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História Olha a Explosão! - After-party


Escrita por: UselessJkr

Notas do Autor


O tom deste capítulo é um pouco mais sério, já que a aproximação dos dois está evoluindo~. Espero que gostem. o/

Capítulo 2 - After-party


Fanfic / Fanfiction Olha a Explosão! - After-party

Todoroki se encontrava sentado no chão de um terreno baldio perto de sua casa, oculto por caçambas de entulho e rodeado por ervas daninhas. Tinha as pernas flexionadas, os braços apoiados nos joelhos e a cabeça baixa, as madeixas cobrindo sua face. Um turbilhão de emoções tomava sua mente e ele não conseguia registrar toda a situação que testemunhara na balada. O que fora aquilo que vira? Por quê? Por que Bakugou havia beijado Midoriya? Ele sempre dizia que odiava o garoto, vivia o desprezando e até tentando bater nele a ponto de fazer com que Shoto quisesse intervir e arrebentar a cara do loiro.

Suspirou pesadamente, as orbes heterocromáticas se fechando de raiva ao se lembrar das diversas situações em que Midoriya fora xingado, humilhado ou subestimado por Katsuki. Contudo, não podia negar que ele mesmo não dera muita atenção ao garoto até a fatídica luta entre os dois, na qual ele abrira seus olhos para o caminho errado que estava tomando. Depois disso, só se aproximaram cada vez mais, especialmente ao compartilharem o segredo da luta de Stain e também do resgate em conjunto. Eles eram amigos, certo? Então por que aquele beijo estúpido estava o incomodando a ponto de fazer com que tivesse liberado uma barreira de gelo a sua volta, apenas para evitar ser encontrado caso alguém ultrapassasse as caçambas?

Ele nem tinha certeza da razão de ter voltado para as cercanias de sua casa ao invés de ir para os dormitórios. Já havia sido um terror conseguir a permissão de Aizawa-sensei para que todos fossem para a balada, sendo preciso que All Might interviesse e dissesse que, como eram jovens e tinham passado por muita coisa, não teria problema caso todos estivessem juntos. Se aparecesse uma emergência, poderiam agir bem rápido e o local era próximo da UA. Deveriam, no entanto, voltar até às cinco da manhã, no máximo. Todoroki imaginava que já fossem umas duas, três horas, mas não conseguia encontrar em si mesmo a vontade de sair dali. Talvez... Talvez devesse conversar com Midoriya no dia seguinte e tentar descobrir o que ele sentira, o que acontecera de verdade entre ele e Bakugou. Até mesmo para se acalmar um pouco e não queimar ou congelar – ou ambos! – aquela cara estúpida e arrogante do loiro caso se encontrassem agora.

                                                                                    xxx

Deku usava o One for All para se impulsionar até os topos das casas e prédios, saltando rapidamente até onde sabia que Kacchan iria – primeiro pelos sons distantes que seguia e depois por certa intuição. A madrugada era silenciosa e gélida, a luz da lua cheia tornando tudo em seu entorno prateado. Seu corpo fora tomado por riscos róseos, dourados e brilhantes, os cabelos ricocheteavam com a velocidade extrema, borrando tudo que não estivesse diretamente a sua frente e o fazendo ser mais cauteloso, dado que ainda não estava cem por cento sóbrio. Tentava não pensar em absolutamente nada enquanto corria para não se acovardar e fugir, sabia que aquela era uma decisão arriscada – talvez, mais uma vez, acabassem brigando ou... ou o quê? Qual era a outra opção com o Kacchan?

                                                                               xxx

“Tch! Que merda foi essa?? Não fui eu que comecei o beijo, claro que não, foi aquele idiota que se jogou em mim... Mas, então, por que eu continuei? AHHHH!!”.

Bakugou estava no quintal da casa dos pais, explodindo alvos que ficavam por ali desde quando começou a treinar mais intensamente para ser herói. Apesar da irritação, tentava controlar o barulho e a força, evitando que os vizinhos, pela milésima vez, chamassem a polícia por conta dos seus estouros. Sua mãe levara seu pai para “a noite de sair”, como chamavam o dia escolhido para ficarem fora até tarde. O loiro imaginava o motivo por trás daquilo, mas não queria pensar muito sobre, era nojento. Achou que não precisariam mais disso depois de ele se mudar para os dormitórios, mas aparentemente estava enganado. Bom, pelo menos era o único motivo imaginável para os dois não estarem ali, felizmente, naquele momento.

