morrer aqui...- ela soluçou enquanto as lágrimas desciam.-Por favor,não...Não assim.
 

  E ela poderia rezar aos céus o quanto quisesse.Kevin estava em outro cômodo.Ela podia ouvir seus passos pesados de bota de couro contra o chão de madeira e a cada um que ouvia seu corpo se arrepiava de terror.Ela não sabia quando ele apareceria para ir buscá-la.Era como uma tortura.Ela sabia que ia morrer mas não quando,não como...A menos que conseguisse se soltar.

-Me dê um sinal.Alguma coisa.- suplicou Joy e foi naquele momento que ela percebeu que ela estava ,pela primeira vez,falando com Deus.
 

  Ela nunca fora uma pessoa religiosa e também nunca acreditara em Deus.A ciência bastava e pra tanto que Joy sabia tudo de biologia.Mas naquele momento estaria a por a prova se  alguém estava tomando conta dela lá de cima,se havia um lugar para ir e se veria seus amados novamente.Ela não queria descobrir, porém naquele momento Joy queria acreditar que sim,existia.
 

  Não havia nada no quarto.Ao lado da cama havia uma mobília e de nada servia se ela não pudesse abrir as gavetas.No chão ao lado dela estavam um casaco,um par de botas e uma chave.Não havia mais nada além daquilo que estivesse perto dela.
   

Teria que se contentar com a chave.Joy rezou para que conseguisse alcançar a peça.Jogou uma perna para fora da cama e tateou o chão a procura dela.Sentiu o casaco grosso sob seus pés e então esticou mais o membro ao mesmo tempo tentando ver o que estava fazendo.Ela arfou.Endireitou-se mais para a beirada da cama e conseguiu ir mais longe com sua perna.Algo metálico e frio beijou sua pele e Joy sorriu esperançosa com o avanço.Ela pegou a chave com entre os dedos e trouxe o pé o mais perto que pode da sua mão.

-Vamos,Joy...-sussurou ela ainda gemendo.- 5 anos de ballet devem ter servido pra algo.
 

  E ela esticou mais a perna para cima e tentou ao máximo aproximar a mão em direção a mesma.Seus músculos já estavam esgotados mas felizmente com muito esforço seus dedos dedilharam o metal frio e ela conseguiu pegar a chave.

-Isso!

    E então o problema seria cortar.A corda tem uma espessura consideravelmente grossa e chaves não costumam ser afiadas.Mas é a única coisa que ela tem que pode salvá-la.E ela tenta.É ainda mais difícil cortar uma coisa com as mãos amarradas e então ela coloca o máximo de força nas suas investidas contra a corda.Quando vê os fios soltando do nó e arrebentando uma esperança e ansiedade avassaladoras a consomem.
 

  Joy continua cortando a corda até que ela arrebenta do seu pulso.Ela comemora silenciosamente.Ela vai viver.Vai viver!Tremendo com uma mistura de emoções ela desamarra o outro pulso e se levanta daquela maldita cama na ponta dos pés.Kevin tirou os sapatos dela e facilitou o silêncio sem querer.A loira atravessa o cômodo em direção a porta com cautela,torcendo com todas as forças para as tábuas antigas do chão não rangerem.Tendo completado a ida até a porta com sucesso ela espia pela brecha.
 

  A visão que tem é a mais horripilante e traumatizante de sua vida.Kevin estava na cozinha fervendo água e amolando facas enquanto comia uma carne avermelhada e sanguinolenta que estava armazenada em um pote.A julgar pela aparente maciez do tecido da carne,ela podia jurar que àquilo era um fígado...Ela viu a geladeira velha e barulhenta ao lado da pia suja.Seu corpo entrou em um terrível desespero só de imaginar que ela iria parar ali.Que ainda podia parar ali.Em pedaços.Ela tremia tanto que quase não tinha controle sobre as próprias mãos.
 

