Camila’s POV:
Lucy, Lucy Vives aqui na Califórnia depois de dois anos. Nem nos meus melhores sonhos ou piores pesadelos eu poderia imaginar isso! Justo agora, justo aqui, justo Lúcia.
Gostaria de explicar como estou me sentindo estando na presença de Lúcia novamente, mas a verdade é que nem eu mesma sei o que está se passando dentro de mim. Lucy foi uma das melhores e piores coisas que aconteceram na minha vida. Complicado, não? Pois é.. Acontece que Lúcia cresceu junto a mim, participou dos melhores momentos da minha infância e adolescência.. foi a primeira a me dar flores, a primeira a me escrever uma carta, a primeira a me presentear com uma pelúcia gigantesca, a primeira a lutar por mim e a primeira a partir o meu coração.
Sim, Lucy foi a minha primeira namorada, a minha primeira mulher na cama e, infelizmente, a minha primeira decepção amorosa. Acho que eu preciso me explicar melhor, então aí vai um breve resumo.. Lucy era como irmã pra mim mas sempre me amou, lutou avidamente para que eu a visse com outros, começamos um “namoro” ou um “relacionamento aberto” como preferirem nomear e no auge dos meus 17 anos eu já estava perdidamente apaixonada por ela, mas era orgulhosa demais pra me declarar, e egoísta demais para abrir mão da minha liberdade. Por esses motivos continuamos como estávamos, Lúcia sempre atenciosa, carinhosa e romântica mesmo tendo suas aventuras vez ou outra, e eu sempre sendo uma boa companheira, mas ainda assim agindo como se priorizasse a minha liberdade, o que não era de todo uma mentira, e como se o meu carinho por ela ainda fosse apenas fraternal. Bom, era certo de que uma hora Lucy iria cansar de me ter pela metade.. então eu comecei a demonstrar mesmo que aos poucos o que estava dentro do meu coração.. erro meu. Por quê? Bem, eu descobri que a mais nova aventura de Lucy era Britney, minha arqui inimiga, a pessoa que eu mais detestava na face da Terra e que tentou por diversas vezes tornar a minha vida um verdadeiro inferno. Não saberia explicar em palavras a intensidade da dor que senti ao fazer tal descoberta, mas como boa ariana que sou, não demonstrei meu sofrimento a Lucy, muito pelo contrário..
Flashback on
A aula de educação física estava quase no fim, eu estava saindo do campo com Dinah para o vestiário até que Beverly nos chamou para jogar uma última partida de handball. Dinah prontamente aceitou me puxando de volta para o campo, já que eu jamais negaria uma partida de handball, era o esporte que eu amava e eu era a capitã do time oficial afinal.. mas naquele dia eu teria que recusar.
-Chee, me solta, eu não posso jogar.. daqui a pouco a natação de Lucy acaba e eu preciso contar a ela, esqueceu? - Disse e Dinah logo soltou meu braço.
-É mesmo, chancho.. tinha esquecido que você resolveu assumir sua paixonite aguda pela Lucy tapada Vives.
-Não fala assim dela, chee.. você sabe que eu nunca dei um sinal claro de que estou apaixonada por ela. E apesar de Lucy me conhecer tão bem quanto você, quando se trata da nossa história ela fica meio desacreditada.
-É verdade.. bom, então vai lá, bunduda.. deixa essa paixão explodir no seu peito, faz aquela galinha feliz! - Dinah gritou rodopiando e fazendo um coração com as mãos para logo correr para o centro do campo.
Sai de lá e fui em direção ao vestiário sorrindo com o coração na mão, ensaiando em pensamento como eu contaria pra Lucy que estava perdidamente apaixonada por ela e como eu queria me entregar a ela, somente a ela e mais ninguém. Eu ficava repetindo milhares de palavras na minha cabeça mas nada me parecia bom o suficiente.. depois de todo o tempo que Lucy aguentou na esperança de que um dia eu retribuísse o que ela sente, ela merecia que minhas palavras fossem as mais lindas e perfeitas possíveis.
Adentrei no vestiário às pressas para que eu pudesse tomar uma ducha e trocar de roupa rapidamente para que desse tempo de encontrar Lucy saindo da natação. Larguei minhas coisas em um dos bancos e fui em direção aos chuveiros totalmente sorridente e ansiosa.. foi quando ouvi risadas e gemidos vindos do fundo do grande corredor de chuveiros, não me importei já que aquilo acontecia corriqueiramente, então comecei a me despir para entrar no chuveiro. Assim que tirei minha última peça de roupa e entrei no box ouvi alguns passos e as risadas mais altas. Resolvi não ligar o chuveiro para que não me notassem e para ver quem seriam as safadas da vez, afinal seria uma boa fofoca para contar a Dinah, Normani e Ally. Logo vi duas silhuetas.. e nenhuma das duas me era estranha. Esperei elas passarem pelo box onde eu estava e então abri sorrateiramente uma brecha na porta e finalmente pude enxergar quem eram aquelas duas.. abraçadas, aos beijos e risadas ..Droga, sua grandíssima idiota! Óbvio que ela não ia esperar por você a vida inteira. Mas logo com Britney? Droga, Lucy.. droga droga droga!
