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História Oculta, SQ - Páginas em Branco


Escrita por: ellasanto

Notas do Autor


Tudo que parece, é. E nem tudo que é, é o que parece.

Capítulo 3 - Páginas em Branco


Fanfic / Fanfiction Oculta, SQ - Páginas em Branco

Alan – Alexandre Desplat ♪

“Um jogo do conhecimento. A cada passo dado um motivo plausível para tal ato. Para ganhar é necessário que nenhuma de suas jogadas seja em vão. Mas havia um único problema em minhas tacadas: eu não conhecia todas as peças.

Trancafiei-me no quarto todos os dias e quando ouvia o som dos motores do carro se afastando, eu saía. Sabendo que Emma se encontrava longe, eu começava uma busca de minhas memórias. Tentativas de fechar os olhos e caminhar pelos corredores, buscando qualquer resquício de manifestação em meu cérebro, fora uma das primeiras tacadas. Mas nada, nunca, acontecia. Havia uma esperança que o contato extasiado em tato e olfato me levasse além do que a visão me permitia.

O maior problema sempre foi a culpa. Culpava-me sempre por não lembrar-me de meu filho. Se eu tinha um filho, era imperdoável não se lembrar do amor e da dor de perdê-lo. A situação me levava afundo em uma escuridão infeliz e cruel, onde o medo dominava meus sentidos e me perguntava todo o tempo: O que é real? E em quem confiar? Emma é quem diz ser? E eu? É quem ela diz que eu sou? Regina Mills estaria morta já que não existe memória de sua existência? O que vale todos saberem, quando a própria não se recorda? Filho... Filho... Seria mesmo capaz uma mãe esquecer-se de teu único filho morto em um acidente de carro? O engraçado é que você se sente menos humano, uma infeliz incapacidade de sentir ou a terrível sensação de sentir demais por algo que não se sabe a veracidade.

Regina Mills, escritora e pesquisadora Nova Iorquina, graduada em Biotecnologia e Biomedicina. Casada com Emma Swan, arquiteta e CEO da empresa D9 Plan de Virgínia. Isso soa completamente distante de mim. Minha cabeça gira, meu corpo pede socorro. Você pode transformar em ruínas todas suas escolhas de vida quando se esquece do dia do casamento, o dia do aniversário... Mas a pior das ruínas, aquela que destrói o vazio existente em você mesmo, é o esquecimento de quem és.

Dizem que o escritor se esconde atrás de suas palavras, que entre linhas você capta a essência e o jeito do mesmo. Portanto, diante minhas tentativas falhas de descobrir quem sou, busquei a única maneira de aproximar de quem eu era: lendo meus próprios livros. Alguns artigos científicos publicados em estudo da biologia molecular e genética me tomaram um tempo maior. Acreditei que teria muita dificuldade em entender o que era cada ponto e detalhe científico, mas surpreendi como a memória ainda continha fragmentos de seu conhecimento. Assustei-me enquanto fazia minhas pesquisas sobre os assuntos, pois essas informações eram feito um gatilho em minha cabeça e disparava questionamentos acerca do que era lido. Então, pergunto-me, até onde vai o esquecimento?

Os romances policiais, os dramas e ficção foram devorados em todos os meus momentos livres, ou seja, todo o tempo. Eu queria me conhecer, saber quem era Regina Mills. E, talvez, eu poderia decidir se a queria de volta ou preferiria que ela realmente continuasse morta. A verdade é que quanto mais eu estudo e leio sobre eu mesma, menos eu sei sobre mim. Além, claro, de uma enorme cicatriz em meu abdômen.

Eu não sei quem eu sou. Não sei quem fui. E muito menos sei quem eu quero ser.”

 

Regina tinha os olhos fixos no cursor de sua tela, uma mão servia de apoio e massagem à testa; a outra, os dedos batiam contra a mesa e seguravam entre eles um cigarro pela metade. A fumaça tomava o grande cômodo e os pés batiam contra o assoalho de madeira. O único refúgio de sua confusão seriam as palavras e, talvez, fosse a única ligação com quem ela foi um dia.

Os pés descalços caminhavam pelo assoalho e a mão livre afastou a cortina branca, liberando a visão da rua de sua casa. Uma mulher de idade andando tranquilamente com um cachorro, um homem com roupas confortáveis e fones de ouvido seguia sua caminhada; a calmaria de Fairfax e a estranha sensação de sentir-se em casa dominava em cheio o peito de Regina.

