1. Spirit Fanfics >
  2. Oil painting >
  3. Minha inspiração, meu amor

História Oil painting - Minha inspiração, meu amor


Escrita por: Lunnah_Byu

Notas do Autor


E com essa fanfic dramatica eu abro as portas para a minha contribuição na #HoziWeek

AMÉM IRMÃOS E IRMÃS~

Faz bastante tempo que eu não posto, eu sei, mas como ninguém me cobra eu nem ligo u.u Mentira, eu tenho uma amiga que sempre fica me cobrando :v
Então, vamos a fanfic: Foi a primeira vez que eu tentei escrever algo mais sério e até triste. Eu não sou boa com essas coisas gente, sorry;;
Eu espero que a fanfic agrade e cative vocês ;u; Fiquem á vontade para comentar e favoritar <3 Vão ganhar meu beijinho <33

Sem mais, boa leitura~

Capítulo 1 - Minha inspiração, meu amor


Fanfic / Fanfiction Oil painting - Minha inspiração, meu amor

 

 

Oil painting

 

 

Minha inspiração, meu amor - 

 

 

Eu me considerava um artista.

Sempre me interessei por qualquer tipo de arte que fosse. Comecei com os rabiscos feitos com grafite, lápis de cor e canetas marcadoras sobre a folha A3, mas logo aquele espaço se tornou pequeno para tantas ideias.

A medida que crescia, tomei conhecimento de novos tipos de arte. Já havia me aventurado nas pinturas em quadros com todos os tipos de tinta, esculturas com argila e até mesmo poesia e música – e a última me rendeu aulas de vários instrumentos e até algumas composições. Quando terminei meu ensino médio decidi seguir no ramo das artes plásticas. Pareciam ser as melhores para que eu expressasse o que passava na minha cabeça.

A medida que o curso prosseguia eu aprendia novas técnicas para conseguir tons mais opacos e até mesmo efeitos de degrade em minhas obras. Quando chegamos no estudo sobre o nu artístico meu coração vibrou. Se há uma coisa que admiro muito é a beleza do corpo. Seu traço, suas formas, a fluidez das linhas... O corpo humano é realmente belo!

E eu fui feliz até certo período, pois descobri tarde demais que meu talento natural tinha um limite, e além desse limite se encontrava nada menos do que o corpo do homem. Pode-se imaginar o quão frustrante foi para mim não conseguir desenhar um corpo masculino? Eu havia nascido em um, isso era um absurdo! Porém, nessa época eu ainda esbanjava determinação e força de vontade, algo que me falta nos dias atuais. Talvez eu os tenha gastado e não soube como repor.

Foi mais ou menos durante essa época que passei por uma certa crise de identidade. Ninguém compreenderia como aquele fato me afetava psicologicamente. Foram mais de dez cadernos rabiscados e rasgados em tentativas falhas. Eu consegui enxergar o mundo diante do meu lápis, mas não conseguia enxergar a mim mesmo.

A partir daí, eu comecei a entrar em colapso. Meus trabalhos decaíram assim como minhas notas e um mês depois eu tranquei minha matrícula na faculdade. Me tornei uma pessoa reclusa e solitária, voltando o meu talento para outra área que não fosse as artes plásticas.

Graças ao auxílio de meu irmão – que quando veio me visitar achou que eu estava à beira da morte –, voltei minha atenção para o ramo musical e aos 23 anos comecei a trabalhar para a empresa onde ele trabalhava.

Foi lá, dois anos depois, que conheci aquele par de olhos negros e cabelos coloridos. O exímio dançarino que expressava com o corpo tudo que eu expressava em meus quadros.

Kwon Soonyoung – seu nome – era jovem, 20 anos apenas. Entrou para a empresa como dançarino profissional e merecia tal título. Entrou por mérito próprio.

 

“–  Você é muito sério hyung... Esse rosto tão belo vai ficar cheio de rugas cedo – Ria contido apenas para encobrir o quão abusado era por invadir minha sala.

–  Não tenho porque me preocupar com isso... – Respondi concentrado nas mixtapes – Aliás, não tem nenhuma coreografia para preparar ou ensaiar?

 –  Não – Posicionou os dedos em forma de ‘V’– Eu terminei de passa-la para os demais há poucos minutos.

Aquele sorriso de caninos a mostra era algo que eu gostaria de imortalizar em um desenho único.

Enquanto eu me concentrava em imaginar o delinear de seu corpo em um grande mural, o mesmo se aproximava para conferir meu trabalho com a faixa em questão. Nem dei ouvidos a seu comentário, apenas continuei a encará-lo até que seu rosto se virasse para o meu pela falta de resposta.

–  Soonyoung, quer ser meu modelo? ”

 

Iria me arrepender amargamente do pedido que fiz se soubesse o que viria a acontecer nos meses seguintes. Contudo, me arrependeria mais ainda se não o tivesse feito.

O mais novo aceitou sem cerimônias e só depois perguntou do que se tratava. Expliquei-o relutante, com medo de que mudasse de ideia, mas em momento algum – repito, momento algum – ele foi contra tudo que o fiz tentar.

Sete horas mais tarde eu percebi o quão idiota havia sido meu pedido. Fazia anos que eu não utilizava um lápis, senão para fazer anotações sobre o trabalho. Mas por um ato de impulsividade eu havia pedido a um garoto de vinte anos para ser meu modelo de corpo, desconsiderando o fato de que não desenhava há cinco anos.

Entretanto, algo em meu âmago me impulsionava a continuar com essa ideia que beirava o absurdo.

Dias depois levei o mais novo para minha casa e de lá, para o meu estúdio intocado – o que seria apenas um cômodo que permanecia trancado com meus quadros antigos e demais materiais.

