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História One (Diley) - I take the risk


Escrita por: dileycoud

Notas do Autor


Perdão pela a demora, sei o quanto isso é chato, mas por favor não me matem!

Boa leitura!

Capítulo 27 - I take the risk


– Teremos que adiar algumas reuniões devidos aos últimos imprevistos... – Paul falava comigo através do telefone, me passando todas as informações da imprensa e da fábrica, mas eu nem se quer fazia questão de prestar a atenção em suas palavras, minha mente vagava em Selena que está internada no hospital e foi diagnosticada com hipertensão pulmonar.

Depois naquele dia no campo não consegui prestar a atenção em quase nada. Nunca tinha presenciado um acidente assim, quer dizer, não de perto ou com alguém próximo.

Com Dallas foi diferente, eu não estava lá quando aconteceu, eu não estava presente para saber de fato o que aconteceu. Eu não ouvi os sons da sirenes, dos paramédicos e das pessoas chorando, apenas a sua morte tinha me afetado, mas o trauma de presenciar o que avia acontecido não tinha quase nenhum impacto sobre mim, apenas a sua perda.

Mas com Sel eu tinha presenciado o momento. Eu ouvi as sirenes, os paramédicos, eu ouvi e esses sons não saiam da minha cabeça de jeito nenhum, pareciam querer me atormentar mais e mais. Era tudo novo e de mais para mim. Mas saber que pelo menos a minha amiga esta no hospital e está bem me alivia muito.

– Senhorita Lovato? – Ouvi uma voz de longe. – Senhorita Lovato está me escutando? – Paul falou um pouco mais alto, me despertando dos pensamentos.

– Oh, sim. – Pigarrei. – Pode continuar.

– Quer parar por aqui? – Indagou preocupado. – Eu acho que já discutirmos bastante sobre a empresa. Se quiser, podemos...

– Não Paul, pode continuar. – Sorri. Paul sempre foi muito atencioso, eu não o considero apenas como o vice-presidente da empresa Devonne, mas sim como um grande amigo.

Ele é o meu braço direito na empresa, tudo que eu preciso saber ele me diz, me ajuda a comandar a empresa e a fábrica. É difícil encontrar alguém tão fiel como ele quando se é deficiente visual e é dono de uma grande fortuna. As pessoas querem te passar a perna, roubar o seu negócio, mas graças a Paul isso não aconteceu. Não é atoa que deixo ele comandar tudo na minha empresa, eu apenas participo de reuniões, dos eventos, entrevistas, entrevistas de empregos, dos produtos que deve ou não entrar na minha linha e etc.

– Certo, vai querer fazer o comercial da sua nova linha de produtos que acabou de ser lançado? Várias agências de modelos estão interessados.

– Sim, isso vai ser bom para promover os novos produtos. Contrate a melhor agência de modelos que você encontrar, por favor.

– Ok... Demi, eu sei que você pediu para não nos preocuparmos com isso, mas... – Sua voz saiu um pouco baixa. – As empresas estão caindo em nós desde do dia do casamento. Revistas, programas, sites está em todo lugar! Eles querem saber o que está acontecendo e eu já não sei mais o que fazer. Eu já tentei deixar bem claro que você não está dando entrevistas mas eles não escutam. Eles não vão parar até você aparecer e esclarecer tudo. – Suspirei pesado passando as mãos pelos os meus cabelos.

Não é de hoje que as empresas de fofocas estão me cercando. Por causa disso fiquei trancada em casa para não ter que enfrentar esses amantes de ibope, a única vez que sai foi para vir para a fazenda de Miley.

Já estou imaginando as perguntas inúteis e pessoais que iram fazer. Eles sempre querem arranjar um defeito em nós, ainda mais quando se é uma jovem deficiente e dona de uma empresa. Sei que eles não vão desistir até conseguirem o que querem.

– Paul, deixa que eu resolvo isso. Tire o resto do dia de folga, eu sei que você trabalhou muito nesses últimos dias. Descanse um pouco, está bem? – Outro suspiro saiu da minha boca. Eu já estava cansada. Eu estou trancada nesse quarto falando sobre negócios à horas e a minha filha não para quieta, chutando cada vez mais a minha barriga, preciso parar um pouco e acredito que Paul também esteja cansado.

