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História Onde os lobos se escondem. - O que me vem a mente


Escrita por: Werewolf5569

Notas do Autor


boa leitura!

Capítulo 41 - O que me vem a mente


Fanfic / Fanfiction Onde os lobos se escondem. - O que me vem a mente

Will povs on;

                Uma boa pergunta que me sondava a mente era; como eu ia fazer o lobo a minha frente beber a merda do leite? Enfiava goela abaixo? Era uma boa! Se eu quisesse perder a minha mão é claro!

                Bufei e deixei que meu corpo pendesse na direção da parede da sala, o frio dela me acalmava e me deixou pensar direito, fechei os olhos e me foquei em escutar os sons a minha volta, me arrependi assim que escutei um’’ eu te amo’’ vindo do andar de cima.

                Pelo amor de Deus! É capaz daqueles fazerem sexo com o pirralho lá mesmo! Suspirei e tentei me fazer de surdo, a essa altura do campeonato meu rosto já queimava de vergonha.

‘’ hihi, relaxa moleque, eles não vão transar com o pirralho lá com eles.’’ – escutei a voz do meu lobo ecoar pela minha cabeça e fechei a cara.

‘’Cala boca’’ – respondi e ele riu.

‘’ mas não quer dizer que eles não possam ir para um outro quarto. ‘’ – corei na hora e ele riu. – ‘’ e com o sono pesado do pirralho... vão caprichar! ‘’

‘’ Cala a boca seu pervertido!’’ – respondi alterado e ele riu, mas de repente ficou em silencio e rosnou.

‘’ parece que a bela adormecida acordou antes do beijinho do amado. ‘’ – resmungou e instintivamente voltei minhas orbes para o lobo branco.

                Ele estava de pé, suas pernas tremiam e sua cabeça estava erguida, era orgulhoso, sua postura não era desafiadora, muito menos submissa, ele apenas estava em guarda e atento a qualquer movimento que eu fizesse. Suas orbes queimaram em uma cor exótica; vermelho.

Por alguns instantes os olhos queimaram em uma vermelho puro e brilhante, como faróis, mas depois se apagaram como sangue seco.

                Seus olhos rodavam o ambiente a sua volta e por fim se fincaram em mim, seu rosto estava inexpressivo, lentamente ela começou a dar passos lentos até mim, mas parou no meio do caminho, abaixou a cabeça a ganiu de dor, seu corpo se encolheu e ele tombou no chão, sua respiração estava pesada e descompassada, ele lutava por ar e não o encontrava, aos poucos vi ele entrando em pânico.

                Corri até ele e pressionei seus ombros contra o chão, seus olhos se focaram em mim e ele ergueu os lábios em um meio rosnado. Eu não sabia o que fazer, mas ele tinha que se acalmar.

- Calma, devagar. Você vai ficar bem, respira. – aos poucos ele parou de lutar contra mim, seu corpo se aquietou e ele começou a fazer o que eu pedia, depois de um tempo ele já respirava normalmente. Mas seus olhos sondavam o ambiente, como se ele achasse que alguém iria ataca-lo em seu momento de fraqueza.

                Me afastei dele sorrindo e o vi de deitar de barriga para o chão e erguer a cabeça, assim como os cães dos reis faziam quando se colocavam ao lado do trono. Seus olhos me fitaram e ele pareceu me avaliar, um brilho de reconhecimento lampejou por suas orbes vermelhas e ele abaixou as orelhas como se pedisse desculpa. Ri baixinho e vi ele virar a cabeça para outro lado envergonhado.

- Hum? – resmunguei e ele bufou. Voltou a cabeça para mim e apontou o focinho para uma região abaixo da minha barriga. Seus olhos se fecharam com força e eu acompanhei a linha imaginária que ele indicava e corei de vergonha quando percebi que não estava usando roupas. Não sabia se ria da vergonha que ele parecia estar sentindo ou se enfiava a minha cabeça em um buraco. – Já volto. – respondi.

                Corri até meu quarto e me vesti, coloquei uma bermuda preta e uma camiseta azul, andei até o banheiro e joguei água no meu rosto, para então voltar ao seu encontro. O lobo não parecia ter se mexido um centímetro em quanto estive fora.

                Seus olhos opacos se focaram em mim e eu o ignorei, me lembrei das instruções de Alyss e me foquei em cumpri-las, andei até a cozinha e despejei dois copos de leite em uma vasilha, peguei-a e andei até o lobo, me sentei em frente a ele e encarei sua face confusa. Foi a primeira vez que ele demonstrou seus sentimentos; o primeiro foi a confusão.  