A Mercedes-Benz Classe E preta parou frente à garagem e entrou como todos os dias. A nicotina entre os lábios fora fortemente inspirada e sutilmente expirada e Regina se afastou da janela, olhando em sua estante uma foto dela e Emma. Tirou o cigarro dos lábios e pegou o porta-retratos para buscar os detalhes de um momento, aparentemente, tão vívido entre elas. Emma estava com um enorme sorriso e Regina beijava sua face com vigor. Apreciar tal memória presa em um papel fez a escritora suspirar e largar o objeto de qualquer jeito em seu lugar.

— Merda... — Praguejou.

Se tudo fosse verdade, o que não lhe faltavam provas que era, a injustiça com a arquiteta era algo que martelava a cabeça da escritora. Ela, de longe, teria culpa em não se lembrar e precisar de um tempo só para assimilar cada acontecimento. Mas Emma, da mesma forma, não merecia passar por tudo que enfrentava. E ela via nos olhos verdes vívidos, atolados em compaixão e preocupação, o amor. E era por ele um dos motivos de planejar cautelosamente sua próxima jogada.

The Woods – Daughter ♪

Todos os dias, Swan chegava e fazia algum serviço doméstico, seja aparar a grama do quintal ou ajeitar alguma outra coisa pela casa. Preparava algo de comer sempre para duas e depois ia para seu escritório, com desenhos e plantas espalhados por todos os lados. E a porta, bem, a porta sempre aberta.

Regina ficava atenta a cada som e se localizava por eles, se a esposa estava em tal ou tal lugar. Mantinha-se isolada por ora, preferia não ter de tratar com insignificância tamanho sentimentalismo de sua mulher. Se era difícil para ela, deveria ser muito difícil para Emma também. Mas, naquele dia, resolvera caminhar por outras trilhas, descobrir de novas maneiras um novo mundo e, quem sabe, escrever outras páginas de uma nova história.

— Ah, oi! — Emma dera um enorme sorriso ao ver a morena na cozinha.

— Oi... — Respondeu com o olhar atento e tranquilo.

Regina segurava a xícara de café com as duas mãos, usava uma blusa extra grande de uma malha confortável que batia no meio de suas coxas e os cabelos presos em um coque frouxo, uma perna dobrada com o pé apoiado na panturrilha lhe proporcionava um charme único. Swan estava com uma calça de moletom e uma camiseta branca, deixando os braços firmes e contornados expostos; pegou um pouco de suco na geladeira e, enquanto servia, levantou o olhar para as amêndoas fixas a ela.

— Está tudo bem?

— Sim. — Ela deu um leve sorriso. — Como foi seu dia?

Emma suspendeu as sobrancelhas e abriu um singelo sorriso, se escorando na bancada do outro lado da mesa.

— Cansativo, sabe como é, alguns clientes podem ser exaustivos quando colocam uma coisa na cabeça... — Regina afirmou com a cabeça. — E você? O que fez todo o dia? — A escritora deu um ombro e bebericou seu café.

— Sabe... Nada demais ou nada tão divertido como ouvir as lamúrias de seus clientes.

— Divertido? Eu queria ver você lá se pensaria assim... — Emma deu uma risada e rodou o copo em sua mão, analisando bem Regina ou a situação. — Eu estive pensando... — A morena arqueou as sobrancelhas em provocação e a loira começou a rir. — Não que seja uma grande coisa eu pensar, mas isso acontece de vez em quando, sabia?

— Imagino que virá um pensamento esplêndido... — Debochou em meio a um sorriso preso. De onde vinha a liberdade? Regina não sabia e era esse o motivo de ter se afastado.

— Regina você está muito má! — Swan fechou o cenho e a morena soltou uma gargalhada.

— Perdoe-me Emma, acho que eu era boazinha antes então, certo? — A loira franziu o nariz e tombou a cabeça de um lado para o outro, liberando um sorriso da morena. — Mas antes que complete o seu pensamento... — Ela mordeu o lábio e olhou para a xícara, tomando coragem para falar. — Eu queria começar a correr, sabe? Sair um pouco e...

— Isso é uma ótima ideia! — Exclamou, recebendo a atenção surpresa de Regina.

— Mesmo? Quer dizer... Não se importa se eu... É... Não vai achar ruim se eu sair?

— Eu não sei o que anda passando em sua cabeça Regina, mas você não tem que me pedir permissão. — Ela sorriu fraco. — Eu me preocupo, claro e... Ah! — Embaralhou. — Mas você é livre para fazer tudo que quiser fazer, se descobrir, ser feliz... Eu não quero ser um empecilho.

— É que... Eu não sei, somos casadas... — Ela ia dizendo com um semblante confuso.

— Eu fico preocupada com você. — Ela interrompeu. — Você ficou tempo demais em um coma diferente de tudo que já vi. E estava machucada... Agora que está se recuperando e eu sempre só tive o cuidado para que não passasse mal. — Mordeu levemente o lábio, levantando o olhar para a escritora. — Não me importo que saia, pelo contrário, acho que fará muito bem à você. E, falando nisso, como está? — Direcionou o olhar para o abdômen.

