História OMG! Sou a babá do BTS - Twelve - Mama

Com um rosto que lembrava o seu filho, eterno, imutável e cheio de força interior, a bela mulher, sorriu com dignidade.
Seu olhar era realização, sua saudação, um regresso à casa.
Silenciosamente, estendi as mãos para ela.

P.O.V J-Hope

Envolvi a xícara de porcelana com as mãos. A alta temperatura, aquecia meus dedos rígidos e o aroma da cafeína me trazia tranquilidade enquanto eu relacionava todos os novos acontecimentos em minha vida.

Mamãe fechando seus olhos pela última vez, sorrindo para mim enquanto segurava minhas mãos com demasiada força.

A cama de hospital que tornou-se seu leito de morte e a doença que a levara de mim.

Tudo isso não fazia sentido algum. Foi tão rápido que ao menos tive tempo para chorar pela morte de mamãe. Me sinto horrível por isso.

Ansioso, bato à porta do V. Ele é um bom fornecedor de calmantes, agora que os meus acabaram.

Silenciosamente, entendo minhas mãos à ela. A cada minuto, nossa distância diminui e eu tenho maiores esperanças de estar ao lado dela em seu leito de morte.

Eu não preciso dessas pílulas tão desesperadamente, Taehyung. É apenas um pretexto criado para confortar à mim mesmo, agora que estou partindo.

Quero vê-lo pela última vez.

O mesmo abre a porta de seu dormitório sonolentamente. Ele sequer abre os olhos, mas eu queria vê-los novamente.

— O que você quer? — Sua voz sai bastante afiada, mas eu ignoro por conta de seu sono.

— Vim perguntar se, por acaso, você teria mais alguns calmantes para me dar. — Informo, adentrando o cômodo atrás do meu amigo.

Taehyung junta as sobrancelhas.

— Mas você não tinha comprado dez cartelas? — Indaga.

— Elas acabaram. — Rebato.

Eu estou indo agora, V. Você não pode perceber?

Ele calcula se deve me entregar os comprimidos ou não, mas, depois de muita insistência por minha parte, ele fica irritado e empurra mais três cartelas de calmantes contra meu peito.

— Obrigado. Vou sentir saudades.

— De nada. — Murmura, jogando-se novamente para dentro de seus cobertores. Duvido que tenha ouvido a última parte.

Alguns sintomas da overdose já são sentidos assim que subo o primeiro degrau do lance de escadas que leva ao terraço. As mãos que envolvem a xícara de café, estão trêmulas e sem força.

Meus pés se arrastam para cima, fazendo minha vontade pela última vez.

Embora minha visão esteja turva, pude observar S/N encolhida contra a bancada que separava-nos de 8 metros ao chão. Me aproximei, mesmo sabendo que meus minutos estavam contados.

— Também está tendo problemas em dormir? — Pergunto, avisando-o de que a vejo. Ela parece pensar o contrário. Embora S/N fosse pequena, seus olhos eram muito visíveis, mesmo à noite.

— Eu nunca tive problemas com isso. — Ela se gaba, levantando-se do chão e desamassando as roupas. — E você? O que faz aqui?

De repente, a xícara se soltou das minhas mãos, caindo como um estalo no chão. Os cacos acertaram as pernas finas de S/N que encarava a situação com olhos esbugalhados.

Não... Agora não.

Me agacho, recolhendo os milimétricos pedaços de porcelana que se estilhaçaram no chão.

— Desculpe... Estou um pouco... Fraco. — Eu forte aperto no peito e o coração batendo descompassado. Minha visão se tornara escuridão e o controle sobre meu próprio corpo parecia não existir mais.

— Hoseok! — A ouvi gritar meu nome enquanto meus olhos pesavam.

— Hoseok! — Mamãe sorriu convidativa, com seu típico sorriso nos lábios.

Estou em casa, mama.