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História Olhos Perdidos - Capítulo único


Escrita por: WolfsMoon

Capítulo 1 - Capítulo único


O inverno, o frio, era tudo o que minha pele sentia, neste momento, de forma terrivelmente grande. Talvez a falta de roupa sobre meu corpo, me deixava com tanto frio. Me levantei tremulo do chão e sai daquele beco sujo e escuro, em direção as ruas.

As pessoas me olhavam, umas com pena outras com nojo, mas depois de tanto tempo jogado nas ruas, eu nem me importava mais. Segui para a feira que acontecia no centro da cidade, caminhei por ela, as pessoas se afastavam de mim e puxavam suas crianças como se eu tivesse uma doença altamente perigosa que poderia ser transmitida a quem quer que chegasse perto de mim.

Achei a banca de frutas, e rapidamente roubei uma e sai correndo, ouvindo a senhora da banca gritar, eu continuei correndo até virar a esquina e trombar com alguém. Eu caí no chão e por sorte eu segurei a fruta, antes de ela também cair.

-Desculpe – o homem, vestido de um terno preto, tentou me ajudar a levantar, mas eu ouvi o grito do policial” segurem ele”, e me coloquei em pé por conta própria, eu começaria a correr, se um outro policial, que vinha na direção contraria, não tivesse me barrado, senti um nó se formando na garganta e o medo também.

-Finalmente pegamos você, moleque! - O policial segurou meu braço com força, me trazendo para perto dele, chegou próximo ao meu ouvido e disse – Não se preocupe, na cadeia nós iremos cuidar bem de você.

Eu me senti tonto, com o comentário dele, eu desejei por um milagre.

-Espere – O homem de terno se colocou na frente dos policiais. -  Não podem leva-lo ele está comigo!

Arregalei os olhos, encarando aquele homem.

-se ele está com você então pague o que ele deve para a senhora da banca de frutas. – O policial que me segurava falou num tom sarcástico. Eu abaixei a cabeça, era certo que aquele homem não iria pagar a minha conta.

-Está bem – Ele disse.

Fomos todos até a banca, eu tentava falar algo, mas depois de tanto tempo sem abrir a boca era como se eu tivesse desaprendido como se diz as palavras. O homem se identificou para a moça como Nick, e retirou a carteira do bolso. A senhora disse que estava tudo bem, eu deveria estar faminto, por isso iria cobrar apenas a maça que eu roubei hoje. Depois de pago, Nick se voltou para os policiais, que a contragosto me soltaram.

-Venha- Nick me arrastou até um carro preto luxuoso, que estava parado em um das ruas próximo a feira, e abriu a porta. – Entre, está frio!

Eu estava com medo, por isso tentei correr, mas Nick foi mais rápido enlaçando a minha cintura e me jogando para dentro do carro, fechando a porta em seguida.

O mesmo sentou no banco do motorista e começou a dirigir, logo estávamos de frente para uma casa enorme e bonita. Fui guiado até entrar na mesma, e foi lá que minha vida mudou.

Fazia 3 semanas que eu havia chego, eu fui muito bem tratado por todos ali, Nick me colocou para trabalhar como ajudante na cozinha, e eu aceitei ele era bom comigo. Porém, nesta última semana a filha de Sara uma senhora que trabalha fazendo o almoço da casa, começou a me provocar, tentando me fazer falar algo, mas apenas a ignorava, deixando-a irritada.

Hoje eu estava colocando os copos no armário, que por ficar em local alto, tive de subir num banquinho, eu estava entretido, só havia eu na cozinha, quando a filha de sara, Loisa, chegou, ela se aproximou sem eu perceber, e puxou a banquinho em que eu me apoiava, eu caí no chão e uma serie de copos de vidro do armário caiu por cima de mim, me machucando. Meu sangue lavava o chão, formando uma poça ao meu redor, senti lagrimas se formarem em meus olhos, por causa da dor, e olhei para ele, que tinha a mão na boca.

Loisa, correu para a sala, eu queria gritar mas estava assustado, pensando que poderia ser expulso da casa por ter quebrado aqueles copos, era melhor que antes de ser jogado para fora, eu saísse por conta própria.

Me levantei, sentindo a dor ficar mais forte e me obriguei a arrumar tudo, antes de sair, eu deixei um bilhete pedindo desculpas, mas antes que eu chegasse ao portão, Loisa vinha trazendo, um Nick extremamente nervoso.

-Onde pensa que vai!!!- Ele me segurou, levando-me para dentro e me colocando no sofá. - Não deveria ter se locomovido, você pode ter uma hemorragia!

Loisa, contou uma história distorcida dizendo que eu estava brincando com os copos e eu tive que aguentar um sermão de Nick, sobre tomar cuidado, como sempre eu não disse nada.

Mas minha greve de fala terminou quando em um dia eu estava limpando a piscina, porque A filha de Sara não queria fazer isso pois tinha acabado de pintar as unhas, eu estava distraído quando Loisa me empurrou para a agua, eu entrei em pânico, eu não sabia nadar, e comecei a me afogar, porem por um milagre, eu consegui alcançar a borda e me puxar para fora da agua, eu comecei a chorar, na frente de Sara e dos outros empregados, eu não me importava chorei até perder a consciência.

Acordei num dos quartos da casa, Nick estava na poltrona do meu lado, Sara me observava e Loisa, estava na janela porém, se virou para mim assim que eu acordei.

