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História Once upon a december - Capítulo I


Escrita por: EmiSchiffer

Notas do Autor


Espero que gostem!
Perdoem os erros, capítulo não betado!
Primeira vez explorando o universo que esse casal RusAme nos proporciona, me deem um desconto ok?

Capítulo 1 - Capítulo I


A noite estava demasiada chuvosa o clarão dos relâmpados colaboravam com o cenário  grotesco do ambiente que Ivan Braginski se encontrava. Os gemidos misturados com os gritos que ecoavam dentro do recinto iluminado apenas pelos feixes de luz providos da tempestade eram música para os ouvidos do russo que exibia um brilho cruel e sádico em seu olhar.

O olhar gélido de Braginski cruzou com as safiras assustadas do rapaz americano acorrentado, o jovem que responde por Alfred F. Jones sentia o mais puro medo. Sim, o herói estava impregnado com o mais grosso temor, sempre fora demasiadamente corajoso, mas naquela situação ele não conseguia manter a pose, pois não era nenhum vilão que estava ali e sim, seu amado Rússia, era seu amado quem o magoava. Aquilo entristecia a nação mais jovem.

— O que há contigo? Parece que não gostastes da brincadeira...- a voz rouca e sádica do russo ecoou pela sala precária de luz e higiene.

— E tenho motivos para tal?- o americano sibilou de forma ácida e por tal ousadia ganhara uma chibatada em sua anca direita, reunindo todo o orgulho que ainda lhe restava o jovem conseguira conter o grito no fundo de sua garganta atitude a qual Ivan desaprovou completamente, logo o maior aproximou-se devagar do menor e apertou-lhe o mamilo sendo respondido por um som estrangulado parecido com um gemido. Não satisfeito o russo passou a trilhar caminhos com sua língua e mãos do nódulo da orelha alheia até a clavícula, nesse processo distribuía mordiscadas, chupões e pequenas lambidas por sua trilha, suas mãos desceram até a virilha do menor e ali acariciaram o membro de Alfred de forma muito vagarosa, assim provocou o resultado desejado: uma pequena ereção.

Satisfeito com os gemidos e reações tímidas do corpo do mais novo Braginski baixou a roupa de baixo do outro para ter melhor acesso ao corpo definido de Jones enquanto sua outra mão estimulava o mamilo dele. A boca do russo ainda trabalhava entre a curva do pescoço e ombro do louro.

— Urgh... T-tu... É-és... Hmwf... És insano! Um completo insano!- naquela altura era extremamente difícil para Jones reunir coerência e forças para falar, dessa vez ele sentiu os lábios do russo em seu pescoço espicharem e formar um sorriso, mesmo não podendo ver a face do ser asqueroso que tocava-lhe o corpo, ele sabia que esse sorriso carregava doses exorbitantes de cinismo.

— Sim... Sou insano... Sou um insano de amor! Amor por ti!- o louro maior sussurrou no ouvido de Jones antes de terminar seu ato.

-x-

A representação humana dos Estados Unidos da América sentia-se humilhado, sujo e por fim traído. Por que Ivan sempre tinha de maltratá-lo? Seria a sua vitória sobre a Guerra Fria o motivo daquelas atitudes? Provavelmente sim. Mas por que todos culpavam-no pelas atitudes brutais e cruéis de seus líderes? Ele não tinha culpa, por mais que não quisesse lutar contra Ivan e nem dissolver a União Soviética ele fora obrigado a fazê-lo. Ou seja, ele era tão vítima quanto certo? Por um lado Alfred ficou aliviado com o fim da guerra, pois com a dualidade de ideais eles separaram irmãos. Sim, América sentia-se mal por isso até os dias atuais.

O olhar que outrora era conhecido por sua vivacidade e brilho encontrava-se morto e opaco, seu corpo jazia deitado sobre uma cama macia, a tempestade que castigava Moscou cessara, pelo menos por hora. Ao tentar levantar-se, América sentiu seus quadris doerem e as imagens do acontecido anterior voltaram com força e suas lágrimas também.

Já dentro da casa de banho enquanto a água quente limpava todos os resquícios daquele ato sujo que antecedera o banho relaxara os músculos tensos de América, entretanto o louro ainda sentia-se sujo. Com raiva de si mesmo socou a parede sentindo sua mão magoar-se com o impacto da pancada ninguém saberia dizer se ele chorava ou era apenas o fluxo da água molhando suas faces ou se era uma mistura dos dois.

Após terminar seu banho e estar devidamente vestido para o clima russo, América dirige-se a cama e deita-se virado para o lado do criado mudo ao ver seu telemóvel pousado ali em cima teve a brilhante ideia de contatar alguém que pudesse confiar, e esse alguém não era ninguém mais ninguém menos que Inglaterra, sua ex-metrópole.

— Alô?- a voz sonolenta de Arthur ecoou pelos tímpanos de América que sorriu aliviado.

— Arthie, posso ir a sua casa?- apesar de sorrir, a voz de Alfred saiu mais embargada e rouca que o previsto alarmando a nação mais velha no outro lado da linha.

