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História Oculto. - Só pode ser doença!


Escrita por: Takkano

Notas do Autor


Não levem o título do capítulo a mal gente; é coisa do Reiner, não minha!! kkkkkkkkk.

Capítulo 4 - Só pode ser doença!


– Reiner! Acorda vai, vamos nos atrasar.

Reiner já ouvia Bertholdt o chamando ha pelo menos uns dez minutos. Estava mesmo cansado de ficar ali fingindo dormir e a fome também começava a apertar. O problema, é que estava com vergonha de encarar Bertholdt depois de ontem a noite. Na verdade, não tinha certeza se conseguiria mais olhar de uma forma normal para ele, não depois de ver o garoto tímido e certinho se tornar homem, bem na sua frente.

Embora, Bertholdt fosse mesmo apenas seu amigo, Reiner tinha muito medo do quanto tudo aquilo significou para ele.

“Reiner”

Reiner sentiu todos os pelos da nuca eriçarem quando, Bertholdt, teve a maravilhosa ideia de sussurrar em seu ouvido. Levantou de uma vez, assustado com a proximidade perigosa do outro. Deu graças a deus pelo bom senso de Bertholdt, que se afastou rápido mantendo uma distância segura entre eles.

– Não precisava ter me esperado, você podia ter ido na frente, Bertholdt.

– Mas, eu sempre esperei por você.

Verdade. Bertholdt, nunca seguia em frente sem ele. Bertholdt parecia disposto a atrasar toda a sua vida a espera de Reiner. Chegou a pensar se, por acaso, Bertholdt também não estivesse esperando que ele tomasse alguma atitude em relação a Christa, para poder fazer o mesmo com Annie.

– Tudo bem, eu vou ser rápido. - Reiner deu um meio sorriso a Bertholdt, que apenas retribuiu tímido, como sempre.

Reiner se arrumou para o café bem rápido enquanto Bertholdt, que já estava pronto, apenas o observava de longe. Geralmente, o moreno ficava lendo seu livro favorito, enquanto esperava por Reiner. Reiner se sentia péssimo por ter destruído a única coisa boa que Bertholdt tinha naquele lugar horrível.

– Eu vou arranjar outro para você, eu prometo. - Reiner olhava para Bertholdt pelo reflexo do espelho por onde se barbeava. Viu a cara de confusão do amigo e continuou. – O livro. Sobre o que era; a história?

– Um… romance. - os olhos grandes de Bertholdt, indicavam que o garoto estava surpreso pelo inusitado interesse de Reiner por seus gostos particulares.

– Sério? Nunca achei que gostasse de romances. Pensei que fosse algo mais filosófico ou coisa assim. - Bertholdt riu, o que deixou Reiner mais à vontade para continuar a conversa. – E era bom?

– Bem, a história era bem contada, mas eu não gostava dela.

– Ah? Como assim era bom, mas, você não gostava?

– Não sei, só não me sentia confortável.

– Mas, romances não costumam ser bonitos?

– É, perece que nem sempre.

– Então, por que seria ruim; eles morrem?

– Não, pior. Eles nunca ficam juntos; no final. Era um amor proibido.

– Uhm, proibido… do tipo que a Ymir tem pela Christa? - Reiner sempre achou perturbador o amor doentio e distorcido que Ymir demonstrava pela melhor amiga.

– Na verdade, era um rapaz e uma moça de famílias rivais; só isso.

– Ah, então não existe nada de errado. Eles só tinham que lutar por esse amor.

– E o que há de errado entre o que a Ymir sente pela Christa?

– O que, duas mulheres querendo ficar juntas?

– Duas pessoas do mesmo sexo. - Bertholdt notou que Reiner ficou incomodado com a sua maneira de expressar aquilo.

– Ah, eu não sei, Bertholdt. Não é natural, é nojento, eu acho. E por que elas não podem ser felizes apenas como amigas; como todo mundo é? A Ymir é tão inconveniente; fica abraçando a garota e falando aquele monte de coisas indecentes para a coitada.

– Talvez a Christa goste. - Bertholdt viu o rosto de Reiner se contorcer pelo espelho. – Das coisas que a Ymir fala para ela. Pode ser a forma da Ymir demonstrar seu amor pela Christa.

– Não confunda a vida real com as fantasias dos seus livros de romance Bertholdt. - Reiner terminou de se barbear e encarrou o amigo de forma acusatória. – O que a Ymir sente pela Christa não é amor de verdade, isso não é nem mesmo saudável; ficar interessada em outra garota.

– Você nunca sentiu isso, Reiner; um leve interesse por outro garoto? - Reiner pareceu não acreditar na pergunta absurda de Bertholdt. – Nem mesmo curiosidade, em saber como é?

– Como é o que, Bertholdt? O que você está insinuando, que eu sou doente igual a Ymir?

Reiner chegou a se aproximar, furioso, mas, acabou se desarmando. Bertholdt o olhava como se esperasse por um deslize seu. Jamais diria nada a ele. Nunca confessaria o que fez naquele dia, enquanto o observava.

– Vamos? - o tom de Bertholdt pareceu cansado e chateado. Reiner apenas concordou com a cabeça e seguiu o amigo, até o refeitório do acampamento.

***

– Ei você não vai comer? - Reiner tocou o ombro de Bertholdt que desviou das mesas, indo em direção a cozinha.

– Eu vou depois. Talvez, a Mikasa e a Christa precisem de ajuda com o café.

Bertholdt deu um tapinha na mão de Reiner. O loiro se afastou sorrindo, aliviado. Pensou que Bertholdt estivesse chateado com a discussão deles mais cedo. Se sentou em uma das mesas e ficou olhando para o amigo, até ele desaparecer atrás das cortinas que levavam a cozinha.

– Um amor esse garoto, né. - O som irritante da voz da garota, fez Reiner fechar os olhos, como se aquele ato o pudesse impedir, não só de vê-la, mas também, de ouvi-la. – Vai se tornar um homão. Eu até pegaria sabe, se estivesse solteira, assim como você.

Por mais que a fome fosse grande, Reiner sentiu o estômago embrulhar.

– Ele “é” homem, Ymir. Ah é, me esqueci, você não costuma reparar nessas coisas, né; em homens. - a cara de desgosto da garota fez seu apetite voltar com força total.

– Tem razão, Reiner. Eu ando muito mais ocupada sabe, sendo super feliz ao lado de uma bela e gentil menina loira e fofa. Você devia fazer o mesmo.

– O que, fazer a Christa feliz no seu lugar?

– Não, tentar ser super feliz também, ao lado de um garoto belo, gentil e fofo. - Ymir sorriu insana com a cara de choque de Reiner.

– Oi, desculpe a demora Reiner. - Bertholdt se sentou ao lado do loiro. – Eu estava ajudando a Mikasa com os tachos pesados e… - Reiner mantinha ainda sua expressão de choque. – Reiner, o que foi?

– Nada, só perdi a fome.

Reiner se levantou e saiu, sem nem ao menos tocar na comida.

 



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