História Old Passion - Me deixe te amar

Paramos o beijo e ele me olhou assustado.
– Pensei que não quisesse me ver. Pensei que tivéssemos terminado – Xon acariciou meu rosto, apertando minha cintura.
– Você está me deixando louca com seus ciúmes idiota, mas amo você! – Sorri. Talvez Justin ainda estivesse na sala, mas eu simplesmente não me importo.
Eu o quero longe de mim. Ele tem um poder sobre mim que nem eu mesma sei explicar, e não quero cair outra vez nos seus encantos. Então é melhor eu tentar de tudo para mantê-lo longe de mim.
– Eu amo muito você! – Ele sorri e me da um selinho. – Haley, vou viajar hoje à noite para França. Consegue esperar até o final da semana para podermos conversar sobre nosso relacionamento?
– Vai viajar para que?
– Tem um carregamento de fragrância chegando da Índia e preciso ir até lá para fiscalizar tudo antes que chegue às mãos de Justin. – Concordei e lhe dei outro beijo.
– Tudo bem. Preciso ir agora, tenho que buscar Jason na escola. – Me soltei de suas mãos me despedindo.
Sai da CB e caminhei até meu carro. Acomodei-me no banco e comecei a dirigir até a escola de Jason. Parei no sinal fechado e aproveitei para poder retocar o batom.  Sinal abriu e antes que eu pudesse voltar a dirigir, meu celular toca. Atendi e voltei a acelerar.
– Cross falando.
– Haley temos um problema. – A voz Jesse parecia aterrorizada pelo alto falante do carro.
– Qual é o problema?
– Lembra-se das modelos que você mandou fotografarem em Malibu, na sexta? – Concordei e ela continuou. – Parece que o fotografo torceu o punho e não vai poder tirar as fotos. – Bufei de frustração. – Precisam de você para instruir o novo fotografo ainda hoje.
– Tudo bem Jesse. – Estacionei em frente à escola e esperei que chamassem Jason para mim. – Vou depois do almoço, quando deixar Jason na casa da avó. – Ela concorda e desliga.
Jason entra no carro, me beija, coloca o sinto e liga a rádio.
– Pronto? – Ele balança a cabeça em sinal de sim e volto a dirigir. – Então, aonde vamos almoçar?
– Mc donald’s  – Ele grita animado e eu concordo rindo.

[...]

Estaciono na frente da mansão dos Bieber’s e desço ajudando Jason com a mala. Passamos em casa, fizemos as malas e aproveitei para poder troca de roupa, vestir uma roupa mais confortável já que iria até Malibu dirigindo.
Adentramos a casa e Jason me deixa para trás para correr até sua tia Jazmyn que estava sentada no sofá.
– Tiaaaaa. – Ele pula em cima dela e ela cai na gargalhada com a gritaria do pequeno
– Oi baby Bieber.
– Não me chama assim tia – Ele fecha a cara e ela ri mais ainda.
– Oi Jaz. – A comprimento e deixo a mala  no meio da sala.
– Oi.
– Cadê Pattie?
– Lá em cima. – Ela aponta para a escada e eu começo a subir. – Ela ta no quarto dela – Jazmyn grita.
Com passadas rápidas caminho até o quarto. Bato na porta e só adentro depois de escutar o “Entra”. Abro a porta e vejo Pattie em pé de frente para Justin que está sentado na cama. O que ele faz aqui? Não deveria estar na empresa à uma hora dessas?!
– Oi querida. – Ela diz e me cumprimenta com um beijo no rosto. – Jason está lá e baixo?
– Sim, ficou lá brincando com Jaz. – Ela sorri e acompanho com os olhos Justin se levantar e colocar as mãos no bolso. – Pattie, obrigada por ficar com Jason para mim. Será uma viaje bem rápida, eu prometo. – Ela sorri alisando meu braço.
– Ira viajar? – Justin pergunta
– Vou para Malibu. Tenho que resolver algumas lá.
– Como você vai querida? – Pattie pergunta
– Vou dirigindo mesmo. Chamaria Jaxon para ir comigo, mas ele irá viajar né?! – Fiz menção a Xon só para alfinetar Bieber. E parece que deu certo. Percebi de canto de olho que ele fechou a face.
– Vai sim. Mas Justin pode ir com você. – Pattie ofereceu e eu fiquei um pouco chocada. Ela sabe como me sinto com a volta dele. – Não é Justin? – Eu encaro o mesmo rezando para que ele negue.