— Melhorando... — Levou os dedos sobre a blusa no lugar em que continha o corte. — Você fez um bom trabalho.

— Não fui eu, foi o médico...

O sorriso aberto e tímido que Emma dera, fizera Regina abrir outro em contemplação. Os olhares se fixaram um ao outro e ela acabou por dar mais um gole em seu café, mas sem conseguir desvencilhar seu olhar. Talvez, e só talvez, Emma fosse mesmo uma boa pessoa, já que tudo no corpo da morena implorava para dar um voto de confiança. Seria resquícios de sua memória?

— Você iria comigo? — Soltou com uma coragem desconhecida.

— E você quer minha companhia?

Os olhares se encontraram em cumplicidade. E, pela primeira vez, houve manifestações das pequenas asas de borboletas no estômago de ambas pelo mesmo motivo.

— Poderíamos ir a algum lugar não? — Sugeriu um pouco sem graça. — Eu sei, eu sei que não é nada como ter sua esposa de volta, mas...

— Ei... — Emma se afastou, deixando o copo sobre a mesa e caminhou até perto de Regina. Os olhares estavam fixos um ao outro, onde um misto de estranheza e nervosismo era aparente nas duas. As amêndoas estavam se banhando em uma maré mansa e tranquila de Emma, como o mar da República Dominicana – onde as águas azuis se misturam as verdes. — Você não tem essa obrigação, não quero que pense que por sermos casadas eu exigirei alguma coisa de você... Tenha seu tempo e... Tudo vai se ajeitar.

— Eu sei. Mas... — Ela abriu novamente um belo sorriso. — Talvez eu esteja cansada de procurar sobre mim. Regina gostava de você, vocês se casaram... É, eu e nós... Enfim... — As duas riram com a confusão. — E se ela confiava, eu posso confiar certo? — Emma afirmou com a cabeça. — Então, quem sabe... — Tombou um pouco a cabeça, com um sorriso gracioso e as bochechas levemente coradas. — Descobrindo mais sobre você, eu descubra mais de mim... — Movimentou os lábios de um lado para o outro. — É eu queria conhecer mais sobre a mulher com quem um dia me casei.

— Justo. — Emma contemplou o sorriso por alguns instantes e controlou sua vontade de tomá-la em um abraço cheio de manha e beijar os mais atrativos lábios que conheceu. — Amanhã? Eu te levo para jantar.

— Seria um encontro? — Os lábios se abriram ainda mais e um brilho no olhar tomou as castanhas.

— Eu adoraria... — Cortejou-a com um beijo em sua mão.

— Céus! Eu nunca tive um encontro... — Regina exclamou exageradamente e, em meio risadas, segurou a mão de Emma, tomando a atenção dela por completo. — Obrigada.

— Não por isso. — Emma pressionou seus dedos contra os dela e respirou fundo, se perdendo em traços tão marcantes e delicados no rosto da escritora. — Hm... — Tentou resgatar sua sanidade. — Você gosta de vermelho?

— Bem... Eu acho que sim.

— Então vem, eu quero lhe mostrar uma coisa e saber a sua opinião...

 

x X x

 

First Class – Henry Jackman ♪

Um grande galpão. Movimentação para todos os lados, fileiras de computadores e equipamentos, onde pessoas se mantinham extremamente ocupadas. James Dale passava apressadamente pelo corredor principal, com dois homens altos e fortes de guarda-costas, retraindo todos aqueles que trabalhavam.

— Srta. Page. — Soltou em seu melhor tom autoritário, fazendo com que um arrepio corresse a espinha de Lily.

— Senhor?

— Eles já conseguiram?

— Ainda não Senhor, mas...

— Eu não quero saber de mais atrasos. Ou eles fazem logo ou resolverei eu mesmo... E do meu jeito. — Sorriu perverso. — Quando se trata de memória não é bom demorar, ela pode recuperar antes de fazermos a primeira parte.

O ambiente todo estava em alta tensão pela presença de James e seu olhar buscando alguém como quem quisesse fuzilar naquele mesmo instante. Lily se colocou de pé apressadamente, buscando o celular para tentar contatar, mas a imagem do homem de porte forte e dono de belos cabelos loiros castanhos e uma barba malfeita aliviaram o desespero da mulher. Logo atrás vinha a figura de uma mulher mais baixa que o homem, de cabelos loiros e olhos verdes intensos.

— Senhor, eles estão chegando agora...

— Já era sem tempo...

— Grampeamos tudo naquela casa, Dale. — A mulher disse com um sorriso tão perverso quanto o de seu chefe. — Não vai demorar muito para que ela caia na minha... Está frágil... — Sorriu em deboche.

