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História Ômega - Um destino


Escrita por: ALeitoraFantasm

Notas do Autor


Bom, eu sei que não tem desculpa pro quanto eu demorei pra atualizar. Só digo que estava com um bloqueio criativo e que não saia nada da minha cabeça; mas quando saiu também, resultou no monstro que está este capítulo (que nem foi totalmente postado, pq tem um pedaço q eu deixei de fora) e eu tive que mudar muita coisa a respeito da história do Takao-chan.
Enfim, espero que gostem.

P.S perdoem os erros, o capítulo não foi revisado devido a pressa pra postar.

Capítulo 4 - Um destino


A chuva batucava contra as janelas de vidro dando a impressão de que o mundo estava pipocando, Midorima Shintarou tinha um cheiro bom e ele não precisava ser um ômega para saber disso.

Era de manhã bem cedo e nem a secretária do esverdeado havia chego ainda ao escritório, de modo que os dois estavam sozinhos naquela sala imensa  cujo estantes de madeira escura escondiam as paredes abrigando dezenas e dezenas de livros dos quais o conteúdo ele não sabia.

Midorima Shintarou parecia imponente, algo como dono do mundo sentando em sua poltrona de couro negro com os óculos escorregando para a ponta do nariz toda vez que baixava o rosto para sorver um gole da xícara de café cujo o aroma mesclava-se aos demais impregando o lugar com uma atmosfera única.

Completamente Midorima Shintarou.

Takao, com uma sutileza que só era dele pela manhã, debruçou-se sobre os ombros de Midorima num abraço por trás. O rosto perfeitamente encaixado na curvatura do pescoço do mais velho enquanto aspirava o cheiro cítrico que se desprendia dos fios talvez um tanto longos demais do esverdeado.

Shintarou permitiu que um suspiro cansado transpassasse seus lábios e devolveu ao pires a xícara de café. Deu uma batida de leve na perna e meio segundo depois as nádegas fartas de Kazunari estavam contra seus joelhos enquanto o moreno encarava-o com um sorriso pequeno de uma distância ínfima. Não podendo impedir-se, o esverdeado sorriu também – um de seus tímidos sorrisos que eram reservados à poucas pessoas e a poucas ocasiões.

 Deslizou o dedão em linhas circulares pela bochecha esquerda de Kazunari e desenhou a linha de seu maxilar antes de trilhar um caminho sinuoso pela nuca do rapaz até que seus dedos longos se enveredaram pelos fios negros do menor.

– Você vai ser o senpai dos novatos que chegarão hoje – contou o esverdeado, a voz alguns tons mais alta que um reles sussurro.

– Eu sei, você já me disse isso Shin-chan.

– Vocês vão dividir o quarto juntos.

– Isso é lógico Shin-chan! .... O Shin-chan está com medo de que eu o troque por um ômega? – brincou soltando uma risadinha debochada e provocativa. Em resposta, o alfa rosnou baixinho para si, lançando em sua direção um olhar verde tão frio que chegava a queimar.

Era claro que Midorima não tinha medo de perdê-lo. Porque teria?

– Não quero que você se aproxime muito deles – informou o alfa com a voz mais seca que anteriormente, todavia, o carinho nos cabelos de Takao prosseguiam tão tenros quanto antes – Eles não são boa companhia, um deles tem até um vigia do Estado acompanhando-o.

– Nossa! – Takao arregalou os olhos perguntando-se o que um ômega poderia ter feito para ter escolta policial mesmo dentro de um lugar com a Seirin. – Então, se não quer que eu me aproxime deles, porque está nos colocando no mesmo dormitório?

– Pra que você fique de olho neles pra mim, claro – ajeitou os óculos que escorregavam pela milésima vez – Pode fazer isso?

– Hai! – bateu continência usando uma expressão divertida no rosto que logo foi substituída por uma mais serena cujo o sorriso carinhoso ao passo que triste era a principal característica – Posso fazer tudo o que o Shin-chan, quiser.

 

. ♠ . ♠  .

 

O sol de veraneio queimava o mundo atráves da janela e dentro da biblioteca apesar do ar-condicionado a situação era pouco melhor.

Um pequeno Takao Kazunari com apenas oito anos de idade e bochechas gordas sentava-se no umbral da janela com as pernas penduradas no ar e as costas escoradas contra a armação de madeira. Ajoelhado no chão, o recém-conhecido Midorima Shintarou – um rapaz alto de cabelos verdes e expressão rabugenta que o havia salvo das garras maldosas de Midorima Satoshi, seu irmão gêmeo – vasculhava uma caixa de primeiro socorros.

– Qual seu nome? – perguntou o esverdeado embebendo um chumaço de algodão em água oxigenada. Takao contraiu-se ao sentir o liquido de encontro às feridas do joelho esfolado.