Não fiz nenhum barulho, as duas logo saíram do vestiário e estavam tão entretidas em seus amassos que pareceram nem notar minha mochila no banco, agradeci mentalmente por isso e finalmente liguei o chuveiro, a última coisa que fiz foi tomar banho, já que comecei a chorar descontroladamente. Depois de bons 20 minutos em que passei soluçando embaixo da água tentando acalmar meu coração, escutei um barulho descomunal e várias risadas, eram as meninas do handball. Ok, Camila, hora de se recompor.
As meninas entraram rapidamente nos chuveiros como sempre faziam e começaram a cantarolar o hino do nosso time.. foi assim que consegui sair quase que sem ser notada. Digo isso, porque quando estava devidamente vestida com a mochila nas costas, Dinah saiu só de toalha de um dos boxes.
-Wallz? Por que você ainda ta aqui? .. Mila, o que foi? Por que essa de cara de choro? O que houve? - Dinah perguntou desesperada tentando se aproximar. Eu apenas fiz um sinal de negação com a cabeça, beijei sua testa e disse -Não conte a nenhuma das meninas, por favor. Mais tarde eu te explico. - Disse e sai correndo dali antes que as outras meninas aparecessem.
Fui pra casa o mais rápido que pude. Chegando lá apenas me tranquei em meu quarto, coloquei minha playlist no último volume e me joguei em minha cama, não sem antes agradecer a Deus por minha casa sempre estar vazia naquele horário. Eu apenas queria ouvir minhas músicas e chorar as minhas mágoas sozinha.
Acabei adormecendo em meio ao choro e só acordei quando ouvi batidas na porta do meu quarto seguidas da voz de mama perguntando se eu estava em casa. Já não havia mais música pois a bateria do meu iPod havia acabado. Respondi que sim e tratei de despacha-la rapidamente alegando que iria tomar um banho antes do jantar para que ela não entrasse no meu quarto e visse que eu não estava bem, dona Sinu sempre sabia quando algo estava errado.
Tomei um rápido banho, vesti meu pijama e desci para me juntar a minha mãe no jantar já que papa estava viajando a trabalho e Sofia estava na casa de uma amiga onde passaria o final de semana, mal sabia que Sofia já estava aprontando todas. Pobre mama.
Quando estávamos terminando a sobremesa, a campainha tocou. Eram 20:00 horas de sexta e nós não estávamos esperando ninguém. Imaginei que fossem as meninas querendo saber o motivo do meu sumiço e do choro de mais cedo já que eu não havia sequer mandado uma mensagem para Dinah explicando as coisas, então deixei que mama fosse atender enquanto eu retirava os pratos da mesa para lavá-los. Foi então que ouvi a última voz que eu gostaria de ouvir na face da Terra, era Lúcia. Engoli seco e continuei lavando a louça calmamente ouvindo ela se aproximar conversando animadamente com a mama.
-Hey filha, você tem visita!
-Vim fazer uma surpresa, princesa!
Eu sinceramente não sabia se chorava ou se voava no pescoço de Lúcia, mas adivinhem? Resolvi agir de maneira mais indiferente possível. Então me virei sorrindo amarelo e disse -Que bom, eu estava mesmo querendo falar com você. Vamos lá pra cima? - perguntei.
-Hm.. é claro, princesa. - Lucy respondeu sorridente.
-Juízo, crianças.. juízo! - Disse mama enquanto subíamos as escadas em direção ao meu quarto.
-Pode deixar! - respondemos em uníssono.
Chegamos ao meu quarto e Lucy logo se jogou em minha cama como sempre fazia, batendo no lugar vazio ao seu lado para que eu deitasse ali. Sorri amarelo e apenas me sentei no pé da cama.
-Eu falei sério quando disse que queria conversar com você. - Disparei.
Lucy logo se sentou na cama me encarando apreensiva.
-Tudo bem, princesa.. sou toda ouvidos. - Disse Lucy gentilmente tentando esconder o nervosismo.
