História OMG! Sou a babá do BTS - Nineteen - Valentine

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— O que você disse? — Min Ho levantou-se de seu lugar, as veias em seu pescoço completamente sobressaltadas .

— B-A-B-A-C-A.

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Foi o tempo exato de ver o punho fechado de Yoongi acertar o maxilar de Min Ho, fazendo cair ao chão, batendo sua cabeça em outra mesa, ao lado da nossa.

Todos à mesa levantaram atentos.

Lee Min Ho limpou o sangue que escorria de sua boca com as palmas das mãos e fez menção em se levantar, porém, Yoongi o segurou pelos ombros, acertando outro soco em sua mandíbula.

Os meninos seguraram Suga para que ele não pudesse golpear Min Ho.

Com o sangue escorrendo no canto da boca, levantou-se, mordeu os lábios e se preparou para golpear Suga, porém, me meti no meio, e acabei levando o golpe.

Os punhos dele são fortes.

Foi a única coisa que consegui pensar, caída no chão do refeitório.

Ainda com a vista turva, visto que o soco acertou minha sobrancelha, abrindo um corte na mesma, eu pude sentir alguém segurar minha mão, enquanto os funcionários do hospital convidavam os dois à se retirar.

Com o olho bom bem aberto, pude perceber que era Suga quem segura minhas mãos tão fortemente, e era arrastado pelos enfermeiros chefes do hospital. Mesmo com tantos homens bem mais fortes o puxando para longe, Yoongi manteve-se firme, nunca me soltando.

O que isso queria dizer, exatamente?

Alguém interveio, soltando nossas mãos calculadamente. O corpo de Suga caiu sobre os enfermeiros, que, em peso, levaram-o para fora do limite do hospital.

— S/N. — A pessoa que soltou nossas mãos, sussurrou, bem próximo ao meu ouvido, tão perto, que meu corpo inteiro reagiu àquela voz inconfundível. Era Jungkook. — Passe os braços em volta do meu pescoço. — Ordenou, seu tom de voz fez-me acatar a ordem no mesmo segundo.

O mais novo passou os braços em minha cintura, me suspendendo no ar, e, em seguida, me colocando em segurança contra seu peito. Pude sentir sua respiração quente contra meu rosto quando tornou-se a correr, tão rapidamente, que minha visão fraca não foi capaz de aguentar.

Apertei meus olhos com força, afundando meus dedos em seu pescoço, temendo cair. O moreno me apertou ainda mais contra seu corpo, finalmente parando.

Fui posta sobre uma maca vazia em um dos quartos onde era suposto pelo menos um enfermeiro estar, porém, só nós dois nos encontrávamos ali.

Ouvi o som da trinca da porta e os passos muito próximos à mim. Jungkook segurou minhas mãos acariciando-as com o polegar para me manter calma.

— Vai ser rápido. Ninguém pode saber que estamos aqui.

Sua afirmação causou-me sobressalto. O QUE ELE PENSA QUE ESTÁ FAZENDO COMIGO?

— O que você está pensando, Jungkook!? — Exclamei, me pondo sentada na maca, exasperada.

— Mamãe é enfermeira. Até acharmos alguém competente nesse hospital, você não conseguirá enxergar nada com o olho esquerdo. — Aponta, pondo-se à procurar algo em um dos armários cheios de remédios.

Suspirei aliviada, deitando-me novamente.

— Ela me ensinou algumas coisas, desde que era pequeno. — Explicou, despejando o álcool em um algodão. — Vai doer um pouco, mas você pode segurar minha mão como válvula de escape. — Sorriu com ternura, antes de contactar o pedaço de algodão no corte, desinfetando-o.

Como esperado, a dor veio, porém, ele ofereceu sua mão, na qual afundei os dedos como forma de aliviar a dor.

— S/N, já acabou, pode soltar. — Avisou.

Eu abri os olhos, só então, percebendo que os tinha fechado. Um gosto metálico explode em minha boca. Sangue.

— Você mordeu os lábios com demasiada força. — Observou, passando o polegar sobre eles, separando-os.

Foi como uma pluma roçando toda a extensão de minha espinha. Eu me senti ansiosa e atenta, ofegante e em chamas.

Jungkook também parecia estranho. O ar parecia tão palpável que poderia ter sido pego nas mãos. Meu coração parecia palpitar cada vez mais rápido, à medida que o moreno se aproximava de meu rosto.

Porém, ele engoliu em seco, separando-se rapidamente, com as bochechas coradas. Virou-se de costas para mim, e alcançou uma bandagem.

— Vou enrolar em torno da sua cabeça. Se eu estiver forçando demais, me avise.

Balanço a cabeça afirmativamente e ele desenrola delicadamente em torno do meu crânio, soltando a bandagem com cautela, até o fim. Quando termina, coloca alguns pedaços de fita adesiva para que não se solte.

— Pronto. Você é boazinha. — Afega o topo de minha cabeça, e eu sorrio, acompanhando-o. — Vamos voltar. Yoongi está do lado de fora do hospital. Ele foi expulso e você deve vê-lo.

— Você fica com o Hoseok? — Indago, lançando-me para fora da maca, ficando em pé.

— O Jimin já deve estar lá. — Sorri com o canto dos lábios, de maneira maliciosa, interpreto.

Deve haver algo que não sei.

Com certeza, porém, não é a melhor hora para fofocas.

Despeço-me do maknae, agracedendo à ele pelo curativo. Meu olho já está bom, finalmente, não há sangue escorrendo para dentro dele, e corro corredor à fora, visando encontrar Suga e acalmá-lo de qualquer que fosse a fúria que chegou ao ápice mais cedo, caindo sobre meu antigo-primeiro-amor, Lee Min Ho.

Depois de descer diversas escadarias até o lado de fora, encontro-o sentado em uma mureta que limita o jardim do hospital. Ele estava de cabeça baixa, porém, levanta quando me vê.

— S/N! — Exclamou, dando tapinhas ao seu lado para que me sente. — Você está bem? — Interroga, analisando a bandagem tapando meu corte.

— Agora, estou. — Suspiro, alisando minhas coxas. — Mas, e você? O que foi aquilo?

— Não era eu, desculpa. — Pede, com as duas mãos juntas. — Seu amiguinho me tirou do sério. Juro que não gosto dele. Por que está aqui?

Suspirei.

— Ele é meu primeiro amor. — Admito, olhando para outro lugar, à nossa frente, e não para ele.

— O QUÊ? — Sua exclamação me assusta, porém, ele se recompõe. — Você ainda o ama? — De repente, indagou sem qualquer sentimento.

— Não sei. Ainda não tive a oportunidade de descobrir isso.

— Ele sabe?

Assinto.

— Quando éramos colegiais, me declarei para ele.

— E ele te respondeu? — Perguntou, balançando as pernas.

— Eu prefiro não falar sobre isso. — Remexo os dedos num ato de nervosismo.

— Diz! — Ele segura minhas mãos protetoramente. Elas parecem familiares agora. — Quer dizer, não quero te forçar à falar... — Ele retira rapidamente suas mãos, impedindo o contato delas com as minhas.

— A razão por eu não querer te contar é...

— É que estamos namorando agora. — A voz de Lee Min Ho tão próxima, me faz estremecer. Ele passa os braços em volta do meu corpo, me abraçando de lado. Eu não mexo um músculo.

Nós estamos namorando?