- você vai precisar beber isso, vai te desintoxicar, você vai melhorar mais rápido. – falei e ele me olhou desconfiado. Suspirei e enfiei um dedo dentro da vasilha, banhei-o no leite depois levei-o a minha boca. – gostoso- falei e ele me encarou desconfiado.

                Seu focinho se aproximou do leite e ele levou a língua de encontro ao liquido, repetiu o processo mais duas vezes e depois recuou em desgosto. Seus olhos pareceram me acusar como se falassem que estava ruim.

- esta gostoso! Qual é o problema? – ele se ergueu com dificuldade e andou até a cozinha, peguei tigela e o acompanhei, ele indicou o micro-ondas com o focinho e eu bufei. – Só pode ser brincadeira... você quer que eu esquente? – perguntei e ele assentiu. – mimado. – resmunguei. E coloquei o leite para esquentar. Quando ficou pronto coloquei a tigela no chão e ele a bebeu inteirinha.

- parece um cachorro – resmunguei. – oe – chamei e ele me encarou – porque você não volta a forma humana?

                Seus olhos vazios me encararam e ele simplesmente me ignorou. Bufei e ele se deitou no chão, notei que ele estava ficando mais sonolento. Seus olhos ameaçavam se fechar. Botei as mãos sobre seu ombro e logo elas se mancharam se sangue. Arregalei os olhos e recuei.

- Sinto muito – resmungou e eu arregalei os olhos. Sua voz estava cansada, mas mesmo assim era firme. Encarei seus olhos vermelhos e vi eles lutando para se manterem abertos. Sorri levemente.

- Boa noite. Deixa que eu cuido de você. – falei e ele fechou os olhos. – já dormiu, que inveja, queria ter um sono eficiente assim.– resmunguei e o ergui em meus braços.

                Arregalei os olhos ao ver que ele era leve. ‘’ uau, achei que ele fosse um gordo pesado.’’ Meu lobo riu e eu sorri de canto. Levei o lobo até a minha banheira e o deitei nela, ergui a sua cabeça e liguei o chuveirinho, comecei a lavar os locais feridos com cuidado, a maioria ainda estava em carne viva.

                Esfreguei sua nuca e seu pelo, esfreguei até que ele não tivesse mais nenhuma mancha de sangue, ensaboei-o e tornei a enxagua-lo, por fim não havia mais nenhuma mancha em seu corpo, senti a água morna escorrer pela minha mão e depois molhar sua cabeça felpuda e sorri.

- Folgado... você dá trabalho. – resmunguei e as orbes se abriram, tomei um susto e respirei fundo. – certo assombração, me mande um aviso prévio da próxima vez que for me dar um susto.

                Ele ergueu a cabeça e levou a cabeça até o meu colo, onde a deixou, seus olhos se fecharam e eu notei o quanto ele parecia tranquilo.

- Só o que me faltava, virei babá. – resmunguei e ele tirou a cabeça do meu colo e se ergueu. As feridas voltaram a sangrar e eu fiz uma careta, mas ele nem demonstrou sentir dor. Peguei uma toalha e joguei em cima dele, vi o lobo se sacodir feito um cachorro e a jogar para longe de sua cabeça, ri alto e comecei a seca-lo, para a minha surpresa ele nem se mexeu.

                Quando ele já estava sequinho eu o peguei em meus braços e o ouvi rosnar protestando. Ri alto e ele mochou as orelhas.

- não me leve a mal, não quero que a ferida abra e saia mais sangue, eu tenho que cuidar de você e não quero a casa cheia de sangue, vai dar trabalho para limpar. – ele rosnou e eu ri. – ok ok.

                O deitei na cama e peguei o kit de primeiros socorros. ‘’ aquela velha preguiçosa! Nem fez os curativos nele! Veterináriazinha fajuta viu?’’ – pensei e peguei o esparadrapo, passei um anti-inflamatório e depois cobri com o esparadrapo, no final ele era uma espécie de cosplay merda de múmia. Não aguentei e comecei a rir da carranca dele, sua cara só se fechou ainda mais.

- Hilário – resmungou e eu arregalei os olhos surpreso.

- VOCÊ FALOU DE NOVO!  - exclamei e ele revirou os olhos.