-Bom, Lucy.. estamos enroladas a uns bons anos, e confesso que estar com você foi melhor do que eu esperava. - Vi Lucy abrir um sorriso encantador e me praguejei mentalmente por saber que aquele sorriso morreria quando eu terminasse meu discurso. - Porém, nada dentro de mim mudou. Meu amor por você continua sendo somente fraternal e tenho certeza que se alguma coisa fosse mudar já teria acontecido pois, como eu disse, já estamos a bastante tempo tentando. - Vi Lucy arregalar os olhos totalmente marejados enquanto abria e fechava a boca para tentar falar alguma coisa sem sucesso, então continuei. - E, como nós somos amigas de uma vida e eu detestaria perdê-la, gostaria que nós voltássemos a ser apenas boas amigas, como nunca deveríamos ter deixado de ser. - Falei as últimas palavras olhando fixamente para Lucy que já tinha seu rosto banhado em lágrimas. Eu estava me sentindo mal por aquilo, mas eu não podia continuar com ela tampouco me declarar depois do que vi. Afinal, por que ela estava chorando tanto? Se ela realmente te me amasse não ficaria se agarrando com Britney por aí. Eu estava extremamente confusa e magoada. - Lúcia? Fale alguma coisa, por favor. - Disse quase que me arrependendo vendo o estado em que Lucy se encontrava, mas eu precisava acabar com aquilo é matar aquela paixão que crescia dentro de mim.
- Camila, eu.. bom, eu.. achei que você.. não importa. Hm, tudo bem.. eu só, tudo bem. - Lucy disse tentando conter o choro.
-Estamos combinadas então? - Perguntei.
- Sim. - Lucy respondeu baixo levantando-se da minha cama e pegando suas chaves. - Eu já vou, Mila.. Hm, nos vemos depois. - Disse sem sequer me olhar e sumiu do meu quarto.
Fiquei ali paralisada pensando se eu tinha feito certo ou não. Eu magoei Lucy, mas ela também havia me magoado mesmo que não soubesse. Comecei a me culpar por tudo e novamente o choro veio a tona com força total.
Só vi Lucy uma semana depois, ela agiu como se nada estivesse acontecido e eu entrei no jogo. Assim continuamos nossa amizade por mais um longo ano, onde eu e Lucy começamos a nos relacionar com mais frequência e clareza com outras pessoas e de vez em quando ainda ficávamos, o que era péssimo pra mim já que eu não conseguia esquecê-la. Até que, quando completei 19 anos, resolvi tomar vergonha na cara e terminar tudo com Lúcia de vez para que eu finalmente pudesse esquecê-la. Logo após nosso “término” Lúcia se mudou de Miami e eu resolvi que seria melhor me afastar quase que completamente dela.
Flashback off.
Bom, o fato era que dois anos haviam se passado sem que eu a visse. Dois anos que me fizeram crescer, amadurecer, me aventurar e principalmente esquecer a paixão que eu senti por ela e que ela sequer sabia que já havia existido e se dependesse de mim jamais saberia.
…
Ternura, mágoa, nostalgia? Senti um mix dessas coisas quando Lucy me abraçou na porta do hotel e agora com ela vindo em minha direção com um sorriso terno sinto quase que as mesmas coisas.
-Quanto tempo, hã? Esses dois anos te fizeram muito bem. - Disse me oferecendo uma garrafa de Budweiser.
-Nem fale! Fizeram muito bem a você também.. - respondi pegando a garrafa que ela havia me oferecido, brindamos e logo as outras meninas se juntaram a nós.
Engatilhamos uma conversa extremamente divertida e ficamos ali por um bom tempo bebendo inúmeros drinks e cervejas sentadas nos confortáveis sofás que tinham no camarote até que Dinah e Normani resolveram que era hora de descermos e nos juntarmos ao “povão” pra caçar e dançar. Todas concordamos em descer e em questão de minutos já estávamos no meio da pista rebolando ao som da Queen B. Eu, Taylor, Normani e Dinah estávamos fazendo a coreografia enquanto as outras meninas apenas rebolavam e riam de nós. Claro que o par de olhos verdes estava acompanhando assiduamente a nossa dança. Nossos olhares se encontraram em um momento sexy da música, e eu dei o meu melhor rebolado encarando Lauren com um sorriso safado nos lábios. Bom, não é porque Lucy apareceu que eu vou deixar de provocar Lauren e tentar te-la pra mim.. afinal, Lucy é passado. Certo?
Lauren’s pov:
Estávamos na parte de baixo da boate dançando, vez ou outra eu lançava uns olhares significativos para Camila e ela? Bom, ela estava retribuindo de maneira exageradamente provocante. O que é maravilhoso, pois achei que a tal de Lucy seria mais um empecilho pra mim.. já que não é, essa noite Camila não me escapa.