– Ta-takao Kazunari – respondeu com a voz chorosa que tornou-se ainda mais trêmula quando Midorima repetiu o processo levando o chumaço para o outro joelho.

– Você é o filho da cozinheira? Mei-san? – questionou e o moreno assentiu – Satoshi te perturba sempre? – dessa vez o pequeno hesitou em responder. Podia ser jovem, apenas uma criança, mas já tinha aprendido como as coisas funcionavam: não devia arranjar confusão com a família dos empregadores de sua mãe, principalmente se fosse com o alfa herdeiro. – Pode dizer, eu não vou contar para os meus pais.

Takao ainda hesitou mais um pouco antes anuir timidamente. Algo a respeito do olhar sério, mas não frio de Midorima Shintarou que o diferia dos demais Midorima que conhecia, despertava confiança no pequeno.

– De vez em quando ele me faz carregar ele  nas costas pelo jardim e vive me beliscando... – contou. Midorima terminou de limpar e cobrir com curativos os arranhões nos joelhos de Takao e voltou-se para as mãos recheadas de farpas.

– O que mais ele faz? – questionou procurando na maleta de primeiros-socorros por uma pinça.

– Ele diz que espera que eu me torne um ômega logo – disse pensativo e então deu de ombros abrindo um sorriso – Mas, eu nem sei o que signfica isso...

Shintarou travou na posição em que estava cravando os olhos verdes no pequeno que balançava as pernas no ar. Não importava o jeito que olhasse, Takao era só uma criança! Um menininho com presas ligeiramente afiadas e bochechas gordinhas que o fazia lembrar-se de um gato! Satoshi tinha algum sério problema na cabeça por pensar aquele tipo de... baixaria com aquele menino!

– Me escute Takao, não se aproxime mais do Satoshi, entendido? – segurou-o pelos ombros fazendo-o olhar em seus olhos.

– Ma-mas...

– Sem, "mas"! Quando eu não estiver por perto, corra quando ele se aproximar e nunca vá quando ele te chamar! Entendeu?

– Ha-hai... – assentiu fazendo biquinho, assustado com a repentina intensidade do alfa. Midorima, percebendo que tinha assustado a criança sorriu pequeno e fez um carinho nos cabelos negros do mesmo.

– Bom garoto, bom garoto – suspirou – vamos cuidar dessa mão.

 

. ♠ . ♠  .

 

No véu cinzento que as gostas de chuvas formavam ao redor do Instituto Seirin para Ômegas Indisciplinados, Takao viu o ônibus particular do instituto atravessar os enormes portões de ferro negro fundido e estacionar no pátio de cimento cercado por canteiros de rosas em frente ao edifício central.

A primeira a descer usando calça cropped de lavagem clara e um blusão branco, foi a coordenadora geral, Riko que era uma beta animada e um pouco briguenta. Sem guarda-chuva ela pulou para fora do ônibus e saltitou para área coberta sendo seguida então pelos novatos. Todos, exceto pelo policial usavam guarda-chuva de modo que Takao pouco pôde ver de seus kouhais além dos sapatos.

. – Eles chegaram, Shin-chan – informou o moreno erguendo o corpo do umbral e voltando-se para o alfa. –  Riko-chan está os trazendo para cá, o que eu devo fazer?

– Volte para o dormitório, quando eu terminar com eles, mando a Satsuki te chamar.

Takao sentiu aquela quentura incômoda e familiar se alastrar por suas veias, como sempre que Midorima falava em Momoi Satsuki e teve de morder o interior da bochechas para impedir-se de xingar.

– Hai, hai! – ele bateu uma continência divertida para o esverdeado antes de sair e fechar a porta atrás de si finalmente podendo bufar de irritação.

"Satsuki, Satsuki, Satsuki! Sempre aquela vagabunda metida e oferecida!"

Os passos de Takao eram tão furiosos contra o chão branco gelo que se fosse um alfa, provavelmente abrira buracos onde pisava, tão irritado estava que sequer prestou atenção aos arredores enquanto marchava para seu dormitório. Alheio tanto para as ações dos outros como também às suas próprias, só deu-se conta de que já tinha chego ao quarto 36 quando sentiu o colchão macio sob suas costas.

Habitava aquele quarto a um ano e conhecia estranhamente bem as variações da cor salmão nas paredes. Sabia quantos compartimentos tinha o enorme guarda-roupa branco que ocupava praticamente toda uma parede tinha, que a terceira cama rangia demais por qualquer motivo e o melhor jeito de fechar a cortina para que lugar não ficasse claro ou escuro demais.

A um ano que ele ria, chorava, cantava, dançava, xingava ou simplesmente ficava deitado na cama encarando o teto como fazia naquele momento.

