História Oi, Jungkook - Amor mais que secreto

Valentina

Estar abraçada a Jungkook e receber seus carinhos era a melhor coisa do mundo. Ele era meio desajeitado ainda — até porque, segundo o maknae, eu sou a primeira garota que ele se envolve assim dessa forma —, mas apesar disso, seus afagos eram maravilhosos. E aquela mão dele? Bem, ele tem jeitinho de menino, mas suas características físicas já o transformaram em um homem faz tempo.

— Queria poder pensar que ia ficar assim, tudo bem. — Abracei seu pescoço.

— O que aconteceu? — Jungkook perguntou, abaixando a cabeça para me olhar.

— Tenho medo do hate, Kookie. — Falei, um pouco triste. — Essas meninas não estão pra brincadeira. Parece que a qualquer momento vão jogar uma bomba nessa casa.

— Não pense assim. — Jungkook fez cafuné em meu cabelo. — Vou proteger você sempre, jagi. Nada vai te acontecer, eu prometo.

— Você é tão ingênuo. — Sorri, acariciando o seu rosto. — Podem pesquisar sobre mim e esperarem o melhor momento, Jungkook. Eu faço parte do mundo delas e sei muito bem do que são capazes. E espero não estar ficando neurótica com isso.

Respirei fundo e voltei a encarar o maknae. Sua expressão preocupada era tão fofa que quebrava meu coração em pedaços e depois o reconstruía outra vez.

— Não vamos pensar nisso agora, okay? — Segurei seus ombros. — Só quero ficar apreciando você e o quanto é bonito.

— Mas eu não sou bonito. — Kookie sorriu, fechando os olhos por conta da vergonha.

— Pra mim você é. E muito. Eu te amo muito, oppa.

Jungkook fez uma cara indignada, semelhante a quando a menina o chamou de oppa e ele a rebateu.

— Eu não sou o seu oppa, senhorita. — JK riu. — Você que é a minha noona.

— Cala a boca. — Bati nele. — Você é o meu oppa e não interessa. Se não concordar, saia já desse quarto.

— Você não vai querer que eu saia, vai?

— Vou se você não aceitar o acordo de ser meu oppa.

— E se eu não quiser?

— Aí eu vou chamar o Myung de oppa.

Jungkook parou de rir e ficou sério. O entregador mexia muito com o humor dele, pelo que vejo.

— Por que aquele Myung teve que entrar no assunto? — Kookie reclamou.

— Porque você está de graça. E por que está se referindo ao Myung como ''Aquele''? Você não é assim.

— E não sou mesmo. Mas também não quero que fique toda avoada com ele.

— Que droga é essa de avoada, garoto? — Comecei a rir descontroladamente. — Para de andar com a Clover, hein? Vai se perverter e eu não quero isso.

— Eu sou um menino fofo. Jamais faria isso.

— Não sei, não. Tendo como influência o Namjoon...

— Ele não me faz ser assim. 

Kookie pegou meu cabelo e o jogou em minha face. Preciso educá-lo melhor.

— Já vai começar? — Bati nele outra vez.

— Você é uma noona muito má. — Jungkook fez bico. — Tem que brincar comigo sempre, porque eu gosto de brincar. 

— Não me chame de noona, boboca. — Briguei. — E sim, vamos brincar.

— Ebaaaaa! — Kookie comemorou.

— Mas você quer brincar de quê? 

— De fazer perguntas. 

— Sobre mim e você? Ou coisas aleatórias?

— Sobre mim e você. Depois, coisas aleatórias.

Concordei de brincar do que a criança menor queria. Nos acomodamos mais na cama para ficarmos confortáveis e iniciarmos o jogo.

— Você começa. — Kookie apontou com a cabeça para mim.

— Okay... — Sorri. — Mas tem restrições nas perguntas ou vai ser sobre tudo, tudo, tudo, mesmo?

— Pode ser sobre tudo. — Kookie se envergonhou um pouco.

— Se não quiser de tudo, está okay pra mim e...

— Não. Pode começar.

Eu não iria começar arrasando logo de cara com o menino, né? Precisava pensar bem nas perguntas e tinha que ir com calma. 

Zoa, eu ia ser muito punk! 

