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História Oi, Jungkook - Entre raios e trovões


Escrita por: Eli180

Notas do Autor


Aí vai mais um capítulo, amorzinhos. Digo novamente que, apesar de não poder estar postando sempre, farei o possível para deixá-los sempre atualizados. Muito obrigada por acompanharem a fic e por darem amor a ela. Tenham uma ótima leitura!

Capítulo 25 - Entre raios e trovões


Fanfic / Fanfiction Oi, Jungkook - Entre raios e trovões

Fui diretamente para a bancada, super irritada com o que tinha acontecido. Eu queria revirar aquele lugar inteiro até encontrar um ponto de calma, se é que isso era possível.

— O que ocorreu, Tina? — Clover perguntou, olhando a minha birrinha.

— Nadinha, amiga. — Forcei um sorriso. — Não aconteceu nada.

— Com essa sua cara aí? — Clover riu, colocando seu crachá. — Duvido, mana. Me diga logo o que foi.

— É melhor nem tocar no assunto agora. Posso acabar voando no pescoço de alguém.

— Foi tão grave assim?

— Depois eu te conto.

Os meninos saíram do camarim e vieram para a bancada, sentando-se nas cadeiras indicadas. Jungkook ficou na minha frente, para o meu azar.

— Tina. — Ele me chamou, de forma discreta. — Me desculpe.

— Pare de ficar me chamando, okay? — Ordenei, séria. — Não quero que algo aconteça e alguém descubra alguma coisa.

Jungkook assentiu e se virou para frente. A fila de fãs começou a andar e os gritinhos ficaram cada vez mais altos.

— Oi, Jungkook! — Uma menininha pequena disse.

A garotinha devia ter uns seis anos. A emoção por ver seu ídolo ali era contagiante e eu até cheguei a sorrir por isso.

— Eu estou te vendo. — A fã quis chorar. — Eu te amo, JK.

— Também amo você, bonequinha. — Kookie agarrou as mãozinhas da menina.

Ele autografou o álbum dela super feliz. Um momento muito cute cute, digamos. Mas eu não estou nem aí.

— Para a minha namorada, com todo o amor do mundo. — Jungkook fez uma expressão fofinha.

— Sou sua namorada? — A menina pulou de alegria.

— Sim, você é. — Kookie piscou.

— Próximo! — Falei.

A garotinha saiu toda sorridente dando lugar a outra, que devia ter a minha idade e chegou cheia de coisinhas.

— Posso acariciar seu rosto, Kookie? — A nova army pediu.

Jungkook abaixou a cabeça e deixou que a menina o tocasse. Ele segurou as mãos dela e tudo. Respirei fundo e tentei não me importar com a provocação dele. Se fosse só por ser fã, eu até tentaria não ligar, mas fazer para me irritar? Quem ele estava pensando que era?

— Você é lindo, meu amor. — A fã elogiou o maknae. — Eu amo você mais do que qualquer outro garoto. Vamos no casar em breve.

— Casar? — Kookie riu. — Você não acha que é muito nova e tem tantos outros meninos atrás de você?

— Sim, tem. Mas eu quero você.

Kookie assinou o álbum da menina, ainda rindo do que ela havia dito. Droga, ele vai me pagar!

— Tome, lhe trouxe isso. — A garota disse, estendendo-lhe um ursinho. — Quando olhar pra ele, lembre-se de mim.

— Que fofinho. — Kookie pegou o bichinho e o abraçou.

— Próximo! — Suspirei.

— Tchau, oppa. Eu te amo.

Olhei incrédula para a garota. OPPA? ELA CHAMOU O MEU JUNGKOOK DE OPPA? 

— Tchauzinho. — Ele acenou para a guria. — E eu não sou o seu oppa, linda army.

Ele estava me testando, só pode. 

— Olá, Kookie. — Outra fã da nossa idade apareceu. — Sonho com você quase todos os dias. Estava louca pra te ver, porque eu amo muito você.

— Que bonito. — Jungkook sorriu. — Obrigado por me amar.

— Eu quem agradeço por você ser o meu oppa. — A menina disse. — Quer namorar?

