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História Okay - Invasão


Escrita por: GSilva

Capítulo 13 - Invasão


CAPÍTULO 12 – INVASÃO

 

— Olhe, Oliver… — Andrew começou a falar, interrompendo o nosso abraço para poder olhar para os meus olhos. Nós não éramos tão distantes assim (tínhamos alguma espécie de intimidade, obviamente), mas eu não queria que ele me visse chorar. — Só porque seus amigos não foram encontrados aqui, não significa que eles estão mortos. Quero dizer, é um bom sinal, não é? Eles não morreram no incêndio.

— Como pode ter certeza? E se o causador do incêndio retirou os corpos antes da chegada dos bombeiros? — Disparei, fuzilando-o com os olhos. — E, aliás… Não é com isso que estou preocupado.

— Com o que, então? — Ele rebateu.

Desviei meu olhar para o chão queimado e o voltei novamente para ele. Andrew parecia na defensiva, provavelmente por causa da minha rispidez. Eu queria muito, muito mesmo falar a verdade para ele, falar que eu achava que os meus amigos também tinham sido sequestrados, mas ele não entenderia. Ele falaria que eu precisava ir para a polícia, e se tinha uma coisa que eu não podia fazer naquele momento, era ir até a polícia.

 

— Você está perfeitamente ciente que a omissão de detalhes criminosos imediatamente à polícia pode se encaixar em cumplicidade, não sabe?

 

Sim, eu tenho plena consciência disso. Mas, como o Andrew, vocês não entenderiam. Agora sabem como o sequestrador participava de um sistema muito maior do que qualquer um dos nós sequer imaginou. Se eu fosse à polícia, se eu contasse o que estava acontecendo, os verdadeiros cúmplices do sequestrador descontariam nos meus amigos e, quem sabe, nos meus familiares. Eu não podia deixar isso acontecer, só podia falar a verdade quando visse que George e Amy estavam seguros.

Por isso, não falei nada para Andrew naquele instante, porque, assim como a polícia, ele não entenderia.

— Eu não posso falar. — Respondi.

— De novo essa história? — Ele esbravejou, afastando-se significativamente de mim dessa vez. — Oliver, eu quero te ajudar, quero mesmo. Você é uma pessoa legal e eu me importo com você, por mais que não pareça. Mas você precisa me contar a verdade. O que está acontecendo aqui?

— Andrew, acredite em mim, eu estou mantendo segredo para te deixar seguro. — Respondi, elevando a voz. A esse ponto, eu não chorava mais e o único sentimento que havia dentro de mim era a revolta.

— Segurança Por quê? Eu estou correndo perigo?

— Não, mas seu te contar a verdade, correrá. — Rebati, fazendo-o comprimir os lábios novamente e, pelo que parecia, pela última vez.

Andrew ficou andando de um lado para o outro, com as mãos na cintura, parecendo contemplar algo. Ele levou a mão à boca e começou a roer as unhas, mostrando que estava extremamente ansioso. Estranhei aquilo no momento, pois não sabia que o deixava tão nervoso.

— Tudo bem. — Ele disse. — Eu também não quis impôr a minha vontade, não quis te tratar bem para depois exigir a verdade dessa maneira. É que… Está tudo muito confuso para mim. São as coisas no outro país, o Greg, a Alexia, você…

— Ei. — Eu respondi subitamente, aproximando-me dele. Não o toquei e evitei ao máximo olhá-lo nos olhos, por mais que soubesse que ele queria. — Eu vou te contar a verdade, só que não agora.

Ele olhou para e deu um sorrisinho.

— Ok.

