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História Old Pages - Eu amo meu mundo cor de rosa.


Escrita por: linwzinha

Notas do Autor


capa provisória*

Capítulo 1 - Eu amo meu mundo cor de rosa.


Fanfic / Fanfiction Old Pages - Eu amo meu mundo cor de rosa.

10 anos antes.

— E aí, fofinho. — deslizo a mão pelo seu cabelo claro. Ele sorri pra mim, e como sempre, antes de falar ou fazer qualquer coisa, passa a língua pelos lábios.

— Sel, você não vai acreditar! — diz empolgado. Eu me abaixo para ficar de sua altura, olhando na direção da caixa mediana que ele tem em mãos. — Eu capturei uma largatixa.

— Céus, que nojento. — me afasto imediatamente. — Você não deveria brincar com isso, Justin, pode ser perigoso.

— Claro que não, Sel. Meu pai falou que é um animalzinho legal. — explica, adiantando-se a se aproximar novamente. Droga, eu tenho pavor desses bixos. — Você sabia que ele come todos os mosquitos e aranhas? Ele é o seu herói. Esqueceu que tem medo de aranhas? — me lembra. Eu rio, pois a verdade é que eu tenho medo de qualquer tipo de inseto.

— Mas eu tenho medo de largatixas também, então, se afasta com essa coisa. — gesticulo com as mãos. — E me diz uma coisa, como você se refere a isso aí no masculino? Pode ser fêmea. — explico.

— Ah não, eca. Chega de garotas né, Sel? Garotas são muito chatas e frescas, como você. — eu gargalho, mas no fundo me sinto indignada pela ofensa. — Quando eu for bem grande, vou casar com você, mesmo você sendo a maior fresquinha de todas.

— Comigo? Não, Justin, não pode casar comigo. Eu sou sete anos mais velha que você, sem contar que eu sou sua babá, né? Você tem que casar com alguém da sua idade.

— Mas eles são tão chatas, você é a melhor garota que eu conheço. 
 

Atualmente.

Desço as escadas correndo, tropeçando em meus próprios pés, que por sorte, estão descalços. Odeio estar atrasada.

— Sempre atrasada. — diz em um tom arrogante. Eu o encaro rapidamente, apenas revirando os olhos. Reparo que ele usa jeans e uma camisa salmão. — Por que marca um horário se não vai poder estar lá?

— Me erra, Joshua.

— Não me chame assim, Marie. — ele rosna.

Me desequilibro um pouco quando tento por o salto no pé esquerdo. Me sento no sofá checando minha bolsa.

— Apenas pare de criar caso. — digo tentando manter a calma.

— Eu estou criando caso? Por que sempre é criar caso pra você quando eu digo a verdade?

Jogo a bolsa sobre o sofá, ao meu lado, me levantando em seguida. Agora ele conseguiu me irritar.

— Você sabe que eu sou assim, sabe que eu me atraso, pra que ficar brigando toda vez? — ele ri debochado; é a pose de quem pode mais.

— Por que você nunca aprende. Pra uma psicóloga, você deveria saber lidar melhor com os seus problemas. — alfineta.

— Pra um advogado de defesa, você deveria acusar menos! — digo alto, me controlando a não fazer escândalo. Me viro de costas e vou até a porta de saída, abrindo-a em seguida. — Saia do meu apartamento, você não vai comigo hoje.

— É assim que você resolve? Antiprofissional. — mais um vez, ele instiga a discussão. — Da pra sair desse mundinho cor de rosa e agir como adulta?

— Não, não dá! Eu amo meu mundo cor de rosa, e se isso é um problema, você quem deveria sair dele.

Seu rosto se transforma em algo horrendo; uma expressão tão raivosa e séria, meio assustador. Ele dá quatro passos em minha direção, ficando próximo o suficiente para eu ter que olhar minimamente pra cima, em direção aos seus olhos fuzilante.

— O que você quer dizer com isso?

— Eu quero um tempo.

— Mas eu não quero!

Um murro é depositado sobre a parede atrás de mim.

