História OMG! Sou a babá do BTS - Fifteen - Estigma

Um estigma pode conter diversos significados se pesquisados em um dicionário;

cicatriz, marca natural do corpo, marca obtida por ferro à brasa para marcar escravos e inúmeras outras definições, porém, a minha estigma era, sem dúvidas, a pior que qualquer um poderia obter.

Eu estava marcado com o estigma de uma morte que nunca mais se curaria do meu psicológico, ou, pior ainda,adquiri uma cicatriz em meu espírito.

Mesmo que, agora, estou a 800 mil pés do chão, eu jamais poderei fugir do sentimento cravado em mim. 

A culpa.

P.O.V S/N

Lee Min Ho - S/N, você está aí?

                       S/N, meu número não está bloqueado, então é um bom sinal.

                       Por que não me responde?

                       Eu sinto sua falta.

                      Sinto falta do seu arroz pastoso e seu bife torricado.

                      Você ainda usa seus óculos redondos? Você ficava tão fofa usando eles.

         Você -  Você voltou.

 Lee Min Ho-  Não parece real, mesmo agora. É tão bom vestir chinelos de borracha ao invés de coturnos sujos de lama! 

                        Eu queria muito te ver agora.

                        S/N, por que está demorando tanto para me responder? 

             Você- Desculpe, estou um pouco ocupada aqui.

   Lee Min Ho- Até parece que você leva uma vida diferente agora. Fico feliz por você.

            Você - Sim. Arrumei um emprego no leste de Busan como babá. Eles pagam muito bem, caso contrário eu desistiria. 

  Lee Min Ho- Eles são muito hiperativos? Tenho pena de você, cuidando de pestinhas. 

              Você-Estou no hospital agora. Me sinto enjoada.

Lee Min Ho- Hospital?? Você está bem?

            Você- Como espera que eu fique? Eu me lembro dela... Você sabe. Não se preocupe comigo. Hoje estou apenas como acompanhante.

Lee Min Ho- Eu posso ir aí agora, se você quiser. Lembro o quanto odeia ficar sozinha.

            Você- No fim, você me notava, não é?

Lee Min Ho - Nunca disse o contrário. 

                       É o hospital municipal, certo?

                       Estou indo para aí agora. 

                       Tente não vomitar, s/apelido.

Rolo os olhos com o antigo apelido do ensino médio. 

Lee Min Ho sempre fora um péssimo Oppa, na época do colégio. Ele me humilhava com sua beleza, popularidade e inteligência, pisando sobre o amor puro e inocente, de uma garota nada popular e míope, porém, que quase nunca estava dentro da média.

Quando finalmente ele se desculpou dos tempos terríveis pelos quais me fez passar, era tarde demais. Min Ho prestou serviço ao exército coreano e, desde então, nunca mais o tinha visto. 

Um ruído nada discreto saiu do meu estômago, abafando a vibração do celular em minhas mãos. 

Era um número desconhecido, porém, deslizei o botão, confirmando a chamada e uma voz trêmula soou do outro lado da linha, fazendo meu estômago se revirar.

 —  S/N... Me perdoa... Por favor.  —  A voz masculina entre cortada me deu naúseas. Sabia quem estava falando, porém, não queria acreditar.  —  Eu estou longe, muito longe de Busan.  —  Ele fungou.  —  Eu estou me sentindo despedaçado. 

 —  Taehyung...  —  O nome deslizou pelos meus lábios. Eu apenas senti a necessidade de chamar por ele, como se essa ligação fosse apenas um sono ruim. 

 —  Avise o manager que não vou trabalhar por um tempo, sim?  —  Sua voz se tornou fria dentro de um segundo.

 —  Por que? Taehyung, me diz, o que aconteceu?

 —  Eu matei um homem, S/N. O marido da minha irmã. Vou sentir saudades, babá. Desculpe por ser tão estúpido. Não tente me procurar, okay?  —  Por mais que sua voz tentava ser autoritária, eu podia ouvir seu choro pelo telefone, o que aumentava minha ânsia. Com sua revelação, não consegui segurar o vômito. Minhas mãos começam a tremer quando penso em V matando alguém. Eu... Não pode ser... Ele só pode estar brincando. 

O celular cai de minhas mãos, a um centímetro de distância da poça de vômito, Meus membros parecem de desintegrarem e sinto tudo ficar preto. 

Não pode ser o Taehyung! Meu coração dói só de pensar nessa possibilidade!