Memórias on.
Era manhã de quinta feira, eu estava cansada. Mas mesmo assim eu tinha que ir ver como estava o meu paciente Premium.
O elevador desce até o último andar, ele fica isolado aqui no fundo.
Passo meu crachá no sensor, que logo muda para a cor verde. Em seguida uma voz metálica surge.
- Harleen Frances Quinzel, status: Psiquiatra do Detento 891: Joker. Apresentar confirmação de voz.
- Rato voador. - Falo o código.
-Acesso bem sucedido.
Eu entro na sala que está escura, quando menos percebi as luzes se acendem.
- Olá Harley!
Me sento a sua frente.
- É Harleen, quantas vezes vou ter que repetir?
- Opa! A menininha ficou com raiva. - Ele sorri mostrando sua platina nos dentes.
- Ha ha ha. - O imito sarcástica.
Ele gargalha insanamete.
- Você é mais engraçada do que eu imaginava. - Ele diz sorrindo.
- Mas enfim, pronto para mais uma sessão? - Fico com o meu bloco e caneta nas mãos.
- Vai ser um pouco longa Dra... - Ele me encara sorrindo.
Memórias of.
- Então quer dizer que você utilizou esse método?
- Siim
- Interesante... - o doutor rabiscava coisas no seu bloco.
Harley Quinn estava pendurada numa espécie de balanço feito com lençóis... Ela mesma tinha feito.
- Você se sente so? Digo, sente falta do Joker?
Harley ficava de Ponta cabeça.
- Ele vem me buscar... - Ela sorri. - E além do mais, eu sou louca! Ha Ha Ha!
- Entendi... Voce ainda acredita nisso, mesmo ele estando morto.- Ele rabisca. - Mas continue a contar o resto.
Memórias on.
- Então o Batman te jogou dentro de um tanque com produtos químicos? - escrevo no bloco.
- Sim, isso me deixou com uma mudança um tanto notável.
- Entendi... - Olho para o seu rosto e vejo uma de suas tatugens. - E as tatuagens? Tem algum significado?
- Como tudo na vida Harley.
- É Harleen.
- Bem, elas têm um significado... Mas isso eu não revelo. - Ele sorri.
Ele ja estava tirando minha paciência.
- Perdão Harley, que horas são?
Eu paro de escrever, eu levanto minha cabeça e os óculos que estavam escorregando.
- Por qual motivo? - tiro os óculos e o pingo em cima da mesa e olho meu relógio. - São 8:30 Am.
- Ah, obrigado.
Isso me intriga um tanto, por qual circunstância ele quer saber as horas?
- Bem, nosso tempo acabou. Até mais Joker, amanhã teremos uma sessão neste mesmo horário.
Eu me levanto e saio caminhando rumo à porta.
- Adeus Harleen Quinzel. - Ele diz em alto e bom tom.
Eu engulo em seco, saio da sala e os guardas vão fazer o seu trabalho.
Horas mais tarde...
Eu estava sentada num restaurante um pouco longe do Arkham, eu estava almoçando quando minha mente toda volta a atenção para o Mr.J.
-Perdão Harley, que horas são?
- Por qual motivo? - tiro os óculos e o ponho em cima da mesa e olho meu relógio. - São 8:30 Am.
- Ah, obrigado.
Isso me intriga um tanto, por qual circunstância ele quer saber as horas?
- Bem, nosso tempo acabou. Até mais Joker, amanhã teremos uma sessão neste mesmo
- Adeus Harleen Quinzel. - Ele diz em alto e bom tom.
Ele perguntou as horas e me chamou pelo meu nome, isso é muito estranho. No final de uma consulta ele nunca diz "adeus", sempre é "Até mais Harley!" Ou então "Tchau Harley". Algo está errado...
...
Estou em meu apartamento agora, em fim, paz e sossego...
Estou lendo um livro e comendo uma caixa de chocolates, é uma ótima obra e sem dúvida um ótimo chocolate. O telefone toca estericamente, eu não vou atender de forma alguma, deixarei isso para a secretária eletrônica.
- Olá! Aqui é a Harleen, se você ligou para mim saiba que eu não posso atender, deixe seu recado após o bipe.
Bii.
- Dra. Quinzel, aconteceu algo no Arkham. Queremos sua ajuda pra...
Eu puxo o telefone e o atendo.
- Pode falar.
- Bem, queremos sua ajuda.
- Seja direto, odeio enrolação. Quem é você?
- Batman, acho que ja ouviu falar de mim. Se olhar pela janela vai ver que estou esperando, peço que me acompanhe até o Arkham.
Eu pulo do sofá deixando o livro cair, eu caminho até a janela com o telefone apoiado no ombro esquerdo e a caixa de chocolates nas mãos.
- O quê? Não acredito que está me esperando. Eu não vou à lugar nenhum como você antes que me diga o que houve.
Ele suspira do outro lado la linha.
- Joker escapou.
- Desço em cinco minutos. - Digo ríspida.
Eu largo o telefone e deixo a caixa de chocolates em cima do sofá, corro para o meu quarto e percebo que estou so de camisola vermelha, não me importando visto apenas um sobretudo preto, coturnos e um par de luvas. Pego meus óculos e saio correndo.
...
Eu nunca tinha entrado naquele carro, ele dirigia sem falar uma só palavra. Estava em seu traje noturno de justiceiro, eu o observava a todo instante.
- Você é louco? - viro a cabeça para o lado.
- Não, chega de perguntas Dra.
- É tão sério... - Harleen diz tentando provocar.
- Dra. Quinzel, chegamos. - Ele diz sério e mudando de assunto.
Nós entramos no Arkham, tudo estava uma bagunça. Havia guardas mortos por todos os lados, eles queriam a minha ajuda para ter alguma pista.
- Perdão, não posso ajudar em nada. Eu nem estava aqui para falar a verdade, amanhã é o meu dia de folga e eu já estou de saída. - Saio andando deixando todos.
- Dra. Harleen, eu posso deixá-la em casa. - O morcego dizia.
- Eu não aceito carona de caras mascarados.
...
Eu chego no meu apartamento, está tudo como eu deixei. Menos por um detalhe.
Uma rosa vermelha está em cima e mesa, e nela há um bilhete.
Fez bem em não contar nada à eles Dra.
J.
Ele esteve aqui... Mas como? Ah Harleen, ele sabe de tudo...
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