História Oi, Jungkook - Realizando os preparativos: Sentimentos a flor da pele

Jungkook

Diversão era a palavra que definia os hyungs e eu na griffe, experimentando smokings e ternos. Era engraçado pôr um desses trajes, mas eu gostava muito porque me fazia parecer mais homem. Os rapazes também ficam muito bem quando estão vestidos formalmente.

— Você ficou muito bem com esse smoking, filho. — Jin disse, endireitando a minha gravata. — Se usar ele amanhã, ficará esplêndido!

— Obrigado. — Sorri. — Até porque vai ser esse mesmo que eu vou usar. Depois que você disse, só tive certeza.

— Parabéns pelo bom gosto. — Jin sorriu.

Yoongi ainda estava se analisando no espelho com uma cara de que não estava nada satisfeito.

— Você está ótimo, hyung! — J-hope disse para ele.

— É, devo estar. — Yoongi deu um sorrisinho. — Vou ir com esse mesmo. Até porque, looks não serão olhados amanhã e sim os clicks.

Ele tinha razão. Em eventos como esse, sempre acontecem coisas e a imprensa também criava um monte de loucuras.

— Você está muito bonito, Jungkook. — Jimin sorriu.

— Obrigado. — Falei, rindo. — Você sempre causando impacto sobre mim.

— Porque eu te amo. — Jimin segurou meu rosto.

— Tá legal... — Retirei suas mãos de mim.

— Por que você sempre me ignora, hein? — Ele fez bico. — Quando arrumar uma namorada, tô vendo que vou perder você pra ela e nosso amor vai acabar.

— Não diga tolices, seu doido! — Dei um tapa em seu peito. — Você fala que eu vou arrumar uma namorada como se fosse hoje e agora. Eu nem sei o que é gostar de alguém, quanto mais namorar.

— Gostar de alguém pode ser algo muito fatal, Jungkook. — Jimin sacudiu meus ombros.

Fiquei pensando no que ele disse. Precisava saber mais sobre como era gostar de alguém, mas com alguém que soubesse bem das coisas e fosse romântico. Não que o Jimin não fosse — Mas ele é muito sem vergonha! —, longe disso. 

Fui até o hyung que era mestre na arte do amor e sabia de tudo sobre romance. Adivinhem quem era?

Ele mesmo: Omma Jin!

Quando me aproximei, vi que ele estava endireitando sua gravata no espelho.

— Hyung, posso te perguntar uma coisa? — Falei, meio sem jeito.

— Sempre pode me perguntar o que quiser, filho. — Ele sorriu, me olhando por um momento. — O que quer saber?

— Como é gostar de alguém de verdade?

Jin parou de mexer em sua gravata e se virou para mim, curioso.

— Por que está perguntando isso, Jungkook? — Ele riu. — Está achando que está apaixonado?

Engoli em seco.

— Não, hyung. — Respondi. — Só queria saber como é.

— Entendo. — Jin assentiu. — Bem, estar apaixonado por alguém é algo muito bonito, filho. Você se sente feliz, seu coração acelera, você quer estar perto daquela pessoa sempre, quer beijá-la, abraçá-la, protegê-la. E uma ótima sensação é sentir sua amada deitada sob seu peito ou abraçada a ele. É bom presenteá-la, enchê-la de carinhos e de surpresas... enfim, quando se gosta de alguém, você sorri o tempo todo, dorme e acorda pensando nela... 

Jin deu um suspiro apaixonado.

— Tá parecendo que você é quem está apaixonado! — Brinquei.

— Quem me dera! — Jin disse. — Mas é isso, Jungkook. Quando você ama alguém, você se sacrifica por ela, se doa por ela, cuida dela e a faz muito feliz. É bom estar apaixonado por alguém quando o sentimento de ambos é verdadeiro.

— Eu nunca senti nada disso... — Falei, um pouco decepcionado.

E era verdade. Eu nunca provei e senti do amor verdadeiro. Não sabia como ele era, nem como era ter alguém para proteger e amar. Vai ver eu nem sabia nem nunca vou saber como fazer isso, do jeito que eu sou.

— Você ainda é muito novo, filho. — Jin segurou meu rosto. — Vai conhecer o amor verdadeiro e vai ser muito feliz também. E você será um bom menino, daqueles que vai cuidar muito bem da sua namorada. Vai fazer surpresas pra ela, vai brincar, vai amá-la e beijá-la muito também, porque sei que quer fazer isso assim como eu também quero e muito.