– Tem certeza?

– Sim. – Ouvi a porta do quarto ser aberta, e um perfume doce se instalou no quarto. – Descanse um pouco Paul.

– Tudo bem, obrigado Demi. – Era nítido o alívio na sua voz.

– De nada West. – Digo rindo. Sei que ele odeia quando o chamam pelo o segundo nome, e eu faço isso só para irrita-lo um pouco.

— Até Lovato.

– Até. — Ele encerrou a chamada. Joguei o telefone em qualquer lugar em cima da cama e deitei a minha cabeça na cabeceira da cama respirando fundo e fechando os olhos.

– Cansada? – A voz da Normani me dez abrir os olhos.

– Um pouco. — Sorri fraco.

– O que são tudo isso? – Perguntou curiosa, eu sei que ela está perguntando dos papéis que estão espalhados pela cama.

— São documentos, coisas sobre a empresa e a fábrica. Chegou ontem no correio da minha casa e Steven mandou para mim, para eu poder trabalhar. — Dei de ombros. É claro que os papéis estão escrito em braille para eu poder "ler". Qualquer tipo de papel, livros ou revistas que são relacionados a minha empresa ou a fábrica tem que ter uma copia em braille para eu poder ter acesso às informações.

– Quanta coisa. – Falou um pouco surpresa e concordei com a cabeça, dando uma risada nasal. — Miley ligou avisando que está vindo com a Ally nos buscar.

– Ela disse como está a Sel? – Me sentei corretamente na cama.

– Ela disse que Selena está bem. Um pouco fraca devido a cirurgia.

– E você sabe se a cirurgia ocorreu bem? Eles tiraram o tumor? Vai precisar fazer outra? – Disparei nas perguntas a fazendo rir.

– Não sabemos ainda. Ally e Miley vão vir buscar a gente e daqui vamos direto para o hospital saber se ocorreu tudo bem.

– Você sabe se elas já estão chegando? Preciso organizar esses papéis, mas queria cochilar antes.

– Desculpe Demizinha, mas daqui a pouco elas estão aqui. – Suspirei deixando o meu corpo cair na cama. – Se você quiser eu te ajudo. – Senti o meu lado da cama se afundar. Levantei o meu corpo sentando na cama e sorrindo largo.

– Sério? – Pergunto sorrindo.

– Sim, hoje Dinah está cuidando das crianças. – Ri imaginando o desespero da Dinah cuidando de duas crianças pequenas, mas sei que ela é uma boa mãe. – E eu bom, eu tenho o dia todo livre. Quer dizer, o dia todo livre se a Raven não quiser mamar no peito. – Riu.

– Mani é por isso que eu te amo! – A abracei forte.

– Só por isso mesmo? — Fingiu estar magoada. — Bom saber Demetria.

– Você sabe que não é só por isso. – A abracei de lado, deitando a minha cabeça em seu ombro. – Eu te amo por ser a minha amiga.

– Também te amo baixinha. – Beijou o topo da minha cabeça e bagunçou o meu cabelo logo em seguida. – Certo, agora vamos arrumar essa papelada logo. – Ela levantou. – As suas malas já estão prontas?

– Sim, eu terminei de arrumá-las hoje de manhã. – Falei me levantando também.

Ela falou nada. Começamos a arrumar as coisas e não demorou muito para estar tudo organizado e guardado.

– Está escutando? – Parei o que estava fazendo e prestei mais atenção em minha volta. – Tem mais alguém aqui? – Perguntei tentando reconhecer a voz, e acabei descobrindo de quem era. – Beyoncé está aqui? – Franzi o cenho.

— Dinah... – Ouvi Mani suspirar. – Ela está ouvindo Beyoncé no som alto. – Bufou. Prestei mais atenção e eu logo reconheci as batidas de Crazy in Love. – Eu falei para ela que não era para ouvir Queen B no som alto aqui por causa dos animais, mas como ela é uma fanática ela não me escutou.

Soltei uma risada. Dinah é louca pela a Beyoncé, assim como Mani, mas digamos que ela é mais controlada. Elas até se conheceram no show da Beyoncé, e também foi onde eu e Miley conhecemos Dinah.

