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História Old Pages - Ela sempre foi meu sonho de consumo.


Escrita por: linwzinha

Capítulo 2 - Ela sempre foi meu sonho de consumo.


Fanfic / Fanfiction Old Pages - Ela sempre foi meu sonho de consumo.

Já passa das 19:00 da noite, o que era pra ser um almoço, chegou quase à um jantar. Todos já estão indo embora e me despeço de cada um, fazendo a gentil e boa filha que meus pais gostam; não que seja ruim ser assim, mas há pessoas aqui que não me agradam o suficiente.

Papai me abraça de lado enquanto seguimos para dentro. Só restou minha mãe e os Biebers, que vão passar a noite aqui, já que amanhã eles vão arrumar a mudança da nova casa.

— Estou tão feliz por vocês morarem aqui agora. — mamãe diz novamente; lembro que ela havia dito isso umas duas vezes durante o almoço.

— É uma boa oportunidade para todos. Justin na faculdade, minha nova sociedade de empresa com Ricardo. — ele diz sorrindo orgulhoso para o meu pai. — Só é uma pena que Pattie ainda queira ficar no Canadá.

— Não posso deixar meus pais, mas eu sempre vou estar aqui, agora que meu menino decidiu me abandonar. — ela diz com voz chorosa para Justin, o mesmo apenas revira os olhos.

— Que grosseiro! — digo para ele, antes de apanhar uma almofada no sofá e jogar em sua direção.

Ele me olha incrédulo por eu ter feito com que seu celular caísse no chão. Eu gargalho olhando sua expressão raivosa.

— Não comecem, crianças. — papai diz se servindo com um pouco da bebida que tem em sua mini adega. — Jeremy, está servido?

— Nem precisa pedir duas vezes. — rimos de sua empolgação, deixando novamente a conversa fluir.


Algum tempo passa e eu me sinto cansada por todo o dia. Me levanto do sofá, onde eu estava ao lado de Jaxon e Jazmin.

— Eu já vou indo, gente.

— Mas, querida, está tão tarde. — mamãe diz manhosa. Ok, eu já sabia o que viria em seguida.

— Relaxa, mãe, eu sequer bebi, sei me cuidar.

Marli e Pattie riem, pois elas sabem o que é ser uma mãe preocupada.

Me despeço de todos, mas sinto falta de Justin no meio deles.

— Onde está Justin? — digo olhando em volta.

— Lá fora, Sel. — é Jazmin quem responde, apontando seu dedinho em direção à porta. Eu sorrio beijando seu rosto avermelhado.

Aceno para eles e saio da casa, encontrando um adolescente rebelde encostado no meu carro, fumando. Caminho em passos lentos até ficar de frente para ele.

— Eu já vou pra casa. — digo pressionando meus dedos na alça da pequena bolsa.

— Achei que fosse dormir aqui.

— Achou errado. — ele dá uma última tragada e solta a fumaça para o lado, em seguida, joga a bituca de cigarro no chão. — Até, bebêzinho.

— Eu não lembrava de você ficar tão sexy falando isso. — rio dando um leve empurrão em seu ombro.

— Eu não me lembrava de você ser tão assanhado.

— Sou direto com o que eu quero.

Reviro meus olhos impacientemente.

— E eu já disse que tenho um namorado. — ele ri debochado, como fez horas atrás.

— Eu não ligo, e ele não está aqui.

Petulante!

— Quer saber, Justin? Eu passei da minha fase de ser babá.

Antes de me afastar, consigo ver o seu sorriso convencido sendo desmanchado.

Ando até o outro lado do carro e entro no meu lugar de motorista. Tudo o que faço é dar uma buzinada antes de sair cantando pneu.

Justin Bieber - Point Of View.

Selena Gomez. Ou melhor, Sel. Como minha mãe disse, três anos é realmente muito tempo. E eu nunca vi malditos três anos fazerem tão bem a uma pessoa como fez a Selena Gomez.

Eu me sinto um pervertido sonhando com a minha babá, mas como lidar com uma ex babá extremamente gostosa e jovem? Eu não podia estar mais agradecido por ter sido aceito nesta faculdade de Boston. Isso realmente me rendeu a melhor surpresa de todas: uma babá prontinha para sua criança.

