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História Onde os lobos se escondem. - Carinho


Escrita por: Werewolf5569

Notas do Autor


Decupa a demora!!

Capítulo 38 - Carinho


Fanfic / Fanfiction Onde os lobos se escondem. - Carinho

Alyss acordou sentindo um aperto sobre sua cintura, seus olhos sonolentos se forçaram a abrir para ver o que a segurava e ela não se sentiu surpresa ao ver que era as mãos de Liam, seus olhos percorrerem toda a extensão do corpo dele, cada traço, cada relevo causado pelas faixas que envolviam seus ferimentos e por fim se repousaram sobre seus olhos, estavam fechados. 
         A loba em forma humana prendeu os olhos sobre os lábios do lupino a sua frente, eles eram rosados e pareciam ser macios... De repente ela sentiu uma leve vontade de morde-los. 
       Mas logo afastou os pensamentos. Na hora disso, Liam estava ferido e além do mais... Tinham crianças por perto. 
          Por fim os olhos da lupina se focaram sobre o peitoral de Liam. Dava para ver claramente sua respiração regular, o movimento de seu peito seguia um ritmo. Sobe, desce... Sobe... Desce. 
       Aos poucos os movimentos regulares do peitoral dele foram trazendo o sono de volta a lupina. 
        Lentamente ela levou as mãos ao cabelo de Liam e sentiu os fios macios em contato com seus dedos, seus lábios foram de encontro a testa do lupino e ela deixou um simples selinho ali. 
- Estava com saudade Liam. Você faz falta. -sussurrou. 
       Depois Alyss tornou a repousar a cabeça sobre seu travesseiro, sem saber que o lupino estava acordado e que tinha escutado cada uma de suas palavras. 
        Lentamente Liam ergueu a cabeça, seus olhos vibrantes se focaram nas fechadas orbes de Alyss e ele sorriu levemente. 
        Rapidamente ele se apoiou no antebraço e se colocou por cima dela. Na mesma hora os olhos da loba se abriram e ela o encarou. Liam apenas sorriu se aproximou mais dela. Agora já podia sentir a respiração dela contra sua pele. 
         Lentamente ele levou sua boca a orelha da lupina e sussurrou: - Eu também senti sua falta... A saudade foi grande demais... 
          Ao escutar essas palavras os lábios de Alyss se contorceram em um sorriso brincalhão. Seu sono havia passado na hora. 
- Quer dizer que eu faço falta? - perguntou maliciosa e Liam sorriu. 
- Você nem faz ideia do quanto. - respondeu e seus lábios roçaram contra a orelha da menina abaixo de si. 
- Acho que eu tenho uma ideia. - devolveu, Liam recuou e ela encarou os olhos ardentes dele. - Um certo lobo me deixou na mesma situação. Só que ele ainda voltou machucado. - dessa vez os olhos dela brilharam de ressentimento e raiva.   
             Liam deu um sorriso triste e selou seus lábios aos dela, apreciando a maciez que eles tinham, o selinho foi rápido, mas proveitoso para ambos. 
- Me perdoa - pediu Liam. - prometo que nunca mais vou te preocupar tanto. 
        Alyss forçou um sorriso fraco, sabia que era uma promessa impossível. Mas mesmo assim assentiu. 
         E apenas apreciou quando ele voltou a beija-la, dessa vez ele pediu passagem com a língua e ela cedeu. Sentindo ele explorar cada canto da sua boca, descobrindo cada um de seus vícios. 
         Os dois ficaram assim até Liam adormecer com o cafuné carinhoso sobre seus cabelos, o lobo dormiu com a cabeça apoiada no busto da lupina, dormindo ele até parecia um anjinho. 
         Já Alyss ficou acordada por mais um tempinho. Seus olhos tremeluziram e ela sorriu. 
- Não faça promessas que não vai poder cumprir Liam.- sussurrou - Eu sei que um dia você vai descumprir essa promessa... Quando isso acontecer, volte inteiro para mim. 
          Alguns minutos depois disso a lupino caiu no sono e sem perceber enlaçou Liam para mais perto de si, inconscientemente seu corpo buscava pela presença dele. A qual sentiu falta por tanto tempo. 
Will povs on; 
       Acordei sentindo Rique se aconchegando junto a mim, resmunguei um xingamento baixinho. " desde quando eu tinha um sono tão leve?!" 
       Abri os olhos levemente e me arrependi na hora, a vista era dos infernos, um pirralho dorminhoco estava babando no meu braço e uma bruxa velha abraçava o pirralho e o Liam. 
       Revirei os olhos ao sentir Rique me dar um banho de baba e me levantei com cuidado da cama. Tinha coisas melhores para fazer do que virar babador de bebê. 