– Deixa ela Mani, daqui a pouco estamos indo embora. Uma vez não faz mal. — Dei de ombros.

De repente o som aumentou. Parecia que ela estava com a caixa de som no corredor dos quartos.

– DINAH! – Mani gritou me assustando. Ela pegou o meu pulso e me puxou para algum lugar bufando. Há cada passo a música ficava mais alta, e eu não sei se é a minha audição super alterada ou se tava alto mesmo mas parecia que eu estava no show da Beyoncé.

Mani parou de andar me fazendo parar de andar também, mas não soltou o meu pulso.

– DINAH DESLIGA ESSE SOM AGORA. – Gritou mas não teve respostas. Ela bufou, soltando o meu pulso. Segundos depois a música alta foi encerrada.

– Hey! – Dinah exclamou. – Quem foi o idiota que desligou?!

– Eu! Por quê?! – Mani perguntou em um tom ameaçador.

– Po-por nada, pode fazer isso quando quiser amor. – Ri. Dj pode ser uma durona, mas é muito medrosa quando se trata de Mani.

– Por que diabos você estava desfilando que nem uma louca no meio da sala com o som alto sendo que eu pedi que não era para fazer isso aqui porque incomoda os animais? E cadê a Raven?

– Raven está com a Camila. E foi ela que pediu!

– Não ponha a culpa na Elizabeth, Jane. — Eu só sabia rir dessas duas.

– Mas é a verdade! Não é verdade filha? — Perguntou para Eliz.

– Não. Mãe Dih foi colocar pra mim o Show da Luna na TV e ela viu a mulher que ela gosta na TV e começou a dançar. – Soltei aquela minha gargalhada escandalosa. Se antes Dinah está ferrada, agora ela está muito, mas muito ferrada.

— Droga filha! Era para falar que você pediu.

– Mãe Mani sempre disse que não é pra mentir, é feio! – Liz disse alterando o tom de voz.

– Garota grita comigo de novo e você vai ver o que é feio. – Eu só sabia rir. Não acredito que Dinah está discutindo com uma criança de seis anos. – Não ria Demetria! – Dj me reprendeu e eu coloquei a mão na boca tentando conter a risada.

– Dinah... – Mani rosnou.

– Mas minha morena, estava passando especial da Beyoncé na MTV!

– Sério?! – Mani perguntou animada. – Mas ia passar só semana que vem!

– Eu também pensei mas parece que vai passar essa semana também. – Do nada elas começaram a dar gritinhos finos e animados. É, parece que elas se resolveram, só a Beyoncé para fazer isso mesmo.

– Mas que gritaria é essa? – Ouvi a voz da Lauren depois que ouvi a porta principal ser aberta. — Dá para ouvir tudo lá de fora.

– Dinah estava ou-ouvindo Beyoncé, Mani fi-ficou brava e agora elas estão gritando. – Tentei resumir, pois eu estava tendo uma crise de risos.

– Hã? – Camila perguntou sem entender.

– Não liga para ela Mila, o que ela tem de lerda ela tem de louca. – Parei de rir quando ouvi o que Dinah disse.

– Escute aqui sua girafa. – Chamei ela pelo o apelido que todos a chamam, suponho que ela seja alta para as pessoas chamá-la assim. — Me chame de louca ou de lerda de novo que eu chuto essa sua bunda daqui até Japão.

– E eu só não chuto a sua porque você está grávida projeto de umpa lumpa do Willy Wonka, vai fazer chocolate que você ganha mais mini Ally. – Abri a boca chocada. Eu ia rebater mas Normani me interrompeu.

– Opa! ninguém vai chutar ninguém aqui, podem parando de brigar.

– Aaah eu queria ver uma briga hoje. – Tinha que ser a Megan, claro.

– Mãe! Agora eu quero chocolate! – Liz disse choramingando.

– Vai pedir a Demi, ela trabalha para o Willy Wonka. – Dj respondeu rindo.

– Porra, hoje você está insuportável! – Passei as mãos pelo o meu rosto e cabelos bufando.

– E você não fica por trás. – Falou e eu revirei os olhos.