Comecei a rir daquilo. Não podia deixar que aquelas interações me atingissem, senão eu ia enlouquecer e traria inúmeros problemas.

— Você é linda, mas deve namorar outra pessoa. — Kookie falou. — Eu sou apenas o maknae do BTS, fora que não sou o seu oppa.

— Você que é lindo, meu biscoitinho. — A menina segurou o rosto de JK.

Passei as mãos no meu cabelo e comecei a ficar nervosa. Meu biscoitinho, é?

— Próximo! — Quase gritei.

Jungkook me olhou rapidamente e despediu-se da fã. Virei-me para Namjoon e fiquei vendo as suas interações com uma army, antes que cometesse uma atrocidade.

— Namjoon, eu amo você, sabia? — A menina apertou as bochechas do líder.

— Sabia. — Namjoon riu. — E sabe por quê? Porque eu também te amo.

A fã começou a endoidar com a declaração. Até eu endoidaria e endoidei. Qual army que não ficaria doida ao ver o Nam se declarando?

— Queria que você cantasse rap pra mim todo dia. Amo a sua voz.

— Pode me ouvir todo dia e imaginar que eu estou com você. Torço muito para que conheça um bom rapper.

Namjoon e a garota entrelaçaram suas mãos.

— Próximo! — Ordenei, sorrindo.

A menina saiu, pulando toda contente. Desviei o olhar e fiquei observando Suga conversar com outra army.

— Suga oppa. — A fã ficou feliz. — Finalmente te encontrei.

— Esperou isso por muito tempo? — Yoongi sorriu, assinando o álbum.

— Sim. Eu te amo e estou muito feliz por estar ao seu lado. Você também me ama?

— Por que está perguntando? Eu mais do que te amo, fofinha. Você é muito importante pra mim.

Até eu enlouqueci com mais essa declaração. Suga parecia frio, insensível, mas se você convivia bem com ele, via que tinha lindos sentimentos e é muito fofo.

— Você é lindo. — A menina disse, acariciando seu rosto.

— Obrigado. — Yoongi fez um biquinho. — Você também é linda. Vá direitinho para casa, okay? Cuidado com esses moleques rebeldes.

— Próximo! — Falei, rindo.

Suga se despediu da fã e olhou pra mim, soltando um riso também. Não resisti e olhei a interação de J-hope.

— J-hooooope! — Uma guria muito fofa exclamou. — Amo você com todo o meu coração.

— Também amo você com todo o meu coração. — J-hope abriu um sorriso enorme. — Amo você com todo o meu cérebro, com todo o meu olho, com toda a minha boca e...

— Não assuste a menina, seu retardado. — Yoongi brincou. — Você tem mesmo um cérebro?

— Não se meta entre mim e a minha namorada, sua mistura de ramen com ovo estragado. — J-hope retrucou. — E sim, eu tenho um cérebro.

Todos no local começaram a rir. As armys gritaram, principalmente a menina que estava conversando com J-hope.

— Onde estávamos? — Hoseok pensou por um momento. — Ah, estávamos no meu amor por você.

— Seu amor é gigantesco. — A fã sorriu e pôs os dedos em suas covinhas.

— Sim. — J-hope piscou para ela. — Espero ver você de novo um dia.

— Você me verá. — A garota garantiu.

— Próximo! — Eu disse.

Olhei para o outro lado e prestei atenção na interação de Jin.

— Jin oppa! — Uma army gritou. — Não acredito no que vejo!

— Não acredita que eu seja real? — Jin começou a dar sua risada. — Me toque e comprove.

A menina apertou suas bochechas e bagunçou o seu cabelo.

— Você é um príncipe lindíssimo, Jin oppa. — Ela sorriu, os olhos brilhando. — Eu amo você.

— Amo você também, princesa. — Jin segurou as mãos da menina.

Olhei para outra direção e vi Jimin brincar com outra fã.

— Você é lindo, Jimin. — A menina disse, encantada com ele.

— Eu já sabia disso. — Jimin sorriu, envergonhado. — Mas obrigado por me achar bonito.

— Você é o meu oppa, sabia? Vamos nos casar.

— Não posso me casar agora, princesa. — Jimin entrelaçou suas mãos com as da menina. — Você vai encontrar um noivo super legal e vai ser muito feliz.

