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História Oh My Dog! - Desmaiar é sempre a melhor opção, gente.


Escrita por: internest e deepwebs

Notas do Autor


Olá! Quem achou que não ia ter capitulo novo hoje levanta a mão!
@henricktaufner, @kaiiwachii (a.k.a Suki da vida real), @__Neko_Saah__, @nerferupitoulin, @Tonaryan e @Iixosa, te amo vocês <3
Obrigada a todos que favoritaram, claro. Vocês me fazem muito feliz! <3

Sem mais delongas, vamos para o capitulo!

Capítulo 4 - Desmaiar é sempre a melhor opção, gente.


Fanfic / Fanfiction Oh My Dog! - Desmaiar é sempre a melhor opção, gente.

 

25 de março de 2017

Eu andei pensando em um bordão, tipo... mentira, não pensei em nada não.

14:10

Nós estávamos no parque. E que puta parque, viu? Tinha a graminha verde e bem aparada e muita gente ia lá com seus amigos, cônjuges, animais de estimação, falsianes, enfim, todo mundo. Ah, eu mencionei que tem uma fonte, tipo aquela do Yandere Simulator? Bom, tem!

A vadia de uma fonte linda.

— O Roberto disse que você gostou do parque. — Gon disse falou para mim. Quando eu acho que ele não pode ser mais estranho, ele se supera.

— O Roberto é um fofoqueiro. — respondi enquanto me sentava na grama do parque. Ele realmente não ficava longe, mas eu e Gon não tivemos a capacidade de achá-lo sem a ajuda do GPS.

— Não fale assim dele! O sauro tem sentimentos! — ele pôs a mão sobre o peito, onde se encontrava o dinossauro — Mas eu convenço ele a te perdoar, Suki-san.

Uau, meu herói. — disse irônica, mas ele pareceu não entender. É um tapado mesmo.

Nós estamos aqui para tentar concluir o segundo passo do manual Sicut sal exorcizatum in hybrid (nem tive que ir procurar esse nome na outra página (devia ter escolhido um nome mais fácil (pode parênteses dentro de parênteses?))).

2. Ter um círculo social.

Esse vai ser complicado, porque, assim, nem eu tenho um.

Dica do manual de exorcização de híbridos: Híbridos devem amigar com outros híbridos.

Elemento que comprova: Demônios devem amigar com outros demônios para que possam conversar sobre seus assuntos cotidianos, como, por exemplo, rituais satânicos e dicas para fazer da vida de seus “donos” um inferno.

Será que o Gon também um manual chamado “como (não) ser exorcizado”?

— Então Gon, o que você quer fazer em um parque? Tipo, correr atrás de um fribee, correr atrás de gravetos, só correr, por favor, não diga fazer xixi na moita.

Gon olhou para mim com a cara mais indignada que conseguiu, como se eu tivesse falado “é bolacha”.

Obs.: É bolacha sim, não gostou me dá um tiro na cara.

— Não é por que eu sou um híbrido que eu faço tudo igual a um cachorrinho. — Falou fazendo um bico.

Confesso que fiquei com um pouquinho de dó, mas depois Gon voltou a infernizar a minha vida correndo de um lado para o outro, brincando com os cachorrinhos, então o dó passou bem rápido.

Eu fiquei observando se havia mais algum hibrido ali, mas Gon parecia o único. Será que existe algum aplicativo para isso, tipo, Hibrido Go?

Hm, eu não pesquisei isso. Até por que meu celular está quebrado!

 Não, eu não perdoei ainda.

— Suki-san! Compra um Chocorobot pra mim? — Gon veio correndo até mim, ofegante — A moça com chapéu legal disse que é bom! — Gon apontou para uma pequena banquinha onde devem vender o tal chocolate.

Propaganda, a gente vê por aqui. Leia com a voz do narrador da Globo, por favor.

— Tá bom, eu vou lá e você vai procurar alguém para conversar.

— Conversar sobre o quê?

Pensei um pouco. Eu não sei, só conversava com o Katsuo, aquele imbecil, e algumas vezes com os meus pais. Quando eles estavam em casa, claro.

— Qualquer coisa que você saiba e ache interessante. — Falei e fui até a banca sem esperar uma resposta, pois se ele perguntasse alguma coisa eu não saberia responder.