— Você já teve algo com o Jimin ou o Taehyung?

Jungkook deu um pulo na cama e me olhou, assustado. Devia estar se questionando ''o que é que essa garota e as armys andam pensando?''

— O que é que é isso, noona? — Ele riu. — Anda pensando esse tipo de coisa, por acaso?

— Não se faça, Jungkook! — Ri também. — As fãs shippam muito vocês e existem inúmeros shipps entre o grupo inteiro. Pode me dizer se já houve algo, vou te matar só depois de responder.

— Se for pra me matar, nem vou falar. — Kookie disse, balançando a cabeça.

— Me responda. Essa é a brincadeira.

Jungkook passou a mão no cabelo, incrédulo com o meu questionamento.

— É claro que nunca houve nada entre mim e os hyungs, Valentina. Vocês fãs são muito engraçadas, sério. Sempre houveram zoações, isso não vou negar. Mas chegar ao extremo disso? Jamais.

— Verdade verdadezinha? — Insisti.

— Não confia em mim?

— Não.

Kookie jogou meu cabelo em minha cara novamente. Estava pedindo para apanhar.

— É verdade, jagi. Jamais beijei ou me relacionei com qualquer um dos hyungs dessa forma que você está pensando.

— E os gifs e vídeos que eu vejo? Teve um gif que eu vi o Jin colocando os braços nos ombros do Tae e você ficou olhando todo suspeito.

— Eu olhei normalmente, Valentina. O caso é que às vezes fazemos expressões referentes a um momento e vocês já pensam coisas. Mas juro pra você que nunca me envolvi com nenhum deles. 

— Assim espero. — Lancei um olhar ameaçador para Jungkook. — Vou deixar você em paz sobre isso por um tempo. Sua vez.

Jungkook pensou um pouco antes de fazer sua pergunta. Não parecia ser algo muito bombástico, até pela expressão que o mesmo fez.

— Bem... — Hesitou. — Eu quero saber se você já se envolveu com outros garotos antes de mim. 

— Você tá brincando, né? — Voltei a rir.

— Não, jagi. Eu realmente quero saber.

Peguei as mãos de Jungkook e as segurei. 

— Sim, Kook. — Falei. — Eu já me envolvi com alguns garotos antes de você. Mas não foram tantos. A maioria eu só tive crush e tiveram apenas dois que foram relacionamento sério.

— Entendo. — Jungkook disse, meio incomodado. — Pode me falar mais sobre seus namoros? Como começaram, como acabaram, entre outras coisas?

— Tudo bem. — Assenti.

Comecei a falar sobre os meus antigos relacionamentos. Lá vem mais uma parte da minha vida. Vocês também ficarão sabendo de tudo...

Meu primeiro namoradinho foi o Jackson — Não o do Got7, quem dera. Se você ver isso, Jungkook, eu estou brincando —, que morava no mesmo prédio onde eu e meus pais vivíamos com o Tyler. Eu tinha apenas 15 anos, uma linda donzela. Devo confessá-los que gostei muito do guri, porque ele era lindíssimo e muuuito forte. O nosso namoro não durou nem cinco meses, porque ele começou a ficar de brincadeirinhas sem graças e a paixão acabou.

Depois de uns dois meses, conheci o Noah — Até porque comigo só tem nome internacional —, um garoto muito fofinho. Ele era um verdadeiro amor comigo e até hoje é, porque ficamos amigos. Namoramos por dez meses, até um pouco depois do debut dos meninos. Terminamos porque a paixão tinha acabado, também. Nada de brigas e nada de discussões. Foi um término amigável, por esse motivo permanecemos amiguinhos. 

— Então você já tem alguma experiência nesse ramo. — Jungkook deu um sorrisinho que parecia meio triste.

— Sim, eu tenho. — Segurei seu rosto. — Mas não importa se você ainda não sabe bem como agir, Kook. Com o tempo, você vai se sentir mais confortável comigo e eu prometo te ajudar em tudo.

— Obrigado, jagi. — Kookie beijou a minha bochecha. — Agora é a sua vez.

— Okay... — Falei, empolgada. — Eu quero saber se você já ficou com algumas garotas depois do debut e se teve coisas com as meninas da sua escola.