— Apesar de eu querer você, não se importaria?

— Não. Pode namorar com outro, mas tome cuidado com ele. Se ele fizer algo, vou bater nele.

Jimin e seu jeito galanteador. Me virei para Taehyung e comecei a rir de sua conversa com mais uma army.

— Quer que eu assine no seu braço? — Ele ria, apontando a caneta para o pulso da menina e fazendo aegyo.

— Nãaao! — A fã também riu. — É no álbum, Taetae!

Clover ficou olhando fixamente para cada ação dos dois — Apesar de com certeza já estar morrendo de ciúmes de seu amor —, mas estava rindo junto com eles.

— O que quer que eu assine? — Tae perguntou.

— Coloque assim: Para o meu amor, que foi seguidora fiel dos Hwarangs e tornou-se um deles, Soo min. — A fã pediu.

— Gostei. — Taehyung deu seu sorriso quadrado. — Você é uma hwarang legal.

— E eu te amo. — A menina gargalhou.

— Amo você também. — Tae piscou.

— Próximo! — Pronunciei.

Voltei a olhar para Jungkook. Minha irritação quis voltar, mas a expulsei para não pôr tudo a perder. Se ele achava que eu ia ficar me importando com suas idiotices estava enganado.

— Deixe eu colocar isso em você. — Uma army disse, pondo um arco na cabeça do maknae.

Ele ajeitou seu cabelo e abriu o sorriso de coelho. Até isso conseguia me tirar do sério, mesmo sendo algo que eu gostava muito.

— Ficou lindo, Jungkook oppa. — A fã apertou suas bochechas.

— É legal que eu seja o seu oppa, mas eu não sou o seu oppa. — Kookie brincou. — Você deve encontrar um oppa que te proteja e te ame muito. 

Quase me orgulhei disso, mas não quis saber do que ele falava. Ainda estava irritada e isso não iria mudar.

— Desejo que você também encontre uma noona, JK. — A menina afirmou. — Eu te amo, tchau.

— Tchau. 

Yorin voltou para perto de Clover e tocou meu ombro, me chamando. Essa ação acabou me tirando dos meus pensamentos.

— Pode ir coordenar a fila, Valentina. — Ela ordenou. — Eu fico aqui agora.

Assenti e fiz o que ela pediu. Fiquei organizando as filas das fãs, e de lá olhava as interações de todos os meninos. Jungkook continuou de gracinhas com as armys, achando que estava sendo engraçado. Mal sabia que já estava parecendo um babaca fazendo aquilo.

— E aí, Valentina? — O Manager Sejin veio falar comigo.

— E aí, Tio? — Eu ri. — Gostando do Fansign?

— É sempre muito emocionante. — Sejin respondeu, olhando para os fãs em volta. — Por que a cara brava?

— Cara brava? — Me fingi de desentendida. — Como assim cara brava? Eu estou ótima, Sejin.

— Não parece. Algo está te deixando muito nervosa, a ponto de você querer perfurar o fígado de alguém com uma espada bem afiada.

— Credão. 

Por incrível que pareça, ele estava certo. Minha raiva estava no topo, eu precisava me controlar. Sempre fui raivosa como qualquer pessoa, mas chegar a esse extremo? Jamais.

— Uma agência de fotografia me ligou e disse que quer umas fotos dos meninos amanhã. — Sejin informou. — Só que teríamos que viajar para um cidade e chegarmos lá ainda hoje, ou seja, os meninos terão que fazer as malas e estarem prontos assim que chegarmos em casa.

— Mas sem preparo nenhum? — Indaguei.

— Acontece sempre. — Sejin suspirou. — Fazemos o possível para ajudá-los.

— E olha que é a folga deles, hein? Semana que vem eles começam a agenda e essas coisas aparecem do bueiro para enchê-los ainda mais.

Balancei a cabeça. Eu sentia muita pena pelos meninos com esses eventos todos. Eles se cansavam muito e nem tinham tempo para respirar um pouco. As armys e qualquer outro fandom têm sim que respeitar esses meninos, porque eles não brincam, não.

