História On The Jail - ( Larry Stylinson ) - ''Nervous''

                                                                               P.O.V Autora

 Era totalmente assustador e esquisito para Louis voltar pra casa. Ele não sabia como o resto de sua família e seus amigos reagiriam a ele. Afinal, poderiam pensar que foi mesmo Louis que cometeu todos aqueles crimes. Durante todo o caminho no carro com sua mãe, ele não conseguiu evitar de bater os pés repetidamente, mostrando todo seu nervosismo, que também estava estampado em seu rosto.

- Boo, acalme-se! – Johanna tentava acalmar seu filho quando, hora ou outra desviava seu olhar da estrada para o garoto no banco do passageiro.

- E-eu não consigo mamãe! O que todos vão pensar de mim? Eu... E se eles acharem que foi eu quem fiz todas aquelas coisas? M-mamãe! Eu não fiz nada daquilo, eu juro pra senhora. – Os olhos de Louis se encheram de lágrimas.

 Jay sentiu seu coração se apertar ao perceber tamanha insegurança e nervosismo do garoto. Deu um tapinha leve no ombro do garoto, para acalmá-lo, e um sorriso de canto mostrando que ela não desconfiava do seu filho.

 Johanna sempre teve tanto orgulho de seu filho. Quando soube que Louis estava sendo preso por um crime que com certeza não cometeu, ela fez de tudo para ajudar seu ‘bebê’. Contratou um dos melhores advogados, que embora a demora, conseguiu reverter a situação e que agora, estava fazendo do possível e do impossível para abaixar a pena de Louis que foi incriminado de matar alguns policiais.

 Claro que para que isso acontecesse, Johanna teve que tirar alguns cursos das agendas de suas filhas, como o balé das gêmeas e a natação de Felicite. As meninas só sabiam que era para ajudar seu irmão mais velho, então aceitaram sem nem reclamar uma única vez, elas realmente amavam Louis.

 Quando chegaram em casa e adentraram o lugar, Louis viu que estavam todos ali, ou quase todos: A maioria dos seus amigos e melhores amigos, toda sua família e alguns conhecidos da família, todos esperando para ir ao funeral e conseqüentemente, esperando por Louis. O de olhos azuis foi recebido por abraços fortes de todas suas irmãs, exceto Phoebe. Ele perguntou a Fizzy onde estava a pequena, e a garota respondeu que estava em seu quarto, ela não estava passando nada bem depois que recebeu a noticia sobre Lottie.

 Assim que se lembraram de Lottie, Louis começou a chorar e recebeu um abraço de seu padrasto, que se sentia péssimo por ver Louis naquele estado. Depois disso, Louis recebeu abraços de todos seus amigos ali presentes e alguns conhecidos.

 Todos perceberam a diferença do Louis de antes  para o de agora. Com certeza Louis emagreceu bastantes, tinha olheiras abaixo do rosto e parecia que não tinha comido por dias. Mas ninguém quis jogar aquilo na cara do garoto, não agora que ele estava tão para baixo, chorando nos braços de seu padrasto e suas irmãs ali.

 Mas na hora do jantar, Louis abriu um sorriso enorme ao começar a comer. Fazia muito tempo que ele não comia a comida de sua mãe, e ao sentir o gosto arroz branquinho, do feijão feito do jeito que ele gostava, a carne bem passada e no ponto e a salada que estava bem temperada e – Diferente das que ele come no presídio – novas.

 O jantar foi completamente silencioso, ninguém queria encher a cabeça de Louis com perguntas e mais perguntas naquele momento delicado para toda a família, mas aquilo deixava Louis mais inseguro e nervoso. Ele pensava que todo aquele silencio, poderia ser a vergonha que seus parentes e amigos sentiam dele, afinal, sempre que vinham para o natal, o jantar sempre era repleto de conversas e perguntas para ele e as meninas.

 Logo o de olhos azuis começou a bater o pé esquerdo, de nervosismo e também por um aparelho que incomodava bastante, um rastreador estava preso na canela de Louis, tão apertado que ele sabia que deixaria marca quando tirasse.

- Amanhã às 5:00 da manhã iremos acordar e nos arrumar, chegaremos ao cemitério nas exatas 6:20 da manhã. Sem atrasos, nem um minuto a mais, nem um minuto a menos. Logo depois disso, voltaremos para casa e iremos almoçar, eu vou levar Louis de volta às 15:30 da tarde, pois ele precisa estar lá as exatas 16:00 da tarde. – Johanna falou, quebrando todo aquele silêncio, de um jeito calmo, deixando todos naquela mesa completamente nervosos. A mulher sempre foi muito pontual, ela odiava qualquer tipo de atraso. E ás vezes, pressionava as pessoas por isso.

- Eu vou sentir falta dela. – A voz de Louis soou baixinha e fina, mas todos puderam ouvir e o olharam. – Lottie era... Uma ótima irmã. E, eu nem sei quando foi a última vez que a vi pessoalmente. – Ele se controlava pra não chorar, embora fosse meio impossível. – Lottie vai fazer muita falta mesmo.