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História Odeio o tipo dele - Irritante


Escrita por: KookieHensel

Notas do Autor


OE MEU POVO!
Essa fic é TÃO antiga que nossa, nem lembrava mais, resolvi postar porque achei fofinha, acho que vão gostar!
Boa leitura!

Capítulo 1 - Irritante


Fanfic / Fanfiction Odeio o tipo dele - Irritante

 

- Eu odeio o tipo dele. – Suspirei enquanto observava um garoto de dreads a certa distância, eu sabia o nome dele, sabia onde ele morava, sabia de muitas coisas, mas ao mesmo tempo sentia que não sabia exatamente nada sobre ele.

- Ah, observando o senhor Trümper de novo? – Piedro sorria de uma forma amigável enquanto se aproximava calmamente de mim, eu fiz um leve bico emburrado e me virei para olhar seu rosto, aquele rosto tão conhecido por mim, ele me olhou bem nos olhos e balançou a cabeça de forma negativa. – Isso vai dar em casamento.

Sorri de lado e revirei meus olhos, eu sabia que ele estava brincando, afinal éramos como melhores amigos.

- Casamento? Não Piedro, só estou afirmando que eu odeio o tipo dele. – Fechei meus olhos e comecei a andar entre os corredores da escola juntamente com meu amigo.

Eu sou Bill Kaulitz e estou no segundo ano, já era para eu estar no terceiro, mas devido a alguns problemas de saúde eu tive que repetir um ano. Minha vida é tranquila apesar de muitas pessoas me deixarem constantemente confuso. Sim, confuso, não sei o que é pior, homens me mandando flores ou mulheres me tarando como se elas tivessem no cio.

Claro que tudo isso me agradava em um certo ponto, era gostoso ter as pessoas que eu sentia atração aos meus pés, mas não é tão simples assim, a pessoa que eu mais queria era a que eu não poderia ter.

Motivos: Eu odeio pirralhos, odeio saber que ele é tão gentil e educado de uma forma que mexe comigo... E com mais mil.

Irritante, tão irritante que chega a ser adorável, eu apenas queria ignorá-lo, mas ele é um conquistador, um cavalheiro que gosta de deixar uma boa impressão e um belo sorriso no rosto das pessoas, incluindo eu. Eu não queria isso, queria me manter distante de pessoas do tipo dele, do tipo que mais me encanta.

O sinal havia tocado e isso me deixou aliviado, a diferença de dois anos era grande coisa para mim, eu já namorei com pessoas mais novas e me arrependi amargamente, infantilidade, ciúmes em excesso e o pior, brigas por não compreender o que o outro estava sentindo, esses eram os problemas que eu teria, tenho certeza que com ele seria a mesma coisa.

Andei lentamente para minha carteira que ficava perto de uma grande janela colonial, dando um certo charme naquela sala de aula, eu amava observar as coisas nos mínimos detalhes, ainda mais quando se trata de arte, decoração, design e desenhos. Quando cheguei perto da janela e olhei para fora, o vi ali, com um sorriso encantador que fazia qualquer um suspirar, e vergonhosamente devo admitir que eu era um deles, ele estava jogando futebol com seus colegas de classe, e é irritante... Mordi meu lábio inferior de leve e mesmo contra a minha vontade, mantive meus olhos fixados nele, nem tinha me dado conta que a sala já estava cheia e o professor havia acabado de chegar, eu parecia hipnotizado, o pior foi notar a presença de todo e fingir que apenas estava pensativo, suspirei pesado e me sentei no meu devido lugar, tentei prestar atenção na aula de inglês, mas estava difícil.

Por algum motivo eu sentia que o clima estava diferente, meu corpo estava arrepiado, meu coração batia forte e eu simplesmente não conseguia me concentrar direito na aula, mas fiz um esforço, não podia deixar essa maldita sensação me dominar, eu sou um dos melhores alunos da minha turma, sempre tirando total em todas as provas, mantendo meus cadernos completos e dando exemplo para aqueles que tentavam chegar ao meu nível, não poderia fraquejar agora.

- Senhor Kaulitz! – O professor chamou pela minha atenção, parei de responder um exercício e o olhei meio receoso.

- Sim, professor?

- Poderia me acompanhar por um momento? – Os alunos nos olharam curiosos, mas permaneciam em silencio, me levantei com educação e o acompanhei até a saída da sala, assim que saímos ele começou a andar por um dos corredores e quando teve certeza que estava a uma certa distancia , parou e virou-se  para me olhar. – Senhor Kaulitz, perdoe-me por chamá-lo tão de repente, mas preciso te informar algumas coisas.

- Sim senhor, sem problema. – Respirei fundo e mantive minha pose, o professor se chamava Leandro, tinha longos cabelos loiros amarrados num rabo de cavalo perfeito e usava óculos que combinavam perfeitamente com ele e aquela pele pálida dele.

