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História Onde está meu amor? - Amigo de drinks


Escrita por: yoyoromanoff

Notas do Autor


Quando aparecer o nome dos personagens em negrito é pq são eles que estão narrando. Se não tiverem entendido alguma coisa me avisem.

Boa leitura!

Capítulo 8 - Amigo de drinks


Fanfic / Fanfiction Onde está meu amor? - Amigo de drinks

Dois dias depois...


Rebekah


Olhando para a imensidão azul do mar desvio meu olhar para o homem sentado na mesma posição que eu. Uma distância considerável para nos separava. Posso sentir aquele cheiro confortante de água salgada preencher meus pulmões.Fecho os olhos mais uma vez enquanto aquela voz insistente - irritante eu diria até - ganhava vida gritando dentro de minha cabeça. Aqueles pensamentos me perseguiam a dias. Eu conheço tão bem esse sentimento. O mesmo senti quando soube que ele estaria vivo, quando retornei a Nola atrás de Elijah. A guerra interna que sobrecarregava minha velha alma era tão simples de se resolver que parecia patético, achar que não julgariam a garota que amava demais por amar. 


Firmo meus pés na areia sentindo os grãos deslizarem dentre meus dedos. Traço uma linha imaginária até o meu destino

 Coisas estúpidas que eu fazia quando me sentia acovardada por algo. Alguém.


Sentei-me ao lado da figura ereta que olhava intensamente para o mar. Sinto meus olhos umidecerÉrNãospensar no quanto aquele homem tinha perdido. 


- Marcel.- me surpreendo com a rouquidão que saiu de meus lábios.


-Marcel?


O moreno apenas desperta quando toco em sua face assustada.



-Rebekah.- pude ver seus olhos se encherem de algo que eu não estava acostumada a ser retribuída durante nossos últimos momentos juntos. Amor.



Quase me senti retroceder aos anos onde eu era apenas sua professora inalcançável e ele, o aluno apaixonado. 


- Eu sinto muito pelo que fizeram a você. - toquei com mais firmeza em seu rosto o virando completamente para mim.


 Uma quase dor atingiu-me ao notar seu lábio inferior sujo de um líquido com um cheiro tão conhecido por mim. Prevendo minha reação Marcel apenas colocou a mão dentro de seu casaco, tirou um frasco também já conhecido por mim. O que desgraçou a vida de minha família por anos. 


- Isso significa que ...  - tomei o frasco de suas mãos analisando-o.


- que seja lá o que aqueles bruxos usaram em mim não funcionou - disse ele me interrompendo. - só serviu para me fazer descobrir que sou capaz de fazer mais iguais a mim. 


Quando ia dizer que abominava aquilo e queria que tudo voltasse ao normal, senti algo queimando em minhas veias. Droga! Droga! aquela dor aumentando gradativamente de minha cabeça latejante indo até o pulso. Me fazia querer gritar com quem seria o irônico autor dessa minha droga de vida onde a felicidade é inalcançável.


- eu preciso ir. - foi tudo que disse antes de colocar o frasco com o que parecia ser o sangue de Marcel dentro de um bolso da jaqueta virar e sair dali com sangue nos olhos. 


Eu literalmente estava voltando a enlouquecer. Maldita seja Aya!



✘✘✘✘




Camille 


Estou exausta. Will acaba de sair daqui. Chegou ontem as quase meia-noite, me acompanhou até minha antiga casa e ficamos falando até agora. - O sol já tinha se fixado ao céu a horas. - Era bom esse tipo de contato com alguém normal. Com problemas normais, como por exemplo, dormir demais e perder o espediente. 


Para minha surpresa o lugar parecia intacto. Limpo. Cheiroso. Não me parecia abandonado. Pensei em Klaus, mas assim que vi que estava sendo observada enquanto servia um bom drink a Will, soube que não tinha sido ele.  


- Achei que ele nunca fosse sair. - disse saindo por trás de uma cortina que eu jurava que não era minha.



Bastou essas frases ditas para eu correr ao seu encontro. Meus braços rodearam os seus com precisão. Que saudades eu sentia do meu amigo de drinks. Marcel.


É claro que eu sabia do que tinha acontecido enquanto eu estava morta. Todos temos nossas parcelas de culpa. Marcel tinha a dele por querer vingança, porém se não tivesse o feito estaria morto e isso me entristece profundamente. E quanto aos Mikaelson? Bom, eles queriam se proteger da tal profecia que rodiava sua família. Não perceberam que ao tentar livrar-se dela, acabaram fazendo ela de fato se concretizar. 


Sentindo lábios em minha testa libero um sorriso. 


- Eu não devia ajudar eles. - afastou seu corpo do meu indo para janela. Vem coisa ruim por ai. Pensei. - mas não se trata apenas deles e sim de pessoas especial para mim. 


Do que diabos ele estava falando? 

Parecia atordoado, como quem carregava o mundo em seus ombros.



- Rebekah está voltando a enlouquecer. - suspirou pesado. - ela não faz ideia que eu sei sobre isso, também não vai contar a vocês. 


- Rebekah louca? - olhei de relance para o lado franzindo a testa. Uma mania minha desde sempre. 


- Eu te conto enquanto relembramos os velhos tempos. - sorriu sem mostrar os dentes. - vamos de whisky?  


- Eu sirvo. - bato as maos uma na outra. - Sinto saudades de quando servir drinks era minha única preocupação.


Realmente tinham pulado essa parte da história quando me relatavam os acontecimentos pós minha morte. 


Nos sirvo do whisky novo que para minha surpresa tinham comprado para mim também. Me viro para Marcel fazendo reverência em uma brincadeira. 


