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História Onde Está O Amor - Curiosidade.


Escrita por: anyoption

Notas do Autor


Esse capítulo vai ser meio paradinho (SORRY) mas é que vai servir de base para todo resto que vai vir em seguida kkk preparem o core pessoal pq agora que a porra vai ficar séria.

Capítulo 5 - Curiosidade.


 

Ontem foi o melhor dia da minha vida porque eu dancei com o cara por quem ando sonhando há um ano. Ontem também foi o dia que minhas melhores amigas deram o primeiro beijo e o dia em Vanessa foi excluída pela primeira vez.

Eu tinha que comemorar.

Camila me convidou para ir tomar um sorvete e, claro, Amanda foi junto com a gente. Elas me contam sobre tudo, sobre como acharam MEGA estranho no começo, mas como passaram a gostar depois de um tempo.

Mas na verdade estão mais empolgadas para ouvir o meu ponto da história.

- Não beijei Logan nem nada, dançamos algumas músicas – quatro – e depois uma garota pediu para dançar com ele, sendo assim eu tive de aceitar deixá-lo, porque é muito gentil, nunca me perdoaria se eu tivesse sido egoísta.

- Mas você o merece. – Camila disse saboreando seu milk-shake de chocolate. – Eu olhei para vocês algumas vezes e pude ver o quanto eram especiais, aposto que a garota ficou com inveja.

Pergunto se elas pensam em sair com os garotos e “sim, obviamente” sou o que recebo como resposta. Elas estão sonhando acordadas, acreditam que realmente encontraram seus príncipes encantados nessa festa.

E, ah, como quero que eles não a decepcionem.

 

*

- Vou sair agora, lindinha. – minha mãe beija minha bochecha. – Volto antes da meia-noite, mas não espere por mim.

“Como assim?” – é tudo que consigo pensar porque logo em seguida escuto uma buzinada e ela sai correndo sem me deixar perguntar com quem ela está saindo. Com as amigas?

Minha mãe não sai desde a morte de meu pai, me sinto feliz e agradecida por ela estar voltando a curtir a vida, é bom e vai ajudá-la a espairecer sobre a morte dele. A pobrezinha ainda fica chorando a noite, eu a escuto, mas sempre que pergunto ela diz que está tudo bem.

Meu pai era um homem muito corajoso, lutou bastante pelo que acreditava. Mesmo toda sua família sendo cristã de mente fechada, ele a abriu e ajudou a mim e ao meu irmão a abrir também. Estávamos em algumas paradas da LGBT desde crianças.

E o café dele? Era o melhor. Meu pai tinha essa capacidade de ajudar todo mundo, e ele a passou para mim. Acredito que a única pessoa que nunca pôde ajudar foi a si mesmo.

Passo a noite inteira vendo Full House (a versão tailandesa) e escuto quando minha mãe chega, mas o que me apavora, o que deixa meu sangue gelado é que a voz com ela é a de um homem.

Um homem... Não reconheço a voz, um novo amigo?

Quero que a minha mãe seja feliz novamente e, sim, que encontre alguém para fazer companhia, todo mundo merece se apaixonar e ser feliz quantas vezes quiser, mas não agora. Não apenas um ano após a morte de meu pai.

Por isso, tenho de acreditar que é só um amigo.

A porta bate e logo em seguida ela abre a minha porta e me fita.

- Colocou seu irmão para dormir?

- Sim.

Ele dorme como pedra de todo jeito. Tive de passar o tempo antes de ele ir dormir vendo desenhos animados e quando ameacei colocar um filme para minha idade ele apareceu dizendo que não estava com sono. Então tive de ler para ele e agora estou aqui.

Acho que ele só queria companhia, ontem não pôde ir à festa porque minha mãe disse que era muito “adulta”, então ele teve de ficar com uma babá de dezoito anos que não parava de mascar chiclete enquanto minha mãe dizia o que ele podia e não podiar ver.

De qualquer modo, meu irmão tem uma queda por ela agora.

- Com quem você saiu?

- Com minhas amigas. – percebi que ela estava mentindo pelo jeito que mexeu no cabelo. Nós fazemos o mesmo gesto quando mentimos. Não conseguimos enganar uma a outra. – Mas deixe que da minha vida cuido eu, tá?

E vai para cama.

Ela começa a sair quase toda sexta e isso me deixa com a pulga atrás da orelha, porque com toda certeza desse mundo, tem um homem. Não é um amigo.

- Acho que mamãe está apaixonada. – meu irmão me diz no jantar, três semanas depois daquele primeiro encontro. – Hoje ela estava varrendo a casa sem reclamar, sem colocar música e ficava cantarolando.

Sei que ele está certo, eu não estava em casa, estava fazendo prova de Matemática na escola, só ele pôde ficar porque estava com febre e então mamãe pediu licença do hospital hoje, mas posso muito bem imaginá-la dando piruletas pela casa.

- Concordo com você. Percebeu como as fotos do papai andam sumindo aos poucos?

Ele assente, porque elas sumiram mesmo, ando vasculhando a casa e vou colocando todas no meu quarto, só para serem retiradas quando minha mãe decide fazer uma limpeza repentina.

- Acha que vamos poder conhecê-lo?

Não culpo meu irmão por estar curioso, ele precisa de um homem em casa para lhe dar amor e lhe ensinar as coisas básicas da vida que só um homem sabe. Não quero estar aqui para explicar certas coisas pra meu irmãozinho na puberdade.

E me dou conta de que não vou mesmo. Estarei na faculdade.

- Que tal pedir para ela? – pergunto.

- Já pedi, mas ela negou qualquer existência de um novo namorado, perguntou se a febre estava tão alta que cheguei a delirar e voltou a varrer a casa saltitando.

Brinco de lutinha com Gabriel pelo resto da noite, ele decide que quer ficar acordado comigo para quando nossa mãe chegar ele ir correndo lhe dar um abraço e ver quem é o seu “novo” pai. Tenho de reunir minhas forças para me dizer que ele é só uma criança e por isso diz tal coisa.

Mas quando passa das duas horas da manhã e ela ainda não está aqui eu me dou conta de que não vai voltar hoje e isso me assusta. Minha mãe vai dormir (ou já dormiu) com outro cara hoje. E, por Deus, espero que não tenha se rebaixado a ponto de aceitar ir a um motel.

Tenho de incentivar Gabriel a ir dormir dizendo que também vou para ele não perceber a demora dela.

Mas não prego os olhos durante a noite. Fico imaginando mil e uma cenas. Ela se lembrou de meu pai? Sequer pensou que talvez fosse cedo demais, pensou em mim ou em Gabriel? Pensou que não estamos preparados? O que ela sentiu? Se sentiu bem?

É tão doentio pensar isso que me ponho a pensar no meu pai e, me dou conta, que estou começando a me esquecer...

Pego um caderno e escrevo cada pequena coisa que me lembro. Eu sabia que esse dia chegaria, eu já estou me esquecendo de coisas sobre ele. Mas não me esqueço de como sempre julgava seu cabelo ou de como fazia truques de mágica para me fazer parar de chorar, porque, céus, os vizinhos “vão nos mandar embora” ou de como quando estava doente ele me fazia ovos e bacon para eu me sentir “americana”.

Gabriel teve isso apenas uma vez. E não se lembra.

Que tipo de homem está vindo para substitui-lo?


Notas Finais


JESUS quase morri pq não tava dando para publicar, deu tudo certo agora kkkk
Vejo vcs no próximo capítulo. Já sabem quem é o homem misterioso (vaaai eu deixei bem óbvio) e quais palpites pro que vem em seguir muahahaha.
Beijos no core de vcs folks <3


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