O caminho todo do lugar onde eu estava até a banquinha foi pura preparação mental para interação social obrigatória.

Levantei o olhar e vi uma garota loira que atendia os clientes sorrindo gentilmente. Eu disse uma garota? Eu quis dizer a garota. Ela olhou pra mim, foi tipo em câmera lenta, com uma muita romântica e tela rosa com vários corações.

Pois é pessoal, Suki é uma bissexual assumida a partir de hoje. Sorry boys, You’re welcome girls.

Aí você se pergunta: O que é bi?

E eu respondo, simplesmente, meu caro gafanhoto: Aquele “B” do LGBT não significa “Buy Lady Gaga on ITunes”.

— Olá. — Pode ser uma observação um pouco estranha, mas eu imaginava que ela tivesse uma voz mais fina. Eu chutei na MC Melody e Acertei no Thiago Longo, mas não ‘tô reclamando não — O que deseja? — Eu estou parada há tanto tempo?

O que eu desejo? Quem eu sou? Onde estou? O que eu vim fazer aqui mesmo?

Cara, eu desejo ter dois filhos e um cachorro com você.

Vamos Suki, você consegue falar com ela sem parecer uma fugitiva do hospício.

— Oi... eu gostaria de um Chocorobot.

Muito bem. O primeiro e o segundo passo você conseguiu.

— Ah, aqui está. — A moça me mostrou um robozinho feito chocolate. — São 15,00 reais. — Lhe entreguei o dinheiro quase chorando e peguei a desgraça do chocolate, completando o terceiro passo.

Será que eu deixei uma impressão muito ruim? Ela me achou estranha? Com certeza.

— Ei! — A moça falou e meu coração praticamente parou — O garotinho, Gon, é um hibrido, não é?

O que eu faço, eu nunca cheguei nessa fase? Eu digo que sim? Que não? Eu saio correndo?

— S-sim. Ele é sim.

A moça riu, talvez divertida com a minha cara de idiota, e, puta que pariu, que sorriso lindo.

Alguém chama o Shadow Hunters por que essa moça não é mortal.

— Eu conheço uma família que tem um híbrido também, mas ele não é tão meigo como o Gon, ele é gatinho bem arisco, na verdade.

Ela está tentando começar um diálogo para se fazer amigos? O que eu faço? Eu pergunto algo? Eu estaria sendo intrometida demais? Eu seria grossa se não respondesse?

— Hm, Gon gostaria de fazer amigos novos, seria bom se ele conhecesse híbridos como ele, hm, eu acho.

— Sim, seria mais fácil se relacionarem. Se quiser posso apresentá-lo. Ele está aqui também.

— Claro! — Eu praticamente soltei o grito da pantera rosa, e ela provavelmente não estava esperando já que deu um pulo para trás — Quero dizer, sim seria bom.

— Olha ele lá — Ela apontou para um garotinho provavelmente da mesma idade do Gon, comendo um daqueles chocolates — o nome dele é Killua e vem de uma família tradicional aqui da cidade. O garoto é um pouco... introvertido, mas é uma boa...

— Kill o quê? — interrompi fazendo careta.

— O hibrido.

Killua parece nome de remédio. “Estou com febre!” “Toma Killua que passa!”. Gente...

Ela disse introvertido? Bom, é melhor do que um furacão como o Gon.

Acho que fiquei parada tempo demais olhando para ela, por que a moça soltou um risinho de “tira essa louca daqui pelo amor de Jeová”, e deu até dó, até eu queria salvar ela de mim.

— Eu tenho certeza que eles se darão bem. — Disse tentando passar alguma confiança a ela, tipo, a parte boa disso é que, de certa forma, nós seremos próximas, né? — Nos vemos...?

Eu acho que ela queria responder “Se Deus quiser, nunca mais”, mas a moça tem a educação que eu não tenho, então ela apenas disse que sim.

Pensa em uma pessoa que correu pra Nárnia. Mentira, armário tem pó e eu tenho rinite.

Meu Deus, eu achava que gostava de... — rola — Garotos.

Eu acho que fodeu, eu acho que tenho uma crush.

14:54

Eu estou voltando para o parque bem alegre com meu celular novo — na verdade é o mesmo só consertado, mas a gente finge que é novo — e pronto para encher a galeria com fotos da crush.