O clima lá embaixo era completamente diferente, as pessoas me pareciam menos mesquinhas, dançavam, sorriam e bebiam como se não houvesse amanhã e nós não estávamos muito atrás. Nossa mesa estava carregada de baldes com todos os tipos de bebidas desde as quentes até cerveja, ainda não havíamos bebido nenhuma dose de tequila então eu achei que estava na hora. Preparei os copos e chamei as meninas, todos prontamente se posicionaram em volta da mesa e brindamos as férias. Sugeri uma segunda rodada que foi aceita e então brindamos aos novos tempos. As meninas logo voltaram a dançar mas eu permaneci na mesa, abri uma garrafa de cerveja e resolvi fumar um cigarro. Óbvio que eu teria que ir para uma área externa, então me aproximei de Lucy que estava dançando com Normani para me informar.
-Hey, Lucy? - chamei-a bem de perto.
-Ah, oi Lauren? - Fez uma cara engraçada como se estivesse puxando meu nome na memória.
-Sim - Sorri. - Pode me dizer onde fica a área externa?
-É claro! Suba as escadas à direita e entre na primeira porta de vidro, você não vai querer mais sair de lá, a vista é linda! - Respondeu sorrindo e apontando para as escadas.
-Hm, Obrigada! Vou apreciar - Sorri, dei uma piscadela e sai dali sozinha já que nenhuma das minhas amigas fumavam tampouco aprovavam que eu o fizesse.
Segui em direção as escadas, subi e logo achei a grande porta de vidro que dava acesso a uma linda e enorme varanda. Lá tinham algumas pequenas mesas com cinzeiros, assim como algumas espreguiçadeiras brancas, e inclusive um interfone com um pequeno televisor que dava acesso ao bar para que quem estivesse lá pudesse fazer pedidos. Como eu já estava com a minha cerveja em mãos apenas me sentei em uma das espreguiçadeiras, acendi meu LA mentolado e comecei a fumar apreciando a linda vista. Lucy estava certa, afinal.
Por incrível que pareça eu estava sozinha naquela grande varanda, creio que seja porque hão outras áreas assim.. eu já tinha dançado o suficiente e estava precisando dar um tempo para pensar em toda a loucura que estava acontecendo na minha vida. A briga, a viagem, as meninas, Camila.. em tudo. Assim resolvi pedir um balde com algumas cervejas e fumar mais alguns cigarros naquele silêncio, aproveitando aquela brisa maravilhosa. Meu pedido chegou em menos de 10 minutos, e o garçom se retirou rapidamente me desejando um bom divertimento.
Eu estava lá a mais ou menos uns 25 minutos, algumas pessoas entravam e saiam dali vez ou outra mas no fim eu sempre ficava acompanhada apenas da minha cerveja e meu cigarro. Fechei meus olhos para sentir a brisa relaxante que passava pelo local, ouvi a porta do local se abrindo e logo alguém se aproximando de mim. Abri os olhos e era ela, Camila.
-Estava pensando em que, hã? Nos abandonou lá embaixo - Riu e se sentou na espreguiçadeira ao meu lado.
-Hm, eu só estava aproveitando a brisa.. já ia mesmo descer - Sorri.
-É mesmo? Não parece.. tem até bebidas ai. Você não gosta muito dessa agitação toda, não é? - perguntou dando de ombros e sorrindo de lado.
-Você quer uma? - Disse pegando uma cerveja do balde e apontando na direção dela. - E, eu gosto.. mas também gosto de calmaria, sabe como é. - Sorri.
-Entendo, senhorita.. - Pegou a cerveja e logo a abriu bebericando. - Posso te fazer um pouquinho de companhia nessa calmaria toda ou atrapalho? - Perguntou com um meio sorriso.
-É claro que você pode! Já estava me sentindo mesmo solitária, as vacas sempre me procuram quando eu demoro mas hoje ninguém veio atrás de mim. - Sorri e acendi mais um cigarro.
-Elas estão bastante entretidas lá embaixo, você precisa ver.. cada uma agarrada em um pescoço, tem pra todos os gostos! - Gargalhou divertidamente dando de ombros. - Esse cigarro tem um cheiro gostoso de menta.. Hm, é LA?
-Imagino, essas vadias estão sempre agarradas a alguém. E sim, é LA, você quer? - Ofereci.
-Sim, obrigada. - disse pegando um cigarro do meu maço e sorriu sem dentes.
Ficamos em silêncio por alguns minutos.. até que eu notei que Camila estava me encarando.
