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História Odeio Fanfics 2 - Despedidas


Escrita por: octopussy

Notas do Autor


Ciao a tutti! 💖


Mais um capítulo com carinho pra vocês. Espero que gostem!


Boa leitura!

Capítulo 17 - Despedidas


Fanfic / Fanfiction Odeio Fanfics 2 - Despedidas

Emily’s POV

 

Eu estava desesperada. Gritos de espanto e gargalhadas eram ouvidos. Fui em direção a Lapo e vi que ele realmente tinha torcido a perna. Telefonaram para um hospital.

- Calma amor, já ligaram para o hospital. – eu disse, acariciando o rosto de Lapo.

A ambulância chegou logo ao local. A perna de Lapo foi imobilizada e ele foi levado na maca. Eu fui acompanha-lo. Pedi para minha mãe cortar o bolo e a ajudar a continuar a festa sem a gente.

Na ambulância a caminho do hospital Lapo reclamava muito de dor. Ficava com pena dele e ao mesmo tempo não conseguia acreditar que minha festa de casamento tinha terminado de uma maneira tão bizarra.

Já no hospital, fiquei esperando enquanto Lapo era atendido. Meia depois pude entrar no quarto que ele estava. Lapo estava com a perna engessada e hematomas pelo corpo.

- Amor, sinto muito que nossa festa de casamento tenha terminado assim. – disse Lapo.

- Tudo bem. Ninguém tem culpa. – eu disse.

Não era hora de mostrar o quanto eu estava chateada. Eu sentia pena do Lapo. Nas maluquices dele ele parece fazer tudo para me agradar. Mas agora ele está assim, todo machucado. E essa seria nossa lua de mel.

A Juventus tinha caído nas quartas de final, marcando o último jogo de Gigi na Champions. Agora viria a Copa da Russia e a aposentadoria dele do futebol.

Toda vez que chega época de Copa sinto um clima de alegria em todo mundo que é incomparável. Nenhuma competição consegue mobilizar tanto o planeta quanto a Copa do Mundo.

A Itália fez boa campanha na fase de grupos e passou em primeiro no grupo. Na fase do mata-mata eu viajei para a Russia para acompanhar alguns jogos. E a Itália ia se superando a cada jogo. Eles podiam não ter time, mas tinham coração!

Lapo teve que viajar a negócios e não pôde ver o jogo da semifinal, que seria entre Itália x Brasil. Meus dois países. Meu coração estava dividido. Mas a Itália não teve chances. O Brasil de Tite era muito forte. Aos 6 minutos, Coutinho já abriu o placar. Aos 32 minutos, Neymar tabelou com Gabriel Jesus e marcou o dele. No segundo tempo, aos 15 minutos, foi a vez de Gabriel Jesus fazer o dele, depois de um lançamento preciso de Renato Augusto. No último minuto, Coutinho fez o gol que encerrou o jogo. Fim de jogo. Brasil 4 x 0 Itália.

A Itália enfrentou a Argentina na decisão do terceiro lugar. Eu estava lá assistindo e levei Francesca comigo. Minha mãe, Allegri, Valentina e Giorgio também estavam lá. Eu vestia a camisa 1 Buffon da Itália. Era o último jogo da carreira de Gigi, ele merecia essa homenagem por tudo que ele fez para o futebol. A Itália fez um excelente trabalho defensivo.  Aos 29 do segundo tempo, Mascherano derrubou Immobile na área. Pênalti para a Itália. Bonucci chutou no canto esquerdo enquanto  Romero ficou no meio. Gol da Itália. Fim de jogo. Itália 1 x 0 Argentina.

Assim que o juiz apitou, todos os jogadores aplaudiram Buffon. Eles então ergueram Gigi no alto. Vários cartazes eram mostrados em homenagem a ele. Eu fiquei com lágrimas nos olhos. Me sentia orgulhosa por toda a trajetória incrível dele, e triste em vê-lo se aposentar. O futebol perderia um dos maiores jogadores que esse esporte já viu.

Gigi recebeu a medalha de terceiro lugar e buscou os filhos. Ele deu a volta pelo gramado com Francesca no colo e Louis, David e Leopoldo acompanhando. As quatro crianças usavam a camisa número 1 da Itália escrito papai atrás. Depois de um longo tempo de homenagens e entrevistas, eu encontrei Gigi num local reservado do estádio. Nos abraçamos, emocionados. Olhei nos olhos dele.

- Parabéns! Parabéns por sua trajetória brilhante. Nunca houve nenhum goleiro como você e jamais haverá. Eu estou muito orgulhosa de ti! Desde a Copa 2006 que eu sou sua fã, que você é meu jogador preferido. Como homem você é o rei do close errado, mas como jogador você é o melhor que essa posição já teve. Seu nome está escrito na história e você será para sempre meu número 1! – Gigi se emocionou com minhas palavras e riu quando o chamei de rei do close errado.