Ah, eu gastei o dinheiro reserva que o Katsuo deixou para pagar o conserto. Sabe o que isso significa? Sem mangá esse mês! Vou chorar? Lógico!

Eu falei para o Gon fazer amizade com o tal do garoto que eu esqueci o nome, mas parece remédio, afinal a gente precisa fazer pelo menos alguém entre nós dois ter uma vida social ativa, não é mesmo? Sim, é mesmo Nilce (Desculpa, mas você espera mesmo encontrar uma piada boa aqui?).

Eu vi Gon conversando com o menininho alegremente, provavelmente contando algo do Roberto. Nem pensei em chegar perto, eu tenho fobia à gente com nome de remédio e a gente sem nome de remédio, ou seja, tenho fobia a gente.

Sentei naquela fonte diva e peguei meu celular, pronta para encher a memória dele com fotos de uma atendente de uma banca de Chocorobots. Ok fica um pouco ridículo quando eu escrevo.

Depois de umas 29 fotos tiradas discretamente eu voltei a olhar para o Gon ele parecia extremamente contente conversando com o Benegripe. Era esse o nome, não?

Eles se aproximaram correndo e eu aproveitei para tirar uma foto do Gon, que ficou muito boa, palmas para a melhor fotógrafa do mundo, obrigada.

Eu fui olhar as fotos levando tiro de todos os lados, me senti no MV de Not Today do BTS.

— Por que seu celular tá saindo luzinha Suki-chan? — Gon perguntou e só então eu percebi: Eu estava com o flash ligado o tempo todo.

Parabéns Suki, se você tinha alguma chance de não parecer uma stalker estranha você perdeu essa chance agora.

Eu tremi tanto que o celular escorregou. Isso mesmo, o celular novinho caindo na agua da fonte do Yandere Simulator.

O mundo passou em câmera lenta. E eu, imbecil do jeito que sou, pulei na fonte para não deixar o celular molhar. Conclusão: o parque todo olhou para a garota retardada que pulou na fonte.

Como uma das pessoas que mais passou vergonha desde o jardim de infância quando eu sentei em cima do bolo de chocolate que levei de lanche, eu os ensinarei a escapar da vergonha: finja que desmaiou.

Eu nasci pra tomar no cu.

Pelo menos o celular não molhou.

15:51

Eu pesquisei no Google e meu celular é resistente à água. Mano, eu me odeio.

E essa brincadeirinha me fez ter alguns sintomas de resfriado, queira Deus que não piorem.

— Ela vai ficar bem? — Gon perguntou ao Paracetamol, era esse o nome, não?

— Vai. — O Dipirona disse, mas não era esse o nome...

O que o moleque faz na minha casa? Bom, quando eu cai na fonte Gon se desesperou e me trouxe para casa, e o garoto híbrido veio junto com ele.

— Minha cabeça dói... eu vou morrer... diz para o Katsuo que ele que vai pagar meu velório. — Disse tão deprimida que até eu acreditei que ia morrer mesmo e que não era só um drama.

Gon saiu gritando “Suki-san vai morrer, socorro”, o que até me fez rir, mas minha cabeça doía por causa do resfriado. Eu odeio ficar resfriada.

— Gon! — Killie gritou, acho que esse é o nome certo, parece remédio — Essa imbecil devia ganhar o Oscar de melhor atuação.

Eu não sei se bato nele ou agradeço.

— Já pode ir embora Paracetamol. — Vamos voltar para paracetamol, por que me parece um nome melhor.

— Gon! Volta!

Ele me ignorou?!

— Olha pra mim, encosto!

— Gon! Vem cá desgraça!

www.SukiIgnorada.com.br/vaisefoderremédio

E Gon finalmente veio. Até que enfim. Estava até preocupada, porque se ele morre de ataque cardíaco ninguém cuida de mim, né. Suki que se foda.

— Suki-san! Vieram te visitar. — Gon disse sentando na cama onde eu estava e me dando um copo de água. Por que ele trouxe água?

Eu olhei para a porta para ver quem vinha. Katsuo finalmente tinha voltado? Graças a Deus, era outra pessoa, se você disse Papai Noel, você é um retardado, Papai Noel mora no Polo Norte, bem longe daqui e eu duvido que ele venha até mim para me desejar melhoras.