Abri um sorriso largo. Conversar com o Jin me fazia ficar muito bem comigo mesmo. Eu amo demais o meu hyung.

— Obrigado por conversar comigo. Você é um cara muito especial para mim.

- E você também, maknae.

Nos abraçamos. 

— Vai fazer algo nesse cabelo também? — Jin indagou. — Quero meu filho muito bonito amanhã. 

— Não sei o que vou fazer nele. Mas seja o que for, vou fazer amanhã. Estou muito cansado agora.

       *****

Valentina

Clover havia conseguido umas revistas não sei aonde com penteados e vestidos para ocasiões formais. Ela sismou que tem que ficar super maravilhosa no baile.

— Não acha que está exagerando? — Perguntei.

— Não mesmo! — Ela disse. — Nós duas temos que arrasar naquele baile, você tá me ouvindo? Eu sinto que ele vai ser muito quente!

— Quente? — Peguei uma das revistas para ver.

— Sim, quente! — Clover riu. — Os meninos com certeza vão estar uns gatos. O Jimin vai ser o safado da noite.

— Ele já é um sem-vergonha antes mesmo desse baile. 

— Podia me dar mole.

— Credão, Clover! Seu lado fã continua mesmo aí.

— Por quê? O seu não?

Tirei os olhos da revista e encarei minha amiga.

— Tem horas que você merecia ser exterminada. — Provoquei.

Eu ainda não tinha contado tudo pra ela. O momento era ótimo para fazer isso, já que estávamos sem ninguém por perto.

— Tenho coisas para te dizer. Me desculpe por não ter dito antes, é que eu precisava analisar tudo com calma e também acabava esquecendo de dizer.

— Pois então me diga. — Clover disse.

— Só peço que ouça até o final. Depois, tenha suas reações.

Terminei de contar as coisas do dia do parque. Depois, contei da piscina, falei sobre ter dormido com Jungkook e o que mais fosse preciso. O importante é que eu falei tudo, tudo mesmo. Minha amiga deu vários gritos e queria falar, mas eu cortava e continuava contando as histórias. Ela começou a me bater e, quando finalmente pode falar, fez um completo escândalo.

— AAAAA, ÉGUA! POR QUE DEMOROU PRA ME FALAR ISSO TUDO? VOCÊS DORMIRAM JUNTOS, APROVEITARAM QUE EU ESTAVA LONGE PARA SE PEGAREEEM, AAAAA!

— Não aconteceu nada disso, sua louca! E pare de gritar assim!

— MENINA, VOCÊS SÃO O MEU OTP! POR QUE NÃO NAMORAM LOGO? TÁ CLARO QUE VOCÊS SE GOSTAM, TINA!

— Ficou maluca? Fale baixo, criatura!

Clover respirou rápido e começou a me enforcar. Me desvencilhei de suas mãos, mas ela continuou em cima de mim.

— Você vai ficar linda pra ele, ouviu bem? Quero você mais do que linda pra esse baile amanhã. Tenho certeza de que alguma coisa vai acontecer e eu vou gritar muito quando souber. E tomara que aconteça pra mim também!

— Não vou fazer as coisas pensando no Jungkook, Clover! Quero estar bonita pra mim mesma.

— Você vai se namorar? Ou vai namorar o Jungkook?

— Nenhum dos dois! E pare de loucuras, viu? Se isso chegar no ápice, se é que já não chegou, não quero nem pensar nas explicações que vou ter que dar.

      *****

Mais tarde, fui colocar minhas roupas no lugar. Pelo que Yorin havia me dito, ficaríamos uns dias na casa do Bangtan porque a agenda deles ia começar a rolar de verdade. 

Meu celular acabou tocando, interrompendo meus pensamentos. Atendi super feliz quando vi que era meu irmãozinho, o Tyler.

— Seu canalha! Por que demorou a me ligar?

— Nossa, nem me esperou dar alô! — Tyler riu. — Como você está?

— Eu estou bem, obrigada. E você? Como está no Pet Shop?

— Eu estou ótimo. O pet shop está indo bem, com vários cachorrinhos fofos.

— Estou com saudades deles. Queria tanto os meus bichinhos!

— Você vai vê-los em breve. Mas e a Clover? Como vocês estão na casa do Bangtan? Imagino que não estejam aprontando.