Eu via seus olhos marejados. Gigi avançou com os lábios em direção aos meus e me beijou. Me rendi. Que beijo incrível! Há tempos que eu não era beijada assim. Me sentia me rendendo a ele novamente, como nos velhos tempos. E naquele momento ele poderia fazer comigo o que quisesse.

Gigi parou o beijo repentinamente, me deixando frustrada.

- Emily, você está em meu coração. Mas você fez sua escolha. Você quis o Lapo. Sei que errei muito e estou pagando por isso. Agora você está casada e com esse barrigão de grávida. Vou respeitar sua família. – ele disse, se afastando.

Fiquei um tempo sozinha, me sentindo arrasada.

Meu humor melhorou quando fui assistir a final da Copa. Brasil e Alemanha se enfrentaram e o Brasil venceu 2 a 1, com gols de Coutinho e Gabriel Jesus.

Gigi era parte do meu passado e eu precisava entender e aceitar isso. Eu vou fazer de tudo para o meu casamento com o Lapo dar certo.

O tempo passava e a perna de Lapo ficou boa. Mas a lua de mel já tinha sido adiada. Está ok, quando pudermos viajaremos. Agora estamos focados na minha gravidez, na chegada do nosso bebê.

Fomos fazer o ultrassom. Lapo acompanhava do meu lado.

- Olha seu bebê aqui. – disse a médica.

- Eu não estou vendo bebê nenhum! Estou vendo uma coisa embaçada! – disse Lapo.

- Lapo, é claro que você não vai ter a visão nítida numa ultrassom! – eu disse.

- É isso mesmo. – disse a médica.

- Já dá pra saber qual o sexo? – eu disse.

- É menino! – disse a médica.

- MENINO? VIVA! VIVA! – disse Lapo, pulando.

- Calma, Lapo. Não pode berrar aqui! – eu disse.

- Pois é. – disse a médica.

Começamos os preparativos para o quartinho do bebê. Eu optei por uma decoração azul claro e do Mickey baby. Lapo disse que iria ver o bercinho.

- O berço chegou! – disse Lapo, animado.

Fui até o quartinho do bebê. Quando vi aquele berço no quarto não acreditei.

- LAPO, VOCÊ COMPROU UM BERÇO DE OURO E CHEIO DE SWAROVSKI? – eu disse.

- Mas é claro! Nosso filho merece todo o luxo! Eu vou cobrir ele de varóvis! – disse Lapo.

- Meu Deus, Lapo! Eu estou cansada desse teu exibicionismo! Eu não aguento mais! Venda esse berço e dê o dinheiro para instituições de caridade.

O tempo ia passando. E parecia que no dia a dia de casados eu e Lapo nos distanciávamos ainda mais. Morávamos num grande cobertura em Milão. E nossa rotina era cada vez mais distante. Conforme minha barriga ia crescendo nós transavamos cada vez menos. A vida a dois com o Lapo havia se tornado um tédio. E ao olhar para ele eu as vezes me sentia de saco cheio.

Enquanto isso havia rumores de que Gigi estava num novo relacionamento com um morena misteriosa que ele foi fotografado beijando.

Eu trabalhei até quando pude, pois ficar em casa me deixaria muito entediada e eu gostava de ficar distante do Lapo as vezes.

Faltavam poucos dias para eu ir para o hospital dar a luz. Eu estava deitada na cama, um pouco chateada. Lapo de deitou ao meu lado, me abraçou por trás e começou a acariciar minha barriga.

- Obrigado por esse bebê. E obrigado por ter casado comigo. – disse Lapo.

É, acho que ele está mostrando um lado carinhoso novamente. Quem sabe a chegada do nosso filho não possa fortalecer nosso relacionamento?

No dia marcado, fui para a sala de parto fazer a cesárea. O nascimento da Francesca tinha me traumatizado um pouco, daí optei por cesárea. O parto foi tranquilo e logo ouvi o som do choro do meu bebê. Meu menino! Lapo recebeu o bebê nos braços e veio em minha direção. Nosso pequeno. Rocco Agnelli Elkann, nascido em 6 de dezembro de 2018.

No dia seguinte ao nascimento de Rocco recebi várias visitas no hospital, incluindo de Gigi. Ele passou rapidamente, ficou por 10 minutos e deixou um presente para o bebê. Gigi parecia um pouco abatido, mas se recusava a revelar algo.

Os dias se passaram e passamos a conviver com a rotina do nosso bebê em casa. Rocco sempre chorava de madrugada e eu tinha que amamenta-lo. Eu acabava dormindo mal e ficando cansada. Lapo pouco fazia alguma coisa.

Já fazia 1 mês que Rocco havia nascido e Lapo não fazia quase nada. E cada vez mais ficava fora de casa. Numa tarde, estávamos na sala, eu com Rocco no colo, quando vi que ele precisava trocar fralda.

- Lapo, vai trocar a fralda do seu filho. – eu disse, entregando Rocco no colo dele.

- Mas eu odeio trocar fralda de criança!

- E quem gosta? Mas precisamos fazer isso!