  Aquela imagem foi tão forte que a distraiu do seu objetivo principal.Joy então procurou pela saída mas não viu nada.Ela retornou para dentro do quarto e foi aí então que viu a janela.A moça correu na ponta dos pés até a janela de madeira e a puxou-a com as duas mãos.Estava trancada.Joy viu um cadeado entre os puxadores e o pânico tomou conta dela novamente.Estava presa de qualquer jeito.Ela suava de medo e tremia da cabeça as pés.Ela sentiu que ia vomitar mas não podia fazer barulho.
   

Mas havia uma chave.

-Oh,Deus!- ela exclamou e correu para apanhar a chave que tinha usado para cortas as cordas.
 

  Joy trouxe a chave até o cadeado com suas mãos trêmulas e com dificuldade enfiou a chave na abertura do cadeado pesado e o abriu.Com a excitação de sair o mais rápido possível daquele pesadelo,ela,sem querer,deixou o cadeado escapar entre seus dedos e cair no chão com um estrondo.

    Os músculos de todo o seu corpo se endureceram e uma onda de terror subiu por sua espinha.Ela começou a chorar.Ficou imóvel para não piorar a situação.Talvez ele não tivesse ouvido.Talvez não...Mas ele ouviu.Os passos pesadas dele soaram alto e Joy não teve coragem de esperar para ver se ele ignoraria o som ou não.Ela escancarou a janela e trepou no parapeito,saltando direto na floresta.
    

-MERDA!!!!- ela conseguiu ouvir o grito do homem vindo na direção dela.Uma porta se arrebentando e passos correndo na sua direção.
 

 Joy corria pela floresta sem saber que direção tomar.Se enfiava entre as árvores,arranhava os calcanhares nos galhos,pisava em pedras e outras coisas que podiam vir a ser afiadas.

-SOCORROOOOOOOO!!!!- gritou desesperada.
 
 

  O homem corria com fúria em sua direção e ela podia ouvir o homem rosnando para ela.

-AQUIIIIII!!!SOCORROOOOOO!
 

  Joy acabou por entrar em uma clareira,o pior lugar para se estar em um momento de fuga,mas ela não podia dar a volta e volta para as árvores ou ele a alcançaria.Sua única opção era continuar pela clarareia e atravessá-la.
 

  Seus pés saíam em carreira pela grama úmida,pisando em insetos,pedras e folhas secas que doíam seus pés.Ela estava quase saindo quando sentiu algo pesado lhe atingir as costas.A frágil moça caiu no chão e viu que o homem a alcançara e atingira com a bota de couro que usava.
 

   Joy tentou se levantar mas até aquele momento Kevin já havia a agarrado pelos cabelos.Ele a puxou para cima e Joy sentiu uma dor insuportável no couro cabeludo.Ela tentou ainda rastejar pra longe dele.

-Não tinha que ser assim.Agora você vai ter que morrer de um jeito pior.-Kevin falou com ódio.
 

  Enquanto Joy tentava se afastar dele,o rapaz retirou tirou uma faca do cinto.
                           

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   -SOCORRO!!!!!
   

 Michael tremeu dos pés a cabeça e seu coração deu um pulo forte que fez doer seu peito.A excitação foi tão grande que ele sentiu a traquéia tampada.A polícia inteira entrou em ação na direção do grito de Joy.

-Ai meu Deus,é ela!- Michael exclamou ao mesmo tempo feliz e desesperado.
   

Linden pegou o telefone e ligou para a central.

-Mande uma ambulância imediatamente para o caso de Joy Kinney.Agora!
 
     Michael não ficou para ouvir aquilo,ele saiu desesperado na direção do som.Joy continuava a gritar e ele teve a má impressão de que ela estava sendo atacada.Ele teve a idéia de gritar de volta.

-JOO...- 
 

  A boca de Fassbender foi tapada pelas mãos da detetive.Ela puxou o rosto dele parar olhar em seus olhos.

-Você não pode fazer isso.Não pode interferir.Se ela estiver sendo perseguida e o agressor nos ouvir nós podemos perdê-la de novo.
   