Diga que não!Diga que não!
– Claro. Quanto tempo ira ficar por lá?
– Ah Justin, não precisa se incomodar. Você deve ter muitas coisas para fazer.
– Na verdade não. Do que adianta ser dono de uma empresa e não poder se ausentar dela por alguns dias, Haley?! Quantos dias ira ficar? – Bufo mentalmente e forço um sorriso.
– Ótimo vou deixar vocês dois, e vou ver meu pequeno. – Pattie sai e me deixa sozinha com ele.
– Olha aqui seu imbecil, você ira comigo, mas não quero nenhum piu e nenhuma gracinha vinda de você. – Ele sorri de lado e bate continência.
– Sim senhora comandante. – Reviro os olhos levo minhas mãos à cabeça.
– Vá arrumar suas coisas. Você tem dez minutos. Vamos ficar dois dias no máximo. – Me viro para sair do quarto.
– Cross. – Viro só a cabeça e o encaro. – Serão os dois melhores dias das nossas vidas. – Reviro os olhos e saio marchando dali.

[...]

O dia começava a escurecer e ainda faltava mais ou menos meia hora para chegarmos. O silêncio estava me matando. Logo no começo da viagem, Bieber começou a jogar indiretas sobre o erro que ocorreu na cozinha da minha casa, o ignorei e liguei a rádio. Só que agora até a rádio estava me matando.
Olho pela janela e leio a placa “Motel Del Quartier a cinco km”. Suspiro.
POW!
Assustada com o barulho, seguro a mão de Bieber que estava na macha.
– Merda. – Ele xinga baixinho e eu olho pela janela na esperança de ver o que foi que houve.
– Que barulho foi esse?
– O pneu, ele explodiu. – Suspiro e solto sua mão.
– Tudo bem. Tem um motel logo na frente. A gente pode pedir ajuda lá. – Ele concorda e continua a dirigir.
Não demorou muito e logo Bieber estacionou na frente do motel. Desci do carro e olhei a minha volta. Na frente do motel tem duas bombas de gasolina. Avistei uma garagem um pouco a frente e suspirei. Caminhei até a porta com Justin logo atrás de mim. Abri a porta e um senhor de meia idade segurou a mesma e esperou que eu passasse. Ele assoviou logo que passei por ele e Justin rugi com o atrevimento do senhor.
– Mais respeito! – Pego o braço de Justin e o puxei até o balcão da recepção, para bem longe do senhor tarado.
– Por favor, aonde podemos encontrar um mecânico? – Perguntei a moça peituda, mas ela me ignorou dando apenas atenção ao Justin que estava alheio da mesma ainda prestando atenção ao velho tarado.
Puxei o braço do mesmo e ele me encarou desentendido. Continuei a encara-lo até que começasse a entender o que eu queria dizer.
Ele olhou a moça lhe lançou um sorriso. Ela se debruçou ainda mais no balcão fazendo seus peitos ficarem bem mais expostos. Eu entendia o interesse da mulher nele, ele é bonito e lhe lançou o sorriso atrevido sexy, aquele que ele reserva apenas para mulheres, mas poxa, não é pra tanto.
– Olá querida. – Sua voz sai roca e sexy.
Ta bom, chega. Ela não precisa de tanta atenção assim.
– Do que precisa? – Ela faz uma voz manhosa o que parece mais ser uma puta sendo enforcada.
– Precisamos de um mecânico. – Interfiro e ela me olha de cara fechada e volta à atenção a Justin.
– Precisamos de um mecânico. – Ele repete minha frase e novamente sorri. Ela olha por um instante pela janela em direção à garagem fechada.
– O mecânico está fechado. – Bufo e saio dali em direção ao carro.
Dia idiota. Motel idiota. Mulher idiota. Mecânico idiota. O meu dia não pode piorar, ou pode?
– Hey. – Justin para na minha frente. – Agora só vamos ter ajuda amanhã de manhã. – Bufo e encosto-me ao carro. – A gente pode passar a noite aqui, mas o problema é que ela só tem um quarto vago.
Meu Deus, parece que meu dia pode SIM piorar.
– Pode ficar com o quarto, eu durmo no carro.
– Não seja idiota Cross. – Ele me pegou no colo e me jogou no ombro como um saco de batata.
Ele adentrou novamente o motel e foi direto para o balcão.
– Querida, vamos querer o quarto. – Ele disse.
Repeti a frase dele com nojo tentando imitar sua voz e acabei recebendo um tapa no traseiro. Soltei um grito e ele soltou uma risadinha baixa.