- Bem, eu e os outros professores decidimos que iremos escolher os melhores alunos de todas as turmas e junta-los em pares para os campeonatos acadêmicos que estão por vim, mesmo que sejam de anos diferentes tenho certeza terão mais chances de ganhar do que as outras escolas que irão participar.

- O senhor disse... A-Anos diferentes? – Senti meu corpo estremecer de leve, mas me contive a tempo dele não perceber.

- Sim, perdoe-me por não ter te contado antes, mas você vai ser o encarregado de dar essa notícia em todas as turmas, tanto dos primeiros, segundos e terceiros anos, darei mas detalhes em breve, estou contando com você, certo? – Ele ajeitou seus óculos e sorriu de forma confiante para mim, aqueles olhos verdes meios cinza me assustaram, eu já podia ver que isso não seria muito do meu agrado.

x----x----x

O sinal havia batido novamente e eu estava pensativo, Piedro era do terceiro ano e também era um dos melhores alunos de sua sala, talvez houvesse uma pequena chance de fazermos dupla nesses campeonatos que estão por vim, mas ao mesmo tempo... Eu poderia fazer par com um pirralho do primeiro ano, e eu não queria isso. Foram com esses pensamentos que sai da sala sem notar que pessoas estavam ao meu redor, eu apenas queria ir para um lugar calmo para colocar minha cabeça em ordem, mas como sempre, a maioria dos meus planos iam por água a baixo.

- Bill! – Virei meu rosto para o lado, vendo um lindo garoto alto, da pele bronzeada, cabelos pretinhos e olhos verdes correndo em minha direção meio ofegante, assim que ele parou, ele respirou fundo e me deu um lindo sorriso infantil. – Bill! Como é bom te encontrar por aqui...

- Acalme-se Gabriel... O que foi? – Era impossível não sorri para aquele pirralho maior que eu, Gabriel é meu vizinho e um anjo de pessoa, nossas mães são bastante amigas e por mais chato que seja, ele é um dos únicos pirralhos no qual eu ficaria feliz de fazer dupla, se ele não fosse tão descuidado... Ele não é burro, mas é meio relaxado com as notas dele... E isso o tira da minha “lista de pares”.

- Nada em especial, só queria te entregar isso. – Ele pegou uma de minhas mãos de forma carinhosa e me colocou na palma da mesma uma medalha dourada, e realmente parecia ser de ouro, arregalei meus olhos e o olhei esperando uma explicação para tal gesto, em seu rosto tinha um largo sorriso e um olhar sincero. – Por favor, aceite este presente, eu só consegui esta medalha por sua causa Bill, se você não tivesse me encorajado antes eu jamais teria ganhado em primeiro lugar.

Eu me lembro disso... Era um dia chuvoso quando o encontrei correndo na longa pista de corrida da escola, ele estava chorando e o som de seus soluços eram abafados pelo som da chuva que insistia em cair sobre nós, eu sabia que tinha algo errado com ele e mesmo sem querer... Eu estava preocupado com aquele pirralho, então me aproximei do mesmo e percebi que seu corpo estava machucado, ele havia me explicado que os meninos da outra escola o desafiaram para uma corrida profissional, mas ele acabou caindo e se machucou feio, o pior foi a humilhação da derrota que ele teve, nesse dia eu o tirei da pista e o levei para minha casa, cuidei de seus ferimentos e disse para ele: “Nunca desista, por nada e nem por ninguém, dê sempre o seu melhor e aprenda com suas derrotas, só assim você será o vencedor de amanhã.”

- Seu pirralho... Eu não mereço isso, mas sim você! Você que se esforçou e lutou com suas forças para conseguir, não dê para mim... – Quando eu ia tentar devolver pra ele, ele se aproximou de mim e me abraçou forte, meu rosto corou fortemente com tal gesto e um sorriso sincero se formou em meus lábios. – Oras Gabriel, vamos deixa disso...

- Obrigado Bill, obrigado por tudo, ainda insisto que fique com isso, por favor! – Ele me soltou do abraço e riu de forma divertida, eu nem tinha percebido quando o mesmo corria novamente em direção a pista, me deixando com cara de idiota para trás, olhei para aquela medalha e de uma forma me senti feliz, feliz por ele ter finalmente entendido o que eu queria dizer naquele dia.

- É tão bom te ver sorrindo assim Bill, seu sorriso é lindo e sincero. – Me arrepiei todo ao ouvir aquela voz rouca, era a voz do pirralho que eu mais odeio e infelizmente... Desejo. Respirei fundo e guardei a medalha em um dos bolsos da minha calça enquanto sorria de lado para o mesmo. – Ah, perdoe minha falta de educação... Boa tarde.