O som estridente de uma música eletrônica preenche o local, eu percebo que é meu celular sobre a cama. Eu o apanho rapidamente para não acordar Jaxon, este se mantém em seu décimo sono.

"Ryan" aparece no visor.

— Qual foi, marica? — zombo.

— Mal saiu do Canadá e já virou um americano arrogante. — nós dois rimos. — Eu espero não ficar desse jeito quando eu for fim de semana...

Espera, o quê?

— Que história é essa, cara?

É, dude, parece que você vai ter que me aguentar na faculdade também.

— Cara, não zoa. Por que não me disse antes?

Caminho para a varanda do quarto, tentando não fazer barulho.

Aquela surpresinha de leve. — ouço sua risada do outro lado da linha.

— Pensei que ia finalmente me livrar, fui otário!

  Me apoio no parapeito da varanda, e saco meu maço de cigarro, agilmente apoiando o celular com o ombro colado à cabeça.

— Babaca. — rio fraco de seu resmungo. — Mas fala aí, qual é a boa dos EUA?

Trago o cigarro entre meus dedos, me lembrando da verdadeira coisa boa que Boston me trouxe pro momento.

Sorrio travesso.

— Babá Gomez, se recorda?

  — Porra, saudade dela. Sempre te achei o maior sortudo por ter ela como babá, enquanto eu tinha a Margaret com pelos no nariz. — gargalho alto me lembrado da Dona Magda, ela era uma velha rabugenta que nunca deixava Ryan brincar comigo ou com qualquer outra criança.

— Você vai gostar mais ainda quando ver ela. — empurro a fumaça pelo nariz. — É o tipo de gostosa que você quer ter um pôster no quarto pra se masturbar.

Talvez até mais.

— Sempre soube, na verdade, ela sempre foi meu sonho de consumo.

— Pare de ser gay.

Ryan fala mais algumas coisas sobre como gostava da babá Sel, enquanto eu só consigo fantasiar aqueles maravilhosos seios na minha cara.

Ele também conta como estão as coisas lá, e que a Leslie está realmente grávida e o possível pai é o Chris. Eu já imagina que algo assim aconteceria, o cara passa a rola em todo mundo sem se previnir. Apesar dos apesares, Chris sempre foi um ótimo amigo.

Eu me despeço de Ryan quando o ar gelado da noite começa a me incomodar. Me deito novamente ao lado de Jaxon e tento arruma-lo numa posição menos esparramada; o garoto está ocupando o espaço da cama inteira.

Depois de alguns minutos, finalmente sinto o sono me invadir. Antes, deixo como que meu último pensamento seja a minha babá gostosa.

•••

Domingo! Queria estar no Canadá agora, provavelmente indo ao Jackie's tomar um bom café gelado, para me curar de alguma ressaca da noite anterior.

Todos já levantaram, até mesmo Jaxon, mas eu insisto em manter meu corpo deitado no colchão macio que Mandy e Ricardo me proporcionaram no quarto de hóspedes. Não estou ao todo cansado, a palavra certa para Pattie seria "preguiçoso", mas para mim, o termo correto é "indisposto".

— Vamos, Justin, precisamos de braços fortes para ajudar com as caixas mais pesadas. — a voz de Jeremy preenche o quarto. Eu olho para porta, o vendo lá, com sua pose de machão.

— Tio Ricardo vai adorar ajudar.

— Eu odeio ser o pai vilão, mas você está pedindo por isso.

É a última coisa que ele diz antes de ir até a cortina do quarto e abri-la completamente. Eu fico cego por uns segundos, por conta da claridade excessiva.

— Vai querer que eu puxe o cobertor também?

Me sento sobre a beirada da cama, coçando os olhos de maneira preguiçosa.

— Eu vou me vingar. — digo rosnando.

Ele gargalha.

— Claro que vai, borboleta.

Selena Gomez - Point Of View.

Meu lábios deslizam pela superfície gélida, fazendo com que todo o alimento seja retirado do garfo e entre em contato com a parte interna da minha boca.