 

***

 

Após isso, não conversamos muito. Ele ficou parado na porta, olhando para mim, enquanto eu andava pelo apartamento e tentava procurar alguma coisa que o fogo não tivesse consumido por completo. Estava tudo queimado, assim como o meu primeiro pensamento ao ver o apartamento afirmou. O chão estava completamente enegrecido, cheio de fuligem, e o tapete, destruído. As janelas estavam escuras, manchadas de cinzas e fuligem. Havia, no chão, algumas garrafas de cerveja, as mesmas que George comprou para fazer a festa em meu nome, quando me apresentei no Instituto de Artes. Isso tudo foi culpa minha, pensei. Se eu tivesse insistido para cancelarem a festa, se eu não tivesse saído do apartamento no meio da noite, se eu tivesse ficado sozinho, como sempre ficava, nada disso teria acontecido.

Virei-me para trás com o intuito de encontrar o olhar de Andrew sobre mim, mas ele estava virado para o outro lado, mirando alguma coisa no hall. Caminhei até ele lentamente e tomei cuidado para não assustá-lo.

— Não há nada aqui que eu possa usar. — Comentei, bem baixinho.

— Eu sinto muito. — Ele não pareceu assustado. Havia uma certa pena na voz dele.

— Ah, tudo bem. Eu não pretendia viver para sempre nesse apartamento, afinal. — Respondi, com um sorrisinho.

— O que você vai fazer agora? — Ele perguntou. — Como vai achar os seus amigos?

— Eu pretendia ligar para eles. Você tem um telefone que eu possa usar? — Respondi ainda usando um bom senso de humor.

Ele deu um sorrisinho gentil.

— É claro, vamos.

 

Por algum motivo (eu já imaginava qual) ele se sentiu à vontade de segurar no meu antebraço para me levar ao seu apartamento. Eu não protestei, até porque o toque dele me dava segurança, de alguma forma. Não era um toque muito pessoal e íntimo, como o de Yian, mas, ainda assim…

Quando começamos a descer as escadas para o andar de baixo, o olhar de Yian veio à minha mente; aquele olhar que ele me deu quando eu disse para não participarem do jantar que o sequestrador havia feito. Ele não tinha me entendido naquele momento, mas Yian não era burro – ele sabia que algo estava errado. Pensar nele me deu calafrios. Eu não conseguia parar de me perguntar se havia deixado-o nas mãos da morte ou, pior, da tortura. De repente, pensei que seria melhor se todos os garotos tivessem morrido, para não sofrerem mais, e isso me deu enjoo.

Eu estava pronto para interromper o Andrew. Subitamente, algo dentro de mim irradiou em coragem e eu quase falei a verdade. Eu estava pronto, até ele me interromper primeiro.

— Espere. — Disse ele. — Eu tranquei o meu apartamento, não tranquei?

— Acho que sim. — Respondi, lembrando-me perfeitamente do momento que ele se virou para trás e trancou a porta.

— Estranho. — Ele respondeu. — A porta está aberta.

Eu olhei para baixo e constatei que era verdade. Dava para ver uma frestinha quase invisível na porta, como se ela tivesse sido aberta e fechada abertamente. Andrew começou a descer na direção do apartamento, mas eu o segurei pelo ombro.

— Calma. — Eu disse, com um tom mais do que sério. — Acho que alguém invadiu.

— Por que você acha isso? Quem gostaria de invadir o meu apartamento? Deve ser o dono do aluguel querendo alguma coisa, ele tem a chave mestra. — Andrew disse, virando-se para mim e afastando-se do meu toque.

Ainda que ele parecesse bem determinado em achar que ninguém havia invadido o seu apartamento, Andrew reduziu o passo. Lentamente, descemos os degraus e nos aproximamos do apartamento. Com destreza, ele agarrou a maçaneta e abriu a porta sem fazer barulho. Eu estava logo atrás, olhando atentamente para tudo, com medo que alguém perigoso estivesse ali.

— Quem está aí? — Andrew perguntou, entrando. Eu o segui. — Quem está aí?

De repente, ouvimos passos que vinham da sala de estar dele e uma pessoa surgiu de trás de uma parede.

Era uma garota.

 

— Anne? — Andrew perguntou, entrando rapidamente dentro do apartamento. A garota, que estava segurando um pacote de batatas fritas, olhou para ele com os olhos bem abertos.