— Exatamente por esse motivo que devemos dar um tempo. — suspiro irritada. — Somos completamente diferentes, Josh, nenhuma decisão bate, o meu "sim" é o seu "não", como alguém vive dessa forma?

— Estamos juntos a quase um ano, garota, é totalmente normal; todo casal briga.

— Nós sequer somos um casal. — grito, tentando não voar em cima de seu rosto sínico. — Casal é se dar bem a todo momento, não só no sexo.

Eu respiro fundo, deixando a raiva espairecer sobre minhas entranhas. Ele se afasta para não me olhar, mas sei o que pensa. Todo esse tempo, tudo o que eu fiz foi manter esse relacionamento de pé, e ele sabe disso.

— Por favor, vá embora. — ele ri, ri como se eu tivesse dito a coisa mais engraçada do momento.

Seu corpo se inclina para o lado, onde ele alcança a mesa de centro e apanha a chave de seu carro. Antes de passar por mim, ele segura meu queixo como uma das mãos, pressionando seus dedos na minha pele e diz:

— Você vai se arrepender.

•••

Estaciono meu carro atrás de um Volvo preto. Consigo ver uma pequena movimentação no jardim, por esse motivo, dou um jeito de entrar pelos fundos, direto na cozinha. Vejo a estatura média da mulher se virar para mim, abrindo um enorme sorriso quando me vê.

— Querida, que bom que chegou, achei que não vinha mais. — mamãe diz me puxando para um abraço, que eu retribuo de bom grado. — Por que não veio no horário que combinamos? E porque entrou por aqui?

— Mãe, uma coisa de cada vez. — sorrio. — Como sempre, eu me atrasei, me desculpe.

— Tudo bem, tudo bem. Agora vamos, me ajude a levar isso para fora. — ele me entrega uma bandeja com petiscos, eu como um antes de pega-la.

Caminhamos em direção à parte da frente da casa; o jardim. Há cerca de umas 30 pessoas, sem contar algumas crianças que brincam entre eles. Vejo rostos conhecidos, alguns amigos de empresa do meu pai, vizinhos, e até mesmo amigas de salão da minha mãe. Uma família em especial me chama atenção: Os Biebers. Jeremy está sentado ao lado de sua esposa, Marli, que no momento arruma o cabelo de Jazmin, sua filha. Pattie está de costas conversando com eles, e ao seu lado está uma rapaz loiro, mas ele está de pé. Forço minhas vistas ao reparar que ele me parece familiar.

— Mãe, aquele é o Justin? — pergunto em um sussurro, me aproximando de canto. Ela assente sorrindo.

— Sim, querida. Ele está tão lindo, nem parece mais o seu bebê. — ri e eu acompanho. Lembro que eu sempre o chamei assim por ter cuidado dele por muito tempo e ter criado um afeto.

Coloco a badeja sobre a mesa e sigo em direção à mesa da minha segunda família. Me aproximo silenciosamente do seu corpo de costas e passo as mãos pelos seus olhos, assim, os tampando.

— Quem é meu bebê? — brinco fazendo uma voz infantil. Os demais na mesa me olham sorrindo, eu retribuo, ainda tampando a visão do Justin.

— Sel? — ele finamente tira minhas mãos e se vira de frente pra mim. Céus. Os anos realmente fizeram bem a ele. Sua aparência está muito melhor, e o sorriso então... Divino. — Caramba, que gostosa. — eu gargalho me jogando sobre o seu corpo. Não consigo não reparar em como sua voz está grossa e rouca.

Ele ele abraça forte e eu enterro minha cabeça no seu pescoço, tentando lembrar de seu cheiro, mas está diferente, na verdade, está muito melhor.

— Eu quero abraço também. — ouço a voz de Pattie atrás de nós.

Eu rio me desgrudando de Justin e abraçando a mulher dos olhos encantadores. Faço isso com os demais na mesa.

— Pelas minhas contas, está faltando um Bieber. — brinco.

— Jaxon não para um segundo, se você achar ele aqui, pode por na camisa de força. — Jeremy diz zombeteiro, fazendo todos na mesa rirem.