Desde aquele dia.

 

. ♠ . ♠  .

 

Quando não estava na escola ou ajudando a mãe na cozinha, Takao estava sempre atrás de Midorima com um sorriso bonito no rosto e seu andar jingado, então, nas férias escolares de seus 15 anos quando Midorima foi para os Estados Unidos no verão, o moreno não tinha o que fazer.

Claro, tinha amigos de sua escola com os quais saía as vezes e que eram boas companhias, só que havia o grande problema de que nenhum deles era Midorima Shintarou. E, de qualquer forma a maioria de seus amigos estavam em uma viagem à praia ou trancados em casa porque seus cios tinham resolvido dar as caras na melhor época do ano.

Takao, que caminhava para seus dezesseis anos, ainda não tinha passado pelo cio diferentemente de seus amigos e constantemente perguntava-se o que seria quando entrasse naquele período. Sua mãe tinha certeza de que seria um ômega – sua constituição não negava que fora fruto de um "esperma fraco" – o que a preocupava, pois se assim o fosse temia que pelos maus modos o filho nunca encontrasse um alfa. Já Midorima não estava tão certo quanto a isso e Takao apreensivo tendia a concordar quando o esverdeado ajeitava os óculos com a mão esquerda.

Verdade que a maioria das pessoas preferia à morte do que ser um ômega e do que ter uma criança que se revelasse ômega, mas Takao em seu íntimo ansiava por ser um. Porque, bem... Midorima era um alfa...

– O dia está tão bonito e você enfiado nessa biblioteca.

Takao sobressaltou-se deixando que "O Quebra-Nozes e o Rei dos Camundongos" escorregasse de seus dedos e caísse no chão.

Seguira à risca o comando de Midorima para não se aproximar de Satoshi, mas não havia muito o que pudesse fazer quando morava na casa dele de modo que sempre estava escondido na cozinha ou protegido sob os olhos atentos de Shintarou.

Mas, o esverdeado não estava ali. Sequer estava no Japão.

As lembranças das "pequenas maldades" infligidas contra si por Satoshi com o tempo havia se tornado-se vagas, muito embora as pequenas e mármoreas cicatrizes em suas mão insistissem em deixar vivo o terror de que era se estar à mercê daquele alfa.

Tomando um folêgo profundo, o moreno recolheu o livro no chão e se colocou de pé com os braços cruzados, fitando o alfa diretamente nos olhos. Era um mistério como ele e Shintarou eram irmãos gêmeos e ao mesmo tempo tão diferentes.

– Shin... aham, Midorima-san meu deu permissão para usar a biblioteca senhor.

– "Midorima-san" hein? – ele fingiu analisar os livros numa das estantes com interesse – Imagino que tipo de serviço você tenha prestado ao meu irmão pra ter o privilégio de usar essa biblioteca. Você geme "Shin-chan" como uma putinha quando ele mete em você?

Kazunari sentiu as bochechas avermelharem imediatamente e as orelhas esquentarem com a suposição de uma relação daquele tipo com Shintarou. Estaria mentindo se dissesse que nunca pensara em algo a mais com o esverdeado, mesmo que não tivesse muita certeza do que esse "algo a mais" significava, só que os afagos no cabelo e todos os toques tão... puritanos e fraternos pareciam de alguma forma insuficientes ou errados para o moreno. Todavia, Midorima não era aquele tipo de pessoa, alguém que se relacionasse ou pensasse daquela forma em crianças e ademais, Takao tinha certeza de que o esverdeado ainda o enxergava como o menininho chorão de oito anos de quando se conheceram.

– E-eu... nó-nós nã-

– Sequer passou pelo cio e já é a putinha dele – falou com desprezo e deboche mesclando-se tanto na voz quanto no olhar – Eu, pelo menos ia esperar você passar pelo cio antes de foder você – soltou os ombros de forma displicente, como quem dissesse que não tinha mais o que fazer, e avançou na direção do moreno – Mas, você não liga pra essas cerimônias...

Takao recuou para trás com o livro grudado ao tórax liso sentindo os pelos de corpo arrepiarem. Como ainda não tinha passado pelo cio, não podia sentir as feromonas que emanavam de Satoshi, mas pela expressão do mesmo tinha ideia de quais eram as intenções do alfa.

– Eu não me deitaria com você, nem que isso significasse a morte! – disparou assustado, pensando inutilmente numa rota de fuga. Se conseguisse sair dali se esconderia na cozinha e não daria as caras pelos corredores da mansão de novo até que Shintarou estivesse de volta.

Sabia muito bem que Satoshi não receberia punição alguma caso o abusasse. Ele era um alfa rico e sua mãe apenas uma ômega pobre, o máximo que conseguiria caso fizesse algo a respeito, seria perder o emprego.

