História Oh My Dog! - Teu corredor faz casa missa

Trinta de março de dois mil e dezessete

Aposto que vocês nunca escreveram a data assim.

Sim, eu estou sem ideias. Insira aqui um emoji de carinha triste.

11:10

3. Estar apresentável.

Opa! Parece que hoje é o dia de aposentar a camiseta do Roberto, não é mesmo (Nilce. Parei)?

Isso mesmo!

Comente seu amém e cure o câncer de um golfinho da África.

Você se importa com os golfinhos da África, né? Seu sem coração.

Hora de ir para o shopping comprar roupas e comer um Big Mac bem grande pra viver alegre.

Teoricamente nós deveríamos ir mais cedo, porém eu não acordei e Gon também não, então a gente vai agora, fazer o quê?

— Vamos estrume, não tenho o dia todo!

— Estou indo Suki-san!

É melhor eu ligar para o Katsuo, né? Tem essa coisa de ele ser meu responsável e tal, então é bom manter contato para ele saber que eu não faleci nesse meio tempo.

— Alô, Katsuo, desgraçado do caralho?

— Eu mesmo, anjinho de luz bem educado. Tinha que ser capricórnio mesmo.

— Eu estou viva. É isso.

— Poxa que pena, achei que tinha me livrado — Ele faz uma pausa — Onde esteve?

— Conversando com uns amigos aí. Esqueci que você existia, felizmente.

— Wow! Amigo? Quem é o maluco?

— São os malucos, corrigindo. Eu oficialmente tenho mais amigos que você. Dois beijos.

— Ata. Eles não são drogados, são? Se você se drogar eu vou aí te bater até você deixar de ser maconheira, filha da puta.

— Tchau Katsuo, sempre bom falar com você. Me manda mais dinheiro porque cachorro dá um gasto do caralho, beijinhos.

Desliguei sem esperar uma resposta. Ele deve ter cheirado uns incensos em uma dessas seções de astrologia.

Eu tenho que comprar um celular para o Gon também, né? Assim ele para de usar o meu para baixar joguinho.

— Vamos embuste, temos que ir para o shopping rápido.

— Calma, calma.

Gon demora dois anos para se arrumar, não sei se é porque ele não sabe colocar as roupas, só sei que se for eu não vou ajudar.

Porra, vamos colaborar um pouco né @Deus?

Depois de umas boas duas horas que eu passei jogando Subway Surfers — já que o Gon baixou, por que não jogar? — o demônio saiu do quarto como se tivesse entrado há cinco minutos. E depois são as mulheres que demoram a se arrumar.

Antes que eu pudesse pensar em alguma coisa, eu sinto algo pulando em cima de mim e me prendendo na cama. Ah, não. Tá acontecendo de novo.

— G-Gon! N-não! Não!

Eu me debati tentando fugir, mas quem disse que ele deixou? Puta merda, cadê a Suki cavala quando a gente precisa?

— Sim, sim, senhora Suki. — Gon sorriu daquele jeito bonitinho, mas demoníaco — Eu vou fazer você se sentir bem, tão bem que o fôlego vai faltar e seu corpo vai tremer inteiro.

Tá bom que ele queria, mas precisava ser assim?!

— Engole tudo! — Gon enfiou aquele remédio horrível na minha garganta com um copo de água.

aaaaaaaaaaaaaaa alguém me mata isso é muito ruim.

— Agora podemos ir Suki-san. Doutor Roberto disse que você vai ficar melhor logo.

12:09

Tô até sem voz depois desse remédio.

— Primeiro vamos ver as roupas! — falei nervosamente o puxando.

Nervosamente, pois eu sabia que um celular custaria meu rim.

— Eu quero essa!  — Gon disse apontando para um moletom do Hulk. Não pude deixar de rir.

— Se você usar moletom com esse calor infernal vai acabar fritando! — respondi.

— Eu não quero fritar! Nunca mais uso moletom!

— Fritar é modo de falar, Gon. Você só pode usar moletom no frio, idiota.

Ele soltou um “entendi” animado enquanto corria entre os corredores de roupas.

Peguei algumas camisas para o calor desgraçado que estava fazendo e umas bermudas. Parecia o suficiente.

— Olhe essas aqui Gon. — mostrei as roupas para ele.

— Hm...? Mas as estampas são feias. Não quero!

Suspirei.

— E as bermudas?

— São estranhas! — falou fazendo bico.

