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História Olhar da Serpente - Casamento


Escrita por: UnicornSilver

Notas do Autor


Amigos leitores, segue mais um capítulo! E infelizmente anuncio que estamos na reta final mesmo dessa longa jornada, faltam poucos capítulos depois deste... =((

Boa leitura! =))

Capítulo 92 - Casamento


Na Toscana, Snape saiu do quarto de Caterina e desceu a escadaria de volta para a sala, completamente zangado e desesperado, não tendo ideia para onde Caterina poderia ter ido a não ser para o Castelo Lumaj e por isso sabia que nada podia fazer. Assim como o entorno de Hogwarts, o Castelo Lumaj tinha um perímetro anti-aparatação bem extenso e a densa floresta em volta era magicamente resguardada, sendo seu acesso para poucos que pudessem conhecer bem sua topografia e mesmo assim era de um grande risco tentar chegar sozinho, já que ignorava completamente quais perigos mágicos o aguardariam e por isso ela era perfeita para quem quisesse se aprofundar de verdade nos estudos em Artes das Trevas, mas mesmo Snape sendo um bruxo bem experimentado, não subestimava o que poderia lhe acontecer. Ele sabia também que o único modo de se chegar ali, era por chaves de portal mágicas especialmente preparadas por legítimos Lumaj e então seria estupidez da sua parte arriscar sua vida tendo a certeza que desse modo nunca resgataria Caterina, e ele tinha que pensar em sua filha em primeiro lugar.

As horas passavam, o tic-tac do velho relógio cuco de Caterina estava começando a enervar Snape que sentia que tinha que esperá-la ali, sentia que sua companheira podia aparecer pela rede de Flu a qualquer momento e de tempos em tempos, ele verificava se havia alguma movimentação, em vão. Ele temia a perda de Caterina num momento tão crucial na vida deles, ele pensava que ela não poderia ser tão irresponsável ao ponto de partir para uma missão suicida em vias da própria filha se casar com um integrante de uma família terrível, cujo clã atravessara séculos provocando terror com sua magia negra tão distinta. Sabia que Caterina, mais do que ele, tinha plena consciência disso.

Em dado momento, houve uma leve agitação na rede de Flu que fez Snape parar bruscamente em expectativa. Seu semblante se mantinha frio, mas o seu coração guardava todo o calor da emoção.

Caterina surgiu pelas chamas verdes levando um susto ao ver Snape parado no centro da sua sala de estar. Rapidamente Snape notou que ela estava bem, então toda sua apreensão deu lugar à sua zanga costumeira e o semblante surpreso se fechou com ímpetos de berrar em pura cólera, mas seu autocontrole surpreendente o dominou:

— Aonde você foi? – Snape perguntou baixo, mas demonstrando todo seu aborrecimento através do seu olhar cortante.

Caterina se interrompeu diante do olhar gélido de Snape para ela que estava tão carente, tão desgastada e que só queria o conforto que somente ele podia lhe dar, mas como não estava sendo bem recebida, preferiu se fechar mais ainda.

— Salvar nossa filha – Caterina respondeu simplesmente sustentando o olhar gélido dele.

— Você o quê? – Snape a encarou mais ainda, totalmente perplexo.

Caterina não respondeu e Snape percebeu a forte oclumência.

— Eu não acredito... – Snape andou um pouco agitado, parando subitamente: – O que você fez? Matou o velho?... Aliás: Como saiu do castelo viva?!

— Severo, eu estou muito cansada – Caterina desviou de Snape e começou a subir as escadas. – E preciso ficar sozinha...

Snape fez uma careta não acreditando: — Sozinha? E Victoria? Ela precisa de você!

Caterina parou no meio da escada: — Fresbo está cuidando dela que já está bem melhor. E Mila está com ela que não é mais uma criança também! E depois... Eu quero ficar sozinha. Por favor, volte para casa que amanhã conversamos.

Sem mais uma palavra, Caterina voltou a subir os degraus pesadamente deixando Snape sozinho na sala, totalmente estupefato, enquanto que ela estava muito magoada com a frieza dele. Ela entrou no quarto e desabou sobre sua cama chorando muito, mas não havia qualquer arrependimento na sua lamentação.

Como era de se esperar, nos dias que se seguiram à ida de Caterina ao Castelo Lumaj, Snape não conseguiu conversar com ela sobre este assunto. Em parte devido à longa recuperação de Victoria e também porque logo estavam todos entretidos nos preparativos do casamento dela com Luka. Tiveram várias discussões acerca deste assunto, entretanto, Caterina se recusava a contar qualquer coisa e Snape já não sabia mais o quê fazer em relação a isso, a não ser esperar por algum acontecimento ruim e doía na sua alma saber que Caterina lhe escondia algo que, na sua desconfiança, poderia trazer graves consequências para todos porque Caterina se esquivava muito, porém, as noites em que ficavam juntos, ela se entregava a ele de forma única, com muito desespero, fazendo-o crer absolutamente na certeza de que ela fizera algo muito grave na sua ida ao castelo. 