— Duvido! — Eu ri. — A Clover está bem. Aqui andam ocorrendo muitas emoções.

Como vocês sabem, o Tyler é meu irmão e, para Clover, é como se fosse o dela também. Eu nunca tive um laço tão forte de família assim com ninguém além dele e de minha amiga.

Não tive a oportunidade de contar minha história para vocês — E também, nem queria tocar nesse assunto porque não gosto de algumas partes dele —, mas é o seguinte: Eu fui criada pelos pais do Tyler desde muito bebezinha. Pelo que me disseram, meus pais verdadeiros nunca se importaram comigo de verdade. A moça que me gerou era uma mulher independente que nunca quis filho nenhum. Quando soube que ia me ter, quase endoidou e queria até me tirar. Porém, um certo dia, ela decidiu que me teria mesmo que não fosse ficar comigo. Passaram-se nove meses, eu nasci e uma médica ficou cuidando de mim. A mãe de Tyler, como era enfermeira no hospital em que eu estava, me achou uma gracinha e quis ficar comigo. A mulher que me teve aceitou na hora, nem me olhar direito ela teve vontade. Foram assinadas as papeladas e, no final de tudo, me tornei filha da família de Tyler. Depois de um tempo, descobriu-se que minha verdadeira mãe morreu num acidente, pois estava dirigindo a toda velocidade do mundo. Vieram me dizer que ela queria muito o meu bem, apesar de que não ter quisto ficar comigo e me desejou uma vida super maravilhosa. Eu até achei legal o que ela fez, mas não me levem a mal, jamais. É que eu amo muito minha mãe que me criou. Para mim, minha mãe é só ela e mais ninguém.

Já meu pai biológico, bem, era um cara bem sucedido também. Por incrível que pareça, foi assassinado por se envolver com a mulher dos outros. Esse soube de mim, mas nem quis saber. Só quis que eu vivesse bem também, apenas. Bom, ele quem perdeu e eu também não me importo nem um pouco. Não queria sentir isso, mas meus sentimentos em relação a esse homem são os mesmos quanto em relação a minha progenitora: Meu verdadeiro pai sempre foi e sempre será o pai do Tyler.

Bem, agora que já contei minha vida para vocês, vamos voltar a ligação:

— Emoções? — Tyler deu uma risada. — Vai me dizer que estão namorando? 

— Não, idiota! — Respondi.

Já que ele tocou no assunto, pensei em fazer uma pergunta. Não sei como ela seria recebida por ele, mas ok.

— Tyler? 

— O quê?

— Como você sabe que gosta de alguém?

Silêncio. Dava até pra imaginar a expressão que ele estava fazendo do outro lado da linha.

— Por que está me perguntando isso? — Tyler questionou.

— Você é uma pessoa bem madura e experiente. Além disso, é meu irmão. Deveria saber como é sentir essas coisas.

— Vai me dizer que está apaixonada? 

— Já disse que não! — Menti. Pera, eu menti?

— Tá legal... — Tyler riu mais. — Bem, você sabe que gosta de alguém quando aquela pessoa te faz feliz, você gosta de estar com ela, ela te faz rir, vocês se olham e seu coração acelera, os abraços de ambos são cheios de ternura e...

— Tá, já entendi! — O cortei. — É só isso?

— É óbvio que tem mais um monte de coisas, né? Sério, você tá muito apaixonada.

— Para de falar bobagens! Por quem eu estaria apaixonada? E por que estaria?

— Bem, você estaria apaixonada porque está muito nervosinha com esse assunto. Mulheres são mulheres, né, maninha? E a pessoa por quem você está apaixonada... bem... pode ser um desses veados aí, talvez aquele que você goste muito, o Jungkook.

Me indignei na hora. Como esse cretino ousa me afrontar desse jeito?!

— NÃO CHAME MEUS NENÉNS DE VEADOS, OUVIU? — Grunhi. Ele fazia isso só para me irritar. — E eu não estou apaixonada pelo Jungkook!

Clover apareceu na hora, surpresa com a minha fala.

— Sei. — Tyler disse. — Tenho que desligar, okay? Depois te ligo de novo.

O gay encerrou a ligação, nem sequer me esperando falar.

— Alô? Tyler, volta aqui!

Atirei o telefone no puff, furiosa.

— Você não está apaixonada pelo Jungkook? — Clover foi irônica. — Sério? 