- Obrigada por cuidar de tudo. - ele retribui meu sorriso, dessa vez mostrando todos os dentes. A vontade.


A figura de Marcel nunca me remeteu a perigo. Nem quando nos conhecemos e ele claramente tentou me intimidar. Ele jamais me machucaria, nem mesmo para atingir Klaus ou sua família. Éramos bons amigos e ele não estragaria esse laço. 


✘✘✘✘ 


Depois de me relatar tudo o que tinha acontecido com Rebekah e Davina já me sentia a par de tudo. 



- Eu sinto tanto por Davina. - estendo a mão para tocar a dele. - Ela era uma boa garota, uma maravilhosa amiga. 


- Sim, ela era. - limitou-se a dizer.

Pensar naquilo deveria o machucar.


Largo sua mão quando ouço a risada já conhecida por mim de Hope. Certamente Klaus estaria junto. Obrigada audição apurada de vampiro. 

- Você tem que ir, Klaus o mataria se soubesse que continua sendo esse original paraguaio. - gargalho ao ver sua expressão de quem não gostou do apelido. 

Não me importo. Eu gostei.


- Me ajude com Rebekah, ela tem meu sangue. 


- O quê? 


- Eu apenas mostrei a ela e ela tomou de minha mão. - Parou perto da janela. - eu fiquei tão sem reação ao ver aquela marca renascendo em seu pulso que nem me dei conta. 


- Tudo bem, eu dou um jeito, agora vá. 

O empurro janela a baixo sabendo que ele não teria nenhum dano considerável. 



Espero alguns minutos até ouvi batidas na porta. Corro até as taças jogando as no lixo. Sim, tomamos whisky em taças nao achei copos nessa bagunça toda.Foram caras, mas não tinha onde esconder. Vou até a porta abrindo-a com um enorme sorriso culpado. Ele notaria. Ele é ótimo em me ler. Droga.



- Viemos ver como você está, Cami. - uma Hope sorridente me abraça pelas pernas devido sua baixa estatura. 



Sorrio. Uma criança doce. Quase não acredito no que Marcel me contou a pouco sobre ela ter o derrubado com magia. 



- Olá, querida. - me agacho a sua altura. - estou preparando um almoço delicioso, você quer ser minha assistente? - sorrio ao ver os olhos da menina crescerem junto com seu sorriso. 



- Sim! Mamãe nunca me deixa chegar perto da cozinha. - revira os olhos correndo para a sala e ligando a TV.


Certamente Hayley era uma mamãe loba super protetora.


- Temo que esse lado folgado ela tenha adquirido da mãe. - Klaus fala pela primeira vez desde que chegou aqui.

Ah claro que ele provocaria Hayley.

Abro meu sorriso irônico para na intensão de provocá-lo


- Ou a você que sempre entrava aqui sem ser convidado. - aponto o dedo em seu nariz o acusando. 



- Você já tinha me convidado uma vez, então... 


Entramos juntos o guiando a cozinha. 


Paro no meio da cozinha ao vê-lo separar os ingredientes para uma macarronada. Saberia ele, um vampiro que só precisaria de sangue para sobreviver cozinhar? Rio levando a mão a testa com aquele pensamento. 


- O que você pensa que está fazendo ? - o abraço por trás, aconchegando minha cabeça na curva de seu ombro. - eu que tenho que impressionar sua filha, não você. 


O ambiente se encheu com o som da gargalhada do hibrido a minha frente. Um som desconhecido para boa parte das pessoas. Felizmente não para mim. 


Klaus cortou todos os legumes enquanto Hope me ajudava com o macarrão e o molho. Agora sentados sobre o sofá confortável de minha sala, esperando tudo ficar pronto. Hope estava sentada no chão para não sujar nada enquanto desenhava com as tintas que eu tinha a presenteado.


A quanto tempo aquele par de olhos me encarava eu não sabia ao certo. Parecia uma eternidade. Não era intimidante. Era acolhedor. 


Azul esverdeado no verde esmeralda.


- O que você mais teme? - a rouquidão de sua voz me fez despertar dos meus pensamentos. 


- Como? 


- O que te faz perder o chão ao imaginar viver sem. - explicou-se.


Levantei a cabeça de seu peito que descobrir ser um lugar quente e aconchegante. Como um lar deveria ser, talvez ali seja o meu. Nos braços do homem cujo cada batida descompaçada de meu coração é causada por ele. 


Já sentada normalmente no sofá consegui raciocinar antes de responder. Me lembrei de tudo que já tinha me acontecido, de fato eu era corajosa. Minha ficha caia aos poucos, junto com os flashes que me eram enviados onde desde que descobri que vampiros existiam a quando morri pelas mãos de um. Duas vezes.


- Esquecer. Esquecer tudo que aprendi. Tudo que vivi. Todos que amei. - suspirei colocando as mãos em seu peito.



Que irônico era ver meu paciente sentado ao meu lado, me analisando. 



- Invertemos as posições aqui, hum? -falou como se pudesse ler o que se passava por minha mente.


Nossa conexão não seria tão forte a esse ponto. Seria?


Encostei nossos lábios ouvindo um "eca" da garota abaixo de nos. Quem nos visse acharia que eramos uma família daqueles comercias de margarina. Eu estragaria tudo falando sobre a vinda de Marcel até mim? Com certeza eu falaria sobre.Rebekah precisava de ajuda. Afastei aqueles pensamentos indo colocar a mesa para o almoço.


Notas Finais


Quem ai está ansiosa com a volta de The Originals?
Para as Klamilles antenadas: vai ter tag?
Se tiverem alguma sugestão para a fanfic que achariam legal que acontecesse me falem, eu já tenho o próximo capítulo pronto, mas não me importo de acrescentar.


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