* * * *

Primavera Ano 2020

A primavera daquele ano chegou florida e muito ensolarada. O dia do casamento de Luka e Victoria nasceu mais brilhante do que costume e a agitação na casa da família Snape era intensa.

Naquela manhã, Victoria se arrumava com a ajuda de Victorie que viera especialmente na véspera para ajudar a amiga e estava radiante e feliz e mais tagarela do que nunca, contando a felicidade que vivenciava na sua nova vida e desejava que a amiga tivesse a mesma sorte.

—Vocês formam um lindo casal, Vicky – Victorie sorria olhando pelo espelho a noiva que estava deslumbrante num lindo vestido branco de seda e renda, mas que estava muito nervosa e ansiosa para ir logo para igreja.

Caterina e Mila acompanhavam e orientavam todos os preparativos nos jardins da casa. Seria servido um almoço, no qual Fresbo fora muito caprichoso. A mesa dos doces estava incrivelmente decorada e o lindo bolo parecia apetitoso aos olhos de qualquer um.

Snape já havia chegado na igreja de Godric’s Hollow, acompanhando o Juiz de Paz vindo do Ministério da Magia celebraria a cerimônia e o padre que também abençoaria a cerimônia. Na igreja havia uma harmonia contagiante, mas mesmo assim Snape não pôde deixar de relembrar o inferno que viveu ao ter que se despedir de Alana tantos anos antes. Ele nunca mais havia entrado naquele lugar depois do fatídico velório e achava bizarro estar ali no momento.

Ele estava próximo do altar conversando com o padre e o Juiz de Paz e observava os convidados chegando: A família Weasley, incluindo Harry Potter, Gina e os filhos, assim como Hermione e Ronald Weasley também com os filhos, Minerva McGonagall, Neville Longbottom e Luna, todos vieram cumprimentá-lo antes de tomar os seus lugares. Os parentes de Caterina também vieram, assim como uma pequena parte do clã Lumaj também veio e o próprio Alek que se juntou a ele no altar, já tomando sua posição como pai do noivo. Todos pareciam contentes, menos Snape, que por mais que quisesse, seus pensamentos atormentavam demais sua cabeça.

Luka veio direto cumprimentar Snape, o padre e o Juiz de Paz; estava mais belo e radiante do que nunca e não disfarçava que estava muito ansioso, indo para seu lugar no altar sem tirar os olhos da entrada da igreja.

Com alguns minutos de atraso, Mila e Caterina surgiram e a velha bruxa se sentou no banco da frente, enquanto Caterina foi para o altar se colocar ao lado de Snape.

— Ela está lá fora, Severo... – Caterina avisou e Snape sem olhar para ela, partiu rapidamente para a saída, indo pegar Victoria que estava linda demais, ainda sentada no banco da carruagem esperando-o.

Snape disfarçou sua emoção ao passar na frente de Victorie que se posicionava na entrada para dar início a sua marcha como dama de honra, enquanto que quando olhou diretamente para a filha, sentiu seus olhos úmidos de emoção. Victoria estava deslumbrante, ele nunca tinha reparado como a filha se tornara uma mulher lindíssima e estava imensamente feliz ao vê-la radiante, com um brilho diferente no olhar e o sorriso mais cativante do mundo ao retribuir seu olhar, mas ela sempre seria a sua garotinha, aquela que brincava com sobras no seu laboratório enfumaçado. 

— Pai... – Victoria o chamou baixinho com a voz carregada de emoção e Snape sorriu para ela e lhe estendeu a mão para descer da carruagem com cuidado.

— Vamos? – ele ofereceu seu braço para ela enlaçar, o que fez firme, e assim ele pôde perceber o quanto ela estava nervosa.

Assim que subiram os poucos degraus da igreja, a marcha nupcial começou a tocar e Victorie entrou devagar levando as alianças no seu pequeno buquê. Snape encarou ternamente a filha lhe passando confiança e juntos entraram na igreja marchando lentamente.

Snape caminhava ao lado de Victoria em direção ao altar, mas olhava fixamente para Caterina a fim de ver a reação da sua companheira que estava demais emocionada, ao passo que Victoria só tinha olhos para Luka que também não desviava seu olhar emocionado do dela.

O Juiz de Paz fez uma bela cerimônia e ao seu final, o padre abençoou os noivos. Snape conseguiu se manter impassível ao lado de Caterina o tempo todo, enquanto que ela disfarçadamente limpava alguma lágrima teimosa com um pequeno lenço. Algumas vezes Snape flagrou Alek olhando para Caterina numa expressão que não soube definir, mas o suficiente para deixar o seu íntimo inquieto. Sabia que Alek nunca desistiria da sua companheira, contudo ela parecia estar alheia naquele momento justamente por estar concentrada somente na cerimônia e em Victoria.

Depois da cerimônia, todos os convidados seguiram para a casa da família Snape onde Victoria e Luka foram os primeiros a chegar. O jardim estava lindamente florido e a tenda lindamente decorada onde todos ficaram para a animada festa que se seguiria.