— Vê se não enche! — Joguei uma almofada nela.

      *****

Jungkook

Acabadas as compras, fomos comer algo em um McDonald's qualquer e voltamos para casa. As meninas estavam sentadas no sofá, cochichando sobre alguma coisa que somente elas sabiam o quê. Valentina pareceu ficar um pouco envergonhada quando me viu entrando. Será que eu estava tão bonito assim?

Brincadeira. Nem havia me arrumado e nem me acho muito bonito.

— Olá, meninas! — Jimin disse, sentando-se entre Clover e Valentina.

Até porque sem-vergonhice, a gente se vê por aqui! ( Aprendi essa frase com a Clover. Todos nós aprendemos algo novo com ela, né? )

— Oi, Jimin! — Clover se acomodou no sofá e deu um sorrisinho para o hyung.

— Vocês estão lindas. — Jimin disse. — E você, Valentina? Não vai me cumprimentar?

Raiva subindo, raiva subindo... Não, espera!

— Olá... — Valentina respondeu, franzindo o cenho e dando uma risada soprada.

— Pare de ficar galanteando as meninas, seu pervertido! — Yoongi riu e puxou Jimin do sofá

Agradeci mentalmente. O Jimin tinha umas brincadeiras às vezes que olha... 

— Eu estava apenas sendo legal! — Jimin tentou se defender.

— Sabemos bem como você quer ser legal com alguém. — Yoongi disse.

— Não fizeram nada no cabelo por quê? — Clover indagou.

— Vamos deixar para amanhã. — Namjoon explicou. — Resolvemos ter um dia de beleza antes de ir para o baile.

— Vamos estar lindos. — Jimin sorriu, se achando. — Quero dançar uma valsa com vocês duas.

— AAAAA! — Clover gritou.

Aaaaah, esse Jimin! Não perdia uma chance.

— Não divido pessoas, Jimin. — Valentina disse. — Ou dança comigo, ou com ela.

— Que canalha! — Clover brigou.

Senti uma pontada de raiva dentro de mim. Não sei porquê eu andava sentindo essas coisas agora.

— Serei só seu, então. — Jimin deu uma piscada.

— Não quero, obrigada. Só estava te zoando.

Todos os hyungs riram, exceto Jimin que ficou sem graça. A Valentina me orgulhava com essas respostas dela.

— Vou ir dar uma volta na rua. — Ela disse, se levantando. — Não fique assim, Jimin!

A garota saiu triunfante porta a fora. 

— É, Jimin! — Rap Mon pôs o braço ao redor do pescoço do ''pequeno'' ChimChim. — Temos que praticar um pouco.

       *****

Valentina

Logo quando saí pelo portão, ouvi uma voz de garoto me chamar do outro lado da rua.

— Ei, Valentina!

Era Myung. Abri um sorriso e fui até o entregador, que também sorria abertamente para mim.

— Pensei que nunca mais fosse te ver! — Ele disse. — Você está bem?

— Sim, estou. — Respondi. — Obrigada por perguntar e obrigada pela caixinha também. E você, como está?

— Estou bem melhor agora, acredite. — Myung respondeu, super alegre.

Não sei se era impressão minha, mas seus olhos estavam brilhando muito. Ele era realmente um menino muito lindo e fofo.

— E é bom saber que você recebeu a caixinha. 

— Achei muito gentil da sua parte. Nem usei os curativos porque já melhorei, mas vou guardá-los caso algo venha ocorrer de novo.

— Espero não ter que ver um deles em algum machucado seu, pois não quero que você se machuque. 

Myung disse isso me encarando bem ternamente. Acabei ficando meio sem jeito com sua ação.

— Bem, vi que você estava indo descer a rua. Aceita companhia pra um sorvete? 

— Mas eu não ia tomar sorvete! — Ri. — Estou sem grana aqui.

— Isso não é problema para o Super Myung! — O entregador deu um sorriso, que foi acompanhado de uma piscada. — Eu te convido para um sorvete agora e eu pago. Vou ficar triste se você não aceitar.

Comecei a rir mais ainda.

— Okay, Okay! Eu aceito!

Myung começou a comemorar, gritando ''yes'' e fazendo uma espécie de dancinha da vitória.

— Você é muito boboca! — Dei um tapa nele.

O menino desceu da bicicleta e juntos descemos a rua a pé, conversando de várias coisas aleatórias.