Ele aproveitava para estourar toda sua raiva até chamuscar completamente os pobres alvos, mas não era o suficiente. Ele sentia tanta frustração! O que diabos era aquele gosto amargo em seus lábios, aquela agitação que tomava todo seu corpo? Quase como se tivesse deixado algo incompleto... E o que seria? Queria ter socado o Deku por ter ousado beijá-lo? Ou... Ou...

“OU NADA, CARALHO, KATSUKI, O QUE ESTÁ ACONTECENDO COM VOCÊ??? SHINE, DEKU, SHINE!”.

Tomado pela dúvida e inconformado com tudo aquilo, descontrolou-se um pouco e explodiu um dos alvos de madeira, fazendo-o em pedaços enquanto imaginava que ele era o Deku. Ouviu os cachorros dos vizinhos começarem a latir e viu algumas luzes se acenderem, então percebeu o que havia feito. Bufando, jogou-se no chão, sentando sobre a grama com as pernas abertas e apoiando-se nas palmas das mãos. Lançou a cabeça para trás, fitando o céu noturno para tentar se acalmar antes que fizesse merda. Foi neste exato momento que escutou uma voz tímida e vacilante chamar seu nome, ou melhor, seu apelido que só um maldito usava...

– K-kacchan? – Deku tinha as mãos fechadas em frente ao corpo, quase juntas, tentando encontrar o que dizer. Seu coração batia tão rápido que era doloroso, deixando-o um pouco confuso. O álcool já se desvanecera, mas os efeitos do que fizera não – E-eu queria entender... Por quê... – sua voz morreu, sem conseguir articular a pergunta que girava em sua mente. Por que ele havia o beijado?

– Some daqui, seu lixo. – foi a única resposta que conseguiu dar, a raiva novamente queimando em todo seu corpo. Fechou os olhos, respirando fundo várias vezes antes de atacar o outro e começar algo que não seria capaz de parar. Realmente não estava em posição de arrumar confusão por ali, mas ele não era exatamente conhecido por seu autocontrole.

– Kacchan! – o jovem começava a ficar realmente irritado, de um jeito que só Bakugou conseguia o deixar. Suas mãos tomaram a forma de punhos e ele foi marchando até onde o outro se encontrava. O que o loiro achava?! Que iria fazer o que quisesse mais uma vez sem dar nenhuma explicação? Aquela fora a primeira vez que beijara alguém e não deixaria o assunto morrer assim. Agachou-se em meio as pernas dele e puxou-o pela gola da regata preta, fazendo com que Bakugou endireitasse o tronco e o fitasse diretamente. Quase recuou perante ao olhar assassino que recebera, mas estava cansado de ceder, já que o fazia desde quando eram crianças. Agora ele era forte; tinha sido escolhido por All Might.

– Eu estou avisando, seu Deku... Se não sumir agora, não me responsabilizo pelo o que acontecer com você... – rosnou, usando toda sua força de vontade para não berrar e explodir o outro para longe. Fitava-o com tanto ódio misturado, embora não percebesse, com luxúria que qualquer um mais fraco que Izuku sairia correndo na hora. Era como encarar um tubarão em meio ao seu frenesi. 

– S-seu idiota! – aquilo era demais até para ele – Você simplesmente... Simplesmente... me b-b-eija e acha que vou aceitar isso calado?? – o rosto do herdeiro se tingiu de vermelho ao lembrar do que acontecera, mas ele prosseguiu – Você vive dizendo o quanto me despreza, tentando me empurrar para longe... Então por quê?? É algum tipo de brincadeira sua? Outro jeito de me humilhar? – seus olhos se marejaram de lágrimas, algo que não conseguia evitar toda vez que se sentia assustado ou frustrado demais. Apertou com mais força a gola do outro, quase fazendo menção de o levantar. Pela segunda vez naquela noite, seus rostos estavam extremamente próximos, o hálito, por conta da bebida, levemente adocicado de Deku resvalando no rosto de Kacchan. As lágrimas do primeiro chegaram a gotejar no nariz do loiro, deixando para trás um rastro de formigamento. Encaravam-se com firmeza, nenhum dos dois aparentando querer se afastar.