 Mas que idiota atrevido!
– Vou mostrar o nosso estabelecimento a vocês. – Sinto Justin assenti com a cabeça e voltar a caminhar.
– Aqui é onde vocês vão ficar. – Escuto ela abrir a porta, mas Justin não se meche. – Agora... – Escutou um click e presumo que ela esteja trancando a porta. – Vou mostrar para vocês o terraço.
Justin começa a subir umas escadas e minha barriga que está em seu ombro dói a cada passo. A moça abre outra porta e Justin entra. Apoio as mãos em sua lombar e olho ao redor.
– Ninguém vem aqui, mas se quiser vir posso te mostrar algumas coisas interessantes para se ver daqui de cima.
Sua voz de puta me enoja. Será que ela está perto o bastante de Justin para eu poder chutar sua cara?
– Estou com fome. – Resmungo baixinho e Justin aperta a parte de trás da minha coxa.
– Onde podemos comer? – ele pergunta e parece segui-la depois que a mesma fecha a porta.
– Temos uma lanchonete, você pode comer lá. – Mais alguns passos e finalmente ele para. Respiro e ele me coloca no chão.
Sinto meu sangue acumulado na cabeça voltar ao devido lugar. Coloco minhas mãos na barriga sentindo um pouco de dor r torço um pouco a face.
– Qualquer coisa é só me chamar. – A moça diz. Dou um passo para o lado ficando bem perto de Justin e encaro a puta peituda chegar mais perto da boca do mesmo. – Qualquer coisa. – Repete falando baixinho.
– Você quer provar? – Bieber pergunta tocando os próprios lábios de leve. Ela assenti e da mais um passo na nossa direção. – Já tem dona.
Ele se vira para mim, me segura pela nuca e me arrasta em sua direção e me beija de um jeito muito exagerado. Apesar de querer estrangular a mulher em vez de beija-lo, eu o deixo se aproveitar de mim. Como sempre, minha mente se esvazia e nada mais existe.
É um erro, Jaxon provavelmente ainda nem viajou e você já ta se engraçando com o irmão dele. Vagabunda!
Meu subconsciente gritou, mas meu coração esta gritando mais alto.
Esta tudo bem. Jaxon nunca foi o homem da sua vida, Justin é!
Justin tem um poder sobre mim que não sei explicar, ele me toma, me arrebata, me possui. Talvez não fosse uma boa ideia ele ter vindo.
Ele finalmente me solta e eu olho para todos os lados envergonhada mas parece que ninguém viu nossa cena.
Graças a Deus!
– Me deixe te amar de novo Cross. Só esta noite, me deixe te amar. – Demoro dois minutos para raciocinar e entender o que ele quer dizer. Finalmente eu o olho e sem perceber já estou ofegante e com a boca salivando.
– Me deixe idolatrar seu corpo. Deixe-me amar você só por esta noite. – Seu olhar era de suplica. – Me deixe ter você novamente, Cross.
Dou alguns passos para trás abraçando meu corpo e tento escutar o que meu subconsciente fala, mas só escuto a voz do meu coração, que está gritando desesperado. Olho para as mesas da lanchonete mordiscando meus lábios pensando. O olho novamente e seu olhar transmite esperança. Balanço a cabeça em sinal positivo e ele caminha devagar até mim, os olhos cheios de promessas e prazer, ele me abraça pelo meio das costas e me pega no colo. Enterro os dedos em seus cabelos macios e eu o observo caminhar comigo no colo.
– Pra onde está me levando? – pergunto, vendo os degraus ficando para trás.
– Uma transa ao ar livre. – Ele me beija. – Vamos aproveitar que ninguém vem aqui mesmo, e que está uma noite gostosa. Então não vamos desperdiçar a oportunidade.
Ele me leva para o terraço, os barulhos da noite estão claros no ar fresco. Ele me põe no chão e começa a desabotoar minha blusa, seus dedos grandes abrindo os mínimos botões dourados, a linha de expressão marcando a testa. Tiro seu cinto e abro seu zíper. Em seguida, começando pelo último, vou abrindo cada um dos botões da camisa, sem pressa, até seu peito delicioso surgir quente e firme sob as minhas mãos. Meus polegares acariciam seus mamilos ao mesmo tempo em que ele finalmente abre o último botão da minha camisa e parte para a calça.