     *****

Jungkook

Como os hyungs resolveram ir fazer suas coisas, pensei em andar de skate na rua. Olhei em volta para ver se via Valentina por ali ainda, mas não a encontrei. Porém, quando saí pelo portão e ia por o skate no chão, meus olhos bateram nela e naquele Myung — Por que o chamei de ''aquele''? — descendo a rua, juntos. 

Uma onda inexplicável de decepção percorreu meu coração quando vi essa cena. Os dois pareciam muito felizes e a conversa entre eles estava ótima, pelo visto. Fiquei observando a dupla até eles sumirem. Resolvi tentar ignorar isso e fazer o que tinha que fazer.

     *****

Valentina

E lá estávamos Myung e eu, chorando de rir de suas piadas e tomando sorvetes deliciosos. O meu, como de costume, era de chocolate e, o dele, de baunilha. Eles vieram em taças maravilhosas, com cereja em cima e tudo.

— Você é mesmo muito engraçado. Mas o quê você faz da vida, além de ser entregador?

— Bem, eu faço faculdade de História. — Myung disse. — Quero ser professor de História Coreana e até mesmo mundial, quem sabe. Como eu tenho tempo livre, ainda mais nesse período de férias, fico sendo entregador do Sr Jin soo. Faço isso desde pequeno.

— Que legal, Myung! — Sorri. — Eu meio que faço isso também, só que em um pet shop. Bem, eu fazia, já que agora sou staff do Bangtan.

— Deve ser muito legal esse trabalho. Milhares de meninas queriam estar no seu lugar agora.

— Pode ser.

Conversamos mais um pouco. Quando me dei por conta, já estava quase entardecendo e eu precisava voltar para casa.

— Como as horas passam voando! — Falei, me levantando do banquinho em frente ao balcão. — Tenho que ir agora, Myung. Muito obrigada pelo sorvete. Espero retribuir um dia.

— Como quiser. Quer que eu te acompanhe até a casa do BTS?

— Não precisa, obrigada. — Agradeci. — Já ocupei muito o seu tempo por hoje.

— Não ocupou, não. Eu amei passar essas horas com você, de verdade.

Tá bom, me deixou envergonhada. 

— Foi legal. — Fiquei me balançando, típico de quando se está embaraçada com algo. — Bem, eu vou indo. Tchauzinho!

— Tchau! 

Saí correndo da sorveteria e cheguei em casa em menos de cinco minutos. Quando entrei, todos estavam na mesa para o jantar. Olhei para cada um e, quando encontrei Jungkook, vi que ele estava com uma cara nada feliz. Será que tinha ocorrido algo com o John Kookie?

— Onde você estava, hein? — Clover indagou.

— Fui andar por aí, credão! — Respondi, me sentando a mesa.

— Pois demorou muito. — Yorin disse.— Pelo menos não estava aprontando.

— Jamais!

O jantar foi servido e começamos a comer. Estava tudo uma delícia, como de praxe.

— Amanhã vamos ficar o dia todo fora, ouviu? — Yorin falou. — Você, a Clover e eu vamos ver os vestidos e ir para o salão de beleza.

— Uuuuul! — Os meninos zombaram.

— Palhaços! — Yorin riu. — E vocês? Vão se embelezar também?

— Você verá. — Namjoon disse. — Já escolhemos os trajes. Faltam as máscaras, que serão levadas para nós amanhã, e iremos arrasar com os nossos cabelos.

— Vão ficar lindíssimos, como sempre! — Yorin brincou. — Agora, se me dão licença, vou dormir. Estou super cansada da correria de hoje.

— Eu também vou. — Yoongi disse. — Adeus!

— Tão adorável! — J-Hope provocou, fazendo aegyo.

— Terminei de comer. — Falei. — Podemos ir também, Clover.

— Okay. — Minha amiga respondeu.

Nos despedimos dos meninos e fomos para o quarto. Jungkook permaneceu estranho, nem falar direito ele falou. Algo estava acontecendo e eu sinto que devia saber disso.

— Não vai me perguntar agora onde eu estava? — Indaguei a Clover.

— Eu até ia, mas amanhã eu pergunto. — Ela bocejou. — Estou com soninho agora, até amanhã.

Resolvi fazer a mesma coisa. Dormir era o melhor a se fazer no momento, até porque o dia seguinte seria bem cheio e com muitas surpresas.