De primeira, é possível sentir o gostoso do tempero bem elaborado, mas logo depois, a queimação do excesso de pimenta + sal retira todo o prazer do paladar. E mais uma vez, eu tenho a certeza de que cozinha, definitivamente, não é o meu forte. Já passa do décimo macarrão indo pro lixo, sempre há um falha de produção; se eu corrijo em uma parte, erro na outra, ciclo sem fim.

Decido pedir comida por telefone, já que o meu fracasso me impede de comer a gororoba criada. Uso a praticidade do aplicativo iFood e peço yakisoba, para satisfazer a minha vontade de comer macarrão, e também alguns brownies para sobremesa.

Poucos minutos depois, a campainha toca. Imagino que não seja a comida, já que eu acabei de pedir. Vou até o olho mágico e sorrio ao ver a figura loira que aguarda do lado de fora.

Abro a porta sorrindo ansiosa.

— Surpresa! — ela dá um gritinho histérico, jogando o corpo sobre o meu em seguida.

Retribuo empolgada.

— Que saudade! É tão bom te ver. — beijo sua bochecha. — Ou pelo menos metade de você. O que fez com o cabelo?

Ashley passa as mãos sobre as madeixas curtas, acima de seus ombros. Ele costumava chegar no meio de suas costas.

— Gostou? Eu me inspirei no seu. — ela ri cativante, já passando pelo meu corpo e entrando em minha casa.

— Fico feliz por ser útil. — gargalho. — Mas me conte tudo. Não sabia que viria hoje, teria preparado um programa legal.

Nos sentamos sobre o sofá, onde ela apoia sua bolsa de ombro. Seus lábios se exprimem ao formar uma careta maliciosa.

— Safada, você aprontou.

— Eu? Jamais! — ela joga seus pequenos cabelos para trás, rindo de si mesma. — Tá legal, eu vou contar. Foram três; o carinha gato do hotel; o carinha número 1 da boate; e o carinha número 2 da boate. Todos foram sensacionais, nunca pensei que franceses fossem me tirar o fôlego.

Minha boca se abre em suspensa, mas logo eu solto um grito animado.

— Você é uma vadia sortuda! — empurro seu corpo, que cai mole e sorridente. — Conta mais, anda, anda.

— Aí Sel, é tudo tão maravilhoso lá, as pessoas, a moda, o ambiente, os homens... — ela solta um suspiro apaixonado enquanto encara o teto acima de nós. — Você precisa ir comigo em Maio! — eu assinto com a cabeça, ansiosa.

Ela me olha de sorrateiro e mais uma vez concordo, para que não haja dúvidas. Eu realmente quero conhecer Paris, sempre esteve nos meus planos.

— Ótimo, ótimo, ótimo!

Me assusto quando vejo seu corpo dá um pulo do sofá. Ela anda em direção a minha coleção de livros que enfeitam um canto da sala e pega meu Edital de psicologia.

— Coloque as mãos sobre a nossa Bíblia. — eu rio, mas obedeço. Ela faz o mesmo, colocando sua mão sobre a minha. — Diante da nossa profissão, da nossa amizade, e de todo amor envolvido, Selena Marie Gomez, boa anfitriã, promete ir a Paris com a melhor amiga.

Ela me olha, incentivando que eu também fale.

— Como uma cidadã honesta, eu dou a minha palavra de que essa promessa será cumprida.

— Amém! — dizemos em coro.

A "bíblia" é recolocada em seu devido lugar, e ela volta a se sentar ao meu lado.

— Me fale sobre como estão as coisas aqui. Seus pais estão bem? Josh continua alguém que eu não suporto? — ela revira os olhos ao dizer a última parte.

— Ficará feliz em saber que demos um tempo...

— Não brinca! Por quê?

Me ajeito melhor, formando perninhas de índio sobre o sofá. Virou costume fazer isso, de tanto que peço para os meus pacientes relaxarem.

— Eu percebi que somos metades bem diferentes, não conseguimos chegar na fase de se tornar um só. — suspiro derrotada. A real é que eu gosto dele, ao todo, ele era alguém que eu queria casar e ter filhos. — Como você dizia, nem todos os opostos se atraem.

