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História Old Love - I just wanted you


Escrita por: ultraromantic_

Capítulo 13 - I just wanted you


Fanfic / Fanfiction Old Love - I just wanted you

A Europa se encontrava em uma época complicada agora, dois reis jovens acabavam de assumir o trono de grandes territórios, grandes riquezas e enorme poderio. As pessoas estavam apreensivas, e os outros reis, mais experientes pareciam insatisfeitos com tais acontecimentos. Os comentários rondavam por toda área, dos homens mais ricos, grandes duques, aos camponeses mais pobres. Todos estavam falando, todos estavam pensando, em como seria o Rei William de Mercia e o Rei Jawaad da França.

Depois do acontecimento marcante em meio ao comércio de Mercia, das sombras gigantes, do vento e da suposta aparição do falecido Rei Klaus, os Tomlinsons seguiram para dentro do grande salão, sendo acompanhados pela guarda real e pelo povo, que com olhares curiosos e ainda estufepados com o que havia acabado de acontecer enchiam o recém chegado rei William com perguntas e pedidos.

- Eu preciso respirar. - Tomlinson falou olhando para sua mãe que o acompanhava calada, e a mesma fez sinal para que os guardas fechassem as portas.

Ao sentar-se num banco próximo a parede, Tomlinson respirou fundo ainda acalmando-se da imensa descarga de energia que havia percorrido seu corpo instantes atrás. Sua mão pousou na testa, limpando o suor frio que escorria pelas bordas do cabelo castanho claro, enquanto todos observavam cada mísero movimento que fazia. Agora ele já passara de impaciente para nervoso, não havia se dado conta do quão difícil seria a partir de agora, apenas fez o que sabia que tinha que ser feito, ele havia sido predestinado a governar aquelas terras, porém ele não teve nenhuma preparação para isso, já nem se recordava mais como pegar em uma pena. Teria uma longa e difícil jornada pela frente, mas boas pessoas estavam ali para auxilia-lo.

 

 

Mercia

Louis William Tomlinson

 

Quando enfim pude me retirar daquele salão sufocante depois de conversar com algumas pessoas, alguns guardas me guiaram até o meu novo aposento, o silêncio que ocorreu até lá foi insuportável, todos ainda pareciam muito incomodados com minha presença. Eu também estaria se fosse o caso. Abriram a porta me cumprimentando com mais respeito do que jamais havia sido tratado, e deparei-me com um quarto imenso. Gigante, sem exageros, com os móveis mais bem esculpidos, com os tecidos mais coloridos e cheios de ouro. Uma enorme poltrona vermelha cor de sangue, mesinhas de cabeceira feitas de orvalho, tapetes bordados a mão com os símbolos de Mercia. Era esplêndido. 

Segui a passos lentos pelo quarto, observando os detalhes, e parei em frente a uma mesa grande de madeira, com papéis e tinta. A coroa se encontrava em cima dela, feita de ouro puro com rubis encravados. Peguei-a em mãos, sentindo sua textura e peso, não ousei a por na cabeça, me sentia incomodado com a presença de tantos homens no meu quarto observando meus movimentos, então apenas a coloquei de volta onde estava e voltei para o centro do quarto.

- Eu preciso muito de um banho, podem providenciar isso? - Tentei não demonstrar o quão desconfortável estava, eu tinha de ser confiante, passar segurança, era o rei deles agora.

- Irei providenciar vossa majestade. - Um deles se curvou e saiu logo em seguida a passos rápidos.

Os outros permaneceram parados, me encarando, acho que nenhum de nós sabia o que fazer.

- Vocês podem ir agora. - Eu me sentei na beirada da cama e observei enquanto todos saiam alinhadamente.

Quando finalmente a porta foi fechada, me joquei para trás, sentindo a maciez do que eu imaginei serem penas de ganso. O que diabos eu ia fazer agora?

 

 

Northumbria

Katherine Pierce Campbell

 

Depois de longas horas ouvindo todo aquele papo de casamento e vestidos e penteados, finalmente elas saíram, restando apenas Loreta, que havia permanecido calada todo o tempo. Eu que já havia me aprontado para dormir, estava me deitando agora, puxando os lençóis quando ela sentou-se ao meu lado, na ponta da cama.

- Você está bem senhorita? - Ela arrumou uma mecha de meu cabelo com um sorriso mínimo.

Eu respirei fundo, ela me conhecia muito bem, Loreta me criou desde pequena com muito amor e cuidado. As vezes sentia que ela me conhecia mais que meus próprios pais, e que se preocupava mais com minha felicidade do que eles. Me afastei um pouco para que ela viesse mais para perto e depois deitei-me em seu colo.

- Não sei Loreta. Não sei mesmo. - Fiquei observando as cortinas balançando.

- Você sabe que pode falar qualquer coisa comigo querida. - Ela começou a fazer um cafuné lento e senti o nó se formar em minha garganta. Senti que se movesse um centímetro sequer de como estava, uma piscada, iria transbordar em choro.