— Sem delongas Fowler, espero que sua presunção surja efeito, não temos tempo...

Assim que James se afastou com seus homens para sua sala, Fowler deu uma piscadela para Page e Humbert se jogou na cadeira ao lado de Lily, abrindo um sorriso galanteador que provocara ânsia na morena.

— O que fará hoje à noite? — Passou a língua nos lábios.

— Depende... — Ela sorriu em flerte, se aproximando do loiro que ajeitou a postura assim que os seios de Lily lhe tomaram a visão. — Mas você não estará incluído. — Soltou um riso debochado e se afastou do homem.

— Você será minha mais rápido do que imagina Srta. Page... Não se esqueça dos planos que James tem para nós dois.

— Vá à merda Humbert!

— Estúpido. — Fowler gargalhou, bebericando o café que trouxera. — Irei te ensinar como conquistar uma mulher Graham.

 

x X x

 

Regina limpava as mãos depois de tirar a lasanha do forno e sujar os dedos com o molho, quando o interfone tocou e uma sensação gélida lhe correu a espinha. A estranha sensação que algo estava fora do lugar e algo ruim aconteceria caso atendesse a porta lhe arrebatou em cheio.

— É só uma porta Regina... É normal não? Tudo que tem que fazer é atender... Pessoas não mordem. — Disse para si mesmo. Respirou fundo, largando o pano de prato sobre a mesa e caminhou em calmaria falsa até a porta. Fechando os olhos para tomar coragem, girou a maçaneta e quando abriu uma explosão de alívio lhe relaxou todos os rígidos músculos. — Pois não? — Um senhor de estatura baixa, usando roupas azuis e um boné, que Regina logo identificara dos correios, lhe sorria simpaticamente à sua frente.

— Para a Senhorita Regina Mills... — Entregou-a um pacote em Kraft com o selo de Nova York e algum endereço que desconhecia. Afinal, que endereço ela conheceria?

— É, acho que é pra mim... — Deu meio sorriso para o homem.

— Pode assinar, por favor? — Estendeu uma prancheta, onde continha um papel de entrega e a morena rapidamente assinou. Dando um sorriso para o homem que se afastou depois do serviço feito.

— Obrigada... — E, enquanto fechava a porta lendo o remetente, fora impedida por uma mão ágil, fazendo-a saltar de susto. — Emma! — Levou uma mão ao peito e fechou os olhos ao ver quem era, sentindo seu coração bater aceleradamente em seu peito, quase saindo pela boca.

— Está tudo bem? Ér... Desculpa. — Ela entrou logo depois, fechando a porta e com o cenho fechado. — É que... Eu te chamei e você não ouviu...

— Eu... Eu... — Respirou fundo tentando controlar sua arritmia. — Eu estava concentrada, chegou isso e... É pra mim. Acho que nunca recebi encomendas.

Swan escondeu sua feição preocupada pelo pacote nas mãos da esposa e deu um sorriso em simpatia.

— Tudo tem sua primeira vez, não?

Regina deu um curto riso, negando com a cabeça e se achando a mais estúpida das mulheres por ser uma virgem em tudo.

— Até mesmo um encontro, não é mesmo? — Tentou aliviar o constrangimento de seus pensamentos. Emma sorriu prontamente, afirmando com a cabeça. — Bem, eu fiz lasanha...

— Uau! — Exclamou em surpresa. — Você se lembra, então? — Era como se Regina pudesse ver os olhos verdes tomarem um brilho imediato e isso, como sempre, confortava seu peito.

— É... — Ela fechou o cenho. — Tinha um caderno de receitas, não foi difícil... — Deu os ombros, liberando um riso da loira.

— Ainda sim deve continuar sendo a melhor. — Beijou o rosto da morena em reflexo, o que acabou por deixar as duas ruborizadas. E quando Emma ia se desculpas, Regina negou com a cabeça. — Ok... Eu vou tomar um banho, clientes de última hora acabam comigo e... — Ela sorriu novamente. — Comemos juntas, pode ser? Um pré-encontro...

— Estou te esperando... — Ela sorriu, remexendo o pacote em suas mãos.

— Não vai ver o que é?

— Eu não sei... — Olhou novamente para a caixa. — E se... — Emma aproximou lendo o endereço e apertou o ombro da escritora.

— São seus novos livros Regina, é da editora. Bem, antes de tudo acontecer... Você tinha finalizado um suspense policial. — Ela suspendeu as sobrancelhas em surpresa. — Eu esqueci. — Franziu o nariz. — Namore-os, enquanto eu tomo banho, tudo bem?

— Tudo certo... — Ela mordeu o lábio em animação por, quem sabe, ter mais dela naquelas páginas. 



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