Michael assentiu obediente e seguiu correndo ao lado de Linden juntamente com a tropa policial que saía na frente seguindo os cães.
           

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-NÃO!!!!- gritou Joy em desespero.
 

  Kevin a jogou no chão novamente e Joy bateu o queixo na superfície dura e mordeu o lábio.O gosto de sangue invadiu sua boca.A loira rastejou pelo chão tentando sair das garras do monstro que agora segurava em suas pernas.Ele a girou a força de barriga para cima para encará-lo.As lágrimas de desespero desciam pelos olhos da moça branquela,o sangue encorria assustadoramente pelo queixo.

-PARE,POR FAVOR!!-implorou ela aos berros.O sangue caia pelo seu pescoço.

-Diga adeus ao mundo,amorzinho.-rosnou o homem com os dentes amarelos a mostra.
 

   Ele levantou a faca e Joy gritou de horror.

"PÁÁÁÁ" um estalido forte e alto ecoou pelo ambiente e Joy viu o sangue escorrendo do peito do homem a sua frente.Era um milagre,impossível.Eles vieram buscá-la.Ele veio buscá-la.O corpo tremendo de terror e frio viu Kevin cair no chão e largar a faca.

-Ai meu Deus...-balbuciou ela arfando.O coração batia como um tambor enlouquecido.

-CADÊ ELA?EU QUERO PASSAR.ME DEIXA PASSAR AGORA!!!!- Michael gritava para os policiais pararem de barrar sua passagem.
 

  Ele tentava passar,jogava o peso do seu corpo contra os policiais enquanto erguia-se na ponta dos pés para tentar vê-la.Linden e Holder deixaram o seu lado e foram em direção a Joy juntamente ao tenente.

-Departamento de Polícia de Killarney.-Linden anunciou e mostrou o distintivo para Joy.
 

  A moça levantou-se do chão trêmula e assustada e passou a mão pelas roupas limpando-se dos pedaços de grame da terra.O samgue que saía do seu lábio tinha estancado mas ela ainda estava toda melada de sangue.

-Eu sou a detetive Linden e esse é o meu parceiro Holder.Nós fomos contatados do seu desaparecimento e viemos investigar.Você está a salvo.
   

Joy balançou a cabeça concorcando,mas ela não tinha absorvido informação alguma.Sua mente estava confusa e assustada e ela só queria saber de voltar pra casa.

-Michael?Onde está Michael?-perguntou ela afobada.
   

Linden olhou para trás fazendo menção para que os policiais dessem passagem para o homem ruivo e angustiado que até agora tentava passar.Ao ver os olhos azuis e intensos da detetive ele sabia que ela finalmente havia dado permissão para que ele fosse.Os policiais abriram caminho e ele saiu tropeçando pela clareira na direção de Joy.Ela veio mancando até ele e na hora que sentiu os braços de Michael a envolverem com força ela finalmente foi capaz de fechar os olhos e se sentir segura.

-Joy,pelo amor de Deus...Eu sinto muito,eu sinto muito...-Michael exclamou sentindo os músculos relaxarem.Ele a finalmente tinha em seus braços de volta.
 

  Os braços da moça o abraçavam com toda força que ela tinha.Ele sabia que ela ainda estava morrendo de medo,mas logo ela não precisaria ter mais.Ela o tinha e ele nunca mais iria largá-la.

         

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  Os pais de Michael saíram da casa de veraneio no mesmo dia.Voltaram para casa em Killarney e arrumaram a casa para receber Joy e Michael.Mas a moça teria de ficar no hospital por uma noite antes de voltar pra casa.A pancada na cabeça abrira um corte no couro cabeludo e como Joy sabia que aquela área do corpo era muito irrigada por sangue,sabia que tinha que tratar aquilo com cuidado.
 

 Os médicos costuraram o corte em sua cabeça.Enfermeiras trataram dos arranhões nas pernas e do corte na boca.Ela tomou banho e foi posta no soro e para dormir com um sedativo leve.
 