— Mas eu acho que ficariam bem em você! — olhei novamente para as bermudas uma era branca e outra preta. Ficariam realmente bem nele, eu acho, não sou muito boa com roupas.

Ele murmurou alguma coisa voltando a analisar as bermudas em um olhar critico. Olhou para mim e voltou a sorrir.

— Se você diz que vou ficar bem, então eu quero!

Sorri em resposta. Finalmente estamos nos entendendo.

— E as camisas? — falei esperançosa.

— Feias! — voltou a correr pela loja como se tentasse fugir — Vi outras mais legais! — Gon gritou de longe.

Suspirei novamente – tem sido minha ação favorita desde que conheci esse pirralho – me contentando em apenas segui-lo.

Cheguei lá me deparando com Gon e quatro camisetas nas suas mãos. Uma do Homem de Ferro, outra do Capitão América, em seguida uma do Hulk e por fim uma camisa com um dinossauro parecido com o Roberto.

— Eu quero essas!

— Essas são para crianças Gon. Você tem que usar roupas para a sua idade se não vão achar que você é idiota — respirei fundo antes de murmurar “não que seja mentira”.

— E daí? As pessoas podem pensar o que elas quiserem, eu não ligo! — Gon olhou para as camisetas — E eu gosto dos heróis! — completou.

— Tudo bem, nós levamos elas, mas só se você me deixar escolher uma. — ele concordou rapidamente — Então vai ver se essas aí te servem. — apontei apara o provador ele correu com as roupas até lá.

Expliquei cautelosamente para que nada de duplo sentido fosse entendido errado. Com um Gon na sua vida todo cuidado é pouco. No fim perguntei se ele entendeu.

Gon assentiu receoso.

— Acho que sim.

— Muito bem então, vá. Enquanto isso eu vou dar uma olhada nas roupas daqui.

Aproveitei e peguei algumas calças, regatas, moletons – inclusive o do Huck – e jaquetas. Claro, um pouco mais infantis, já que é o gosto dele – e também por que as roupas estavam com 50% de desconto, não podemos perder né?

Gon estava fazendo tudo certinho; experimentando primeiro as camisas de heróis que ele tinha escolhido. Era difícil algo não ficar bem nele, era uma criança, afinal, nada fica ruim em crianças.

Se bem que o Gon não tem corpo de criança, não mesmo.

Espera como eu apago isso que eu escrevi?

Esquece, não tem borracha aqui.

— Já deu?

— Não, ainda tem mais essa aqui. Aí acaba.

Gon pegou a roupa das minhas mãos e correu para se vestir rápido.

Eu olhei para as centenas de roupas ali e já me deu uma preguiça, eu só queria estar comendo agora, mas a gente precisa cuidar do hibrido de demônio, né? Na verdade só estou chamando ele assim pelo habito porque ele até está se comportando bem até agora.

— Ficou legal, né? — Gon disse saindo do provador.

Meu Jesus amado todo poderoso.

Gon ficou realmente muito bem. Sério, eu vou obrigar ele a só usar essa roupa. Sinto muito Roberto.

Meu Deus eu me sinto muito retardada chamando um dinossauro de camiseta de Roberto. Que merda de nome.

— Ficou... legal. Vamos pagar tudo!

— Espera! — Ele correu entre as roupas enquanto eu começava a rezar em latim pra ele não fazer merda — Alluka-chan e Kalluto-kun me falaram algumas coisas sobre roupas.

Medo define.

Crux Sacra Sit Mihi Lux Non Draco Sit Mihi Dux Vade Retro Sátana Nunquam Suade Mihi Vana Sunt Mala Quae Libas Ipse Venena Bibas.

— Oração em latim by: Suki

Só aqui você vê uma oração em latim, meninas. Que ela espante todo o mal.

Tomara que o Gon não pegue fogo se eu falar em voz alta.

— Toma, eu quero essas.

Vestido branco, calças jeans, camisas brancas com frases em inglês. Vou fazer um coque frouxo e ir procurar a Starbucks, isso tá muito fanfic.

— Isso não é pra você, né...?

Vai saber...

Não duvido de mais nada. As irmãs do Killua que falaram com ele. Ah, espera, o Kalluto é menino. Só esquece o que eu escrevi.

— Alluka-chan e Kalluto-kun disseram que você ficaria melhor nessas roupas.

Eu olhei para as minhas roupas; calça moletom preta, camisa de manga curta preta com estampa de One Piece — tenho sorte dela não ter nenhuma mancha de coisas desconhecidas ainda — e all-stars. Ok, meu “look” natural é meio fanfic também, mas a gente releva.

