Emma Swan sai da casa da prefeita e vai caminhando em direção ao seu carro, porém ela não consegue tirar da cabeça, que Henry ainda não tinha contado nada para sua mãe adotiva sobre seu livro.
Swan para e olha para a janela do quarto de Henry. O menino estava ali, olhando para ela, mas logo ele sai da janela e desliga a luz.
Emma então vai até seu carro e dirige, querendo sair o mais rápido possível daquela cidade. Ela dá um longo suspiro e olha para o banco do passageiro e acaba encontrando o livro de Henry.
- Garoto espertinho. - Ela dá um pequeno sorriso e balança a cabeça negativamente.
Quando Emma olha para frente, ela vê um lobo branco misturado com cinza parado no meio da estrada. Ela tenta freiar o carro, mas como estava chovendo o fusca amarelo derrapa no meio da estrada e acaba batendo na placa que dizia "Bem vindo a Storybrooke".
Assim que o carro bate, o lobo apenas uiva e Emma aparece desmaiada no volante do carro.
Na Floresta Encantada
Gepeto e seu filho estavam construindo o portal que salvaria Emma daquela terrível maldição que estava por vir, enquanto Branca observava de longe a construção em sua janela.
- Eu não quero fazer isso. - Ela sai da janela e vai caminhando até o Príncipe.
- Tem que ser você.
- Eu não vou te deixar. - Branca fala com um ar de desespero.
- É o único jeito. - Encantado tenta acalma-la. - Você vai estar lá, salva da maldição.
- Ele disse que seria no aniversário de 28 anos dela. - Branca disse chorando.
- O que são 28 anos quando se tem amor eterno. Eu tenho fé, você vai me salvar como eu salvei você. - Ele acaricia o rosto de Branca e eles se beijam, mas Branca logo para aquele beijo. - O que foi?
- O bebê. - Branca pega na barriga dela e sente uma dor. - Ela está vindo.
Nas muralhas do castelo os soldados e Zangado vigiavam, mas como estava tudo normal, o anão pega uma bebida e toma um gole. Ele olha para frente e vê alguma coisa.
- Acorda! Acorda! - Zangado dá um chute fraco no outro anão que estava dormindo. - Olha.
Quando Soneca olha, ele vê uma fumaça roxa com raios verdes, cobrindo metade da Floresta Encantada, e essa fumaça estava quase alcançando o castelo.
- A MALDIÇÃO... ELA ESTÁ AQUI! - Zangado grita e toca um sino enorme que tinha ao seu lado.
Em Storybrooke
Emma abre os olhos e vê que está em uma cadeia. Como ela estava deitada, escuta um homem assoviando, e olha para o lado.
- Tá olhando o que garota? - Um anão mal humorado fala.
- Ei Leroy, tenha modos, temos visita. - Um senhor que estava arrumando a delegacia fala com o anão. - Então, você é a mãe do Henry. - Agora o senhor falava com Emma. - Que bom que ele vai ter você de volta na vida dele.
Emma se levanta da cama com a cabeça doendo e olha para o senhor.
- Na verdade, eu só vim deixar ele aqui. - Ela passa a mão em sua cabeça, ainda sentindo dores.
- Hum, eu te entendo. Eles são uns capetas, ninguém precisa deles. - Leroy fala de sua cela, que ficava ao lado da de Emma.
- Eu daria tudo pra ter um. - O senhor olha para Emma. - Minha mulher e eu tentamos por muitos anos, mas é - Ele fica triste. - Mas não era pra ser.
- Que que eu tenho a ver com isso? - Leroy falou desinteressado.
- Leroy, eu vou te soltar, mas vai ter que se comportar. - Um homem entra na delegacia e abre a cela do anão. - Então sorria e fique longe de encrencas. - Leroy se levantou e na porta da cela ele dá um sorriso falso para o homem e vai embora.
- Isso é sério? - Emma se apoiou em uma grade de sua cela e falou com o homem que soltou Leroy.
- As bebidas da Regina são mais fortes do que esperamos. - O homem chega perto da cela de Emma.
- Eu não estava bêbada. Tinha um lobo parado no meio da estrada.
- Um lobo? Sei! - O homem não conseguia acreditar.
- Henry! O Henry fugiu de novo, temos que... - A prefeita entrou na delegacia falando, mas parou quando viu Emma na cela. - O que ela está fazendo aqui? - Regina se aproximou da cela. - Você sabe aonde ele está? - A mulher fala com Emma.
- Eu não vejo ele desde que saí da sua casa. E eu tenho um ótimo hálibe.
- Mas ele não estava no quarto de manhã.
- Já tentou os amigos dele?
- Ele não tem amigos. - Regina já estava ficando estressada. - É meio solitário.
- Toda criança tem amigos. - Emma pensou um pouco. - Viu o computador dele? Eles costumam mandar e-mails.
- E como você sabe disso? - A prefeita falou séria.