-Hm.. o que foi, mila? - perguntei sem graça.
-Não é nada, Laur.. - deu de ombros mas continuou me encarando.
-Pode falar. - Sorri. - Me deixou curiosa.
-É só que, você é linda. - Disse e sorriu piscando um olho para mim. Corei no mesmo instante sentindo as minhas bochechas queimarem.
-Hm.. obrigada. Você também é maravilhosa. - Disse e Camila se virou para me olhar nos olhos intensamente, então segurou na minha mão. Alternei meu olhar entre o rosto dela e nossas mãos entrelaçadas e quando eu abri a boca para dizer algo, ela foi mais rápida.
-Lauren? - Chamou olhando em meus olhos.
-Sim? - Respondi sentindo meu coração disparar, algo estava prestes a acontecer ali.
-Eu preciso fazer uma coisa que estou com vontade desde que te vi pela primeira vez. - Disse com um olhar intenso sobre mim e em seguida, sem me deixar responder, selou seus lábios nos meus calmamente. Os lábios delas eram extremamente macios e eu senti meu coração palpitar e minhas pernas tremerem com aquele simples toque de lábios. Camila não tentou aprofundar o beijo, e fez menção de se afastar de mim mas eu rapidamente a impedi, não queria perder aquele contato. Olhei nos olhos dela segurando em sua nuca e disse - Eu quero que você me beije, agora. - E assim Camila o fez, colocou sua mão entre os meus cabelos iniciando uma carícia gostosa em minha nuca e aproximou novamente seus lábios dos meus, colando-os. Pediu espaço para sua língua adentrar a minha boca e eu cedi. Nossas bocas se encaixavam perfeitamente, nossos movimentos eram incrivelmente sincronizadas e o beijo de Camila calmo e intenso me causava arrepios. Eu tinha a sensação de estar flutuando, poderia beijá-la a noite inteira. Coloquei uma das mãos na cintura de Camila a pressionando e comecei a assumir a liderança do beijo, tornando-o mais rápido, nossos línguas brigavam por espaço e as mãos delas já percorriam as minhas costas dando leves arranhões e apertões. Camila separou nosso beijo e me fitou com aqueles lindos olhos castanhos num tom totalmente desconhecido por mim, estavam carregados de luxúria. Então, sentou de lado em meu colo e beijou minha boca desesperadamente. Minhas mãos puxavam os cabelos dela e apertavam suas coxas enquanto as dela, seguravam firmemente a minha nuca e começavam a arranhar mais firmemente minhas costas mas nunca interrompendo o beijo. Quando senti a unha de Camila cravar na minha nuca soltei um gemido involuntário que pareceu levar Camila a loucura. Ela se levantou e se pôs de frente pra mim, sentou novamente em meu colo mas dessa vez com uma perna de cada lado, deu um sorriso totalmente sexy e vulgar e voltou a me beijar avidamente, chupando minha língua, meus lábios inferiores, meu pescoço e apertando meus seios enquanto rebolava em cima de mim. Não me contive, ao sentir aquele contato tão intenso, tão gostoso e soltei outro gemido próximo ao ouvido de Camila puxando os cabelos dela com mais vontade. Ela inclinou a cabeça pra trás, mordeu os próprios lábios e continuou a rebolar me encarando fixamente. Eu não soltava as coxas dela e já estava colocando a mão por dentro de sua saia, enquanto ela me beijava em meio a gemidos gostosos que estavam me deixando completamente molhada, quando eu finalmente coloquei as mãos no sexo dela, pude sentir ele pulsando.. puta que pariu, acho que nunca senti tanto tesão na vida.
-Camila? - Ouvimos e Camila rapidamente interrompeu o beijo e virou a cabeça para ver quem estava chamando. E eu fiz o mesmo.. quem ousa atrapalhar???????????? Droga.
Logo que Camila identificou a pessoa, se levantou ajeitando suas roupas e sorrindo torto. Logo me deu a mão e me puxou da espreguiçadeira para que eu ficasse de pé ao seu lado. Me abraçou pela cintura rapidamente e encarou a pessoa que estava simplesmente estática nos olhando.
-Ah, oi.. eu realmente não esperava que você fosse aparecer por aqui. - Disse coçando a nuca e tentando esboçar um sorriso sem dentes.
-Jura? Porque na mensagem você me pareceu bem esperançosa e interessada na minha presença. - Retrucou.
Olhei para Camila com uma sobrancelha levantada, me desvencilhei calmamente de seu braço e segui em direção a porta, já do lado de fora disse. - Fiquem a vontade. - E sumi dali deixando Camila com cara de poucos amigos para trás.
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