Shh, shh, a gente releva.

Antes de você reclamar que eu pareço um filhote de cruz credo eu quero que você saiba que essa é a roupa de quem passou a metade da vida viajando por culpa de um louco chamado Katsuo e que foi obrigada a acordar onze horas da manhã para interagir socialmente com pessoas que ela não conhece e nem tem vontade de conhecer. Esse alguém é Suki todos os dias, pois Suki está dando absolutamente zero fodas para o que você pensa dela. Grata pela atenção.

Minha barriga roncou e eu decidi que foda-se. Vou usar só hoje para o Gon parar de me encher o saco.

Paguei tudo chorando de novo e saí chorando mais ainda porque eu tinha que comprar um celular pro Gon, já com o vestido. Como eu já disse a vida não é um chocolate, na verdade a minha parece um limão.

— Suki-san, você ficaria muito irritada se eu dissesse que comprei suas roupas na seção de doze anos?

Kkkkkkkkkkkk, cada “k” é uma lágrima.

12:32

Crianças, não comam fast food, sabem por quê? Porque além de ser um parto para pedir o lanche, você ficar com diabetes depois da terceira vez que vai nele e além disso tudo você pode encontrar pessoas que você não quer encontrar, tipo o crush.

Sério, eu quase me joguei no chão, já que eu estava com um vestido branco, da mesma cor que eu, me camuflaria muito bem no piso de mármore, mas o Gon, escandaloso que só ele, gritou e chamou Kurapika pra cá.

Ah, Gon, se algum dia existiu uma chance de eu achar que você não era um demônio, ela desapareceu agora.

— A Suki-san me comprou um celular, olha! — Gon mostrou a tela do aparelho para ele.

O celular do Gon era um IPhone 7... só que não, era aqueles de tecladinho que abre e fecha.

O que foi? É igual ao do Jin do BTS! Quantos de nós podemos ter um celular igual ao do nosso ídolo? Além disso, tem internet e dá para baixar os joguinhos dele.

— Que legal Gon, você quer meu número?

Ah, para ele você dá seu número, né?! Para o amor da sua vida nãããão.

Não me olhem assim! Me deixa fazer drama em paz!

— Olha só, o Gon tem um celular. Deixou de ser mão de vaca, é? — Killua apareceu ao lado de Kurapika com seu celular de ultima geração na mão — Vou te dar meu número. Tenho que avisar umas coisas para vocês mais tarde.

— Ai que lindo, é o comércio de números de celular, mas eu fico excluída.

— Pode me passar seu número também! — Gon falou animado.

Eu o olhei, mas não soube identificar se ele estava ou não brincando.

Considerando o histórico de panaca que ele tem, com certeza estava falando sério.

— É que você já tem nosso número. — Kurapika disse com uma cara de “essa mina é meio drogada”. Tenho certeza de que ele quis dizer isso.

Peguei meu celular e tinha, realmente, dois contatos novos. “Amor platônico” e “Gostoso do Chocorobot”. Tinha que ser mesmo.

Eu nunca tive muitos contatos, na verdade só o meu, o do embuste do Katsuo, o da policia, porque apesar de ser cavala eu não dou coice em bandido, o da ambulância pra quando eu for ouvir k-pop e tiver uns ataques cardíacos de boa.

Claramente eu troquei os nomes dos contatos. “Amor ainda não correspondido” e “Benegripe”.

Claramente melhor.

— Quando você colocou isso aqui?

— Quando vocês foram lá em casa.

Que poder de manipulação! Eu nem percebi!

— Killua, como você passou a sua fase “tomatão” tão rápido? — Gon perguntou, me fazendo rir.

Killua tomatão.

Gostei.

Mentira. É o Killua. Nada que venha do Killua me agrada.

— Não interessa, idiota.

Gon não pode falar nada, ele tem sobrenome de vara de pesca.

Compre agora mesmo, Freecs, a melhor vara de pesca da cidade!

“A melhor vara da cidade”, meu Deus, devolva-me minha inocência.

Além disso, tem nome de inseticida, né?

Baigon.

Me mata.

— Nossa Killua.

Senti meu celular vibrar e meu aplicativo de conversa com novas mensagens — nossa, há quanto tempo? — de um grupo.

“Suon is real”.

— Que palhaçada é essa?

— Todo mundo tá shippando vocês dois. — Kurapika disse rindo, enquanto eu queria chorar.