  Michael estava no quarto frio e clínico em que Joy estava hospedada,sentado em uma cadeira não muito confortável ao lado dela.Segurava em sua mão e estava sonolento,prestes a dormir quando Linden e Holder entraram no quarto.Michael fez uma cara feia e esfregou os olhos.

-Com licença.Podemos falar com você um instante?- ela perguntou segurando a porta.
   

Michael fez que sim com a cabeça e se levantou para falar com a detetive que eatava sempre de rabo de cavalo e um casaco maior do que ela.Fechou a porta atrás de si sem fazer barulho.O movimento no hospital estava monótono.

-Sim?

-Primeiramente nós precisamos perguntar sobre a imprensa.Por agora nós somos o intermédio entre vocês e a mídia e precisamos de autorização para fornecer nomes e informações.- a mulher falou.A pele pálida reluzia na luz fluorescente.
   

Michael pigarreou e negou com um movimento de cabeça.Braços cruzados e sonolento,ele estava sem paciência para falar com a Polícia.Precisava de um tempo para engolir tudo.

-Não.Nós só avisamos à família dela e só.Joy não quer que ninguém saiba do que aconteceu aqui.-falou Michael.
 

 Linden piscou concorcando.Holder balançava nos próprios pés como se estivesse prester a cair desmaiado.

-A outra coisa é que nós precisamos falar com a Sra.Kinney assim que ela acordar amanhã.

-Ela não precisa reviver isso.-argumentou Michael zangado.
   

Linden fez uma cara assustadora de impaciência.

-Isso não depende de você,Sr.Fassbender.Repetindo o que eu disse,isso é uma investigação criminal e o fato de ser namorado dela não nos impedirá de falar com ela.Essa história não é só sobre ela.Outras mulheres sumiram e suas famílias aguardam até hoje por respostas então por favor...
 

  Michael engoliu em seco e desviou o olhar da mulher.

-Com licença.-a mulher e o detetive Holder se retiraram.
   

Fassbender retornou para dentro do quarto com os nervos a flor da pele.Ele queria ficar zangado com aquela detetive branquela mas sabia que ela tinha razão...e poder.
 

   Quando ele ia caminhando de volta à cadeira seus ouvidos foram surpreendidos por uma voz doce e sonolenta que fez seu corpo relaxar instantaneamente.

-Quem era?
 

 Michael encarou a semi acordada Joy,os olhos verdes fraquejando em abrir e a mão erguida no ar.Michael correu até a moça e pegou sua mão entre as suas.

-Ninguém.Foi só uma enfermeira.- sussurrou ele.-Você quer alguma coisa?
 

Com os olhos fechados ela balançou a cabeça positivamente.

-Por favor,deite comigo.- pediu ela puxando a mão dele.
   

A moça abriu espaço para ele lentamente com o corpo molenga e o puxou pela mão novamente.

-Por favor...
 

  Ele estava preocupado que os médicos ou enfermeiras não permitissem aquilo,mas ao vê-la pedindo pelo seu conforto ele não então repensou e ignorou as possibilidades de reclamação.Michael tirou os sapatos e subiu com cuidado na maca.Ele abraçou o corpo de Joy por trás e ela segurou em suas mãos perto de sua barriga.Michae lhe deu um beijo no pescoço e na bochecha.

-Durma,eu estou aqui com você.- falou ele no ouvido dela.
   

Não demorou cinco minutos para que ela dormisse feito uma pedra nos braços do rapaz.Michael a observou com ternura e sentiu algo atingindo sua mente com força.O desespero que sentiu quando tudo aquilo começou,o vazio em seu peito e a dor de pensar em nunca mais vê-la.Ele enlouqueceria.Ele soube naquele dia que a tentativa de se envolver com alguém tinha funcionado.E funcionado 100%.Está ficando velho e cansado e precisa de alguém com quem contar.É ela.

-Eu te amo.- ele beijou a bochecha dela e adormeceu.