História Olá - Olá, Kyungsoo!

Olá?

Sou eu!

Como está?

E a nossa paixão? Tão ardente... Ainda sinto os seus lábios, não parece tão antiga.

Eu estava me perguntando se depois de todos esses anos

Você gostaria de conversar comigo, podemos nos resolver, quem sabe...

Todos me dizem que com o tempo passa, que eu poderia ser mais desligado de você, mas é impossível.

Ainda vejo seus olhos nos meus.

Mas eu não quero me soltar de você, soltar nossa ligação.

“Olá, Kyungsoo, sou eu...

Eu estava me perguntando se depois da nossa briga... Você gostaria de me encontrar, para falarmos sobre tudo.

Espero que sim, tenho tanto para te dizer...”

“Olá, Kyungsoo, sou eu!...

Queria dizer que me ignorar não adianta, mas... Mas adianta.

Não como se eu fosse desistir, mas com certeza te trará sossego. Bem melhor continuar a vida do que escutar o moleque que deve ter te trazido estresse.

Porém, por favor, se puder me ouça...”

“Olá, Soo, sou eu!...

Eu devo ter ligado mil vezes para te falar as coisas que eu sinto, sei.

Desculpe-me por tudo que eu fiz.

Mas quando eu ligo parece que você nunca está em casa... Talvez apenas não queira me ouvir.

Espero, mesmo, que seja apenas ilusão.”

“Olá, querido, sou eu...

Pelo menos eu posso falar que eu tentei te explicar tudo.

Desculpe-me por partir seu coração, como mesmo me disse.

Mas não importa, não é? Claramente isso não te machuca mais. Está forte, firme e seguro, é isso que vejo nas suas entrevistas para as grandes mídias. Espero que esteja mesmo bem, não quero te ver mal.

Mesmo querendo falar com você, voltar para você, não quero que se machuque mais do que já se machucou por minha causa."

“Olá, SooSoo, eu eu! Como você vai?

É tão típico de eu falar sobre eu mesmo, não é? Desculpe novamente... Sempre acabo sendo ruim para você...

Desculpe-me por querer sempre meu beneficio. No fim disso tudo, espero que esteja bem.

Você conseguiu ser cantor! Estou tão alegre. Conseguiu seu sonho, sim? Para mim, você sempre foi o melhor cantor do mundo. Eu ainda amo a sua voz, é uma pena que não possa a ouvir ao vivo ao dormir.

E não ligue para quem não te valorizava, sua voz é a melhor. Fighting!

Deve ser por isso que não responde nunca, sua carreira é agitada.”

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Depois de mais um dia Jongin sorriu novamente para o celular. Sua mente ia longe, imaginando como Kyungsoo estaria agora...

Ele parecia um tanto feliz, sempre com o sorriso nervoso nos lábios. O conhecia bem, aquilo não era bom, mas tinha esperança de ser apenas nervosismo.

Tinha total conhecimento sobre o ex-namorado. Sabia cada pedacinho seu. Seus gostos, suas qualidades, seus medos e principalmente seu corpo escultural.

Seu sorriso se abria ainda mais só de lembrar-se de seu cheiro e de seu rosto encostado em seu pescoço toda noite em um abraço por trás.

Sentia tanta saudade...

Queria tanto, tanto, que Kyungsoo estivesse tão feliz quanto quando o conheceu. Seus dias eram alegres e perfeitos perto daquele pequeno de sorriso de coração sempre presente em seu rosto. Ele nunca parava de sorrir, nem quando tentava fingir a todos que não namoravam realmente.

Havia, agora, boatos de que ele namorava outro cantor, e isso não o deixou abalado. No fim de tudo, queria apenas a felicidade de Kyungsoo.

Pelos deuses, quem Jongin queria enganar? Estava morrendo por dentro aos poucos por causa disso.

Mas queria que ele não tirasse o sorriso do rosto e continuasse a caminhar, mesmo que isso indicasse deixá-lo para trás, preso naquela cama de onde não conseguia sair nem para suas aulas de dança, tão importantes antes.

Queria seu Soo feliz... Mesmo que isso o causasse lágrimas, muitas lágrimas, tipo as que saiam de seus olhos nesse mesmo momento, fazendo-o colocar a mão na boca e gritar alto.

Mas, mesmo assim, sorriu no fim e pegou o celular, ligando para Kyungsoo novamente.

E novamente, tinha que deixar recados, pois ele nunca atendia.

Jongin sempre chorava antes de cada mensagem.

E Kyungsoo nunca os ouvia.

“Olá Kyungsoo, sou eu!

Está namorando? Sério?

Estou feliz por você e pelo seu namorado. Pretendem assumir?

Quando estávamos juntos você nunca quis, então rolou tudo aquilo e então... Você sabe! Não vamos relembrar nada, só te quero bem e alegre com ele.

Algum dia eu quero vê-lo, conversar algumas coisas e saber como vocês andam. Tem coisas que eu queria comentar sobre você com ele. Será que ele sabe as mesmas coisas que eu? Sua cor favorita; cor dos seus olhos; maquiagens que você odeia quando passam no seu rosto e eu sempre tinha que pedir para os maquiadores não colocarem, mesmo sobre ordens; coisas que você odeia em si mesmo, mas que eu amo; quantas pintinhas têm pelo corpo – eu contei todas, tá? – ou quantas vezes você corou comentando sobre elas na tevê; peças preferidas do guarda-roupa; posições preferidas na hora de dormir; partes sensíveis do seu corpo onde você ama ser tocado; o que ele deve elogiar em você sempre que chorar se achando inferior... Coisinhas simples.

