História OMG! Sou a babá do BTS - Introdução

Acordei num sobressalto depois de mais um sonho ruim, dentro desses trinta dias sem Jin. Alcancei os comprimidos cilíndricos postos sobre a cabeceira da cama, ao lado de um copo repleto por água e os tomei de imediato. Não fora a primeira vez que o fizera e, provavelmente, não será a última. 

A dor de perder um grande amigo nunca me fará dormir corretamente ou rir livremente. Até mesmo nossas armys carregam nosso luto evidentemente em cada show. 

As coreografias de Jin, seus vocais, tudo parece vazio. Sentimos falta do rosa que costumava colorir o grupo que, agora, não passa de preto e branco.

— O que houve? — Jungkook se desfaz de seus cobertores, pronto para se meter ao meu lado na cama como faz todas as noites. — São os mesmos pesadelos não é?

Maneio a cabeça afirmativamente e o mais novo deita a cabeça em meus ombros.

— Eu também sonho com ele todas as noites. — Ele admite. — Quer falar sobre isso?

— É o mesmo sempre. Todos nós estamos se divertindo no nosso acampamento de férias e não percebemos a falta dele até encontrar seu corpo sem vida boiando no lago. Como pudemos? Nós deveríamos ter evitado isso! Nós poderíamos, Jungkook! — Exclamo frustrado, meu coração bate acelerado contra meu peito.

— Nós não somos capazes de entender os sentimentos de outras pessoas, nem sequer mudá-los. — O mais novo repousa sua pequena mão sobre meu peitoral que sobe e desce num ritmo acelerado. — Não se trata de não estarmos de olho nele, Jin era o único que poderia se salvar.

— Por que ele simplesmente desistiu?! Ele é um covarde? Jin só pensou em sua própria dor quando cometeu o suicídio e agora, milhares das nossas armys não estão mais aqui conosco e nunca poderão nos assistir! — Argumento particularmente irritado, algumas lágrimas escapavam pelo canto dos meus olhos sem que eu pudesse impedi-las, 

Jungkook roça o rosto em meu peito como um gatinho e passa os braços ao redor do meu corpo, se encaixando nele.

— Não coloque todo peso em seus ombros, não quero que termine como o Jin. 

Acariciei suas pequenas mãos e prometi:

— Vou cuidar de todos nós até o final, como uma família.