— Sim, quem esperava que fosse? — Ela disse. — Eu avisei que estava vindo.

Olhei para Andrew, que parecia estático, de uma certa forma, e vi um sorrisinho se formando no rosto dele. Os olhos do garoto se iluminaram e ele correu até a menina, abraçando-a.

— Eu estava com saudades. — Disse ele. — Eu sei que você avisou, mas eu esqueci.

— Ok, ok. — Disse ela, afastando-se com um sorriso. — Não faz mal. Eu vi a porta aberta e fui entrando e… Espere. Quem é esse?

A suposta Anne olhou para mim com os olhos arregalados e apontou. Eu fiquei sem reação, porque não sabia quão grande era o envolvimento dela com o Andrew e sua desconfiança por mim. Andrew se virou para olhar meu rosto, assim como ela, mas ele estava sorrindo.

— Este é Oliver. Um vizinho. — Disse ele. — E amigo.

Eu sorri.

— Amigo, sei… — Ela comentou em tom irônico.

— Nós somos só amigos. — Eu interrompi, com um sorriso tímido.

A garota, assim como o Andrew, tinha um sotaque estranho, como se não fosse naturalmente inglesa ou norte-americana. Depois de me conhecer, ela e ele começaram a conversar num idioma diferente, que tinha um tom um pouco, digamos, sul-americano, mas eu não consegui entender nada. Para ser sincero, eu não estava com cabeça para conhecer uma amiga do meu vizinho e muito menos tentar descobrir de onde ambos vieram, eu ainda pensava no meu apartamento incendiado, em George e Amy, em Yian e na responsabilidade que eu tinha já que estava solto. Virei-me para trás e comecei a andar, para subir novamente ao andar superior, mas algo chamou a minha atenção, algo que a garota havia dito.

— Esperem. — Eu disse, virando-me para eles. — É Anne, certo? — Ela fez que sim. — Você disse que a porta estava aberta quando chegou, mas eu me lembro perfeitamente de Andrew a trancando…

— Eu não sei. — Disse ela. — Quando eu cheguei, ela estava aberta e eu fui entrando.

— Oliver, esqueça isso. Eu já disse. Deve ter sido o dono do aluguel. — Andrew respondeu com um ar animado. Ele parecia realmente feliz em reencontrar a amiga. — Não é nada.

Eu me virei de costas novamente, ignorando os sorrisos de ambos, e olhei para fora. Havia alguém ali, eu sentia isso, alguém que provavelmente estava procurando por mim, e, uma hora ou outra, eu colocaria Andrew em perigo. Eu não queria isso, mas também não podia insistir em algo que ele não acreditava ser possível. É claro que, para alguém que vive sem nenhum risco de vida, que não sofre danos físicos ou mentais, imaginar algo assim é impossível. Contudo, para mim, que já tinha sido sequestrado, violado e explorado, as alternativas do perigo pareciam ainda mais claras.

 

O resto do dia passou lentamente. Andrew e Anne ficaram pela maior parte do tempo sentados no sofá, conversando na língua que eu não conhecia. Quando eu entendia algo (quando eles falavam em inglês), comentava algo e até ria. Anne chegou a perguntar de onde eu tinha vindo e tudo o mais, mas eu olhava para Andrew e o forçava a não falar nada. Consegui convencê-la de que estava viajando a trabalho.

Andrew pediu comida chinesa na hora do almoço. Eu comi aqui como se nunca tivesse comido nada. O único pensamento que eu tinha era de que, muito provavelmente, em breve eu seria raptado e/ou toda a paz acabaria, então, comer bem era a coisa que eu mais deveria fazer.

— O Greg ainda fala de você, de vez em quando. — Anne disse para Andrew, quando tínhamos acabado de comer e estávamos sentados nos sofás da sala de estar. Ele deu um sorrisinho triste.

— Que bom.

— Ele disse uma vez que queria vir te visitar, mas desistiu da ideia. — Anne comentou.