Bom, era a crush, exatamente, vocês podem ler e reler, mas a palavra não mudará. Crush. Ela me notou, e se preocupou comigo. Finalmente sorte para alguma coisa.

— Ah, oi, eu vim buscar o senhor Zoldyck.

— Zol quê? — Perguntei fazendo uma careta de novo. Gente culta é outro nível.

— Killua.

— Benegripe.

Outro ser — um poste para ser mais específica — chegou atrás da mulher da minha vida e pôs a mão sobre seu ombro, atrapalhando a nossa discussão sobre qual remédio era mais eficaz. E olha como o mundo era pequeno! Era o cara que comprou o lanche com a gente e que era meu ídolo.

— Quem é esse daí? — Perguntei bem grossa mesmo.

— Ah, esse é o Leório. Leório Paradinight.

Oh, não. Nome e sobre nome.

Nome de bicicleta inclusive.

O que ele é? — Na verdade o que eu queria dizer é “vocês se pegam?”, mas meu resto de bom senso não permitiu.

— Ele é um amigo.

Ok Suki, só um amigo. Apenas um amigo. Além disso ele deve ter uns 30 anos.

— E aí tio. — Tentei ser um pouco gentil, afinal, amigo da crush é meu amigo também.

— Eu tenho dezessete anos, pirralha.

Meu mundo caiu. Eu ri sem humor. Era uma piada.

— Tá bom, e eu tenho cinco.

— É sério, garotinha. — A crush disse garotinha...?

Ah, claro, ela olhou para ele que retribuiu o olhar e toda essa melosidade que eu não vou descrever aqui por que seria muito doloroso.

É, meu crush crusha outro. Me sinto traída.

Será que é só pela maestria que ele compra um lanche? Eu poderia comprar um lanche com maestria também! Será que é por que ele é maior? Eu poderia usar um salto e ficar amior também! Será que é por que ele é bonito? Bom... Eu poderia comprar um lanche com maestria também!

— Vocês dois, respeitem o momento dela. Suki está passando pela primeira decepção amorosa. — Killua (sim, é esse o nome) falou sarcástico e eu tive vontade de quebrar aquela cara de gato que ele tem.

— Quem você acha que é, gato falsificado?

— Eu sou meio a meio.

— Meio pau no cu e meio otário?

— Suki-san! — Gon gritou me repreendendo.

Ora, ele está me repreendendo?! Calúnia!

— Meio gato e meio humano, imbecil.

Ok, ele está oficialmente fora do clubinho das Winx.

Abri a boca para mandar uma frase bem sarcástica, digna de mim e também o provável motivo para o Gon me dar uns bons tapas, mas fui interrompida pela ex-crush. Exatamente, ex, ela magoou meu coraçãozinho e eu sou moça de família. Eu sou difícil. Dificílima eu.

— Bom, vamos para casa Killua.

Ela tá me ignorando também?! Ela me interrompeu?!

Descrushei 100% agora.

Só porque é linda, uma Deusa grega, a mulher dos meus sonhos, a pessoa de quem eu enviaria uma foto pro Papai Noel pra pedir de presente, acha que pode ter essa moral toda aí comigo?

Ora!

— Mas eu quero ficar Kurapika!

Kurapika? O nome dela é Kurapika?

Algo não está certo.

— Moça, seu nome é Kurapika? — Perguntei a ela e um silêncio tomou conta do lugar.

— Suki-san... Kurapika-kun é um garoto...

Eu nunca senti tanta vergonha na vida.

Juro que já estava pegando meu celular — a prova d’água, me respeite — para pesquisar como me suicidar rapidamente com uma cama.

E o filho da puta do poste de luz que tem nome de bicicleta começou a rir vendo que eu estava derretendo, encolhendo-me para de baixo dos cobertores.

— Ata.

Gente, desmaiar é sempre a melhor opção.


Notas Finais


Senhor, o que eu tô fazendo da minha vida?
Sim, Suki é bi.
Sim, talvez tenha Leopika.
E se reclamar vai ter mais viadagem ainda nessa fic.
Mas o casal ainda vai ser Gon x Suki. Ok? Ok.
Beijinhos galera.

Trailer da fanfic: https://www.youtube.com/watch?v=cR0Jc1pqGIM


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