– Eu te avisei. – disse em meio a um suspiro frustrado, novamente selando a distância entre os lábios dos dois. Apanhara ambos os lados da face de Izuku, forçando-o contra si quase com violência. Beijava-o lentamente, entrelaçando suas línguas, enquanto empurrava-o até o chão. Imobilizou as coxas dele com seus joelhos, as mãos agora indo em direção aos pulsos do jovem. Estonteado, Deku não tinha muita condição de reagir e, quando deu por si, estava completamente dominado por Kacchan, seus braços estendidos sobre a grama, firmemente presos ao chão pelas palmas grosseiras do explosivo.

– K-kacchan... – Deku gemeu suavemente nos lábios de Bakugou, o que fez com que o loiro o apertasse ainda mais contra o solo, excitado por tal reação. Queria morder toda aquela tez branca, marcá-lo por inteiro como seu. Interrompeu o beijo, ligeiramente ofegante, um fio de saliva se fazendo presente entre os dois. Era sua vez de ter o rosto rubro, uma vez que fitou os olhos esverdeados e entreabertos do outro, ainda marejados, mas agora suaves e suplicantes. Como ele podia ser tão vulnerável?

O explosivo se entregou ao que sentia ao vê-lo daquele modo, esquecendo por alguns segundos da confusão em sua mente e prendendo os dois pulsos de Izuku com apenas uma mão, enquanto a outra descia para a camisa verde-claro que ele usava. Puxou-a para cima de uma vez só, exibindo o tórax e abdome definidos.

– Tch... Não dá para negar que você ficou um pouco mais forte, nerd idiota. Vamos ver o quanto... – as orbes de Katsuki, tão belas quanto avermelhadas, não deixavam o rosto de Deku, querendo absorver cada reação do outro. Subjugá-lo daquele modo era tão delicioso quanto de todos os outros e ele queria muito dominá-lo ainda mais. Desde quando era tão possessivo com aquele inútil?

– E-eh? K-kacchan, p-para com isso, onde você está... Ahn... – o jovem fechou os olhos, incapaz de não se entregar ao toque do outro. Sua mão, embora áspera e calejada, movimentava-se suavemente contra a pele de Midoriya, as pontas dos dedos traçando cada um de seus músculos delineados, decorando-lhe as formas. Aquilo era tão estranho, por que o loiro não estava sendo mais agressivo como sempre fora?

– Você é tão estúpido... E inútil... Deku... – Bakugou, com a voz um tanto rouca e grave, sussurrou ao seu ouvido, quase como se aquelas palavras quisessem dizer outra coisa. Midoriya sentiu um forte arrepio correr seu corpo, a respiração ofegante de Kacchan fazendo com que sua excitação também crescesse. Seu rosto parecia queimar de constrangimento, estando tão exposto assim perante o seu amigo. Queria cobrir os olhos, mas não podia, o que o deixava um pouco desesperado. Contorceu-se para escapar, mas as mãos do loiro eram rígidas como aço.

– Tch, está com medo agora, eh? – provocou-o, roçando seus lábios nos dele suavemente, mas ainda não iria voltar a beijá-lo. Afastou seu rosto o suficiente para poder ver a expressão de Izuku, a qual era adorável e irritada ao mesmo tempo. Ele quase riu, usando a mão livre para traçar o lábio inferior do outro, o polegar adentrando sua boca e brincando com sua língua – Seu merdinha, vou fazer você se arrepender por ter se jogado em mim... – novamente, ele soava como um animal selvagem, o controle que cuidadosamente tentava manter, para que não acabassem rápido demais, lhe escapando.

– Eu não me joguei! Foi você que me beijou, Kacchan! E.. E... Não estou com medo só... Surpreso. – moveu a cabeça para o lado de modo a liberar sua boca do dedo do explosivo e poder falar claramente. Estava realmente incomodado com aquela atitude, todos viram bem claramente quem se jogou em quem. No entanto, era bem difícil protestar com veemência quando tinha o corpo do outro sobre si, tão quente e próximo.

– Cala essa boca, Deku. – Katsuki, irritado, colocou o indicador e o médio na boca do jovem, tentando fazer com que ele se calasse e não estragasse tudo. Aquela visão era mesmo tentadora, vendo Midoriya com o delineado torso exposto, o peito subindo e descendo com a respiração pesada, as faces rubras de vergonha e os lábios abertos recebendo seus dedos, as orbes esmeraldinas entreabertas, ainda marejadas.