— É, eu acho que é melhor para nós dois. — Ele disse.

Aparentemente, eu conhecia o meu vizinho tanto quando ele me conhecia – ou seja, quase nada. Andrew, Anne, esse tal de Greg e a suposta ex-namorada psicótica, Alexia, tinham uma história que eu ainda não sabia. Ficar naquela sala de estar, vendo-os conversar, era como estar parado na frente de um livro fechado, apenas admirando a capa e os detalhes do título. Eu não sabia o conteúdo.

— Além disso, eu estou tentando seguir em frente. — Andrew respondeu, virando-se para mim. Entendi na hora o que aquilo queria dizer e dei um sorrisinho tímido.

— Isso é ótimo. — Anne respondeu bem lentamente.

Sem avisar previamente, ambos voltaram a conversar na língua do país de origem deles. Eu tentei ignorar, mas parecia uma conversa acalorada, então fiquei mirando o rosto de Andrew, tentando descobrir qualquer coisa que levasse a descobrir do quê estavam falando.

Finalmente, a noite apareceu. Quando o sol tocou o horizonte e todo o céu ficou vermelho, uma luz alaranjada invadiu a sala de estar e subitamente Anne e Andrew pararam de conversar, cansados de colocar a fofoca em dia. Anne já estava quase dormindo e, de alguma forma, Andrew parecia desgastado, mas não do tipo cansado. Ele parecia triste.

— Está tudo bem? — Perguntei, ajeitando-me novamente à poltrona.

— Está. — Ele respondeu, com um sorrisinho desanimado. — Eu vou preparar o jantar.

Ele sorriu silenciosamente para mim e se levantou, saindo da sala de estar. Anne estava cochilando no sofá e não percebeu que ele já tinha saído. Eu fiquei parado, olhando-o se retirar e pensando que talvez nada acontecesse: conforme a noite foi se aprofundando, e conforme o jantar foi sendo preparado, o meu senso de perigo foi diminuindo. Quando já estava completamente escuro, percebi que talvez ninguém estivesse me procurando, por isso, pensei que era melhor ir na delegacia assim que o dia amanhecesse novamente.

Eu fiquei por ali mesmo, meio adormecido, meio desperto. Não conseguia tirar a imagem do porão da minha mente, era como se sempre eu fechava os olhos, aquele cenário retornava e me fazia ficar desesperançoso. Eu temia e, é claro, estava com a consciência pesada por ter deixado Yian e Kaio sozinhos com o sequestrador, mas, ainda assim, não podia deixar de me sentir feliz por estar longe daquela casa. Era um prazer culpado.

Andrew retornou alguns minutos mais tarde, todo sorridente, me despertando de um “pseudo sono”. Eu olhei para ele.

— O jantar está pronto. Quer que eu traga pra você aqui? — Ele perguntou. Eu não sabia o que responder, se podia exigir mais ainda da alma generosa dele, no entanto, balancei a cabeça em afirmativa. Ele saiu novamente da sala de estar.

Nesse momento, Anne acordou. Ela olhou para mim com uma cara de sono nada agradável e teve que piscar várias vezes para poder focar no meu rosto.

— Ah, Oliver, você ainda está aqui. — Disse ela em tom impaciente. Eu não conseguia imaginar o porquê de ela estar impaciente.

De repente, Andrew retornou para a sala de estar, praticamente correndo na minha direção com uma bandeja em mãos. Havia um prato sobre a superfície e talheres prateados. Ele me deu a bandeja – e imediatamente percebi que o jantar se tratava de espaguete – e aproveitou para acender a lâmpada. Eu agradeci silenciosamente, enquanto ele e Anne saíam da sala de estar e (provavelmente) iam para a cozinha.

O jantar estava delicioso. Andrew realmente tinha um dom para a cozinha, embora eu não conseguisse dizer se ele havia adquirido-o com o tempo ou se era algo de nascença. Comi tão rápido que fiquei espantado com a minha própria velocidade. Depositei a bandeja na mesa de centro e fiquei na sala de estar, olhando os detalhes do apartamento.