- Boa tarde senhor Trümper, não sabia que gostava do sorriso das pessoas, a propósito, como vai os jogos? – Eu tentava ser o mais frio possível, mas...

- Sim, eu amo ver o sorriso das pessoas, principalmente os sorrisos lindos e únicos como o seu, os jogos estão sendo bastantes puxados... Mas dou o melhor de mim, quero que todos vejam um dos melhores jogos que essa escola já teve, e fico feliz por você ter perguntado. – Ele é tão educado que me dói..

- Vejo que gosta de conquistar as pessoas dessa forma, senhor Trümper, com certeza terá uma multidão para assisti-lo quando os jogos começarem. – Comecei a andar com a cabeça erguida, mas as últimas palavras dele me gelaram por dentro.

- Eu poderia fazer as pessoas se apaixonarem por mim apenas usando minhas palavras, mas Bill, por que não experimenta me ouvir de vez em quando?

Eu não respondi, apenas o deixei para trás enquanto andava em frente, meu coração batia de forma desregular, eu sabia que ele estava me olhando com um grande sorriso em seu rosto, eu não precisava olhar pra ele para ter certeza disso.

x----x----x

- Eu odeio o jeito daquele garoto, é um abusado! – Eu resmungava enquanto andava ao lado de Piedro, nossas aulas tinham acabado e finalmente poderia voltar pra casa, eu segurava um grande buquê de rosas que havia recebido de algum aluno que não conhecia, ou talvez conhecesse, pois quando o recebi eu já estava de saída, não olhei o cartãozinho para saber quem havia me mandado, talvez tenha sido o Gabriel, ainda com essa mania irritante de me agradecer pelo o apoio daquele dia, a medalha já era um grande agradecimento, não precisava de mais nada!

- Ainda está falando do senhor Trümper? – Piedro soltou uma risada baixa enquanto olhava para frente, eu apertei o buquê de leve e fiz uma careta, totalmente emburrado.

- Claro! De quem mais eu estaria falando? Hoje esse abusado disse que consegue fazer as pessoas se apaixonarem por ele apenas com palavras! Absurdo! Esse moleque tem apenas 17 anos!

- Oh, é mesmo? Como esses jovens estão bem pra frente, hein.

- “Pra frente”? Esse aí está dando a volta ao mundo! – Assim que virei meu rosto para olhar Piedro, ele me olhou e nós dois começamos a rir feito retardados.

- Bill, você o ama, admita! E afinal, quem te mandou rosas dessa vez? – Ele pegou o cartãozinho que estava no meu buquê.

- Não amo! Só sinto um nervo pelas coisas que ele diz, nada de mais. Ah, não sei, o garoto que vende flores na escola disse que um cara comprou e pediu para me entregar, o nome deve estar ai, não deu tempo para ler o que está escrito.

Piedro deu uma boa olhada no cartãozinho e soltou uma gargalhada bem alta, coisa que me assustou, ele colocou o cartãozinho no meio do buquê e me olhou.

- Bill, acho melhor você ler esse cartãozinho na sua casa, afinal de contas você está bem cansado e seria chato ler na rua, certo? – Olhei pra ele totalmente desconfiado, mas concordei com a cabeça, afinal... Eu estava cansado mesmo, e já estava em frente a minha casa, Piedro morava na rua ao lado e por isso não tinha nenhum problema.

- Certo, vou entrar porque tenho que estudar em dobro, e descobrir quem é o ser que me mandou isso, enfim, até amanhã amigo.

- Até Bill, se cuida.

Sorri de leve para meu amigo e segui em direção a minha casa, o tempo passava muito rápido para mim e isso de certa forma me incomodava, mas apesar de estar acostumado eu me sentia estranho, essa nova sensação de frio na barriga não quer passar, eu tentava achar uma explicação razoável para tal coisa, mas minha mente estava um pouco confusa.

Assim que tomei um banho e botei um pijama fresquinho, resolvi ver o que tinha de tão importante naquele cartãozinho que vinha com aquele buquê, que no meu ponto de vista foi muito bem arrumado, parecia que a pessoa que me mandou queria perfeição, e de vista conseguiu mesmo.

- Hm, para Bill Kaulitz. – Falei mais para mim mesmo enquanto lia. – Querido Bill, como pode ver eu tenho uma paixão por tudo que tenho e também por tudo que eu faço. Adoro examinar e observar seus gostos, por esse motivo lhe mandei essas rosas como sinal de boas vindas. Do seu mais novo colega acadêmico... – Assim que virei o cartão e olhei o nome da pessoa que me enviou, senti o frio da minha barriga aumentar mais ainda, e meu coração, pobre coração, acelerou mesmo sem motivo, maldito seja, Tom Trümper!



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