— Ah, amiga... Por mais que eu esteja feliz com a notícia, eu não quero que você fique mal com isso. Ele era um babaca, mas também era alguém que fazia você sorrir as vezes.

— Não precisa disso. — gesticulo com as mãos, rindo fraco. — Digo, me consolar e todas essas coisas, sabe? Eu estou bem, na verdade, melhor do que imaginei que estaria.

— Então essa é a deixa para irmos curtir o que Boston nos proporciona de noite?

Gargalho negando.

Ashley é alguém que eu não posso perder em hipótese alguma. Seu senso de humor me deixa feliz sempre, mesmo naqueles momentos em que eu só quero estar nervosa ou chorar. Conhecer ela na faculdade foi uma das minhas maiores conquistas. Apesar de ter seus pontos altíssimos de pouca sanidade mental, ela é a melhor pessoa do mundo pra mim.

— Eu só quero ficar aqui e curtir um... — sou interrompida com o barulho da campainha. — Chegou a comida.

— Fiquei quase dois meses fora e você ainda não aprendeu a cozinhar?

Pego a comida e pago o entregador.

— Pare de reclamar e vamos comer. — digo, levando a refeição para cozinha.

Ashley demorou algumas horas até voltar para sua casa. Eu insisti por diversas vezes para que ela dormisse aqui comigo hoje, mas sua convicção com a palavra "não" foi mais forte.

Ficar sozinha sempre foi um problema pra mim. Nunca tive irmãos, então sempre foi somente eu, isso passou a ser um incômodo desde mais nova. Meus pais sempre tentaram ser presente o suficiente, me mimando como podiam. A decisão de morar sozinha foi a coisa mais difícil que eu já fiz. Como uma pessoa que vivia de atenção, ia ficar sem nenhuma? É, eu consegui, mesmo que por pouquíssimo tempo; até a Ashley chegar e preencher o meu vazio.

Pra completar o time, depois de alguns meses eu conheci o Mark, um carinha da faculdade. Ele foi gentil por um tempo, até me fez sair com ele algumas vezes, mas quando eu disse não para o sexo precipitado, o nosso "lance" acabou, como o vento lava o pó.

Durante esses anos houve alguma paqueras nas boates, uns encontros falidos, até chegar em uma cafeteria e receber um belo copo de café gelado na minha blusa social branca. Foi assim que eu conheci o Josh. O cara revolucionou a minha vida, sem exageros. Tudo que era errado, ele concertou; tudo que estava certo, ele melhorou. No final, eu percebi o quanto ele mudou as coisas de lugar, e pior, me manipulando.

Eu amava estar com ele, mas nunca cheguei a amar ele. Talvez, aquela maneira de querer tudo do jeito dele tirasse um pouco do meu sentimento. Ou aquela mania de reclamar da minha forma de agir ou pensar. Era uma lista de defeitos sem fim, mas em compensação, foi um ótimo parceiro na cama; uma pessoa carinho e atenciosa. Ele cuidava de mim, do jeito superior dele, mas cuidava.

Saio da minha avalanche de devaneios ao ver meu celular vibrar na cama, abaixo do travesseiro.

É uma mensagem de Vanessa.

"Ei, gata, não se esqueça de chegar mais cedo amanhã para atender o Sr. Phillips."

Céus! Vanessa não cansa de me salvar, eu realmente tinha esquecido do paciente. Ele costuma vir mais cedo, para depois ir a sua quimioterapia, este é um dos motivos para ter consultas comigo; o medo de morrer um dia.

Lhe mando uma resposta.

"Não sei o que faria sem você, obrigada!"

Logo sinto meu corpo ser entregue ao extasio, acompanhado de bocejos e pálpebras cansadas. Deixo o sono me consumir, para amanhã, ter mais um bom dia de trabalho.


Notas Finais


Gente, eu tinha esquecido de como era bom receber favoritos e comentários. Vocês são demais, obrigada <3

Se não for pra ter a Benson como melhor amiga da Selena, e o Butler como melhor amigo do Justin, eu nem quero. Mas lembrando, eles tem idade diferente, outra vibe, então, não terá casalsinho. Triste, eu sei.
Já se preparem para amar o Justin, ele vai ser o típico badboy filhinho do papai
Até o próximo, xx


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