Luka e Victoria foram para o centro da tenda e iniciaram a valsa dos recém-casados tão entrosados que todos puderam ver a aura mágica levemente dourada que os cobria.

Caterina chegou junto de Snape e antes de ela estender a mão para ele dançar com ela, disse que a aura dos predestinados estava fortalecida e que finalmente ficaria indissolúvel, conferindo a proteção máxima do forte amor que Luka e Victoria sentiam um pelo outro.

Snape só ouviu e a enlaçou pela cintura iniciando a dança, mas não demorou e colou seus lábios no ouvido dela.

— Se a proteção é máxima e o elo indissolúvel, não acha que foi à toa ao Castelo Lumaj? – Snape perguntou com irritação na voz e olhou firme para dentro dos olhos de Caterina que não o deixava ultrapassar seus limites.

— Você vai ficar insistindo nisso até quando? – ela perguntou igualmente irritada — Eu estou viva, não estou?

— Até uma desgraça acontecer? – Snape perguntou com leve sarcasmo e a apertou mais contra si.

— Basta, Severo! – Caterina rosnou no ouvido dele – Será que nem no casamento de Victoria você não me dá um tempo? Nenhuma desgraça vai acontecer! Que cisma!

— Você me esconde coisas como sempre, Caterina... – Snape devolveu no mesmo tom – Como quer que eu fique?

Caterina se desvencilhou e se afastou de Snape antes de acabar a valsa, mas aparentemente nenhum convidado percebeu com exceção de Alek que dançava com Mila próximo a eles. Snape encarou seu rival gelidamente e seguiu Caterina que fora se sentar pegando uma taça de hidromel.

— Por que acha que alguma coisa ruim vai acontecer? – Caterina não disfarçou a irritação de ver Snape se sentar defronte a ela.

— Porque te conheço – ele respondeu com indiferença dando um longo gole num copo cheio de uísque de fogo – E desconfio de que fez alguma besteira como sempre.

Caterina bebeu nervosamente da sua taça e o encarou com petulância.

— Não vai ser hoje que vou falar alguma coisa, mesmo porque não há o que falar. Peço que respeite o momento – ela finalizou e o deixou sozinho na mesa indo conversar com Molly Weasley.

Snape viu Caterina junto dos Weasley e resolveu participar mais ativamente da festa também deixando por hora toda sua preocupação, mas não por muito tempo, pois logo Alek o avistou sozinho e se aproximou.

— E então, Snape, nunca imaginei que pudéssemos ser aparentados de alguma forma... – começou Alek com um pouco de ironia se sentando em frente a ele.

— Confesso que nem eu Lumaj, e não estou me sentindo nem um pouco lisonjeado com isso – Snape respondeu na mesma ironia.

Os dois homens se encararam por um momento passando toda a rivalidade com um sentia pelo o outro.

— Bem, pelo menos não somos obrigados a conviver... – rebateu Alek.

— Nisto você está certo – Snape concordou e voltou a beber do seu copo.

Alek sorriu não se abalando com o comentário de Snape. Pegou um copo com uísque de fogo de uma bandeja que levitava próximo a ele e continuou:

— Há muitos anos, vi sua filha com meu filho na minha poção oráculo. E também confesso que não fiquei contente com o destino que reservava ao meu filho.

Snape bateu o copo na mesa: — Como se você se importasse com isso...

— Ao contrário do que possa imaginar, eu me importei muito... – Alek retrucou com irritação.

— Não, não se importa – Snape cortou e sustentou o olhar ferino de Alek. – Se se importasse, Lumaj, nunca deixaria seu filho aos cuidados do seu pai.

— Era o que faltava você estar questionando minha conduta paterna. – Alek se irritou.

— Não é problema meu – Snape respondeu com indiferença terminando o seu copo. — A mim só interessa a vida da minha filha daqui para frente...

— E Caterina? – Alek jogou no ar e Snape sorriu mostrando mais indiferença.

— Caterina sempre faz besteiras, e não me surpreenderia se ela tivesse feito dessa vez com sua ajuda... – Snape concluiu e se levantou deixando Alek estupefato para trás.

A festa seguiu muito animada e logo o jovem casal de noivos cortou o bolo e todos comemoram e, após o bolo ser servido, Victoria e Luka se despediram dos convidados, pois seguiriam rumo a uma longa lua de mel.

Antes de partirem, Victoria abraçou fortemente os pais e Luka também se despediu de Snape e Caterina.

— Cuide dela como se fosse sua vida, Lumaj – não foi como um pedido e sim como uma ordem que Snape disse para Luka.

— Ela é minha vida... – Luka respondeu firmemente para Snape que não esboçou nenhuma emoção.

Em lágrimas, Caterina se despediu da filha: — Seja muito feliz...

— Sim, mãe... – Victoria respondeu se abraçando em Luka que sorria docemente para ela – Eu já sou feliz...

E assim o jovem casal partiu para sua viagem de amor. Eles ganhariam o mundo.


Notas Finais


;))


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