Você devia nos shippar, seu sem alma!

— O que é shippar? — Gon perguntou inocentemente. Esse jeito dele é fofinho, mas não nessas horas em que o meu coração está sendo pisado.

O hobby do Kurapika é sambar no meu coração.

— É torcer para duas pessoas namorarem... — simplifiquei, tentando fazer com que ele entenda.

É meio estranho.

Ele ficou vermelho até as orelhas (as de humano, viu?) e eu comecei a rir do constrangimento alheio. O que foi? É engraçado!

Vocês riem do meu sofrimento!

— Não só namorarem. Tipo, você é um cachorro, é normal que você, sabe... entende? — Killua começou tentando provocar Gon, mas ele é tão estupido que nunca ia entender esse tipo de coisa.

— Não tire a inocência da criança! — Kurapika tapou os ouvidos do moreno.

Me surgiu uma dúvida: Gon ouve com as orelhas humanas ou as de cachorro? Bom, foda-se.

Fui ler as mensagens do grupo.

You:

K.K.K.K.

Engraçado pra porra, viu?

Amor ainda não correspondido:

A ideia foi do Killua.

Benegripe:

Claro, de quem mais seria essa ideia maravilhosa?

You:

Eu apoio outro shipp aí.

Cof cof Kuraki cof cof

Opa, foi o Roberto que escreveu, malz aí.

Número desconhecido:

o robert tm ese aplicatico?

tem

esse

aplicativo

roberto [sad face]

Você mudou o nome de número desconhecido para “Santo Diabinho”

You:

Tá difícil de escrever no teclado? Hdbhsdcjdln

Santo Diabinho:

Eu escrito e esse muda!

a suki-san tá conectando?

convulsionando

Benegripe:

Parece que sim, vai salvar ela [sun face]

You:

Killua, meu anjo, realiza aqui:

Quantos centímetros você tem de cauda?

Benegripe:

47 centímetros, tá interessada? [moon face]

You:

Se você não calar a boca vou enfiar seus 47 centímetros de cauda no seu cu.

Número desconhecido:

Por que vocês estão se ofendendo aqui se provavelmente estão um na frente do outro?

Santo Diabinho:

suki-san, nao barriga com o que lua [sad face]

You:

Tá, parei de barrigar com o que lua

Ok, ok.

Foi o Roberto que escreveu. Que dinossauro mau.

Quem é o número desconhecido, afinal?

Número desconhecido:

É o Leório.

O arrasador de corações [heart]

Você mudou o nome de número desconhecido para “Bicicletinha”.

Mano, Leório tem sobrenome de bicicleta, mas tem nome de bolacha.

Até que enfim alguém mais zoado que.

Tipo, eu sou azarada, mas até os pais dele zoam o Leório.

Não que os meus não façam isso. Nossa, bateu uma bad aqui.

Você mudou o nome de Bicicletinha para “Leoreo bolachão”

Amor ainda não correspondido:

Oi Leório!

Benegripe:

Leopika é bem mais real que Kuraki.

Uma pausa na conversa para dizer: Não é porque o Kurapika parece menina que ele é gay. Diga não ao preconceito galerão!

Outra pausa para dizer que o Killua é um pau no cu: Killua é um pau no cu.

Benegripe:

Se bem que eu ouvi boatos de outro shipp aí.

Cof cof KuroKura cof cof

Leoreo bolachão:

Q?

Amor ainda não correspondido:

Killua!!!!!

You:

QUEM É A DESGRAÇA???

VOU COLOCAR NA LISTINHA NEGRA.

APENAS

ESPERE

Benegripe:

Opa, foi o Renato que escreveu. Risos.

Santo Diabinho:

É ROBERTO! [angry face]

Agora ele escreve certo. Achei digno!

You:

Nunca desafie o Roberto.

Benegripe:

O MEU DINOSSURO É RENATO.

NÃO TAVA FALANDO DO DINOSSAURO DA SUKI!

Santo Diabinho:

o roberto e nsso! [smile face]

Benegripe:

Socorro!

Roberto é o filho de Suon! Repassem!

Mas o Renato é melhor.

You:

Cansei dessa porra de Suon, mano.

Você mudou o nome do grupo para “Suon é nome de jutsu”.

Santo Diabinho:

Peço q no tm chip com o que zoeira

Pq ele não tem ninguém.

Leoreo bolachão:

QUE ZOEIRA

AH NÃO VELHO.

