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História Onde você estava - Susto


Escrita por: Juchandelier

Notas do Autor


Olá pessoal, essa é minha primeira fic, vou postar e sair correndo hahahaha
Acredito que postarei mais um capítulo hoje ainda, talvez um pouco mais longo.

Se gostar, deixe um comentário com dicas, reclamações, erros, dúvidas existências etc, vai ajudará continuar (nem sei se vou continuar ainda então... Toda ajuda é bem vinda)

Capítulo 1 - Susto


Lexa POV

Hoje era um dia bom. Sem mortes, sem confusões. Eu poderia assistir algumas aulas durante o período da noite, fingir que pertenço àquele lugar. Não que eu ache que consigo me misturar com facilidade aos riquinhos com vidas fáceis e tranquilas que frequentam a universidade, não com minhas roupas sempre pretas e surradas, minha feição cansada e cabelo sempre desgrenhado. Mas bem, quem liga? 

Eu, definitivamente não.

Nao havia mais ninguém agendado pra essa tarde, o dia estava estranhamente calmo. Não que eu ligue, apenas acredito que a calmaria sempre precede a tempestade. O pensamento me dá calafrios. Ignoro e subo na moto, acelero pelas ruas até chegar no beco escuro e fétido onde fica meu apartamento. Lar doce lar.

Largo a moto nos fundos do prédio, não me preocupo em usar um cadeado ou algo do tipo, apenas a deixo ali. Afinal, não é como se alguém fosse roubar algo meu, seria mais inteligente cavar a própria cova. Giro a chave habilmente e entro no hall escuro e gelado, silencioso como sempre. Chamo o elevador e nada acontece. Quebrado de novo. Ótimo. Apenas oito lances de escadas, moleza. 

Tiro as roupas no segundo em que coloco o pé em casa, chuto a calça longe enquanto tiro a jaqueta de couro, ficando de camiseta e cueca box. Ligo o computador, dois e-mails. Droga, mais trabalho.

Abro o primeiro, veio diretamente da Rússia, eram apenas datas e horários. Não entendi do que se tratava logo de cara, então abri o segundo e-mail que vinha dos meus "supervisores" aqui em nova york. 

"Alexandra, datas e horários encaminhados, ligue assim que ler os emails. O prazo acaba em dois dias."

Anoto os codigos em meu caderno de bolso, tiro o celular da jaqueta e disco os malditos números já tão conhecidos. Após dois toques o homem do outro lado da linha atende, a voz fria e assustadoramente divertida, cerro os punhos para controlar a repulsa que ele me causa.

- Lexa - cumprimentou-me, eu podia sentir que estava com um sorriso nos lábios, debochado - viu sua programação para os próximos dias?

- Sim, Pike - respondi simplesmente, como se estivéssemos falando de amenidades e não da vida de meia dúzia de pessoas - qual a prioridade? - perguntei enquanto abria o baú embaixo da cama e colocava dois revólveres em cima da mesma.

- ninguém em particular, apenas o dinheiro, é claro - disse calmamente - se o dinheiro não vier, você sabe como prosseguir.

Seu tom malicioso ao proferir a última palavra fez meu estômago revirar. Desliguei o telefone e fechei o baú, olhei para as armas pretas e opacas em cima da cama e tudo que senti foi exaustão. Fiquei um tempo assim, parada, inerte em frente à cama e sem nada em mente, apenas a violência, o medo e a raiva, misturados nas águas profundas da minha mente, calmas olhadas da superfície mas letais para qualquer um que ousasse mergulhar.

Eliza POV

Como sempre, o dia passou voando. Já era final de tarde estava atrasada para ministrar meu curso de desenho, olho no relógio. Cinco e meia, droga. Arrumo rapidamente os papéis dentro da pasta e saio apressada da sala, apesar de dar ótimas aulas essa professora tinha o hábito horrível de passar do horário.

Atravesso a rua indo em direção ao ponto de ônibus, olho no relógio de novo. Vou de táxi. Estico o braço e em alguns segundo um carro estaciona, entro e digo o endereço. Talvez eu só me atrase alguns minutos. 

Pouco depois das seis da tarde estou a uma quadra do estúdio aonde dou as aulas, pego a mochila para pagar a corrida, porém percebo que minha carteira não está lá. Perfeito, como vou pagar? Suspiro nervosa. Coloca a mão nos bolsos procurando por algumas notas amassadas. Bingo. Não é muito, mas paga o taxista e sobram dois dólares. Agradeço o senhor de cabelos grisalhos e corre em direção à porta, apenas dez minutos de atraso.

- Olá Margarett - digo apressada à recepcionista enquanto retiro o moletom por cima da cabeça - desculpe o atraso, quantos estão aqui?

-sem problemas, já disse que poderíamos trocar os horários - disse simpática - hoje vieram cinco, Andy está no hospital novamente - informou cabisbaixa. Pobre Andy, apenas oito anos e já estava passando por tanta coisa. Ele havia acabado de raspar o cabelo devido ao tratamento contra a leucemia.