Parou, indeciso por alguns segundos. Se soltasse o jovem, provavelmente ele iria fugir de medo, vergonha ou sei lá que caralho. No entanto, queria mesmo chupar e morder todo o corpo dele sem restrições, o que seria difícil de fazer com o braço para cima. Sorriu com o canto dos lábios, maliciosamente, enquanto retirava rapidamente a própria regata, trocando a mão que o segurava quando necessário. Izuku o encarava, pronto para fugir assim que tivesse uma chance. Contudo, em choque, permaneceu imóvel ao observar o corpo de seu amigo reluzir suavemente com a luz enluarada. Achava insano como Kacchan era, ao mesmo tempo, extremamente torneado e flexível, especialmente em sua cintura delgada e bastante curva, contrastando com os braços fortes. Deku o encarava em estupefação, surpreso, como sempre, com a perfeição do amigo de infância. Por que ele precisava ser irretocável em absolutamente tudo?

O desejo fez com que seu membro latejasse nos shorts, indo de encontro com o do outro que quase se sentava sobre si. Percebeu, um pouco surpreso, que o de Bakugou se encontrava no mesmo estado, o que o fez corar ainda mais intensamente. Estava tão distraído com o misto de sensações que só notou o que acontecera quando era tarde demais.

– Ah? Não vai mais resistir, nerd? Que cara tosca é essa, está bêbado de novo? – Bakugou o agarrou pelo queixo, levantando seu rosto para que se fitassem diretamente. Depois de alguns segundos encarando a expressão constrangida do jovem e também percebendo para onde ele estava olhando antes, sorriu novamente – Tsh, gostou do que viu, é? Baka... Agora que você está preso, não tem mais opção a não ser ceder. – o loiro se sentia extasiado devido a posição em que estavam, suas ereções se roçando e o corpo do outro completamente acessível para si agora que prendera seus pulsos com a regata que tirara. Era tentador demais.

“É só isso, só estou o dominando de mais uma maneira. Assim como o venço sempre em lutas, vou ganhar também agora. Vou esmagá-lo de todos os jeitos possíveis! ”.

Pelo menos, era a mentira que contava a si mesmo, melhor do que admitir a excitação clara que sentia pelo outro, a raiva misturada com admiração e talvez algo mais. Bakugou desceu os lábios, passando pelo pescoço delgado do jovem e o cobrindo de lambidas e chupadas, até um dos mamilos róseos de Deku, mordendo-o suavemente para sugá-lo logo em seguida, enquanto arranhava levemente as laterais do corpo dele. Sentiu o jovem arquear as costas embaixo de seu corpo, a respiração de Izuku logo se tornando desregulada. Aquelas reações o deixavam realmente fora de si e só queria provocá-lo ainda mais. Desceu a boca por seu tórax, marcando-o com suaves mordidas por toda a região, até subir novamente para o outro mamilo e repetir o que havia feito. Roçava-se, sem notar, ao membro de Izuku, pressionando-se contra ele. Os suaves gemidos que deixavam os lábios do jovem de cabelos esverdeados pareciam reverberar em sua pele, arrepiando-o. Queria tanto...

“Calma, calma, devagar, Bakugou, esse merdinha tem que sofrer bastante para aprender a não se jogar em você de novo, a menos que esteja preparado para te enfrentar de verdade... O que obviamente não é o caso, tsh, que patético, mal consegue se mover de tes... rror! Terror!”.

Perturbou-se um pouco com a direção que seus pensamentos tomavam, mas voltou a se distrair com o corpo de Midoriya. Agora agarrava firmemente ambos os lados da cintura dele, apertando-o até deixar seus dedos marcados, e lambia cada fissura de seu abdome, mordendo-o aqui e ali, com força o suficiente para que a marca de seus dentes fosse evidente. A pele daquele inútil era realmente gostosa de morder e o loiro não se continha, especialmente quando mais gemidos deliciosos flutuavam para seus ouvidos. Deku ofegava, as orbes fechadas e a mente em transe, incapaz de fazer qualquer coisa que não sentir as ondas de prazer, misturadas com dor, que corriam seu corpo por conta das ações de Bakugou. Fechara as mãos em punhos e tinha os lábios entreabertos, soltando sons completamente desconhecidos para ele – tinha vergonha até mesmo de se masturbar e só o fazia ocasionalmente, sendo, por conta disso, um tanto sensível ao toque de outra pessoa.