-No que estava pensando? - Nick parecia, e estava, nervos- Queria morrer?

-claro que queria- Loisa falou- eu vi, ele se jogou na piscina sem saber nadar! Acho que queria brincar com a nossa cara, ou estava tentando chamar a atenção.

Olhei para ele, e depois para Nick, que estava com o semblante irritado e preocupado, e pela primeira vez eu falei algo.

-eu não estava brincando- Todos se espantaram, incluído Loisa, que começou a falar sem deixar que eu me pronunciasse.

-Eu. -Comecei.

-Isso é incrível! - Loisa me cortou- você fala.

-Eu – comecei de novo.

-Ele consegue falar – e novamente ela me cortou.

-Quieta Loisa- Sara gritou a ordem que foi acatada. – Fale querido.

-Eu estava limpando a piscina – encarei Nick – trabalho que ela não quis fazer por causa das unhas- Loisa me encarou, irritada- Quando ela me empurrou para a piscina, eu não sei nadar e não queria chamar a atenção ou me matar, se quisesse isso eu me mataria quando ainda estava nas ruas, por que ai eu teria motivo...

Minha voz falhava.

-Mas eu estou aqui, não tenho motivos para morrer. – encarei Nick- eu não quero, assim como não brinquei com os copos na cozinha para morrer, Loisa me empurrou do banco e eu cai com os copos em cima de mim. - Falei de uma vez, e abaixei a cabeça. - desculpa, se quiser eu vou embora e.

-O que está dizendo? - Nick me encarava- Você Não vai sair daqui!

Ele se aproximou, levantando meu rosto me encarando e em seguida me abraçando, apertado, senti as lagrimas escorrerem, enquanto eu afundava o rosto em seu peito.

-Viu, ele só quer chamar a atenção- Me encolhi, nos braços de Nick

-Loisa, a partir de hoje, você vai ajudar a sua mãe e ele não trabalha mais na casa- Nick me olhou sorrindo- é um morador dela agora.

Sara saiu do quarto dando pulinhos, parecia feliz.

-Agora que você fala, poderia me dizer seu nome? – sorri.

-Lucas- respondi Nick

-Lucas, belo nome- ele falou se ajeitando na cama comigo – Lucas, quer me contar sua história?

-Não tem muito a dizer, meu pai me expulsou de casa- olhei para ele- quando assumi gostar de garotos, minha mãe não se importa, e eu passei a viver nas ruas. - falei.

- Hm- ele me encaro, se aproximando. – Agora você mora nesta casa, e muito bem vindo aqui!

Sorri e me aproximei dele também, deitando sob seu peito e adormecendo em seguida.

2Meses depois

Loisa continuava a me provocar porem, eu não ligava, a única coisa que me importava ali, era Nick, com o tempo e a aproximação dele, comecei a me apaixonar. Ele fazia de tudo para eu me sentir bem, sem contar os presentes que ele me dava quase todos os dias.

Eu estava sentado na sala, quando ele chegou, parecia cansado, mas sorriu ao me ver e se sentou comigo no sofá, me aproximei dele e o fiz deitar no meu colo, comecei a passar a mão por seus cabelos negros.

-Parece cansado- murmurei, era difícil eu falar e quando falava era apenas com ele.

-Reunião cansativa hoje, pequeno- ele falou, sorrindo.

Nick se levantou e fomos para a cozinha jantar. Era uma adorável lasanha.

A noite, eu tive um pesadelo, e me levantei, chorando e segui para o quarto de Nick, o acordando.

-O que houve- ele me puxou para sua cama limpando as minhas lagrimas

-você n’ao vai me abandonar, vai? - o olhei.

-Claro que não- ele falou segurando meu rosto- Loisa te fez algo?

Neguei. Me aproxime de seu rosto, inconscientemente.

- eu tive um pesadelo e nele você me abandonava- voltei a chorar.

-Jamais, faria isso- ele novamente, secou minhas lagrimas, se aproximando vagarosamente, entreabri os lábios, quando ele roçou os dele nos meus. - até porque que eu estou perdidamente apaixonado por você

Deixei ele me beijar e aos pouco fui me deitando na cama com Nick por cima de mim, seus beijos passaram para o meu pescoço, e logo minha blusa não estava mais no meu corpo, seus beijos desceram mais um pouco alcançando uma área sensível, no qual ele mordeu, e eu arqueei as costas, e em um meio gemido disse:

-Eu também estou perdidamente apaixonado por você!

E ele me beijou de novo antes de recomeçar o processo de me despir.

 

Senti alguém beijar meu rosto, até que eu abri meus olhos, me deparando com Nick, sorrindo.

-Bom dia, meu amor- eu sorri diante das palavras dele.

-Bom dia- respondi.

Depois daquela noite, ela não se separou mais de mim. Seu pai não aceitou muito bem o nosso relacionamento porém, ficou grato quando doei sangue para sua mulher, madrasta de Nick, quando ela sofreu um acidente de carro e então ele liberou o filho a namorar comigo. Loisa parou de me provocar e agora me agradava como podia.

Eu e Nick, adotamos uma menina anos depois, chamamos ela de Ana, e nossa pequena Ana, foi a alegria de toda a família que eu havia ganhado graças a Nick.


Notas Finais


bye


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