— O que? Estados Unidos da América! Ondes estás? - a voz de Kirkiland soara irritadiça mas ao mesmo tempo preocupada. Dificilmente Jones chorava e tal constatação alarmou ainda mais o loirinho.

— E-em Moscou.- a voz embargada do americano falhava e a tristeza podia ser sentida ao longe. Como queria que seu russo estivesse ali para confortá-lo e dizer que tudo ficaria bem.

— Pode vir. Aprontar-me-ei para buscá-lo.- o inglês dita e então encerra a conversa. Suspirando tristemente, Jones começa a aprontar suas malas.

—x-

— Tu vais me trair com aquele inglês de merda pois não?- O russo esbravejara ao saber da decisão da nação mais jovem de rumar à Inglaterra.

— Não, apenas quero ver Arthie. Lembre-se, ele foi a minha metrópole no passado.- A representação dos EUA explica simplista causando a ira de Rússia que desfere um tapa na face do menor que com o impacto desequilibra-se e cai de lado no chão frio da sala.

— Tu és uma puta! Estás a me trair com um velho! - o maior acusa ácido enquanto a norte-americano acariciava sua bochecha magoada ainda sentado no chão.

— Não é verdade! Não digas isso de mim!- o mais novo defende-se pondo-se a frente do russo que o levanta pelo colarinho de seu casaco favorito:

— Sua puta nojenta...- praguejou Ivan, a voz tremendo de raiva:- Tu podes ser uma grande nação, mas ninguém aguenta ficar perto de ti de graça! Ninguém aguenta esse teu jeito demasiado infantil e falso de agir! Um dia tu irás cair e com sorte serás esquecido!- gritou com o americano que baixou a cabeça, sua franja tampava a visão de Ivan, que mesmo percebendo que destruía o outro não hesitou jogá-lo contra a porta de carvalho pesado, a colisão das costas do menor contra a porta provocaram um baque surdo que omitiu um pequeno gemido de dor  surpresa escapados dos lábios do mesmo:- Odeio-te! Odeio essa sua hipocrisia de vir até aqui ainda, odeio sua audácia de olhar-me nos olhos depois de me enfraquecer! Não quero que sejas meu herói! Quero que morras logo e deixe-me em paz!- terminou com a voz séria e fria, virando as costas para a outra nação desolada à porta da frente. Se Rússia tivesse olhado para o menor antes de adentrar o quarto e bater a porta com toda força, veria que daquela vez, tinha quebrado o resto do jovial Alfred F. Jones dentro de América.

Ainda sentado e de cabeça baixa atordoado pela última briga, o louro levantou-se e retirou a poeira das vestes antes de pegar suas malas e sair da casa silenciosamente. Não era a primeira vez que eles discutiam daquela forma e nem seria a última, ou seja, tudo ficaria bem.

— Não é como se eu me importasse afinal... Eu sou um herói, certo?- o americano sussurrou para si mesmo, tentando acreditar naquelas palavras, ele sabia que mentia mais ainda, pois se já não estivesse chorando e tremendo e não tivesse uma passagem marcada para aquele dia, ele poderia se enfiar  no primeiro bar a sua disposição e embebedaria-se até não lembrar-se quem era.

Enquanto caminhava até o aeroporto, a visão do americano estava embaçada pelas lágrimas. Quando chegou lá, Alfred tratou de se recompor para fazer o check in e poder embarcar, sair da casa de Ivan. Ivan. Alfred quis bater-se por pensar a todo momento nele, pois isso o fazia mal. Caminhando lentamente para o embarque de forma silenciosa e ignorando o barulho a sua volta. Mas ele ainda era capaz de ouvir as frias e ásperas palavras de Ivan ecoarem por sua mente:

"Quero que morras logo e deixe-me em paz!"

— Pare de pensar nisso Estados Unidos da América...- sussurrou para si mesmo: - Pare de lembra-se...- murmurou pressionando os olhos com o indicador e polegar, esfregando em círculos.

"- I love you Alfred."

"Quero que morras"

Alfred chegou a sua poltrona e jogou-se nela

" deixe-me em paz!"

" Por que...?"

Alfred passou a mão pelos cabelos, puxando-os levemente para trás enquanto as lágrimas voltavam a acumular-se em seus olhos azuis. Ele não queria pensar. Não queria lembrar, pois Ivan sempre sabia o que dizer, sempre sabia onde apontar. Sempre sabia onde doeria mais em Alfred e sempre sabia expor e jogar na sua cara seus receios e inseguranças.

E por fim ele conseguia fazer Alfred chorar como ninguém mais conseguia.

Certamente Alfred já dissera muitas palavras que magoaram o russo, já vira a dor estampada nos olhos dele e isso lhe doía muito. Fazia-o sentir-se mal por machucar o outro, porém ele não entendia por quê o fazia então. Será que o ódio entre eles estava tão enraizado assim que nada era capaz de apagá-lo? Seus esforços eram inúteis?