— Nossa! — Jungkook riu. — Olha, eu não vou negar para você que já aconteceu de eu conversar com uma menina ou outra, mas nunca deu em nada. Já dei beijos por aí, mas sou muito tímido, então nunca foi nada além disso. E na escola, ah, tinham meninas bem bonitas lá, mas não foram coisas relevantes. Eram bem gentis comigo, eu com elas, me mimavam e tal, mas nunca teve nada. Só algumas que já me deram presentinhos e chocolates, mas ok.

— E você ainda fala sorrindo, como se gostasse. — Fechei a cara.

— Já vai começar? — Kookie me abraçou.

Tentei afastá-lo, mas a criança me apertava mais do que tudo.

— Eu amo você, sua bobinha. — Jungkook segurou meus pulsos. — Nenhuma outra garota existe mais para mim. Só você e mais ninguém.

— Vou acreditar. — Me soltei dele. — Vamos, sua vez de perguntar.

— Está bem. — Ele entrelaçou nossas mãos. — Por que você gosta de Jeon Jungkook? Não acha que ele é um maknae muito estranho, desajeitado, tímido, ingênuo e nada bonito?

— Mas que pergunta, garoto! — Falei. — Eu gosto do Jeon Jungkook porque ele é fofo, nada tão ingênuo assim, apesar de tímido ele me fascina, mesmo desajeitado é um belo homem e apesar de suas peculiaridades, é um bom maknae. Eu o amo muito e quero tê-lo comigo para sempre.

— Está falando sério? — Jungkook ficou vermelho. — E se você achar outro garoto mais interessante do que eu?

— Não vai ter. Mesmo se aparecerem os melhores garotos do mundo, você sempre será o meu favorito e o melhor.

Kookie segurou meu queixo e ficou me olhando de forma apaixonada. Um neném.

— Jamais pensei que fosse encontrar alguém assim como você. — Ele disse, com os olhos prestes a marejar. — Eu te amo tanto que nem sei o que eu faria se algo te acontecesse. A senhorita conseguiu roubar o meu coração e... Aaah, eu nem sei direito o que dizer!

Jungkook começou a bater em seu rosto. Seu conceito nervosismo é um dos meus favoritos.

— Está indo bem, Jungkook. — Elogiei. — Não precisa ficar nervoso, okay? Isso acontece aos poucos, ninguém é cem por cento.

— Posso tentar de novo? — Ele pediu.

Assenti. Kookie tornou a segurar minhas mãos e voltou a falar:

— Eu posso não ser o menino mais forte do mundo e nem o mais bonito, por mais que você ache isso. Mas o que realmente importa para mim são os meus sentimentos por você, Valentina. Eu não sei o que você fez comigo, nem como você pôde entrar no meu coração dessa maneira. Eu amo você e quero que sempre estejamos juntos. Quero que faça parte dos meus momentos de conquista e de realização, quero que esteja ao meu lado sempre que eu precisar me desligar do mundo e querer apenas suas carícias, quero que você seja a menina que eu vou cantar toda a vez que eu quiser vê-la sorrir... Quero fazer tudo com você, Valentina.

Foi a minha vez de ficar emocionada com a criança menor. 

— Kookie, isso foi lindo. — Falei, tirando uma lágrima que caiu dos meus olhos. Eu me sensibilizo muito fácil.

Jungkook fez questão de retirar as outras lágrimas com o polegar. Seu toque fazia com que eu me sentisse plena.

— Você é muito especial pra mim, seu boboca. É muito bom saber que você quer que eu esteja ao seu lado em todas as suas realizações, façanhas, enfim. Você é incrível, meu amor.

— E quero ser ainda mais junto a você. — Kookie pôs uma mexa do meu cabelo atrás de minha orelha. — Não tem mais porquê esperar. É com você mesmo que eu quero ficar e está decidido. Mas você também precisa querer, então... aceita ser a minha namorada?

Meu coração deu um pulo gigantesco dentro de mim. Eu realmente ouvi o que eu ouvi? O JOHN KOOK ME PEDIU EM NAMORO? É ISSO MESMO OU EU ESTOU SONHANDO?

— Sim, Jungkook. — Comecei a rir que nem uma boba. — Eu aceito ser a sua namorada!