A fila das fãs foi diminuindo, mostrando que aquilo tudo já estava acabando. Fiquei cansada de tanto andar pra lá e pra cá, organizando o espaço e destruindo possíveis confusões que fossem surgir.

— Ei, Tina. — Yorin falou. — Pode ir ao camarim buscar suas coisas com a Clover. Já estamos indo pra casa pra já ir viajar.

Chamei a Clover e fomos pegar as nossas coisas correndo. Os meninos chegaram logo depois de nós.

— Noona? — Jungkook se aproximou de mim, passando o braço ao redor de minha costela.

— Jungkook, agora não. — Vociferei.

— Eu amo você, jagi. — Kookie disse, dando um beijo perto de minha orelha.

— Sai daqui, por favor. — Insisti, indo para outro lado.

Jimin começou a rir das tentativas frustradas de Jungkook. Era engraçado, mas ao mesmo tempo não tinha graça nenhuma. Melhor dizendo, não tinha NADA de engraçado ali. Talvez eu até achasse graça depois, mas vamos deixar isso para outro episódio.

— Agora já sei o que aconteceu. — Clover matou a charada. — Briguinhas de casal.

Paramos de falar na hora em que os outros staffs chegaram com o Sejin. Não quero nem pensar no que poderia acontecer se me descobrissem agora.

— Se aprontem logo porque nós já vamos. — Ele ordenou. — Quando chegarem em casa, façam as malas bem rápido, pois só vamos ficar dois dias fora.

Yorin ficou ajudando os meninos a guardarem seus inúmeros presentes para irmos pro carro. Eu já estava ficando entediada, porque era muita coisa.

— Tudo pronto aqui, Sejin. — Ela disse. — Já podemos ir.

A garota que estava falando com JK no ínicio do fansign, pelo corredor do camarim, deu o ar da graça e ficou paparicando os meninos de forma totalmente irritante.

— Quero ver você de novo, Jungkook. — Ela o abraçou. — Não me esqueça, hein?

— Não vou. — Kookie disse, tímido.

Revirei os olhos e saí dali junto com a Clover. Não precisava de um bônus para me irar ainda mais.

     *****

Quando chegamos em casa, fizemos as malas super rápido e já fomos para o portão esperar os meninos. Me orgulhei por não ter me atrasado, assim como aconteceu de manhã.

— Oi, meninas. — Myung apareceu, com duas revistas em mãos. — Vim entregar as assinaturas de culinária do Jin. Vão viajar?

— Sim, mas ele já está vindo. — Sorri. — Como você está?

— Estou bem, e você? — Myung também sorriu. — Que pena que vão viajar, porque iria chamar as duas para irem ao cinema comigo.

Nesse mesmo momento, Jungkook apareceu com os meninos. Meu cérebro acendeu a luzinha da razão, tenho uma belíssima ideia de vingança.

— Quando a Clover e eu voltarmos, teremos o prazer de ir ao cinema com você, Myung oppa. — Falei, frisando no honorífico.

Jungkook me fuzilou com os olhos, cerrando os punhos. Os meninos ficaram surpresos com a cena e doidos para rirem.

— Tudo bem, então. — Myung ficou todo felizinho. — Olá, rapazes! Trouxe suas assinaturas, Jin.

— Obrigado. — Jin sorriu e pegou suas revistas. — Você é um ótimo entregador.

— Tudo para a omma. — Myung fez uma breve reverência. — Bem, eu já vou. Boa viagem pra vocês.

— Fique bem, Myung. — Me aproximei do garoto e o abracei. — Sentirei sua falta.

Jungkook só faltou pular em cima de nós dois, mas virou o rosto bem nervoso. Ele não podia fazer nada, senão nosso sigilo iria por água a baixo. Myung ficou confuso, mas retribuiu o abraço.

— Obrigado. — Ele disse.

Depois de nos soltarmos, o menino pegou sua bike e foi embora.

— Valentina, Valentina! — Yorin brincou, como se insinuasse algo.

Kookie olhou pra ela doido pra dizer alguma coisa, mas ficou quieto.

— Que isso, Yorin?! — Apenas ri.

Os meninos foram entrando no carro, sendo que Jungkook ficou por último. Ele me deu uma encarada mortal, que eu obviamente retribuí bem retribuída.