Contudo, algo fez com que ele arregalasse os olhos e tentasse levantar o tronco para impedir Kacchan de prosseguir.

– K-kacchan! O que você está fazendo?! Para!! Me solta! – Izuku queria morrer de vergonha, seu rosto ardia tanto que parecia estar em chamas. O loiro havia começado a puxar, com os dentes, a borda de seus shorts, fazendo menção de baixá-los. Com os olhos marejados, tentava agora se sentar e bater na cabeça do outro mesmo com os punhos atados.

– Para de ser menininha, Deku... – rosnou o outro, impaciente. Ele tinha entradas realmente... gostosas, não dava para negar. Talhavam perfeitamente o caminho para seu membro, com alguns pelos finos e esverdeados já à mostra. Buscava segurar os punhos do jovem para que não o acertassem. Devia ter colocado uma estaca para o segurar ao chão.

– Menininha?! Eu não consigo entender, Kacchan, por que você está fazendo tudo isso? N-não é algo que deva se fazer com uma n-n-namorada?! – perguntou, num desespero inocente. A excitação mesclada à confusão que sentia fazia tudo aquilo ser quase insuportável. O explosivo jamais o tocara daquela maneira, tudo que recebera dele eram socos e chutes. Por que agora, por quê?

– Só é mais um jeito de te mostrar quem é o melhor entre nós, Deku. – a voz do loiro era mais uma vez baixa e rouca, quase num rosnado, sussurrada ao ouvido do jovem. Num gesto beirando o animalesco, Katsuki lambeu as sardas de Izuku, mordendo-as logo em seguida. Já havia o marcado inteiro e aquilo lhe dava um prazer incompreensível.

– Mnmh... – Midoriya perdeu o ar por alguns segundos. O outro sabia ser tão intimidador, mas aquilo era um pouco excitante numa hora daquelas. Será possível que só era isso mesmo? Um jeito de subjugá-lo que não fosse em uma luta? Ele não conseguia acreditar totalmente naquilo, afinal, o loiro também parecia bastante afetado – Se é só isso... Então por que você está a-a-assim... t-também? – o possuidor do One For All pressionou o quadril para cima para indicar do que estava falando, o que fez Bakugou grunhir de leve ao sentir sua ereção ser massageada pela dele.

– Nhm... V-você fala demais, Deku, caralho. É uma reação natural, não tem nada a ver com um babaca como você, até parece que ia me afetar assim! – ele tentou soar ameaçador, mas também tinha a respiração entrecortada e o rosto suavemente corado. Para calar o jovem mais uma vez e, também, pelo próprio tesão já em seu limite, Kacchan voltou a beijá-lo, colando seus lábios com violência. Mordeu o lábio inferior do jovem, puxando-o para si, para depois enlaçar sua língua a dele, mas dessa vez Deku tentava mostrar resistência e se empurrava ligeiramente para frente. Então ele iria tentar jogar também? Ah... Isso só tornava tudo mais divertido.

– K-kacchan... – o outro gemeu em seus lábios novamente, puxando o ar com dificuldade – E-eu não sei o que você realmente pretende, mas não vou deixar me vencer! – disse, entre arquejos, tentando soar convincente. Se aquele era só um outro tipo de disputa entre os dois, não se deixaria dominar com tanta facilidade. Retomou o beijo, sem deixá-lo responder, fazendo com que a cabeça do loiro se encaixasse entre seus braços, já que só tinha os pulsos presos.

Com o orgulho o tomando como o fogo a uma floresta, por conta daquela declaração de desafio, Bakugou, depois de um segundo de hesitação, tocou o membro de Midoriya por cima do tecido, o que fez o jovem ofegar em sua boca, vacilando por um segundo. O loiro sorriu, satisfeito com a reação passiva, e começou a massageá-lo suavemente.