- Eu sei que as coisas estão difíceis meu amor, e também sei o que está se passando nesse seu coraçãozinho. - Algumas lágrimas fujonas escorreram por minhas bochechas mas eu permaneci calada, imóvel, na esperança de que ela não percebesse. - Você não está se casando por amor, e isso é uma das coisas mais horríveis da vida, prender-se a uma pessoa pelo qual você não consegue se ver. Que você sabe que nunca será completamente feliz. Nem se ela te der todo ouro do mundo, todas as terras, todas as jóias e belos vestidos, mesmo que seja um bom rapaz, bonito, inteligente e educado. Nada irá te fazer feliz se não existir o amor. 

Eu fechei os olhos com força, abraçando suas pernas. Por um momento me senti com 9 anos novamente, tão assustada e com medo do que iria acontecer que só queria me enrolar e ficar deitada para sempre. Não era justo, que eu não pudesse ser feliz. Eu entendo, óbvio que entendo que eu tenho um dever a cumprir para com meu povo, mas eu poderia muito bem governar sozinha, ou encontrar meu par ideal, o homem que eu amo. Talvez eu já tivesse encontrado, e era isso que estava me doendo mais. Depois de alguns minutos calada, ela voltou a falar.

- Tenho boas notícias. - Ela continuou a alisar meus cabelos suavemente.

- O que? - Falei baixo, minha voz ainda estava meio turva e eu ainda estava abraçada a suas pernas.

- O principe William agora é Rei William. - Eu levantei a cabeça a olhando.

- Ele conseguiu? - Ela riu de leve.

- Você o ama. - Eu confesso que congelei por alguns segundos, mas logo tentei disfarçar.

- Claro que não. - Eu me deitei novamente em suas pernas, percebendo um leve ardor nas bochechas.

- Ah ok... - Ela riu de leve. - Quando você fala dele seus olhos brilham.

Eu fiquei puxando uma linha solta no lençol, sem saber o que falar. Será que eu realmente o amava? Lembrei novamente do beijo. Me sentia mal pelo fato de estar "comprometida", mas me sentia bem, bem até demais em saber o que ele sentia por mim. O modo como seu toque me deixava sem reação, e o fato de nossos corpos parecerem ter uma força de atração sobrenatural. 

- Se eu escrevesse uma carta para ele, você daria um jeito de entregar sem que ninguém soubesse? - Eu a olhei por cima do ombro e ela riu.

- Claro que sim. - Ela beijou minha testa. - Agora você tem que descansar, tem muitos compromissos amanhã.

 

 

Mercia

Louis William Tomlinson

 

2 weeks later

 

Tudo estava tão corrido, tanta coisa para aprender, tantas pessoas para conhecer  e conversar. Pessoas que seriam minhas pessoas de confiança, mas que eu sequer as conhecia. Minha sorte era minha mãe estar comigo ali, me ajudando, ou eu estava completamente ferrado. Estava no alfaiate, que tirava minhas medidas para fazer novos trajes, já que as medidas do meu tio não eram as mesmas que as minhas. Em cima de um pequeno pedestal de madeira, seminu, enquanto um homem ficava me rodeando com um pedaço de fita. Era constrangedor. Um guarda entrou na sala.

- Perdão vossa majestade, mas chegou uma carta para o senhor. - Ainda não havia me acostumado com o tratamento super formal que eu tinha agora.

Desci do pedestal agradecendo a Deus por ele ter chegado, não aguentava mais ficar em pé. Agradeci e peguei a carta, o brasão de Northumbria me chamou a atenção, fez meu coração acelerar. Mesmo que a probabilidade daquela carta ser de quem eu esperava que fosse ser mínima, eu ainda sim torci com todas as minhas forças para que fosse. E era. 

Pedi que o alfaiate se retirasse para que pudesse ler calmamente, sem ninguém me observando, ele gentilmente saiu, e eu me sentei no batente que antes estava de pé, abrindo a carta com cuidado. Tinha seu cheiro. Sorte a minha que já havia tido algumas aulas, e conseguia entender melhor agora, estava ansioso por suas palavras.

 

"Os raios dourados invadiram as janelas do meu quarto

Tomando todo espaço que por ti deveria estar sendo ocupado

E o ardor depois de alguns segundos em minha pele

Imitavam a sensação que apenas teu toque me trazia

Confundi a brisa leve com teu hálito gelado

E depois de despertar desse sonho inacabado

Senti meu corpo clamar por teu abraço

Observei a manhã calma e bonita

Tocando o ferro da janela fria

Pensando o quanto mais aguentaria

Quantas noites frias

Quantas manhãs sozinhas

Cansada de contar os dias

Vivendo em agonia, anciando tua companhia

A cada minuto, mísero segundo

Eu te queria

E só te queria

Sem medo de deixar claro

Que sem ti

Já não mais vivia

Não sorria

Não queria

Só te queria

 

Katherine Pierce Campbell "

 

Não pude descrever o que senti no momento, a cada palavra que com pesar eu entendia, a cada letra suave que tinha sido desenhada cautelosamente por suas mãos macias. Meu coração foi a mil, meu cérebro pareceu congelar. Eu a amava. Eu a queria.

 

 



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