Correr. Correr era sua única opção. Mas, como o fazer quando sua única rota de fuga estava completamente bloqueada pelo corpo alto e musculoso de Satoshi? E mesmo que conseguisse correr até a porta, o esverdeado era muito mais rápido e forte que si, o alcançaria antes que ele tivesse feito a primeira curva no corredor!

"Maldito, alfa!", pensou e o desespero começava a alastrar-se por seu corpo à medida que Satoshi se aproximava. Ele parecia-se com um grande felino em uma caçada, os passos suaves sobre o linóleo, a postura que passava a falsa impressão de estar relaxada, os olhos vidrados em sua presa e um sorriso medonho na face... Todo aquele conjunto fazia o moreno querer ajoelhar-se e vomitar.

Queria que Shintarou aparecesse mais uma vez para lhe salvar, com sua fala esquisita e olhos verdes aparentemente frios, mas que lhe aqueciam de uma forma que nenhum outro jamais conseguira. Queria que Shintarou aparecesse mais uma vez para lhe salvar, porque sabia que assim como antes, ele próprio não conseguiria se defender.

Queria apenas Midorima Shintarou ali. Shin-chan nunca o machucaria e nem nunca lhe faria chorar.

Mas, Midorima estava do outro lado do mundo.

As lágrimas começaram a derramar antes que Takao pudesse perceber, quente e gordas trilhando um caminho por suas bochechas até pingarem no chão. Não eram lágrimas de desespero ou de tristeza, eram apenas lágrimas de resignção. Lágrimas de quem já tinha aceito seu destino, porque ômega ou não de qualquer forma ele estava abaixo de Midorima Satoshi de todas as formas e não havia nada o que ele pudesse fazer para escapar dali que não prejudicasse sua mãe.

Suas mãos tremiam quando ele pousou o livro, que até então segurava firmemente contra o peito, numa mesinha, mas havia uma calma em suas ações que era deslocada. Talvez, se fosse bonzinho... se fosse um "bom garoto", Satoshi não o machucasse tanto...

– E-eu... – começou, mas antes que outra palavra escapasse por seus lábios, a mão pesada de Satoshi lhe acertou um soco na face. Takao sentiu como se o mundo girasse e ele estivesse fora de órbita, até que a dor o trouxe de volta a Terra, em que o gosto de sangue dominava seu paladar.

– Você não fala nada! – rosnou, a expressão numa mescla entre selvageria e satisfação. Um filete se sangue escorreu pelo lábio de Takao quando ele assentiu. – Tira a roupa. Tudo.

Takao olhou-o em pânico, as palavras amontoavam-se em sua garganta bem como as lágrimas brotavam em seus olhos, mas ele tinha bom senso o suficiente, para simplesmente se calar e obedecer.

Apesar de trêmulos, seus dedos desabotoaram a camisa branca expondo o peito magro de uma pele ligeiramente bronzeada e mamilos castanhos. Quando se viu livre da blusa, ele se pôs a retirar a bermuda, até que finalmente restava apenas o palmo de tecido alaranjado que era sua cueca.

Não precisava mais que isso para que Takao se sentisse completamente nu e exposto ante o olhar de Satoshi e o moreno procurou não encará-lo muito nos olhos durante o processo para que seu café da manhã não viesse à tona. Contudo, de forma hesitante, antes que Satoshi lhe batesse, ele desceu a cueca ficando completamente nu.

Um segundo depois, o corpo do alfa assomava-se sobre o seu. A estatura enorme tanto em altura, quanto em largura fazia-o parecer ainda menor.

O corpo de Takao retesou quando sentiu o primeiro toque de Satoshi, de um modo estranhamente delicado o alfa desenhou-lhe com as mãos o contorno do corpo e aspirou o cheiro de seu cabelo.

– Ah, então é isso que o Shintarou sente todos os dias – murmurou em meio aos fios de cabelo negro. Mas, tal delicadeza não durou muito e em seguida, o esverdeado apertava as nádegas de Kazunari com uma força desnecessária arrancando gemidos de reprovação por parte do moreno. – Dá pra entender, porque ele te guarda só pra ele.

Os fios de cabelos negros que antes eram cheirados com devoção, foram brutalmente puxados. Takao sentia como se seu couro cabeludo pegasse fogo e tinha certeza que perderia alguns tufos de cabelo no processo. Com a dor, as lágrimas começaram a vir mais abundantamente, junto com a vontade de tentar fugir que só fazia aumentar em seu peito e com custo ele tinha de controlar.

Fugir seria pior. Satoshi o machucaria ainda mais e quem sabia o que ele faria com sua mãe?

Sem opções, Takao simplesmente deixou que acontecesse.



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