— Senta aqui com a gente, filha, eu estava como tantas saudades. Me diz como anda sua vida, três anos é muito tempo. — Pattie diz, já me fazendo sentar ao lado de Justin.

— Eu também estava com saudade de vocês, mas como eu estava no último ano da faculdade, tudo ficou mais corrido. — lamento.

Eu realmente gostava daquela família, e eu adorava me sentir uma Bieber. Era mágico saber que Jeremy e Pattie eram separados, mas também eram melhores amigos, é como se nada pudesse atrapalhar o andamento de família pacífica e feliz. Todos faziam bem aos outros.

— Ei! Quero que cante pra mim hoje. — viro-me para Justin.

Eu amava sua voz imensamente. Consigo me lembrar de todas as vezes que eu fazia ele cantar pra mim algumas musicas do Akon.

— Eu não canto mais, não nasci pra isso.

Arregalo meu olhos e vejo todas na mesa agindo normalmente, como se aquilo fosse algo normal, tipo panquecas no café da manhã.

— Ah querida, tantas mudanças... — Pattie diz meia tristinha.

Penso em perguntar o porquê, mas faz tanto anos. Apenas torço os lábios e deixo o assunto cair no esquecimento.

A conversa rendeu ainda mais quando minha mãe entrou no meio. Eu tive que sair por uns instantes e cumprimentar as outras pessoas, mas logo voltei. Percebi Justin ficar muito calado durante esse processo, ele só falava quando era mencionado, caso contrário, ficava quieto ouvindo, ou mexendo no celular.

— Meu bebê. — passo a mão sobre seu cabelo dourado. Ele me olha e abre o sorriso de canto. — Você está bem?

— Eu estou legal, e você? — ele arqueia a sobrancelha.

Desde quando ele passou a ser o mais atrevido de nós dois?

— Suave, cara. — forço uma voz máscula.

— Não faça isso de novo. — nós dois rimos. — Eu vou ali fora, quer ir?

— Claro, vamos lá.

Ele se levanta e caminha um pouco mais à frente, mas eu o alcanço e passo o braço e volta do seu. Ele continua sendo meu bebê, mesmo estando bem mais alto que eu agora.

Me surpreendo quando o vejo tirar um maço de cigarros do bolso assim que paramos na calçada.

— Desde quando você travou guerra contra o seu pulmão? — ele me olha áspero, mas solta um risinho amarelo.

— Faz algum tempo.

— Não quero que você faça isso. — puxo o isqueiro de sua mão, assim que ele o pega.

— O que você está fazendo, Selena? Me devolva.

— Desde quando eu sou "Selena"?

— Desde quando você tomou o isqueiro da minha mão e ficou agindo como minha babá. — debocha.

— Eu sou a sua babá. — digo indignada. Como meu bebê se tornou alguém tão independente?

Sua risada se torna um pouco mais alta, mas logo ele fecha a cara e segura meu braço com um certa força. Eu o olho nervosa, mas tudo que ele faz é tirar o isqueiro da minha mão.

— Você não era assim. Parou de cantar, parou de conversar em grupo, e agora fuma. — digo, observando seus movimentos; ele acendo o cigarro preso entre seus lábios.

— Crianças crescem, pessoas mudam. É o ciclo da vida, Selzinha.

— Me chame de Selzinha de novo, e você vai ver eu transformar esse ciclo em um velório. — ameaço. — Agora pare de agir como um adolescente rebelde.

— Pare de agir como se ainda fosse minha babá. — ele solta a fumaça e me encara.

Rosno baixinho olhando deus maxilar travado. Ele realmente cresceu, não só na maneira de agir, como no tamanho; deve estar com uns 10 centímetros a mais que eu, isso porque eu estou de salto, imagina sem.

Ele me pega encarando suas mudanças e solta um risinho perverso.

— No momento, eu só consigo reparar em como seus seios cresceram desde a última vez que nos vimos.


Notas Finais


Eu não voltei, é tudo ilusão.
Não tenho o que falar, tudo está bem explícito. Eu espero que gostem <3
Justin, 18. - http://imgur.com/a/J0KLs
Selena, 25. - http://imgur.com/a/ZRYhq


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