Um mês havia passado desde o ocorrido com o Sehun;
Meu bucho quase não cresceu, até porque estou começo da gestação;
Sobre aquele homem cafajeste -Cof cof Sehun-, nunca mais nos vimos. Passei a viver junto com o Yixing, na casa dele - apesar de não termos nenhuma relação fora a amizade - porque ele insistiu muito. Então, nossa vida é meio que passar o dia inteiro na frente de uma TV. Eu sei, deplorável.
(...)
- Lu, hoje você vai fazer aquele negócio mensal que as gestantes fazem.
- Como assim?
- Pré-parto, algo assim.
- Pré- parto? E eu vou parir quantas vezes? Você deve estar confundindo com o pré-natal.
- É, isso mesmo.
- Não tô afim de ir. - Falo baixo. por que sair de casa quando você poderia ficar tomando sorvete, enrolado num edredom, assistindo supernatural no sofá da sala?
- Larga essa vida de sedentário, seu merda.
- Não. Prefiro engordar e vegetar sozinho do que ir ao médico.
- Se você não for, sua cria não será saudável.
- Por mim, essa criança pode morrer.
- Para de falar merda. Tudo isso é por causa do babaca do Sehun? Sério? Supera aquele traste. Ele não merece a sua raiva.
- Vai embora, Yixing.
- Se você não se levantar agora, eu arranco as suas tetas com o meu salto alto.
- Virou bicha? - Ele me olha feio.
- Assim como você? Não.
- Como conviver com pessoas que falam top? Affersson. - Digo com cara de nojo.
Ele tira o pote de sorvete de minhas mãos. Filho de uma anta.
- Ei! O que você pensa que está fazendo? Sua anta ecológica. - Ele começa a rir.
- Colega, se você não for, eu ligo para o hospital vir te buscar à força.
Yixing é muito macumbeiro, assim que ele fala isso, alguém começa a bater na porta. Que estranho. Inji.
Logo escuto uma voz que conheço muito bem. Até porque ouvi ela gemendo enquanto enfiava seus espermatozóides dentro de mim. Bem empolgante.
- Sehun, o que você está fazendo aqui? - Como dizia o meu avô, quem é vivo sempre aparece para estragar o seu dia.
- Cadê o luhan?
- Não está.
- Então quem é aquele indivíduo estirado no sofá? Preciso falar com ele.
- Lu, você quer falar com esse homem? Nós vamos nos atrasar.
- Para onde vocês vão, com toda essa pressa?
- Não te interessa. Te dou cinco minutos para falar o que você quer falar com o Lu.
- É o suficiente. Obrigado. Por favor, não interfira em nosso diálogo.
- Como quiser. - Yixing cruza os braços e vai até a cozinha.
Sehun se senta ao meu lado e começa a falar.
- Luhan, eu mudei de ideia.
- Quê?
- Eu quero essa criança também. - Opa...
- Parece que o jogo virou, não é mesmo?! - Yixing berra da cozinha. Só queria que ele fosse surdo.
- Por que isso do nada?
- Sei lá, deu uma saudade de você.
- Como assim?
- Deu uma saudade do dia em que você me deu a sua raba. Foi ótimo. Espero que possamos repetí-la qualquer dia desses. - O pior é que ele está falando sério. Quero que ele morra. Vagabundo.
- Sobre você querer assumir a criança, tudo bem, mas sobre o nosso relacionamento, não dá para voltar atrás.
- Sério? Mas eu tenho novidades.
- Quais?
- Eu também estou grávido...
- Hãn? - Eu só queria o meu sorvete.
Até que ele tira de seu bolso, um papel, que era a comprovação de que o mesmo estava esperando um filho.
- E o que eu tenho com isso?
- Você é o pai. Ou a mãe. O que você preferir. Espero que possamos recomeçar com tudo, Já quer estamos grávidos.
- Você acha que eu sou burro, Sehun?
- Às vezes.
- Eu não coloquei nada meu dentro de você, e tu também não tem um útero.
- Eu não disse que o filho era seu.
- Pelo menos não é daquela vadia, vulgo Eunji.
- E você está certo.
- O que você veio fazer aqui?
- Vim para te pedir desculpas.
- Primeiro me explique esse negócio do filho.
- Olha, eu não estou grávido. Quem estava "grávido" era a minha nova namorada. Podemos viver juntos agora que ela se foi...
- Eu não estou te entendendo.
- Eu meio que fiz essa minha namorada abortar a criança, e então, o processo deu errado e ela morreu. me sinto vazio. Descobri que você era a pessoa que preenchia este meu espaço, mesmo que a nossa convivência não tenha durado muito... Espero que você possa entender...
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