You:

Killua é pai solteiro porque ninguém ama ele huehue

#QuemNasceuRenatoNuncaSeráRoberto

Mas eu ainda queria um pai que não fosse analfabeto para o meu filho, man.

Santo Diabinho:

Eu n sei anal fabeto [sad face]

E u ten um otimo pau

Bicicletinha:

Gon, teu corretor mudou “pai” para “pau”?

meu deus eu não tô respirando

Santo Diabinho:

Ss [sad face]

Benegripe:

Anal fabeto.

Ah não Gon.

You:

mANO

Não to bem lasfksdhfkghksbfkd

Sério. Primeiro o Que lua sendo idiota, depois o Gon.

Isso tá tipo Guerra Civil.

Amor ainda não correspondido:

Sou #TeamRoberto

Desculpa Kill

You:

BERRO!

Chupa meu pau inexistente Killua

Opa, foi o Roberto.

Bicicletinha:

Eu sou #TeamRenato

Só porque o Gon tem que aprender a escrever antes de cuidar de um filho.

E parar de confundir pai com pau

You:

Tinha que ser o velho!

Apesar de eu concordar com a segunda parte.

Mas, enfim.

São três contra dois, #TeamRoberto vence.

Santo Diabinho:

#TeamRoberto

roberto é o melhor sauro?

sim or claro?

rbt e spr a to

— Cansei! — Killua jogou seu celular na mesa — Por que nós estamos falando pelo celular se estamos um na frente do outro?

— Killua parece muito maduro, mas na verdade é um bebezão — eu disse enquanto ria.

 — Ele tá triste porque só ele não tem shipp no grupinho. — Gon afirmou.

Gon melhor pessoa, meu Deus. Mais um pro clubinho “vamos zoar o Killua”.

— Essa votação foi roubada. — Killua fez beicinho e inflou as bochechas — Quero recontagem.

Nós rimos. Killua é muito trouxa, na moral. Pior que o Gon.

— Killua, você não tinha algo para dizer a eles? — Kurapika diz com um sorriso no rosto. Killua pareceu lembrar-se de algo, logo um sorriso arteiro surgiu em seus lábios.

— Eu só digo se vocês disserem que o Renato é melhor que o Roberto.

— Calúnia! — Gon gritou, chamando a atenção de todos.

Ah é, nós estamos na frente de um fast-food, né?

— Eu resolvo isso. — disse e me levantei, encarando Killua nos olhos mortalmente — 47 centímetros.

Ele arregalou os olhos e segurou sua cauda.

— Suki-san n-

— Isso foi uma tentativa de me contradizer?

Silêncio.

Muito bom, estou educando direito.

— Ei, vocês! Tragam o Killua! — um cara uniformizado gritou e Killua saiu correndo em sua direção.

— Eu falo por mensagem!

Eu sorri satisfeita vendo que o amedrontava.

— Adeus, até qualquer hora! — Kurapika se despediu indo até Killua — Ah, sua roupa nova ficou legal, Killua disse que você ficou menos estranha.

Eu quero dizer que nunca mais tiro essa roupa do corpo, ok? Ok.

Juro que berrei por dentro.

— Vamos Gon?

— Sim!

Peguei sua mão para não o perder no shopping.

— Suki-san, ninguém disse, e sei que não é de mim que você quer ouvir isso, mas você fica linda nesse vestido.

@Deus me leva, por favor.

17:39?

Estou com preguiça de levantar pra ver as horas.

Gon está deitado no chão assistindo algum desenho na minha Netflix, ou seja, não adiantou nada eu dar um celular para ele. Bem legal mesmo.

Eu queria estar assistindo Doctor Who e berrando pelo David Tennant, mas eu não posso porque o Gon está assistindo Patrulha Canina. Bem legal mesmo parte dois.

— Suki-san o que é uma festa a fantasia?

Parei um minuto para pensar. Onde ele tinha visto isso? Será que é seguro deixar o Gon tão exposto a internet? A internet é um lugar obscuro crianças, não se deixem enganar.

Por que eu chamo vocês de crianças? Não sei, mas se acostumem, vai ser assim de agora em diante, crianças.

— É uma festa. Onde todos os convidados estão fantasiados.

Os olhos de Gon brilharam e ele se aproximou de mim com a cauda balançando rapidamente.

— Killua nos convidou para uma festa a fantasia na casa dele! Eu quero ir!

— Tudo bem.

Sorri pensando na possibilidade, mas logo meu sorriso murchou.

Eu nunca fui a uma festa.