- Não imagina, eu sou mudo e você está alucinando. – devolveu sarcástico e eu arregalei os olhos e ele também. – desculpa. – seus ombros se encolheram e eu não entendi mais nada. Sorri para ele e o ofereci a minha mão estendida, ele não parecia entender nada.

- Eu sou o Will, prazer! – falei e ele apertou a minha mão.

- Sou o Jace. – respondeu simplesmente.

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- Silencio – a voz grave de Jake ecoou pela mente dos lobos ao seu redor. O alfa estava ansioso.

                Dois batedores voltaram correndo na direção do grupo principal, ambos os lobos arfavam de cansaço. Um deles se adiantou, um lobo cinza com manchas castanhas em seu dorso. Ele atendia pelo nome de Tom.

- 12 deles mais a frente, aquelas coisas cheiram a sangue. – falou Tom. E o outro batedor concordou, o outro era preto, mas seu preto era meio avermelhado e ele atendia pelo nome de Jace, mas dede a chegada de seu xará albino, passou a ser chamado de J.C. ( se lê Jey Se).

- Eles estão se alimentando da carcaça de um alce morto, se formos fazer isso é melhor fazer agora que estão distraídos. – resmungou J.C.

                O Alfa passou o olho por todos os lupinos a sua volta. E começou a listar os nomes de cada um deles.

Tom,

J.C.

Tomas,

Léo.

E até mesmo os lobos da outra alcateia que se juntaram a ele nessa vez.

Hugo,

Tobi,

Loki,

Pedro. 

Jake sabia que se fosse fazer ‘’isso’’ poderia ser a última vez que veria esses lobos, seus olhos tristes já sabiam a dor de perder amigos e aliados, novamente o alfa fez um lista, mas dessa vez com todos os que passaram por sua vida e morreram, ele fez uma lista de baixas.

Jonh, a perda mais recente.

Leah, uma loba cinza e inteligente, levada por um demônio.

Flame, Um dominante bege, rebelde e alegre, um garoto, apenas dezesseis anos quando os humanos o mataram a sangue frio, os caçadores nem o julgaram.

Vic, uma loba calma e castanha, 21 anos quando morreu, se atirou em chamas para salvar uma criança, o incêndio foi causado por um vampiro que tentou fugir, Vic salvou a criança, e sua vida foi o preço.

E por fim... Thomás. Um lobo mesclado em castanho e bege, engraçado e animado, tinha 520 anos lupinos e 30 anos humanos congelados. Ele morreu protegendo o caçador que o matou de um vampiro, o tiro decisivo veio por suas costas, ele nem teve chance.

                Todos eles eram apenas os primeiros de uma lista de muitos, Jake ficou ali, relembrando suas perdas até um focinho gelado lhe tocar o ombro. Thomas riu para seu alfa.

- Não venha amarelar agora alfa. – resmungou. – Já viemos até aqui, vamos terminar o que viemos fazer. – uma brisa balançou o pelo castanho de Thomas e o alfa o encarou, parecia que o castanho lia sua mente.  – se alguém morrer, vamos carregar o peso dessa vida perdida junto com todos os sobreviventes, mas esses lobos são duros na queda, aposto que aquelas coisas vão correr assim que verem esses demônios.

                Os lupinos tinha escutado cada palavra de Thomas, eles riram das palavras do lupino e assentiram para o alfa, nenhum deles tinha a intenção de morrer ali. Ambos os batedores se encararam já sabendo quando seria a ordem e se colocaram a frente do grupo, cada um de um lado, discretamente ambos sorriam, a adrenalina os fazia vibrar. E quando a ordem chegou, lágrimas escorreram pelos olhos dos presentes, eles não lamentavam, apenas se sentiam felizes, fazia tempos que não iam para algo desse tipo, a nostalgia batia a porta.

                Quando Jake uivou aprovando a ordem, os lobos se encararam, memorizando os rostos de seus aliados e marcharam em direção ao norte. Os dois batedores corriam a frente mostrando o caminho. Suas patas marcaram o chão e sua adrenalina subiu, cada um dos lobos que corriam estavam sorrindo, nenhum deles pensava que iria morrer, afinal era uma coisa imprevisível.

‘’ os velhos lamentam pelos tempos guerra que já passaram, enquanto os jovens morrem pensando em voltar para casa.’’  


Notas Finais


é isso! infelizmente o próximo capítulo vai demorar um pouquinho para sair porque agora eu vou estra ocupada. bom, até o próximo!


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