Pandora abriu os olhos piscando lentamente, estava deitada em sua cama e tinha Hans em cima dela, a moça levou a mão até ele e o acariciou.
- Foi apenas um sonho - disse soltando um suspiro e um sorrisinho.
- Não foi não.
Ela arregalou os olhos ao ouvir a voz e o gato se eriçou.
- E mantenha esse demônio longe de mim - disse Aiolos olhando feio para o gato.
Pandora sentou na cama e passou a acalmar Hans, até porque as unhas dele estava lhe machucando.
- O que é que um Cavaleiro de Atena está fazendo aqui? - ela perguntou visivelmente incomodada com a situação. Enquanto que o cavaleiro em questão se perguntava onde havia se metido.
- Hum, eu vim aqui para ficar de olho em você - disse sorrindo
- O que? - Pandora gritou saltando Hans na cama e colocando as mãos na cintura -Explique isso direto? - mandou furiosa.
- Simples, estou lhe vigiando para saber se você está andando na linha - ela soltou um ruído seguindo de um ar pelo nariz, cruzando os braços e olhando perigosamente para ele. Agora Aiolos entendia porque a mulher dava medo naqueles juízes todos, ela parecia uma fera encarando ele - E só vou lhe dizer isso. - terminou aproximando - se de uma cômoda e mexendo em um pequeno cavalinho de madeira e cordas em cima dela.
- Por que estou sendo vigiada?
- Porque é preciso - ele disse simplesmente achando muito interessante o brinquedinho, perdendo a angústia que pairava no semblante de Pandora.
Realmente ela achou que estava livre de qualquer tipo de envolvimento com os Deuses, desde que voltara a vida, o que já fazia pelo menos uns 5 anos, não tivera notícias e nenhum contato com Deus algum, e nem pretendia ter. Ficou realmente chateada que depois de tanto tempo um cavaleiro aparecesse para estragar a sua vida de paz.
- Mas eu não tenho contando nenhum com Hades ou com o mundo inferior - ela se viu na necessidade de dizer.
- Eu sei - Aiolos respondeu dando de ombros, só parando de mexer no cavalinho porque o gato pulou em cima da cômoda e tentou arranhar ele.
- Então! - insistiu Pandora criando algum tipo de esperança.
- Mas sabem como dizem por aí - ele tentou pegar o cavalinho, mas Hans miou alto e tentou lhe arranhar de novo - Seu passado lhe condena.
Pandora franziu o cenho nada contente e Aiolos fazia uma nova tentativa de alcançar o cavalinho sendo repelido sem dó pelo gato.
- Qual o problema desse animal? - perguntou virando para ela e vendo - a pegar Hans em seu colo.
- Ele não gosta de você - disse acariciando ele.
- É recíproco - Aiolos encarou o gato como seu inimigo mortal, lembrando que desde o primeiro momento o gato não foi com a cara dele, já que na hora que Pandora desmaiou e ele se encaminhou para pegá - la, Hans tentou morder ele.
- Espere um pouco aí - ela começou dizendo, como se estivesse lembrado de algo - Você não deveria se manter oculto, quero dizer, que eu não deveria saber que estou sendo vigiada? - perguntou intrigada erguendo uma das sobrancelhas - Que espécie de vigilânte é você?
- Não questione meus métodos - respondeu levantando uma das mãos para ela.
A verdade é que ele vinha observando ela já há uma semana e estava ficando louco por não conversar com ninguém.
- Sei - Pandora andou para fora do quarto sendo seguida por ele - E agora como é que ficamos? - perguntou alcançando o corredor para as escadas.
- Eu estou lhe vigiando.
- Aqui, na minha casa? - ela virou-se para ele horrorizada, até o gato parecia chocado.
- Mas eu não quero você aqui!
- Não posso fazer nada por você.
Pandora soltou um outro som contrariado voltando a caminhar.
- Isto não está certo - ela disse descendo as escadas com Hans nos braços - Deve ser algum tipo de abuso, não acha?
- Não, eu não acho não.
- Não estava falando com você - retrucou a mulher fazendo uma careta para ele , alcançando o último degrau da escada.
- Está falando com quem então? - perguntou olhando esquisito para ela.
- Com Hans.
- Hans?
- Sim, Hans, meu gato
E com isso ela passou pela porta da cozinha, deixando Aiolos parado na escada, achando que ela era louca e com a certeza de que o gato estava sorrindo malignamente para ele.
Continua...
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