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História On My Way - Segunda Chance


Escrita por: thelostprincess

Notas do Autor


Musica do capítulo: Paradise - Coldplay

Capítulo 18 - Segunda Chance


Nevava muito naquela manhã, mais do que nos outros dias. Estávamos Robin, minha mãe e eu reunidos no salão principal do castelo, decidindo o que fazer com Zelena. Minha mãe estava sentada a mesa tentando acender uma vela com magia, Robin se encontrava de pé em frente a janela observando a neve lá fora e eu estava andado de um lado para o outro tentando focar meus pensamentos em uma coisa só, o que era impossível. No dia anterior minha mãe havia me contado a história de Zelena e eu não conseguia acreditar que a mãe de Snow tinha culpa nisso, era irônico e ao mesmo tempo parecia uma novela mexicana.

– O que vamos fazer com ela? - Robin perguntou se virando para nós

– Não sei, mas não vamos matá-la - Respondi me sentando

– Isso está fora de cogitação, ela não pode morrer - A mulher sentada perto de mim disse, finalmente conseguindo acender a vela. Ela tinha a mesma aparência de minha mãe, tinha a mesma voz mas não falava como ela. Eu havia percebido que ela estava assim desde ontem, quando aquela multidão queria matar Zelena, embora eu estivesse com uma pontada de ciúme dessa preocupação dela, eu entendia. Mesmo tendo abandonado Zelena ela nunca havia deixado de ama-la.

– Então o que vamos fazer? - Ele perguntou novamente e se sentou também, na cadeira que estava de frente para mim.

– Ela merece uma segunda chance - Falei já pensando no que faria, ou melhor, diria a minha irmã.

Robin esticou a mão até a minha que estava sobre a mesa - Tem certeza? - Seu olhar dizia que ele concordava comigo e ele apenas perguntou para ver se eu estava certa daquilo.

– Sim, o que você acha mãe ? - Perguntei me virando para mãe

– Acho que é uma boa ideia, mas e se ela não quiser?

– Se ela não quiser uma segunda chance, ela vai ficar presa naquela cela até macacos de verdade criarem asas! - Ri da minha própria piada idiota - Vou falar com ela - Me levantei e os dois fizeram o mesmo - Sozinha - Completei

Fui até o subsolo, levando uma bandeja com comida para Zelena. As tochas estavam apagadas, exceto as duas mais próxima de onde ela estava. Me aproximei e pude perceber que ela estava sentada com a cabeça abaixada e apoiada no joelho.

– Zelena - Disse destrancando o cadeado com magia - Trouxe algo para você comer - Coloquei a bandeja do lado dela. Eu não estava com medo, ela estava sem seus poderes e mesmo que ela tentasse me agredir de qualquer outro jeito, eu poderia apagá-la com um estalar de dedos.

– Eu não quero comer - Ela levantou a cabeça, seus olhos estavam vermelhos de tanto chorar, eu deduzi pela posição que ela estava sentada - E quero ficar sozinha

– Você pode até não quer comer, mas eu tenho que falar com você - Falei e me sentei de frente para ela.

– Eu não quero falar com você

– Não precisa, você tem apenas que me ouvir - Ela ficou quieta, eu tomei aquilo como um sinal de que eu poderia continuar falando - Eu sei como é isso, essa sensação de não ter conseguido o quê queria...

– Não, você não sabe - Ela me interrompeu - Eu observei você durante anos, você sempre teve tudo o que queria, teve uma vida maravilhosa com todo o conforto que uma pessoa pode querer!

– Não! Eu nunca tive nada do que eu queria! Se você me observou durante anos deve ter visto quando minha mãe matou o amor da minha vida! Eu fui obrigada a me casar com um homem que era uns trinta ou quarenta anos mais velhos, sofri durante várias e várias noites por conta disso, e você ainda tem coragem de dizer que eu sempre tive tudo que eu queria? - Eu parei de falar e percebi que chorava - A questão é que não precisa ser assim, você ainda pode mudar!

– Eu não posso mudar! - Respondeu ela ríspida

– Claro que sim, a única coisa que você precisa é de uma segunda chance! - Falei sorrindo e limpando as lágrimas que ainda desciam por minha bochecha.

– Eu não posso mudar, por que essa é a única que eu ser! - Respondeu ela. Eu a compreendia, era exatamente assim que eu pensava quando eu estava tentando mudar.

– Sabe uma coisa que eu aprendi? Todos podem te dar uma segunda chance, mas você só vai conseguir mudar se der uma segunda chance. Eu vou deixar você pensando nisso - Me levantei - Aproveita e coma algo.

Depois de almoçarmos, Robin disse que teria que voltar ao castelo de Rumple para falar com os Merry Men's que estava tudo bem e para pegar Roland, eu queria ir com ele, mas percebi que era melhor eu fica por aqui. Logo depois de ele sair eu ia até Zelena, mas minha mãe disse que queria conversar com ela primeiro e depois de esperar longos minutos até ela eu finalmente pude ir falar com minha irmã.

– Zelena - Falei destrancando a cela

– Hey - Ela estava diferente, eu não sabia o porquê de eu achar isso. Talvez fosse o tom que ela havia falado comigo ou era o seu semblante alegre? Sim, era isso, minha irmã estava alegre.

– Parece que a conversa com a mamãe fez bem - Falei como quem não queria nada

– Bem, ela me contou algumas coisas sobre mim que eu não sabia, e também algumas coisas sobre você

– Serio? O quê? - Perguntei com uma pontada de curiosidade

– Sobre sua vida como rainha, sua vida naquela tal cidade e de como você passou de Rainha Má a amante apaixonada e boa filha - Ela respondeu rindo - E essas histórias me fizeram percebe que eu realmente quero isso! Eu quero mudar como você mudou! - Agora eu entendia o motivo de tanta felicidade, ela havia decido mudar.

– Então você resolveu se dar uma segunda chance

– Sim e eu vou começar pedindo desculpas. Me desculpe por ter contando para Robin sobre você ter sido Evil Queen e por todo o resto - Ela falou se levantando do chão.

– Eu desculpo você, eu teria que contar uma hora, você só adiantou um pouco as coisas. Porém eu acho que você deve pedir desculpas para outra pessoa

– Tem razão, pode chamá-la aqui?

– Não seja boba, você pode ir até ela! - Eu dei passagem para ela sair da cela, e assim ela fez.

– Tem certeza?

– Vá em frente - Ela subiu e eu fui atrás. Logo ela encontrou minha mãe, então eu mantive uma distância suficiente para apenas vê-las, não ouvi-las. Zelena disse algo, minha mãe concordou com a cabeça e também falou algo. Por fim aconteceu uma coisa que nem o senhor das trevas ou qualquer outra criatura que prevê o futuro conseguiria adivinhar, elas se abraçaram.

– Vem Regina - Minha mãe, que percebeu que eu estava observando, me chamou. Eu fui correndo e abracei as duas, então ficamos lá, as três Mills abraçadas, com lágrimas de alegrias nos olhos, deixando o passado para trás, tendo nossa segunda chance.



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