— Não! Pare com isso Alfred! Pare de pensar ele! Esqueça! - sussurrou par si mesmo deitando a cabeça no encosto da poltrona cobrindo ambos os olhos com o braço, esperaria a decolagem começar e logo veria-se desfazendo-se de tanto chorar nas pernas de Inglaterra enquanto tinha os cabelos acariciados por este.

"Senhores passageiros, favor apertar os cintos, pois iremos decolar."

Aquela voz robótica soara como música para os ouvidos de Alfred que fizera o que fora ordenado prontamente, finalmente, logo estaria longe da Rússia e de seu amado.

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Alfred acordara num sobressalto, ainda atordoado procurou olhar para os lados e percebeu uma atmosfera de pânico alastrar-se pelo avião, logo entendeu a situação, estavam caindo. Sorrindo da ironia do destino, América arrumou-se em seu assento permitindo-se divagar em suas memórias, tanto boas, quanto ruins.

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nglaterra batia o pé contra o piso impaciente. Estava há meia hora esperando por sua ex-colônia, Arthur não estava irritado com América e sim com o avião que estava meia hora atrasado, que tipo de britânico comete essa gafe? Quando encontrasse o piloto, falaria poucas e boas para ele.

"Acabamos de receber a informação que o voo 56 desapareceu. Repito acabamos de receber a informação..."

O número do voo chamou a atenção do país, aquele era o número do voo que Alfred tomara! Oh! Shit! Arthur desviou o olhar da revista de lia e focou-se no aviso.

" Nenhum sobrevivente do voo 56 foi encontrado..."

Não... Aquilo só podia ser mentira... Alfred, seu filho, sua colônia não voltaria? Ele nunca mais voltaria a ver o americano chato e infantil? As pernas de Arthur fraquejaram e ele jogou-se em uma cadeira qualquer, as lágrimas embaçavam seus olhos verdes e a dor da perda invadiu seu peito novamente.

Ficou um tempo ali de cabeça baixa perdido em seus devaneios e lembranças. Não demorou muito para que a representação humana de Inglaterra levanta-se com um novo brilho em seu olhar, um brilho semelhante aquele que exibia em seus tempos de pirata, e rumar ao local que vendia passagens e comprar uma para o primeiro voo até Moscou.

Aquele russo de merda saberia o que acontece com aqueles que ousassem magoar seus miúdos e descobriria isso da pior maneira possível.

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Mais calmo, Rússia tentou ligar para o namorado para desculpar-se e perguntar da viagem e para o desespero do russo sempre caia na caixa postal. Desistindo da ideia, Braginski resolveu ligar a televisão em algum noticiário e qual foi sua agradável surpresa?

Um Inglaterra furioso invadir sua casa e a TV noticiar um voo desaparecido, o outro louro sorriu sádico e com o dedo indicador apontado para a face do russo disse calmamente:

— A culpa é sua.- a princípio Ivan não entendeu a afirmação de Inglaterra:- Alfred está morto. E a culpa é toda sua!- Kirkland esbravejara apontando para a televisão ligada noticiando o ocorrido na madrugada anterior.

O russo estava atônito, sentia-se impotente e arrependido como nunca jamais se sentira. Tudo que ele disse ao americano anteriormente era tudo da boca para fora.

Ivan não sabia o que fazer, que atitude tomar só conseguia ficar ali, parado sentindo seu peito ser destroçado a cada palavra que saia da boca da outra nação que gritava em prantos.

O choro e olhos vermelhos de Inglaterra cortavam o coração de Ivan que finalmente entendera que entre Inglaterra e seu Alfred só havia um amor puro de um pai por um filho e vice-versa.

— É tudo culpa sua seu russo maldito! Se não tivesses iludido aquele rapaz, ele não estaria aqui ontem e não teria morrido! Devolva-o! Devolva meu filho! Devolva minha ex-colônia seu russo de merda!- Arthur mandou os bons modos de um cavalheiro para os quintos dos infernos naquela hora, pois não existia nada mais importante que expor a dor de sua perda, socar o peito do russo de merda e mandá-lo devolver a vida de seu miúdo.

O russo não se continha, pois também chorava junto ao inglês. Não ouvia os xingamentos ou sentia os socos do mesmo, apenas sentia seu peito doer e muito para depois um vazio o preencher.

— Prosti menya Al'fred, ya lyublyu tebya ... (Perdoa-me Alfred, amo-te)- o russo sussurrou para si próprio abraçando o europeu enquanto este se desmanchava em lágrimas em seu peito:- Prosti menya Al'fred, ya lyublyu tebya ...

Ao meio de sua tristeza, Ivan pode ver seu americano sorrindo para ele, os lábios deste mexeram, mas o russo não conseguiu entender o que ele dizia, apenas entendeu a última parte:

"- I love you too, read the ticket... (Amo-te também, leia o bilhete...)- após dizer aquelas palavras, seu amado desapareceu deixando um Ivan e um Arthur em prantos para trás.


Notas Finais


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