- Mas eu tenho nojo!

- Você só gosta de exibir fotos do nosso filho no instagram! Mas em casa você não faz nada!

- Eu vou tentar ajudar mais.

- Ajudar? Não me vem com essa! Pai não tem que ajudar! Pai tem a obrigação de cuidar tanto quanto a mãe! E você não faz porra nenhuma! – eu digo, irritada.

- CARALHO EMILY, PÁRA DE RECLAMAR DE MIM O TEMPO TODO! – berrou Lapo.

Rocco se assustou com o berro de Lapo e começou a chorar. Tomei o bebê dos braços dele.

- Olha o que você fez! Meu Deus tá tudo errado! Esse casamento foi erro! – eu disse.

- Então é isso que você acha do nosso casamento? Pensei que você me amava! – disse Lapo, com lágrimas nos olhos.

Lapo foi embora na hora.

Acho que falei o que não devia.

Vinte minutos depois meu celular tocou. Era meu irmão com quem não falo há anos. Ele me disse que nosso pai estava muito mal, nas últimas. Me desesperei e liguei para minha amiga Nicole. Nic se ofereceu para ir para o Rio comigo. Compramos passagens para aquela mesma noite. Eu chorava muito e Nicole me consolava. Por mais que estivéssemos distantes, eu de forma alguma queria ver meu pai assim.

Chegamos na manhã seguinte ao Rio de Janeiro. Penelope e Rocco vieram comigo, assim como minha mãe, para cuidar das crianças. Fui no hospital com a Nicole. Fiquei espantada ao ver o estado no meu pai, com edema no rosto e numa magreza assustadora, no osso! Eu chorei. Ele mal disse alguma coisa. De repente meu irmão e meu avô apareceram.

- APARECEU NÉ? SUA INGRATA SAFADA! – disse meu avô.

- VOCÊ FICA RICA E SOME! – disse meu irmão.

- Sério que vocês querem discutir aqui?

- Você fez por onde. – disse meu pai.

- Até você? – eu disse.

Eu não acredito que meu pai quer bater boca mesmo estando nesse estado. Dei um beijo no rosto do meu pai e fui.

No hotel, eu conversava com Nicole e com a minha mãe. Me esperneava e chorava. Não é fácil conviver comigo as vezes. Elas aguentam muita coisa.

Na manhã seguinte acordei com a noticia da morte do meu pai. Minha mãe e Nicole me abraçaram enquanto eu chorava muito. Ele havia falecido de madrugada. O velório e a cremação seriam nesse mesmo dia.

Fui para o velório em cima da hora acompanhada de Nicole. Chegando lá vi o quanto de pessoas horríveis estavam presentes. Meu pai tinha o dom de ter péssimas amizades e se envolver com pessoas falsas que na verdade só queriam o mal dele. Eu estava de óculos escuros observando tudo. Me partia o coração porque eu sabia que a maior parte daquelas pessoas no fundo estava gostando do que aconteceu, dele ter morrido cedo e dessa maneira. Mas meu pai nunca me deu ouvidos quando eu reclamava das companhias dele. Me consola saber que ele foi alguém que aproveitou a vida, foi bem sucedido, ganhou dinheiro, curtiu muito, viajou. Essas pessoas recalcadas podem viver o dobro que meu pai viveu, mas jamais terão a vida que ele teve. Isso é o mais importante.

Houve a cremação e então tudo terminou. Entrei num táxi com Nicole. Foi aí que desabei nos braços dela e comecei a chorar igual uma criança. Lembrava dos momentos com ele, das viagens, de como ele me ensinou a torcer para a seleção da Itália e então virei fã do Gigi, de todos os filmes que assistimos juntos, de quando ele cozinhava para mim... E tudo isso acabou. Ele morreu. Ele não existe mais. A morte é muito cruel. E o tempo é implacável com todos nós. Tudo, absolutamente tudo na vida é passageiro.

Eu e Nicole passamos a noite conversando e bebendo. Eu desabafava sobre tudo com ela, sobre toda a minha relação com meu pai, minha família, refleti sobre a vida. Depois de horas conversando, mexemos um pouco no celular.

- MEU DEUS! – disse Nicole.

- O que foi? – eu disse.

- O Lapo... Esquece! – disse Nicole.

- O Lapo o que? Me diz o que ele fez!

- Bem, vai estar em todos os noticiários mesmo, então não tem como esconder de você. Só te peço para manter a calma, Emi.

Peguei o celular de Nicole e olhei a notícia. Meus olhos começaram a ficar marejados. Eu não consigo acreditar que o Lapo fez isso!


Notas Finais


O que acharam do capítulo?

O que será que o Lapo fez?





Odeio Fanfics 2 está chegando na reta final! Emily Lucciola está se despedindo, mas Penelope Kiedis vem aí! Pra quem ainda não conferiu, aí vai a prévia da minha próxima fanfic: https://spiritfanfics.com/perfil/natashav/jornal/vem-ai-my-keeper-7111049


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