História Odeio Fanfics 2 - A New Start

Eu queria beija-lo. Não podia negar isso a mim mesma. E o beijo dele era maravilhoso como sempre. Eu não queria parar!

Gigi não perdeu tempo e me levou até o quarto. Nos sentamos na cama, nos beijando novamente, e ele rapidamente tirou minha blusa e minha calça. Suas mãos agarravam minha cintura, meus seios. Sentia uma urgência nele. Tirei sua camisa e percorri com os lábios por ser abdômen nu, enquanto sentia o cheiro de sua pele. O cheiro dele. Eu queria lembrar bem disso.  O despi totalmente e nos encaixamos num 69. Sentia língua cobrindo minha intimidade e meu corpo reagindo aos seus toques, eu me segurando para manter o controle de mim mesma. Minha boca percorria o seu membro seu parar, até sentir o gosto do seu pré gozo.

Me sentei sob ele e o senti dentro de mim, eu me movimentava intensamente e me rendia a aquela sensação prazerosa. Cheguei mais perto e ele me envolveu nos seus braços, enquanto tomou mais controle dos movimentos. Sentia meu corpo colado ao dele, seu olhar se cruzando com o meu. Era tudo tão bom, mas estranho. Não está sendo como das outras que fiz amor com Gigi. Invertemos de posição e ele ficou por cima, eu o agarrava e fechava os olhos querendo focar apenas nesse momento. Em pouco tempo cheguei ao ápice e ele veio logo depois.

Gigi se deitou ao meu lado e ambos ficamos calados. Há algo estranho no ar. Não dá pra negar. Tudo mudou.

Eu me levantei e comecei a me vestir. Ele me olhou estranhando esse meu ato repentino, mas logo fez o mesmo.

Me sentei na cama e o encarei.

­Olhei nos olhos de Gigi e não conseguia falar nada, apenas chorar.

- O que foi, Emily? – disse Gigi.

- É só minha tristeza em constatar algo que acabou. Eu e você não existe mais. Como isso é possível?

- Você acha isso mesmo? Mas e o que acabamos de fazer?

- Eu já não sinto o que sentia antes. Simplesmente não sinto! Você sempre vai ter um espaço no meu coração, como já teve como meu ídolo desde que eu era adolescente, até quando nos conhecemos e eu me apaixonei por você. Mas o tempo mudou esse sentimento de novo. A gente não existe mais como casal. Não adianta insistir. E me dói dizer isso, porque eu queria muito que tivesse dado certo!

- Eu também queria, Emily. Mas respeito sua decisão.

- Promete que sempre seremos amigos?

- Sempre! – disse Gigi, me abraçando.

Encostei a cabeça no ombro dele e chorei novamente.

Sei que um ciclo está terminando na minha vida, e outro começa.

Já faz algum tempo que não escrevo fanfics, apesar de sempre conversar com o pessoal e ler algumas fanfics de vez em quando.

Naquela semana eu e Lapo nos encontramos no tribunal para assinar o divórcio. Apenas nos cumprimentamos, e ele pelo menos se mostrou educado. Assinamos os papéis, após enfim chegarmos num acordo de separação.

Eu me dedicava mais ao trabalho e estava feliz assim. Tive a oportunidade de ir para um Congresso em Londres onde se falou sobre as artes plásticas na atualidade.

Durante o jantar, conversei com o dono de uma principais galerias de Londres, e ele me ofereceu a oportunidade de trabalhar com ele. Seria uma ótima chance para minha carreira! Mas e quanto ao meu trabalho no Esporte Interativo?

Falei com meus superiores do EI e eles disseram que eu poderia trabalhar em Londres cobrindo a Champions League. Era minha chance!

Voltei a Turim já determinada a me mudar. 

Comuniquei a Gigi e a Lapo da minha decisão. Gigi aceitou, chateado, mas aceitou. Já quando encontrei com Lapo para falar sobre isso ele ficou histérico. 

- VOCÊ NÃO VAI LEVAR MEU FILHO PRA LONGE DE MIM! - disse Lapo.

- Eu não vou afastar o Rocco de você. Você é o pai dele. Ele pode ir para a Itália todo fim de semana. Mas por enquanto sob supervisão. E não tenta dar ataque ou me colocar na justiça. Lapo, você é pai. Nosso filho merece um pai responsável e presente. Você precisa se tratar do seu vício em drogas e prostituas. Você já está bem velho para ficar assumindo o papel de maluco da família. Você não tem vergonha de ser assim? De estar sempre envolvido em escândalos? De se tornar super bizarro? Você pode mudar e eu vou te apoiar. Você terá em mim uma amiga, se quiser. - eu disse.

Essa conversa com Lapo pareceu surtir efeito. Alguns dias depois ele se internou numa clínica de reabilitação. 

Em um mês eu consegui planejar tudo para minha mudança para Londres. E ainda mudei o visual mais uma vez. Meu cabelo está crescendo e voltei a ser morena.

Fiz uma última exposição na galeria em Turim. O evento ficou lotado. No meio de tanta gente, todos vindo me cumprimentar, avistei Gigi de longe. Fui até ele.

- Você veio! Obrigada por ter vindo! - eu disse.

- Não poderia deixar de te prestigiar. E aquele famoso desenho seu, que você fez de mim! Hoje todos comentam dele. Eu me sinto honrado de ter sido ilustrado por você tantas vezes. 

- Você sempre foi meu muso inspirador. - eu disse, rindo.

- Obrigado. - disse Gigi, sorrindo.

Acho que nos acertamos da nossa maneira. E seguiriamos com nossas vidas.

Aquele desenho de Gigi me fazia lembrar de uma época que não existe mais. Dá um aperto no coração. Uma sensação de nostalgia. Mas acho que a vida é assim. Feita de fases. Temos que lidar com isso e aceitar. 

E estou pronta para abraçar essa nova fase da minha vida!

Minha mãe estava comigo no aeroporto, levando eu e as crianças, ao lado de Valentina, que havia se tornado uma grande amiga e minha irmãzinha. Me despedi delas emocionada. Algumas lágrimas rolaram.

- Calma gente, a Inglaterra não é tão longe e tem passagens baratas! - eu disse.

- Vou te ver sempre! - disse minha mãe.

- E eu sempre virei aqui também. 

Me senti em casa desde que botei os pés em Londres. Tinha conseguido um ótimo apartamento na região de Chelsea. Teria uma babá para me ajudar enquanto eu estivesse trabalhando. 

As pessoas no meu novo trabalho se mostravam bastante amigaveis. Eu já estava conseguido formar um grupo lá. 

Faziam duas semanas que eu estava em Londres. 

Cheguei no meu apartamento com as crianças depois de busca-los na escolinha. 

Mas ao abrir a porta senti algo estranho.

Alguém estava lá.

Alguém invadiu meu apartamento.