O maknae de ouro não esperou nem um segundo. Após abrir um de seus sorrisos de coelho, ele me deu um beijo daqueles. Parecia ser um beijo desesperado, necessitado. Tanto que, por incrível que possa parecer à vocês, eu me assustei. Em seguida, ele começou a se inclinar para cima de mim e a descer seus beijos para a região do meu pescoço. Okay, os hormônios estavam começando a querer aparecer. Quando me dei conta, já estava com a cabeça no travesseiro e com as mãos nas costas do garoto. Ele segurou meus braços e começou a investir com chupões enlouquecedores em meu queixo, subindo para o lóbulo da minha orelha logo após.

Voltamos a nos beijar e mais coisas estavam acontecendo. Jungkook se colocou entre as minhas pernas e depositou de vez seu peso em cima do meu corpo frágil. Aquilo não estava certo, não mesmo. Mas quem disse que a gente parava? Minhas mãos, gaiatas assim como eu — dependendo do momento, olhem lá —, entraram por dentro da blusa de JK e assim eu comecei a tocá-lo e arranhá-lo. Nosso beijo ia se aprofundando cada vez mais, aquilo precisava de um basta.

— Jungkook... — Arfei. — N-não podem...

Beijo, de novo. Comecei a fazer força para afastá-lo, mas ela se esvaia completamente assim que chegava. Meu corpo estava fraco, totalmente entregue aquele momento. Mas a minha cabeça, ainda não. Ela quem iria tirar Jungkook e eu desse envolvimento todo.

— Jungkook! — Grunhi, dando um tapinha em seu ombro.

Kookie me encarou e saiu de cima de mim, envergonhado. Ele estava completamente ruborizado, não sabia onde enfiar a cara.

— Me desculpe, jagi. — Disse, passando a mão no cabelo e na nuca. — Eu te desrespeitei, me desculpa mesmo e...

— Tudo bem, Jungkook. — Falei, o acalmando. — Essas coisas acontecem. Não fique se culpando, okay? Foi apenas o calor do momento. Vamos esquecer que isso aconteceu. 

JK sacudiu a cabeça, ainda sem jeito pelo que tinha ocorrido.

— Acabamos de nos tornar namorados e você vai ficar assim, quieto? — Dei um leve empurrão nele.

— Não. — O rapazinho riu. — Você é muito linda, meu amor.

Nos beijamos novamente, dessa vez com todo o respeito do mundo.

— Acho que vou dormir aqui com você. — Kookie deitou-se ao meu lado.

— E se alguma coisa acontecer? FICOU LOUCO?

— Eu vou avisar aos hyungs para mantermos sigilo. — JK assegurou, dando uma piscada.

— Mas a Clover dorme aqui.

— Posso ficar fora essa noite.

Levantei assim que ouvi a voz. Clover estava na porta, olhando Jungkook e eu com um olhar fofo.

— Eu vou ficar no sofá fofo da sala hoje. — Ela disse. — Até porque, o Taehyung quer jogar videogame mais um pouco. Eu mandei aquele 4D dormir, mas ele não quer, então... boa noite.

— Diga aos hyungs para me ajudarem a manter sigilo, por favor. — Kookie pediu. — Eles saberão como. 

Clover assentiu, fechando a porta e saindo do quarto.

— Mas...

— Mas nada, jagi. — Kookie me abraçou. — Vamos dormir juntos hoje. Ela falará com os hyungs.

Me virei e abracei o maknae também. Estar em seus braços era maravilhoso.

— Nada de aprontar pegadinhas. — Adverti. — Se aprontar, sai.

— Sim, senhora. — Ele riu. — Agora, vire para o outro lado. Não é assim que um casal dorme.

— Pode ser assim também, querido. — Retruquei.

— Mas se vire, por favor. Quero proteger seu sono.

Dei um sorriso e fiz o que a criança menor tinha pedido. Quando me virei, Kookie passou seus braços ao redor do meu corpo e ficou bem próximo a mim.

— Prontinho. — Sussurrou em meu ouvido. — Durma bem, amor.

— Você também, criança.

Não demorou muito tempo para que eu dormisse logo. Espero que nada saia do controle e que essa noite junto com o JK não me ferre ainda mais.