– A-ahn... M-me solta, senão não é justo... – Midoriya continuava corado, falando quase num ronronar, mas não ia dar para trás mais uma vez. A falta de mobilidade o incomodava, já que se tornava incapaz de disputar propriamente. Contudo, ele precisava admitir, era bem difícil pensar em como reagir com o prazer que se apoderava de seu corpo toda vez que o outro mexia a mão. Além disso, ver o rosto dele tão de perto era ainda mais estimulante, os olhos avermelhados e famintos, com uma agressividade agora voltada para outras vontades que não a de matar, como sempre. O rosto pálido enrubescido lhe dava uma expressão bem diferente do habitual, os lábios deixando que a respiração acelerada escapasse em seu rosto, doce e convidativa. Não resistiu a tomar os lábios do loiro mais uma vez, tentando repetir a mordida que recebera, mas um pouco mais leve, já que o seu lábio inferior ainda latejava pela do explosivo.

– Deku... – Bakugou quase o alertou, já que estava bastante perto de rasgar as roupas do jovem e comê-lo ali mesmo, sabe-se lá como, já que era sua primeira vez com um homem. Bom, com qualquer um, na verdade, uma vez que, apesar das meninas aparentarem gostar dele por sua força e beleza, sempre fugiam de medo dos seus rompantes. O que fazia com o garoto era metade fruto de instinto e metade das pornografias que por vezes assistia. No entanto, bem no momento em que o outro ia articular alguma coisa, escutou barulhos na frente da casa.

– Huhuhuh, que restaurante maravilhoso! Mas acho que talvez tenha bebido demais, delicinha! – a voz de Mitsuki Bakugou, um tanto embriagada, veio da porta de entrada, sem a menor noção que o filho estaria ali. Ficava bastante eufórica quando bebia.

– Shh, querida, ainda não entramos em casa, depois podemos brincar um pouco, haha... – seu marido respondeu suavemente, tentando empurrá-la para dentro.

– Puta que pariu! Puta que pariu, caralho! – Katsuki se  soltou dos braços de Izuku e se levantou, um pouco nauseado com o diálogo dos pais, como um gato assustado. Puxou Deku para cima com violência, desamarrando-o rapidamente – Vamos embora, agora! Vem! – rosnou, puxando-o pelo pulso um pouco inchado por ter ficado amarrado. O dia logo amanheceria e precisavam estar nos dormitórios em breve, o que ele tinha esquecido completamente. Pulou agilmente o muro de sua casa, uma vez que os pais estavam já dentro dessa, e, quando chegaram na rua, soltou Midoriya com brutidão, enfiando a regata amassada de volta em seu próprio corpo. Evitou o olhar do outro, enterrando as mãos nos bolsos da calça e curvando levemente as costas – Esqueça tudo que aconteceu hoje, sei lá que caralhos de noite foi essa. – disse, o tom tão ameaçador quanto conseguia, embora estivesse com o coração acelerado e louco para terminar o que começara. Doía ter que dizer o que iria em seguida – Nunca mais encosto em você a não ser que seja para te socar, você deve ter me passado bebida pela saliva. Agora some da minha frente!

Deku, um pouco zonzo pela repentina mudança de cenário e atitude do outro, não sabia o que dizer. O garoto realmente era impossível de entender. Uma hora o atacava e na outra o tratava daquele jeito. Ele já estava exausto, para falar a verdade, depois de seu primeiro “porre” e beijo numa única noite. Só queria ir para sua cama após um longo e quente banho. Apesar do que dissera, o próprio Bakugou lhe deu as costas e saiu correndo em direção aos dormitórios, provavelmente para conseguir distância o suficiente para usar suas explosões e chegar lá mais rápido.

O outro esperou alguns minutos, para lhe dar certa dianteira e evitar o garoto, e fez o mesmo, usando sua peculiaridade para saltar nos telhados mais uma vez – passando, inclusive, pelo da sua casa, próxima dali. Usava toda a sua velocidade, temendo se atrasar e arrumar confusão para todos. Aliás, o que será que teria acontecido com os outros? Como iria explicar aquele beijo que a classe inteira vira? Deku suspirou, cansado. Evitava, por outro lado, se aproximar demais dos barulhos de explosão que escutava mais a sua frente. Após algum tempo, finalmente via, junto ao sol nascente, o portão de entrada da UA. O que aconteceria quando tivesse que encarar os colegas ao entrar nos dormitórios? Reuniu toda sua coragem para dar os passos seguintes, já imaginando o que o esperava.

                                                                                 **** 


Notas Finais


Yay, mais um capítulo. o/ Até que foi rápido, hHAUsHUAs, pretendo fazer mais um ou dois, com a parte que todos estão esperando. >3~ Obrigada por todos os comentários fofos e favoritadas. <3


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