- em que hospital ele esta? - perguntei apressada - talvez eu possa lhe fazer uma visita, levar alguns desenhos.

- Mount Sinai, não sei se não familiares podem visitar, mas posso ligar para os pais dele - sugeriu animada

- obrigada, vou subir - disse enquanto ia em direção às escadas.

O segundo andar do estúdio era formado por algumas salas, a menor, localizado no final do corredor foi cedida à mim durante alguns dias na semana para ministrar oficinas de desenhos e arte para crianças especiais ou sem condições financeiras. Era meu porto seguro. 

- Oi pessoal! - digo animada, sempre tentando manter a atmosfera leve e agradável para as crianças. Os cinco me esperavam sentado ao redor de uma grande mesa redonda, rabiscando em alguns papéis. - como vocês estão hoje?

- Oi tia Eliza - dizem alto e em coro, os que podem, se levantam e vem me dar um abraço, sempre muito atenciosos.

- a gente tá bem, mas cadê o Andy? - pergunta Maia, uma menininha franzina de 7 anos, ela te, síndrome de down. Parte meu coração vê-la preocupada com o colega, algo muito comum entre eles, devido à saúde frágil da maioria.

- Oh meu amor - digo me abaixando para ficar na mesma altura que ela - ele está no hospital, cuidando da saúde pra poder voltar aqui e pintar com a gente - tento parecer otimista, tento acreditar em milhas palavras.

- então tá bom, já já ele volta - disse ela simplesmente, um pouco mais tranquila e se vira para os amiguinhos, como quem diz "eu sabia".

Sento em uma das cadeiras e começo as atividades com os baixinhos.

                                                                                                                                                                     

Rrenovada após uma hora de alegria com as crianças, sai do estúdio com Margarett, que infelizmente me disse que não posso visitar Andy, seu estado está muito frágil. Ignoro a angústia em meu coração e me despeço.

ja está escuro, e estou sem minha carteira, o que significa ir para casa de ônibus e andar bastante. Sai apressada ansiando por chegar em ruas mais iluminadas e movimentadas. A apenas duas quadras do meu destino, ouço o rugir do motor de uma moto, me escondo na sombra de um dos prédios, esperando que o veículo passe reto. Mas não é isso que acontece.

Lexa POV

O maldito do primeiro alvo resolveu dificultar meu trabalho. Um traficante de meia tigela que devia uma pequena fortuna ao fornecimento de armas dos Sayakhov, ele era o primeiro da lista, resolvi seguir a ordem. 

Assim que percebeu minha intenções nada amigáveis resolveu fugir. Nada inteligente pois, veja bem, eu sou Lexa Woods, e por mais que odeie e sinta nojo do meu trabalho, eu sou boa no que faço. Tenho que ser. Subo na moto, entediada, e o sigo pelas ruas movimentadas, após algumas viradas o intercepto e obrigo-o a virar à direita, uma parte pouco iluminada e um tanto perigosa. Ele segue reto, pisando fundo, mas é uma rua sem saída, pelo menos de carro. Para a moto na entrada da rua, entre ele e a saída. Mais um homem morto.

fico de pé, armas em mãos e aguardo ele sair do carro. Ele sai, mãos para cima, mas não se engane lexa, ele também está armado. 

- escute aqui - ele grita - se você acha que pode simplesmente sumir comigo, está muito enganada, eu tenho amigos, parceiros. Eles irão atrás de você. Preciso de mais alguns dias. - ameaças vazias.

- só estou fazendo o meu trabalho, você falhou com o seu - digo erguendo a arma, mas antes que possa atirar, ele se joga no chão, sacando a sua. Com um giro rápido, desvio e começo a andar em sua direção, passos firmes. 

Chego na lateral do carro e com um movimento rápido aponto a arma para onde ele estava, atirando. Mas acerto o chão, ele passou por debaixo do carro. fecho os olhos e escuto. Ele se levanta a alguns metros de mim, ergo a arma em minha mão esquerda e atiro, sem olhar. E então um baque surdo, típico de um corpo caindo inerte no chão.

Ando calmamente em direção a minha moto quando escuto algo a minha esquerda, tenho que sair daqui logo, com todos esses tiros o local vai ficar cheio de policiais em minutos. Mas decido investigar.

Ando alguns metros em direção ao barulho, na sombra do prédio, agachada no chão, uma figura pequenina, encolhida, levanta os olhos e me observa, apavorada. Era a loira da universidade. Meu sangue gela. Deveria matá-la.

 

 

 


Notas Finais


Bom, tá aí. Esse capítulo foi mais um teste, uma apresentação das personagens.
Os próximos serão mais animados, teremos Clexa (eu espero) e muuuuuitos mistérios.
Comentem com dicas e digam oq acharam. Obrigadinha ❤️


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