          Andei até o banheiro e fechei a porta atrás de mim. Lavei meu braço com sabonete e água corrente e me encarei no espelho. 
          Me perguntei a quanto tempo minha vida tinha ficado assim: eu tinha uma mãe, um irmão caçula e uns amigos lupinos fiéis e doidões. 
           Enquanto antes... Eu não tinha quase nada, pelo menos nada tão importante quando as coisas que eu tenho agora. 
          Respirei fundo e lavei o meu rosto, também não estava na hora de bancar o sentimental. 
          Sai do banheiro e tomei um susto ao me deparar com duas orbes verdes queimando sobre mim. Por um instante achei que Alyss tinha acordado, mas ela logo deixou a cabeça pender inconsciente e me aliviei ao ver que ela não tinha acordado completamente. 
          Deixei o quarto antes que atrapalhasse o sono de beleza da velha e me sentei no sofá da sala. Sentia um novo cheiro na casa, não era o Liam, era outro lobo, eu sabia que já o tinha conhecido, me lembrava do cheiro, mas não de seu dono. Sentia sua presença junto a de Lira e sentia o cheiro de seu sangue, ele, quem quer que fosse, estava ferido. 
          Escutei resmungos baixos e impacientes vindos do quarto de Alyss e sorri ao reconhecer a voz de Rique. Provavelmente o pirralho tinha acordado e não se mexia para tentar não acordar a velha rabugenta, mas estava ficando impaciente. " Lógico! Afinal é um saco ficar parado, da tédio". - escutei a voz de meu lobo e ri. 
        Também tinha esse pequeno detalhe agora, essa coisa dentro de mim. 
" Coisa nada! Me respeite seu pirralho de merda" - bufou. 
       O mais estranho era que as vezes eu o via, era como se fosse uma memória, mas acontecia no presente. Sua voz ecoava na minha cabeça, seus pensamentos eram outros, mas ao mesmo tempo ele era parte de mim, era... Um outro eu. 
" Hamnn, Você sabe que você sou eu né? " - perguntei e me senti bugando. 
" Você não fala coisa com coisa" - resmungou e eu bufei. 
" me deixa em paz praga, vai dormir" - falei e ele riu. 
" Não estou a fim, e qual foi a do praga?? Eu sou você, esqueceu? Não se auto xingue"- respondeu e eu dei de ombros, conversar com ele era como falar com uma porta! 
      Fechei os olhos e me deixei levar pela brisa fraca que soprava. 
Brisa.... 
Brisa?! 
       Arregalei os olhos e me pus de pé, não era para ter brisa nenhuma, as janelas deveriam estar fechadas e a porta trancada. 
         Olhei em volta e não vi ninguém, andei até as janelas da sala e elas estavam fechadas e trancadas, andei até as da cozinha e vi que uma delas estava escancarada. A fechadura estava arrombada e as bordas do vidro trincadas. Felizmente para mim e infelizmente para o que quer que tenha feito isso, a janela era pequena demais até para uma criança de 9 anos passar.
        Então o que quer que tenha feito isso ainda estava do lado de fora. Fechei a janela e a mantive presa com um nó improvisado feito com um pano qualquer de cozinha. 
" É o pano de prato favorito da velha, se fodeu. " 
" Cala a boca" - resmunguei. 
         Fitei o chão e me senti satisfeito ao ver que não tinha qualquer fibra ou caco de vidro caído. Por fim ergui meus olhos para a janela e percebi um movimento atrás das moitas. 
      Estava escuro, não dava para saber se era um animal, uma pessoa ou alguma coisa. Mas a julgar pelas horas que deveriam ser agora, era menos provável que fosse uma pessoa. 
       Chamei meu lobo e ele veio, senti meus olhos coçarem levemente quando mudaram da minha cor para a dele, agora eu não via mais nada como humano, minha vista era a de um lobo. 
        Foquei minha atenção na moita procurando qualquer movimento, mas nada aconteceu. Me forcei mais ainda e senti meu corpo formigar na medida que minha forma virava lupina. Minha visão embaçou e senti dores pelo meu corpo, Alyss já tinha me avisado que seria assim nas primeiras transformações. 
        Fechei os olhos e esperei que ela acabasse, estar na forma lupina me trazia sensações diferentes. Por fim às sensações estranhas pararam e eu me ergui, dessa vez em quatro patas, senti minhas garras arranhando levemente o chão a medida que eu andava. 
        Sentia meu corpo mais quentinho e leve, passei a língua pelos meus dentes, senti eles afiados e uma sede de sangue os acompanhou. 
        Me dirigi à porta da casa e me senti surpreso ao ver que meus passos quase não faziam barulho algum. 
            


Notas Finais


Até o próximo!!!


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