— Nós três vamos no meu carro, okay? — Yorin avisou. — O carro dos meninos já está lotado com os outros staffs.

Mais uma vingança contra JK. Ele olhou meio decepcionado para mim, mas retornou para o seu olhar fuzilante em menos de um segundo. Desviei o foco de seu rosto e segui Clover para o carro de Yorin. 

— Sente-se na frente, Clov. Quero ficar no banco de trás.

Minha amiga concordou e sentou-se no carona.

— Quando chegarmos no local para onde vamos, precisamos ter uma conversinha. — Ela disse.

— Também vamos conversar. — Yorin lembrou. — Não pense que eu esqueci seu ataque de histeria no fansign.

Os carros com a equipe começaram a dar partida. Yorin fez o mesmo, ligando seu automóvel e seguindo os outros veículos. Se eu levasse uma bronca por causa de Jungkook, apesar de merecida, ia matar ele.

      *****

Depois de longas duas horas e meia de viagem, chegamos no condomínio onde aconteceriam as sessões de fotos. Saí do carro e retirei minhas malas com a ajuda de Clover. Os meninos estavam fazendo o mesmo, um pouco distante de nós.

— Querem ajuda aí? — Namjoon perguntou, num tom alto. 

— Não! — Agradeci. — Obrigada!

Rap Mon assentiu e voltou a pegar suas bagagens. Em frente ao condomínio, quase ao lado do líder, havia um vendedor de balões de gás muito divertido. J-hope começou a pular e a agarrar os balões do homem junto com Jimin.

— Eu quero dois. — Chimchim disse, todo contente.

— Eu também! — J-hope exclamou, fazendo uma dança super esquisita.

Comecei a rir disso. O Vendedor desgarrou os balões uns dos outros e entregou dois para cada um.

— Tome um, JK. — Jimin sorriu, estendendo uma bexiga para o maknae.

Kookie segurou o balão e ficou brincando com ele. Era uma cena muito fofinha de se ver, mas eu me segurei para não dar a mínima.

— Vamos até eles, Tina? — Clover me puxou. — Quero um balão também.

Eu poderia ter negado, mas resolvi acompanhar minha amiga e ver no que ia dar.

— Olá, meninas. — Yoongi deu um sorriso. — Cansadas da viagem?

— Até que não. — Clover respondeu. — Não pergunte como se se importasse.

— E quem disse que eu não me importo, malucona? — Yoongi rebateu. — Pare de ser neurótica e me deixe.

— Isso está me parecendo amor, haha. — Brinquei.

— Sai fora! — Clover me deu um tapa. — E você, Suga, engula o ar de uma bexiga cheia de veneno.

— Nossa, que army amorosa. — Yoongi provocou.

— Não tanto quanto você, benzinho. — Clover retrucou.

— Parem de estragar a felicidade das crianças. — Jin brigou. — Temos que ficar felizes. Olhem que condomínio lindo! Daqui estou vendo uma espécie de quarto-casa muitíssimo bonita. Parece ser um local para casais se encontrarem e demonstrarem todo o seu amor da forma mais bela que existe.

— Okay, mas o que é quarto-casa? — Yoongi quebrou o clima.

Todos riram do que Suga fez. Foi muito cômica toda a situação em si.

— Idiota. — Jin o puxou pela gola da camisa. — Quarto-casa porque a construção parece uma casa, apesar de grande, mas deve ser um daqueles quartos luxuosos para fotografias e estadia. 

— Entendi. — Suga tirou as mãos de Jin de sua roupa. — Não precisa me puxar assim.

Jimin começou a desfazer o laço da bexiga e Jungkook o imitou. Lá vinha apronta...

— Vocês não vão fazer o que eu estou pensando não, né? — Yoongi perguntou.

— O que acha que vamos fazer, hyung? — Jimin riu.

— Não se faça de idiota. — Yoongi respondeu.

Jimin sugou um pouco do gás do balão e fechou os olhinhos com força. Parecia até que tinha ficado bêbado.

— Olá, pessoal! — Ele disse enquanto abria os olhos, com a voz sob efeito do hélio.

