História OMG! Sou a babá do BTS - Five

Agora tudo se encaixa! Como pude ser tão lenta?

Eu, SeuNome, vou passar três meses com meus ídolos!

Inspiro profundamente para me manter calma.

Eles não podem descobrir que sou louca. Não ainda.

— Então vocês são as crianças? — Indago, apontando para o moreno.

Ele balança a cabeça afirmativamente e eu me aproximo, sorrindo.

— Vou acordar os outros e fazer um kimchi jjigae. O que você acha?

— É meu preferido Onee-chan!

Ele segura minha mão, fazendo-me corar enquanto saltita pelo corredor, batendo à porta dos meninos que abrem-nas sonolentos.

Taehyung lança-nos um olhar de reprovação assim que eu e Jimin descemos o lance de escadas em direção à cozinha, com os outros rapazes arrastando os pés atrás de nós. Eu me sinto culpada por estar segurando a mão dele, como se já fôssemos íntimos, então as solto.

— Nós vamos ajudá-la a preparar nosso café da manhã. — Hoseok se posiciona e os outros meninos assentem concordando.

Abro os armários à procura das panelas e os meninos separam os devidos ingredientes. Jimin observa tudo com os olhos brilhando e eu sinto vontade de protegê-lo como um irmão mais novo.

— Mais rápido Onee-chan, meu estômago dói. — Ele joga a cabeça para trás, repousando as mãos sobre a barriga que emitia sons estranhos.

— Não a apresse. — Ouço a voz do V que, a minutos atrás, estava alienado em frente à TV.

— Eu vou cortar os ingredientes! — Yoongi se habilita, manuseando a grande faca para cortes em peças de carne que estava guardada na primeira gaveta do armário.

— Não confio no Yoongi com uma faca. — Jungkook reclama, fazendo biquinho.

— Não tenho coragem de fazer nada contra você menino de ouro. — Suga sorri, deixando à mostra suas covinhas e estreitando ainda mais seus olhos.

— Ninguém tem. — Namjoon completa, passando os braços pelo mais novo e deixando-o corado.

— Tudo bem. Obrigada por ajudarem. — Curvo os lábios e me concentro em lavar os vegetais.

— Filho da... — Yoongi geme ao meu lado, levando os dedos à boca. Eu puxo a mão lesionada para mim. Seu dedo indicador sangra e seus olhos brilham com as lágrimas que ele tenta conter.

— Na próxima vez, você pode ajudar a rimar os nomes dos ingredientes. — Hoseok indica, fazendo Suga rolar os olhos.

— É a única coisa em que sou bom mesmo. — Murmura.

— Não é verdade! — Defendo e ele me lança um olhar esperançoso. — Você é bom em tudo o que faz.

— Nossa babá é uma puxa-saco. — Taehyung opina e eu rolo os olhos. Estou começando a pegar empatia por ele.

— Vocês podem misturar os ingredientes para mim? Vou cuidar do corte de Yoongi.— Informo, puxando-o pelas mãos.

Os meninos assentem concordando e Namjoon assume o fogão, pegando o avental que jogo no ar e enrolando-o em seu corpo.

Levo Suga até a área de serviço e desinfeto seu corte com água e sabão, fazendo-o morder os lábios.

— Tá doendo muito?

— Um pouco. — Ele admite, fazendo-me sorrir secretamente enquanto elevo meus pés para alcançar o álcool anti séptico no armário da despensa.

Seu corpo se eleva sobre o meu enquanto ele alcança o objeto, apoiando-se em minha cintura com a mão livre.

Meu rosto se esquenta rapidamente. Por que sou tão sensível a esse tipo de toque??

Suga me entrega o álcool e eu pergunto se ele está pronto. Ele afirma e despejo o líquido anti séptico sobre o corte, fazendo com que ele aperte minha mão com força.

— Eu queria que você estivesse aqui antes.

Retiro o band-aid do bolso traseiro da calça jeans e cubro o corte com ele.

— O que quer dizer com isso?

— Quando eu me metia em alguma briga, ou fazia alguma besteira... — Min Yoongi bagunça os cabelos descoloridos. — Eu tinha que me cuidar sozinho, desenterrar os cacos de vidro da minha pele e saná-la. Agora que temos você, acho que metade dos meus problemas estão resolvidos. — Ele se encosta na máquina de lavar e eu sinto meu coração se apertar.

Suga se mete em brigas? Há tantos problemas nesses garotos que nós, as fãs, nunca poderíamos perceber... A maquiagem muito bem trabalhada acaba ofuscando a tristeza deles, apelando para a beleza.

O quanto a beleza vale quando o coração está apodrecido?

— Qual é a outra metade dos seus problemas? — Indago mesmo com medo de receber a resposta.

— Levo todos eles com um sorriso no rosto enquanto todos me julgam.

Engulo em seco, sentindo meu instinto materno aflorar. Quero puxá-lo e abraçá-lo, quero pegar todas suas dores para mim e livrá-lo de toda a preocupação, mas apenas aperto sua mão.

— Eu acredito em você, mas Taehyung, talvez, não mais.

— Eu sei. — Ele assente. — Mas na hora certa, ele perceberá que estou fazendo tudo acima do meu alcance para nos salvar. Eu prometo reconquistar a confiança dele!

Não consigo adiar o abraço. Ele reluta num primeiro momento, mas depois me aperta ainda mais contra mim e repousa a cabeça nos meus ombros.

— Pode contar comigo nas noites escuras. — Curvo os lábios. — Eu chego lá em dois segundos.