Fui agraciado com vários elogios e um olhar bisbilhoteiro barra curioso. Questionou-me sobre cada obra ali presente e o que senti ao pintá-las. Admirei a mim mesmo quando respondi todas as perguntas com a mesma paixão de quando terminei de pintá-las.

Foram meses trabalhando nos esboços e retoques até que finalmente me sentisse apto a pintar Soonyoung pela primeira vez. Mas junto com a aptidão, cresceu um sentimento de intimidade entre nós.

Depois de três meses trabalhando juntos, passei a reparar em seu corpo não apenas com admiração, mas também com desejo de tocá-lo. E isso me assustava.

Soonyoung era muito jovem e eu muito velho. Castigava-me por estar sentindo desejos por uma “criança”, pois era assim que eu o via. Fora o fato de não saber qual era sua orientação sexual.

Mas, em um sábado perdido entre as semanas do calendário, eu senti tudo ruir...

 

“Encontrava-me frustrado novamente. Passava por uma pequena crise, um bloqueio criativo que afetava tanto meu trabalho quanto meu hobbie.

Afastei minha cadeira da bancada que usava para desenhar, soltando um suspiro sôfrego enquanto cobria os olhos com as mãos – Eu preciso sair desse bloqueio... – Sussurrei, talvez alto demais.

–  Não consegue progredir? – O loiro perguntou, sua voz se aproximando.

–  É mais difícil do que parece... – Sorri sem humor, lembrando-me do passado – Soonyoung, deixe-me ver seu tronco mais uma vez?

–  Claro – Começou a retirar a blusa enquanto eu me levantava e ia ao seu encontro.

Seu corpo não era robusto nem rudemente marcado. As linhas de sua cintura eram quase mínimas em comparação aos ombros. Mas suas costelas eram únicas e difíceis de reproduzir.

Foi admirando-as que não pude perceber seus lábios ansiosos e só quando as toquei e senti-o estremecer que pude perceber o quanto queria marcar aquele corpo com a minha cor.

–  Hyung... – Foi um sussurro. Tão baixo quanto a brisa mais silenciosa. Foi o puxar do gatilho para o início do fim.

A força com que nossos lábios se chocaram com certeza deveria ter deixado um corte em qualquer uma das bocas. A submissão a qual se entregou em meus toques quentes ao seu corpo frio – teriam os astros influenciado em nossas temperaturas naturais?

Toquei-o por completo e com consentimento. Ensinei-o o que poderia pedir e o que deveria negar. Instrui-o como ser passivo e como desejar descobrir o “ser ativo”.

E por uma fatalidade, nos entregamos cedo demais...”

 

Ouvi-lo dizer que queria a mim para o ensinar sobre a arte do “nu” me fez desejar prosseguir pelo caminho errado por quase dois meses. “Quase dois meses” cheios de rabiscos entre beijos e tinta entre sexos.

Foi quando percebi que estávamos em um sonho surreal, onde o “felizes para sempre” existia em meio a relógios derretidos. Tudo passou a fazer sentido quando Soonyoung perguntou-me o que deveria esperar do amanhã.

Nosso amanhã... Não deveria existir um amanhã nosso.

Todo peso de “quase dois meses” atrás caiu sobre mim como uma pesada culpa. Como a situação havia ultrapassado tantos limites? O quão louco fui para me deixar levar pelo desejo?

Talvez um louco que havia se apaixonado...

Três noites passadas sem dormir até que a presença do mais novo ocupasse minha casa novamente.

Depois de atravessar a porta iniciei os beijos mais românticos que pude dar. Os toques mais sutis e gentis que pudemos trocar e a inversão de posições que pude apreciar.

E a falta de um corpo para aquecer me faria falta por longos anos – assim como ainda faz.

No meio da noite, enquanto o loiro dormia, juntei o necessário e parti lhe deixando um pequeno bilhete de um bobo apaixonado:

 

“Creio que como eu, já notou os singelos sentimentos que cresceram entre nós dois. Se não notou, está apenas querendo mentir.

Sabemos como isso acabaria... E esse é um final ao qual você não merece passar... Ao menos não comigo.

Como o idiota apaixonado que me tornei eu lhe digo adeus, pois se olhar em seus olhos encontrarei as algemas onde quero me acorrentar.

Chore por mim o tanto que sabe que chorarei por ti, meu amor, mas nunca se perca nesse amor. Pois ele teve um belo começo, meio...

E fim”

 

Soonyoung nunca mais me procurou, mas como o louco que sou, senti sua dor todas as noites. Não mudei o número de meu celular, mesmo depois de seis anos, na esperança de que aquele número nunca apareça, pois, esse amor nunca teve, de fato, um fim.

Apenas a imortalização de um sentimento inalcançável nas linhas do quadro guardado em meu estúdio.

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Hueeeee, parabéns por chegar até aqui :v (que nada, era miudinha)

Confesso que bate um pouquinho de tristeza terminar desse jeitinho, mas é a vida (tentando entrar nos indie). Eu espero que você entendam o lado do Jihoon. Sabe, o Hoshi não é uma criança, ele é um adulto maduro e consciente, mas pelo Jihoon ser bem mais velho, ele só consegue enxergar o Hoshi como um adolescente, do qual ele NÂO deve ter relações, pois é errado.

Agradeço imensamente por ter lido meu projetinho <3
A próxima sairá amanhã, a partir das 15h e é mais amorzinho <3 kk
(Fique atento as outras postagens também https://spiritfanfics.com/perfil/tsuyochan/jornal/projetos-para-a-hozi-week-6927825)

Um beijo, um cheiro e até amanhã amores~

Twitter: @fanARTic


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...