Por detrás da taça contendo um líquido grosso e vermelho vinho, Sehun era observado por olhos atentos à todos os movimentos a sua volta, principalmente os daquele o qual mantinha o olhar baixo em forma de respeito sentado a sua frente, alimentando-se da carne fria servida mais cedo.
Uma das pernas tremiam em nervosismo, enquanto a mão desocupada tentava controlá-las por debaixo da mesa, apertando o próprio joelho ao tentar cessar os movimentos contínuos. Sem sucesso.
Levou mais uma garfada à boca, sem sentir o gosto da comida ao engolir o alimento que vomitaria mais tarde.
Sehun ouviu a risada baixa com um tom sarcástico quebrar o silêncio incômodo - o qual preferia quando estava na presença do vampiro -, assim que pousou o talher sobre o prato, deixando o objeto de lado.
- Por que fica nervoso, Sehun? - depois de longos dias sem ouvir a voz do sanguessuga, para a infelicidade do mais novo, ele teria de responder uma pergunta direcionada a si. E como se tivesse perdido a voz, optou pelo silêncio. - Eu lhe fiz uma pergunta. Olhe para mim quando estou falando com você. - insistiu o vampiro, e hesitante, Sehun ergueu o rosto, engolindo em seco assim que seus olhos encontraram-se com os os vermelhados de Jongin; o vampiro que lhe criou desde bebê, mas que sempre o tratou como se fossem dois simples desconhecidos.
- Não, Jongin. - finalmente deu sua resposta.
E embora soubesse o quanto o vampiro ficava indignado quando Sehun o chamava apenas de Jongin - sem o "senhor", como lhe foi ensinado -, o mais novo não se importava em contrariá-lo, usando a face inexpressiva para atingir o vampiro.
Mas por dentro o sangue borbulhava em uma mistura de todos os tipos de sentimentos.
- Que bom que não está nervoso - Sehun abaixou o olhar novamente, apenas para não ter a chance de observar o sorriso desgraçado nos lábios de Jongin. - Por que hoje eu quero que você me aqueça, e que me faça dormir por mais dias. - o vampiro voltou a bebericar do estranho vinho de dentro da taça, sem tirar o olhar desafiador de cima do mais novo. - Sehun, olhe para mim enquanto eu estiver falando com você.
Levantou o olhar mais uma vez e não tardou a sorrir de lado, mesmo tentando se conter. Afinal, não sabia se podir sorrir ou não.
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