Clover e eu soltamos muitas gargalhadas. Jungkook também puxou o ar da bexiga e começou a pular.

— Olá, amigos! — Ele falou, sorrindo. — Noona?

Ignorei Jungkook e olhei para o outro lado. Não ia me render de jeito nenhum.

— Me olhe, Valentina. — Kookie me chamou, sério.

Olhei para ele por um instante, doida pra socar sua cara.

— Eu te amo, noona. — Jungkook riu, a voz super engraçada.

Me segurei para não esboçar nenhuma reação ou dar risada, mas ele insistiu:

— Eu te amo, noona. 

— Pare com isso! — Grunhi. — Os outros podem ouvir!

Jungkook olhou para os lados, mas não se importou com a minha repreensão.

— Eu te amo, noona. — Ele fez aegyo, ainda com a voz cheia de hélio.

Senti vontade de agarrá-lo ali mesmo, mas me mantive firme. JK não me venceria fácil, nem difícil.

— Vamos, Clov. — Puxei minha amiga. — Depois vejo vocês, meninos.

Dei uma última encarada em Kookie e me afastei dele e dos outros, vitoriosa.

— Tadinho. — Clover riu. — O que ele fez?

— O que ele fez? — Indaguei, como se fosse óbvio. — Esse pirralho teve a coragem de ficar se insinuando com uma fulaninha lá. Aquela, que entrou no camarim quando estávamos indo embora. Depois, ele ficou de coisinhas com as fãs também. E TUDO DE PROPÓSITO, AQUELE CACHORRO!

— Segura o co, mana. — Clov arregalou os olhos. — Você tá muito alterada.

— Claro! — Gritei. — Ele e aquela garota me deram nos nervos! 

Reproduzi todo o diálogo que os dois tiveram no corredor do camarim. Dava pra ser atriz com o tanto de expressão corporal que usei.

— ''Esqueça ela, fofinha''. — Clover zombou. — ''A Valentina é assim mesmo'', HAHAHAHA!

Olhei para Clover com um olhar nada feliz. 

— Quer morrer? — Perguntei, ameaçadora. — Não acredito que até você vai ficar com isso de ''A Valentina é assim mesmo''.

— Esqueça ela, fofinhaaaaa. — Clover começou a cantar, fazendo sinal de microfone com a mão. — A Valentina é assim mesmooooo, iéee!

— P****, Clover! — Xinguei, com muita raiva.

— Vixe! — Ela disse, prendendo o riso. — Me desculpe. Eu acho que vocês deviam conversar e pararem com isso. Claro que o Kookie exagerou, mas isso se resolve esnobando. Apenas converse com ele e fale isso.

— Ele que venha. — Dei uma risada soprada.

Pegamos nossas malas e as puxamos durante todo o trajeto até o condomínio. Os meninos tiraram muitas fotos de lá, seja do grande chafariz ou da piscina do lugar.

— Vou levá-las aos quartos. — Yorin disse. — Vamos lá.

Acompanhamos ela e adentramos as instalações onde iríamos ficar. Tudo era muito espaçoso e bonito.

— Que quarto do ca... — Clover se segurou. — Ramba!

— Concordo. — Yorin riu. — É aqui que vocês duas vão ficar. Eu dividirei outra instalação com a Ha Na.

Começamos a abrir as malas e despejar as roupas na cama. Desordem é tudo, dependendo do contexto e do momento.

— Vou saindo para vocês se instalarem. — Yorin me olhou, saindo do quarto. — Depois nós conversamos.

Meneei a cabeça. Espero de verdade que nada saia do controle.

— Nossa! — Clover exprimiu. — Enfim, essa cama é muito fofa!

Ela se jogou no edredom e ficou rolando nele. Essa adora uma farra.

— Tem razão. — Sorri, fazendo o mesmo. — Dá até pra namorar.

— Já está pensando nisso, Tina? — Clover deu um sorrisinho.

— Calada.

Terminamos de arrumar nossos pertences fomos dar uma volta pelo condomínio. Jin havia comprado mais balões e estava brincando com eles no gramado, onde havia também uma área de lazer com playground e tudo.