– Senti falta do seu corpo – ele murmura, levando os lábios aos meus, quando começa a tatear a calça em busca do zíper. Sei que é cruel, mas eu o deixo procurar. Ele passa uma mão pela frente da calça e depois coloca as duas na parte de trás. Sem sorte ali também, ele geme, com a boca colada à minha.
Tiro as mãos dele das minhas costas e as conduzo até o zíper na lateral.
Ele trabalha rápido para abri-la e me levanta do chão para eu chutar os sapatos. Em seguida, tira a minha calça.
O ar frio ataca minha pele, eriçando ainda mais meus mamilos já duros. Ele se afasta, tira os sapatos, as meias, a calça e termina de tirar a camisa enquanto me olha de cima a baixo com o olhar em chamas.
– Você é perfeita – ele diz olhando minha lingerie em sinal de aprovação, antes de tirar a cueca boxe, seu sexo surgindo livre e pronto. Penso em me ajoelhar e tomar essa delícia na boca, mas o latejar do meu próprio sexo pede atenção. Levo as mãos às costas e abro o sutiã, deixando-o cair no chão de madeira. Em um segundo, o corpo dele se molda ao meu, e seu hálito acaricia meu rosto.
Sinto-o introduzir um dedo pela borda da calcinha e roçar meu clitóris, o que faz minha cabeça pender para frente, no peito dele, e minhas mãos se agarraram aos seus braços, buscando apoio para me manter de pé, enquanto seu toque manda choques elétricos para cada terminação nervosa em mim.
– Molhada – ele diz grave e rouco, alongando a palavra enquanto gira a ponta do dedo no meu sexo, fazendo uma leve pressão quando atinge o topo.
O gemido de satisfação que escapa de seus lábios vibra no ar noturno. Vou pertencer a ele para sempre. Levanto a cabeça, e seus lábios roçam nos meus, me convidando a abrir a boca, ao mesmo tempo em que ele baixa minha calcinha e a língua desliza para dentro, com um gemido. O sabor dele é viciante, e retribuo cada movimento, cada carícia da língua dele com a minha, até ele se afastar e se ajoelhar diante de mim, passando a calcinha pelas minhas pernas. Justin não perde tempo e enterra a boca em mim, logo sua língua quente percorre meu sexo de baixo para cima.
Solto um gemido alto, e meus joelhos falham. Uma vibração quase dolorosa começa no meu clitóris.
Justin segura meus quadris com firmeza e acompanha a trilha úmida pelo meio do meu corpo, até chegar ao meu pescoço, depois à minha boca, e me devora com reverência e paixão, gemendo em mim.
Deixando meus lábios, ele fixa os olhos nos meus, e aquelas chamas castanhas me incendeiam.
– Você é a minha vida. – Suas palavras claras invadem meu coração.
Senhor, como consegui resistir por tanto tempo as investidas deste homem?!
Ele volta a idolatrar minha boca com delicadeza, enquanto sua mão acaricia meu traseiro e desce para a parte de trás da minha coxa. Com um leve puxão para me levantar, ergo a perna e a apoio em seu quadril. E então seus olhos buscam os meus.
– Eu amo você. – Ele beija meus lábios úmidos e carnudos e o enlaço pelo pescoço. Em seguida levanto a outra perna graciosamente e o enlaço pela cintura. – Vou amar você para sempre. – Encaro seus olhos castanhos claros lindos e nebulosos, e ele se aproxima da minha entrada. Fico ali parada, e resisto à tentação de baixar os quadris e fazê-lo entrar em mim, matar a saudade e trazer todas as lembranças que um dia fiz de tudo para esquecer.
Penetrando-me devagar, com um movimento controlado e paciente, ambos respirando fundo enquanto nos unimos. Ele me segura até estabilizarmos a respiração e depois nos leva para uma das espreguiçadeiras, me deitando e trazendo seu corpo junto, sobre o meu, para não romper a conexão. Ele me olha com uma sinceridade incrível derramando de seus olhos.
– Você vê como somos perfeitos juntos? – Ele se afasta e me penetra de novo, estabelecendo um ritmo estável, um anúncio do que está por vir. – Você vê? – ele pergunta com carinho, repetindo os movimentos torturantes, acelerando minha necessidade por ele.
– Sim – confirmo baixinho. Desde a primeira vez que estivemos juntos, eu senti, talvez desde a primeira vez em que nossos olhos se cruzaram.
Ele continua as investidas lentas e contidas, e eu coloco as mãos nas costas dele, acariciando sua pele firme.
– Eu também – ele sussurra. – Agora vamos nos amar.