História OMG! Sou a babá do BTS - Eleven - I'm sorry my sister

Foi a primeira fissura nas colunas
que confirmou em minha infância
que todo indivíduo deve destruir
antes que destrua à si mesmo.
Essas fissuras e rachaduras, crescem juntas novamente, cicatrizando e se tornando inesquecíveis.
Mas, na maioria dos recantos secretos, eles continuam a viver e a sangrar.

Narrador on ✨

O corpo demasiado magro de Jeon Jungkook caía em queda livre, centímetro por centímetro, cada um dos seus membros entregues à deliciosa sensação de estar se apaixonando.

O amor pode doer às vezes, mas, quando tudo se torna difícil, é a única coisa que nos faz sentir vivos.

Como num milagre, o mais novo para de cair, suspendendo-se no ar. Ele quase pensou que estava preso em um sonho e que pudesse voar nele, mas, ser puxado para os braços de Taehyung e ser abraçado por ele, sentindo o inconfundível cheiro de sabonete do mais velho, teve certeza que vivia a realidade.

O garoto que amava secretamente, o salvara. Ele tinha lágrimas nos olhos e segurava o menor com tanto afinco, que Jungkook sentiu seu coração se acelerar.

— Por que estava fazendo isso, seu idiota? — O mais novo sabia que a pergunta era retórica. Ele deveria guardar seus ares para dizer à Taehyung que o amava.

— Eu gosto de você, Tae.

— Eu também gosto de você maknae de ouro. — Ele não tinha entendido, estava claro para Jungkook.

— Não dessa forma. Eu te amo, Kim Taehyung.

P.O.V Taehyung

O despertador parece ecoar alto demais em meus ouvidos.

Me encontro em meu quarto, ainda segurando a folha de papel cuidadosamente dobrada em minhas mãos.

Droga. Será que S/N me esperou por muito tempo?

É claro que eu teria mais calmantes comigo e, nesta noite, lembro-me que J-Hope bateu à minha porta numa hora avançada para que eu lhe desse alguns à mais, pois os dele haviam acabado.

Enchi sua mão de comprimidos, ainda me sentindo grogue por ter sido acordado tão precocemente. Lembro do seu sorriso de agradecimento e então, voltei a dormir novamente.

Me obrigo a levantar, já que é tão tarde. Meu corpo dói, como se fosse bastante pesado e eu caio novamente no colchão, vencido.

Alcanço meu aparelho móvel e, tendo-o em mãos, verifico o aplicativo Line , afim de obter notícias sobre minha irmã mais nova.

O que leio me deixa totalmente tonto e enjoado.

Tae, ele está sendo violento novamente... Por favor, me salve!

Impulsiono meu corpo para frente e recorro à todas as forças que me sobram, devido à grande quantidade de comprimidos que tomei ontem afim de dormir tranquilamente. Todos os sonhos que tinha eram sobre minhas mãos repletas de sangue de outra pessoa.

Ignoro as dores musculares enquanto me apresso para chegar à garagem e alcançar meu carro.

Assim que sento no banco do motorista, memórias com o Jin me invadem, mas eu as reprimo.

Agora não, Jin.

Giro a chave que liga o carro, mas Jin não sai do banco ao meu lado. Ele sorri para mim.

AGORA NÃO! EU JÁ DISSE!

Esbravejo, mas as palavras parecem não sair verdadeiramente da minha boca, como num pesadelo.

A figura de Jin evapora, deixando-me sozinho.

Afundo os pés no acelerador em direção à casa de Eun Chang, em Daegu.

O ponteiro do acelerador marca os 100 K/M, mas não ligo. Preciso salvá-la daquele cafajeste com quem ela escolheu viver, o mesmo que matou nosso pai e que ocasionou a morte de mamãe.

Eu estou com tanta raiva que não consigo me segurar! Os nós dos meus dedos já se encontram desgastados devido aos socos livres no volante.

Eu estou indo salvá-la, minha irmã.

P.O.V S/N

O vento começa a soprar, trazendo o frio junto de si. Eu me abraço, tentando em vão, conservar a temperatura do meu corpo enquanto espero por Kim Taehyung.

Mesmo que já tenha se passado da uma da manhã.

Ouço passos e me encolho.

O aroma do café fica bastante evidente no ar assim que um dos garotos se aproxima do local onde estou. Ele se apoia na bancada de frente para o mar e suspira.

— Também está tendo problemas em dormir?