— Meninaaas! — Ele exclamou, eufórico. — Descobri o que é aquela construção ali. — Jin apontou para a casa que tinha notado mais cedo. — Ela é mesmo uma espécie de quarto-casa. Entrei lá com os meninos, é perfeita. Tem uma cama redonda, onde o Jimin se jogou, rosas vermelhas espalhadas, super romântico. 

— Uau. — Me interessei.

Olhei para a ''casa'' e fiquei admirando-a de longe. Ela ficava um pouco distante das instalações, no final do gramado. Parecia um castelo de tão linda que era. Suas janelas eram como cristais, brilhavam intensamente. Haviam vários arranjos florais em volta dela e enfeitezinhos, como sapinhos e joaninhas ao chão. Um portãozinho de madeira pequeno cercava a cabana, dando um ar de puro romantismo a ela.

— Parece até um daquele chalés de filme. — Clover comentou. 

— Dentro dela também tem uma mini copa com várias guloseimas deliciosas. — Jin falou. — Não resisti e comi algumas.

— Típico. — Eu ri.

Ficamos conversando por mais um tempo. Nem reparamos que já era hora de jantar, até que os meninos nos chamaram para comermos juntos. Seria um jantar ao ar livre, preparado por alguns chefes que estavam lá.

— Tenho concorrentes? — Jin sentou-se à mesa.

Clover e eu fizemos o mesmo. Jungkook ficou olhando para mim, mas não o encarei de volta.

— Está realmente delicioso. — J-hope disse, degustando seu prato.

— E com gosto. — Taehyung completou. — O Jin não coloca sal na comida. Finalmente uma comida com tempero!

— Se está reclamando tanto, é só não comer mais a minha comida e pronto. — Jin se defendeu.

— OOOOOOOOOOOOOOOOUUUUUU! — Todos os meninos gritaram.

Os funcionários e todo o restante começou a rir. Não tinha como não achar graça desses meninos.

— Vocês são muito engraçados. — Namjoon apoiou o rosto entre as mãos.

— São é loucos. — Yoongi se acomodou na cadeira.

Continuamos a comer enquanto os meninos faziam piadas e se provocavam entre si. Jungkook permanecia com a busca pela minha atenção, pedindo ''desculpas'' com aquele olhar de criança arrependida dele. Eu não ia ceder tão fácil. Ele teria que fazer muito mais para se redimir. Tá, eu poderia até estar exagerando, mas Jungkook tinha que aprender que com Valentina ninguém se mete.

— Estou com sono, Clover. — Falei, fingindo cansaço. Não que eu não estivesse cansada, mas precisava demonstrar que estava pra valer. — Vamos?

— Poxa, mana. — Clover reclamou. — Mas já?

— Se quiser, pode ficar.

— Não, eu vou com você.

Nos retiramos da mesa com toda a delicadeza e nos despedimos de todo mundo.

— Amanhã bem cedo nós conversamos. — Yorin piscou para mim.

Reverenciei com a cabeça e saí dali com Clover. Kookie nos seguiu com o olhar como se ordenasse que eu voltasse para a mesa, mas eu nem sequer liguei para isso.

— Você é forte, hein? — Clover riu, abrindo a porta do nosso quarto.

— Você queria o quê? — Indaguei. — Que eu saísse correndo para os braços dele? Quero ver ele se redimir pelo que fez. Posso estar fazendo tipo, exagerando, mas ele tem que parar com isso. O Jungkook não pode ficar achando que só porque é o maknae que pode agir infantilmente com tudo.

— Enfim, você é quem sabe. — Clover suspirou.

Fiquei quieta por um tempo. Comecei a me acalmar afastei os acontecimentos do dia da minha mente. Não valia a pena me irritar com aquilo tudo, mas que o Jungkook iria me pagar, isso ele ia.


Notas Finais


Fim de mais um capítulo. No que será que vai dar essa briguinha de amor de Tinakook? Acredito e tenho certeza de que o próximo capítulo será muito bonitinho, hehehe ☺️☺️.
Abaixo, vai um gif do momento em que JK ficou com raivinha ao ver a interação de Myungtina: http://pa1.narvii.com/6359/37cbcb4f860e2e3b666330942a60ef07a577067f_hq.gif


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