História OMG! Sou a babá do BTS - Twenty three - For how long did I sleep?

S/N tentava se acostumar com a intensa luminosidade vinda das lâmpadas incandescentes do cômodo. Ela podia sentir o aroma do desinfetante que a dava ânsia e a baixa temperatura que congelava os dedos expostos de seu pé. Piscou os olhos algumas vezes antes de conseguir mantê-los abertos, e sentou-se na cama desconfortável.

Ela sentiu um desconforto em seu braço direito e conferiu-o, dando-se com o soro suspenso sendo injetado em sua veia.

Piscou os olhos várias vezes um pouco frustrada com seu sonho tão realístico e corou ao se lembrar do último ato dessa peça que é seu subconsciente.

Por que sonhara com os integrantes do Exo semi nus, jogando vídeo game com o BTS? Estava mesmo ficando louca, ainda mais com uma situação inusitada como o desaparecimento de Taehyung e a internação de Hoseok.

O ruído da maçaneta fez com que ela se arrumasse, embora deveria estar completamente acabada e cansada.

A figura roliça do manager a fez estremecer. Sua expressão não era a melhor, e S/N entendia o por quê. Ela só não estava no clima para responder perguntas óbvias como...

– Como pôde deixar que eles tenham contato à analgésicos tão facilmente? –Ele questiona, rudemente, fazendo a babá apertar as têmporas em descontentamento com o tom de voz utilizado. – Me responda!

– Eu não sabia que eles possuíam medicamentos em grandes quantidades... – S/N admite em tom baixo, como uma criança errônea.

– É por isso! – Ele exclama frustado, gesticulando com as mãos. – Como posso confiar a vida dos meus meninos à uma babá que na primeira semana deixa uma tragédia acontecer? Eu não te dei comida de graça, uma moradia, por nada. O seu trabalho não é ser legal com eles, o dinheiro que invisto em você não é para a posição de amiga. Você deve saber, uh?

Ela maneia a cabeça positivamente, mordendo os lábios, frustrada consigo mesma.

– Você é a babá dos BTS, então haja como tal.

S/N maneou a cabeça pelo o que parecia a milésima vez e o manager fez menção em sair, voltando atrás quando já na porta.

– A propósito, cuide da sua saúde. A empresa não quer mandar mais um real para este hospital.

– Sim.

A porta é fechada num baque e a garota deixa o peso da culpa cair sobre o colchão do hospital. Não importa quantas vezes batesse o punho naquela pequena cabeça oca, nenhum pensamento positivo aparecia, como se uma onda de negatividade a atingisse.

Ficou confinada naquele quarto frio por mais de três horas antes que o médico responsável por ela adentrasse o cômodo. Já se sentia como uma planta, realizando a fotossíntese por meio dos mínimos raios de luz que adentravam o quarto por meio das frestas da persiana quando recebeu alta.

Pegou o trem para casa, sentindo-se um pouco sonolenta. Não conseguia explicar o por que de a recepcionista ter sido tão enfática sobre a alta do J-Hope se ela tinha tanta certeza de que apenas um dia tinha passado desde sua entrada no hospital. É como se a história tomasse um novo caminho totalmente diferente do inicial, durante apenas algumas horas, é apenas ela permanecera no enredo inicial.

Quando se deu por si, percebeu que sua estação já passara e que estava muito longe da casa dos meninos.

Grudou o rosto na janela quadrada do expresso e observou uma longa fila de carros de polícia e muitas pessoas nas ruas, como um protesto.

Sentiu algo que era inexplicável até mesmo para a ciência. Não sabia de que órgão a sensação vinha, mas tinha certeza que era algo como o sexto sentido.

Imediatamente, se lembrou de Taehyung, um evento que parecia muito antigo e quase esquecível depois de todo seu sonho maluco.

A voz feminina anunciou, num coreano polido, a próxima estação e S/N pôs-se de pé, com um coragem súbita, embora seu coração dissesse o contrário.

A porta abriu-se à sua frente. Naquele horário, ela era a única passageira do trem.

Foi o tempo de tocar os pés no solo da estação e então um ruído agudo que cortava o ar foi ouvido.