Coisinhas simples que amo em você até hoje. Eu te amo muito, mas, esquece isso porque deve amar o seu novo namorado, assim será feliz.

Bem, obrigado por ter me amado algum dia, mas, o ame agora, tá certo?”

E assim foi encerrado.

E assim caiu no choro e, logo após, no sono.

Acordou-se com o som do celular, seu toque baixo soava. Seus olhos ainda lacrimejavam e seu corpo não parecia ter forças mais para nada – não que tivesse força esses dias –, mas mesmo assim pegou o aparelho e atendeu a ligação.

Seu cenho estava franzido, nunca recebia ligações...

E, então, uma voz iniciou:

“Olá, Jongin...”

Aquela voz... A voz que entrava em seus sonhos, junto com a aparência maravilhosa que o dono dela tinha. Não falou mais nada, pensando ser um sonho maluco que tinha e que não acordou ainda.

“Em todo esse tempo, nunca atendi suas ligações, mas... você atendeu a minha primeira...”

Ele parecia ter parado para um choro forte.

“Desculpe-me... Por favor, desculpe... Sei que não quer falar, deve estar fazendo isso como um castigo por ter te ignorado todo esse tempo... Pelo menos, em seu coração, me desculpe pelo que te fiz...”

Jongin não queria ignorá-lo... Simplesmente estava assustado, muitíssimo assustado.

“Se eu falasse com você, não conseguiria esquecer nosso relacionamento terminado. Mas minha vida virou um inferno, nada parecia dar certo, tudo foi por água abaixo... Tive vergonha de te procurar e você me humilhar, mesmo com todas aquelas mensagens lindas e preocupadas... Meu Deus, fui tão estúpido... Como as pessoas podem dizer que estou namorando outra pessoa? Apenas você, Jongin, é quem posso ter. Se puder me desculpar, me fale, estarei sempre ao lado do celular agora, tá? Pode demorar séculos, mas estarei aqui.”

“Será feliz se me amar?” Algo em Jongin sempre impressionava os outros e o fazia ganhar até mesmo o título de estúpido: não importa o que acontece com ele, sempre pensará em Kyungsoo.

Kyungsoo era como uma pedra preciosa e frágil, protegida em seus braços não importa o quão longe pareça estar dele.

Se Kyungsoo estiver feliz, estará também.

“Serei... Serei sempre, contanto que me ame e me deixe protegido como sempre deixou. Eu sei que não deveria exigir nada por ter sido o maior babaca com você, Jongin, mas, por favor, eu preciso do seu abraço...”

“Então você está feliz... Querido, eu também estou feliz, então.”

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“Olá, querido!

Faz três anos! Eu não posso acreditar que já faz tanto tempo assim! Nesse tempo tudo muito, inclusive em mim, cresci muito ao seu lado.

Nós moramos juntos faz dois anos também, e comemoramos nessa mesma data. É incrível como o dia treze é importante para nós. Ah, Soo, nossa menininha está enorme! Ela não para um minuto de chutar! É engraçado e tão fofo.

Não acredito em como tudo mudou. Amo-te tanto ao ponto de tudo ficar tão claro agora, de nenhum problema parecer tão grande quanto antes e de minha vida ficar tão segura... Quem antes não levantava da cama agora tem uma vida maravilhosa, ao lado de um esposo perfeito e que, daqui a alguns dias, terá uma filha linda nos braços.

Eu te amo muito, obrigado por ter uma vida comigo e deixá-la tão perfeita.”

Tudo tinha melhorado. Por mais que Jongin estivesse longe de Kyungsoo, ele não chorava e ligava desesperadamente para o, agora, marido.

Sabia que ele voltaria para seus braços daqui a alguns dias, a bebêzinha em seu ventre provava isso muito bem. Já tinha nove meses, os melhores nove meses de sua vida.

Kyungsoo havia aberto o mais bonito de seus sorrisos ao descobrir ser um pai, abraçando o maior e o deitando na cama para beijar todo o ventre que abrigava sua filhinha – que pensava ser um filho neste dia, mas Jongin, carregando a filha, sabia desde o inicio ser uma garota.

Desde que se reencontraram, dando um abraço apertado e ficando quase hora grudados um no outro enquanto conversavam seriamente, só havia felicidades para aqueles dois.

“Jongin, nossa bebê está tão grande assim?! Não estou até agora acreditando naquela foto que mandou.

Desculpe, me esqueci. Olá, Nini! E desculpa de novo pela turnê estar complicada e eu não estar em casa agora. Perdão, querido.

Segure a nossa fofinha aí, quero ver o parto dela e ser o primeiro a segurá-la, entendeu? Só espere mais três dias e estarei aí para vê-la!

Obrigado por ter me aceitado de volta na sua vida e me ajudar com todos os meus problemas. Eu te amo muito e até hoje devo te agradecer por tudo isso. Arrependo de todos os dias que perdi sem estar do seu lado, poderia ter aproveitado ainda mais com você, mas, o que temos hoje vale a pena até demais. Não consigo suportar mais nenhum dia longe, não sabe o quanto estou louco para voltar para casa e te ter. Você, Nini, me transformou mesmo sem estar no momento, nunca conheci alguém tão incrível a esse ponto, antes. Obrigado por tudo.

Quero voltar logo para casa e te abraçar, porque até agora não acredito que alguém tão maravilhoso assim possa existir.

Eu te amo, sabe, não sabe?”

A ligação telefônica foi encerrada após mais algumas declarações amorosas.

A ligação emocional e física?

Jamais.