- Achar pessoas é o que eu faço e eu tenho uma idéia. Que tal me deixarem sair e eu ajudo a encontrá-lo.
Rapidamente, Emma, o xerife e Regina estavam no quarto de Henry.
Emma olhava a caixa de mensagens do computador do garoto, mas não conseguiu encontrar nada.
- Garoto esperto, limpou a caixa de entrada. Mas eu também sou esperta, gosto de usar este restaurador de HD.
- Minhas técnicas são mais convencionais. - Diz o xerife que estava ao lado de Emma, olhando para tudo o que ela fazia. - Procuro pelas calçadas, bato nas portas, essas coisas.
- Você ganha pra isso. - Muitas coisas começam a aparecer no computador de Henry. - Eu sou paga pela empresa, não posso me dar ao luxo de bater perna. - Emma começa a olhar tudo o que aparecia no computador. - Ah, tem um recibo pra um site "Quem é a sua mãe.com", é caro! Ele tem cartão de crédito?
- Ele tem 10 anos. - Regina fala óbvia.
- Mas ele usou. Vamos ver o registro das transações. Mary Margaret Blanchard, quem é essa mulher? - Emma olha pra a prefeita.
- Professora do Henry. - Regina fala com tom meio brabo.
Na escola, Mary Margaret segura um passarinho azul enquanto da aula para seus alunos.
- Enquanto constroem as casinhas, lembrem-se, o que estão fazendo é uma casa, não uma jaula, o pássaro é livre e fará o que quiser - Mary Margaret segura o passarinho com delicadeza e com muito amor. - Isso é para eles e não para nós. Eles são criaturas leais - Mary vai até a janela e solta o passarinho, logo ele pousa em uma casinha. - Se vocês amam eles, eles amam vocês, eles sempre vão encontrar vocês.
O sinal toca e as crianças se levantam para sair da sala.
- Ah... Vamos continuar depois do intervalo. Não corram.
Quando Mary Margaret vai arrumando suas coisas para sair da sala, Regina chega entrando e lhe para.
- Pois não, posso ajudá-la? - A doce professora olha para a prefeita.
- Onde é que está meu filho? - Regina coloca sua bolsa na mesa e fala com um ar arrogante.
- Achei que estivesse ficado em casa doente.
- Acha que eu estaria aqui se tivesse? - A prefeita estava sem paciência alguma. - Você deu seu cartão de crédito para ele achar ela? - Emma vinha entrando na sala de aula e Mary a olha.
- Desculpa, quem é você? - Mary se referia a Emma.
- Eu sou a... Eu sou a...
- Essa é a mulher que entregou ele para a adoção. - Regina a interrompeu.
Mary apenas colocou sua bolsa na mesa e começou a procurar pelo seu cartão de crédito.
- Não está sabendo de nada? - Emma fala.
- Não. Infelizmente não. - A professora fala com uma voz doce e abre sua carteira, mas não acha seu cartão lá. - Garoto esperto. Eu não devia ter dado aquele livro pra ele.
- Mas que droga de livro é esse que vocês ficam falando? - Regina já estava se alterando.
- De histórias antigas que eu dei pra ele. - Emma observava tudo de longe. - Como a senhora bem sabe, Henry é um garoto muito especial, muito inteligente, muito criativo... E como pode perceber... Solitário. Ele precisava disso.
- Ele precisa de uma boa dose de realidade. Isso é perda de tempo. - Regina se virou e saiu da sala derrubando os livros de propósito. - Tenha uma boa viagem de volta para Boston. - A prefeita estava muito braba.
Emma apenas olhou pra Regina, e foi ajudar Mary Margaret a arrumar os livros.
- Desculpa te incomodar.
- Não. - Emma não estava se sentindo incomodada.
- Tudo bem, acho que parte disso é culpa minha.
- Como um livro deveria ajudá-lo? - Swan estava curiosa para saber.
- Pra que você acha que servem as histórias? - Elas se levantam do chão, depois de ter pegado todos os livros. - Essas histórias, os clássicos, existem uma razão para conhecermos elas. Elas servem para lidarmos com o mundo, um mundo que nem sempre faz sentido. - As duas vão caminhando para fora da sala. - Henry não teve uma vida muito fácil.
- É, ela é meio durona.
- Não, não só por ela. Ele é como qualquer criança adotada, ele luta com aquela pergunta mais básica com que eles se deparam "Por que alguém iria me dar?" - Mary tinha esquecido que Emma tinha dado Henry para adoção. - Ah, eu sinto muito. Eu sinto muito mesmo, eu não estava querendo te julgar. - Emma estava triste agora.
- Tudo bem. - Por mais que doesse, essa era a verdade. Ela tinha doado seu próprio filho.
- Olha, eu dei o livro pra ele porque eu queria que ele tivesse a coisa mais importante que alguém pode ter na vida. Esperança. Porque acreditar na possibilidade de um final feliz é algo muito poderoso.
- Você sabe onde ele está não é.
- Pode procurar no castelo dele.
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