Eu estava pensando que nunca tinha sequer pensado que precisaria da ajuda do Andrew para escapar de um sequestrador, quando o anfitrião apareceu correndo pela sala de estar.

— Oliver. — Andrew disse. — Você tem uma visita.

— Uma visita? — Perguntei.

— É. — Foi tudo o que ele disse, depois se retirou.

De onde eu estava, dava para ver a porta entreaberta e uma pessoa atrás dela. Não consegui perceber muitos detalhes, mas não achei aquilo muito confiável. Aproximei-me lentamente da porta e, puxando a maçaneta, a abri para revelar quem era.

Era Montmore.

 

A minha primeira reação, obviamente, foi franzir as sobrancelhas, mas, logo após isso, fechei a porta imediatamente, com um estrondo. Eu pude ouvir a voz de Montmore me chamando o meu nome atrás da parede. Andrew e Anne, que estavam sentados no balcão da cozinha, levantaram-se assutados.

— Meu Deus, Oliver. Quem era? — Andrew perguntou. Eu olhei para ele, mas não respondi. De cara, eu não conseguia acreditar que Montmore havia conseguido me achar, não consegui acreditar que estava encurralado. Mas, por um lado, até que a presença dele não era tão ruim, pois eu poderia saber sobre o que aconteceu com Kaio e Yian.

— Você tem um mapa? — Perguntei a Andrew, colocando a trava na porta. Montmore empurrou, mas não conseguiu abrir, impedido pela correntinha de metal.

— Mapa? — Andrew perguntou novamente, confuso.

— Isso. Um mapa da cidade. De preferência, que contenha o letreiro de Hollywood. — Respondi.

Ele franziu o cenho e ergueu a mão para me contrariar, mas, no final, saiu da cozinha e se embrenhou no interior do apartamento. Eu fiquei contando os segundos até ele retornar, e, quando voltou, segurei em sua mão (sem ligar para intimidade) e o levei para a sala de estar. Anne nos seguiu. Eu empurrei a bandeja que estava sobre a mesa de centro, fazendo barulho, e estiquei o mapa em cima da superfície.

Olhei atentamente, procurando alguns pontos da cidade que eu conhecia. De fato, eu não sabia qual casa exatamente eu tinha sido levado, mas sabia mais ou menos onde ficava. Apontei para um local.

— Andrew. — Eu disse. Ele olhou para mim. — Se você não receber notícias minhas dentro de três dias, quero que ligue para a polícia e peça para investigarem esse local. Seja severo com os policiais, eles vão tentar te desencorajar, mas eu estarei em algum lugar por aqui, numa casa com porão.

— Do que você está falando? — Ele perguntou. Eu olhei fixamente nos olhos dele e por um momento esqueci do resto do mundo.

— Você disse que queria a verdade. Aqui está. Eu fui sequestrado. Consegui fugir. Andei até aqui. Você ajudou. Agora preciso que me ajude de novo.

— Oliver, você…

— Escute, Andrew. — Interrompi. — É muito importante que você só chame a polícia após três dias. Se chamar antes disso, vamos todos morrer.

— Oliver, pare com isso. Você está me assustando. — Anne disse, mas eu a ignorei. Só Deus sabe que eu estava muito mais assutado do que ela.

Sem dizer mais nada ou olhar para Andrew, levantei-me e andei até a porta. Montmore ainda estava lá, mas olhava para nós como se não tivesse escutado a nossa conversa. Eu sabia que, naquele momento, inevitavelmente, Anne e Andrew também estavam em perigo.

— Eu vou com você. — Respondi. — Mas só com uma condição. Nada acontecerá com esses dois.

Montmore olhou para dentro do apartamento e deu um sorrisinho.

— Feito. — Disse ele.

Eu respirei fundo e retirei a tranca da porta, preparando-me para sair.



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