– Eu tinha com quem aprender. – Rebati, cruzando os braços abaixo dos seios.

– Meu Deus, vocês parecem duas crianças! – Disse Mani. – Até a Liz está mais madura que vocês.

– Foi ela que começou! – Eu e Dinah dissemos juntas. – Não, foi você! – Falamos juntas novamente.

– Vamos ignorar essas crianças. – Falou Mila, e eu estreitei os olhos em sua direção. – Enfim, Ally me ligou e avisou que ela e Miley vão chegar em cinco minutos.

– Ótimo, assim eu vou poder ver o especial da Beyoncé a vontade. – Dinah disse e em seguida novamente a voz da Beyoncé se fez presente na casa, só que desta vez cantando Get me Bodied.

— POR DEUS DINAH! ABAIXA ESSE SOM, VOCÊ ACORDOU A RAVEN.– Lauren gritou por causa da música alta. Dj abaixou o som resmungando algo e bufando.

– Não posso nem ouvir a minha diva mais. – Ela reclamou. – Vocês são chatas.

– E você não fica por trás. – Repeti com uma voz ridiculamente fina numa imitação dela o que ela me disse minutos atrás.

— Quieta smurfette.

– Céus quantos apelidos vocês me deram? – Perguntei nervosa.

– Deixa eu ver... – Megan disse pensativa. – Umpa lumpa, pequena, pequenina, baixinha, smurfette, pigmeu, anã, mini anã, mini Ally, Deminiatura...

– Tá, tá eu já entendi. – A interrompi. Pra que eu fui perguntar. – Eu não devo ser tão pequena assim.

— É sim. — Todas responderam juntas e eu bufei revirando os olhos.

– Você é tão pequenininha e fofinha que parece uma criança. — Camila apertou as minhas bochechas e eu me desviei de seus dedos. – Dá vontade de te colocar em um potinho e de te proteger de tudo e de todos.

– Exagerada. – Resmunguei massageando as minhas bochechas.

– Exagerada não, realista. – Revirei os olhos.

– Tanto faz. – Digo gesticulando a mão em desdém. – Eu estou com fome.

– Quando é que você não está com fome? – Lauren perguntou, e percebi que ela parou do meu lado.

– Eu sou uma mulher grávida, agora eu como por dois, ou melhor, por duas. E você sabe que quando uma mulher está com vários hormônios a mil come tudo que conseguir. – Pausei, tirando a franja que caiu em meu olho. — Agora pare de questionar o meu apetite e me leve até a cozinha e me faça em sanduíche.

– Só Miley para te aguentar mesmo. — Murmurou e eu direcionei a minha mão em sua direção, transferindo um tapa nela e a mesma resmungou algo.

– Não liga não, são as mudanças de humor. – Megan sussurrou, mas sei que era para eu ouvir também.

– Eu ouvi isso. – Falei.

– E era para ouvir mesmo. – Fiz uma careta como resposta. Eu sabia que era verdade, essas mudanças de humor acaba comigo.

Lauren pegou na minha cintura e me levou até a cozinha e me ajudou a sentar no banquinho do balcão quando chegamos na cozinha.

– Vai querer sanduíche de que Deminiatura? – Rolei os olhos por causa do apelido ridículo.

– Pasta de amendoim com queijo. — Digo, imaginando o quão gostoso deve ficar com maionese.

– Eca Demi! Eu não vou fazer isso não, credo. — Revirei os olhos novamente. – Revira esse olhos novamente para mim e deixo você sem sanduíche.

– Eu não estou pedindo para você comer comigo, eu só estou pedindo pra fazer para mim. – Formei um bico em meus lábios. – Por favor.

– Está bem! Está bem! Eu faço. – Sorri vitoriosa. – Só porque você está grávida e eu sei que isso é um desejo. — Murmurou.

– E também porque você me ama. – Sorri convencida.

- Convencida você hein! – Mostrei a língua para ela e ela riu.

Não demorou muito e eu já estava me deliciando do meu desejo. Aquilo estava divino, uns dos melhores sanduíches que eu já comi.

– Isso está maravilhoso. — Dou mais uma mordida em meu sanduíche que estava tão lotado de pasta de amendoim que sentia cair dos lados.

– Isso é nojento. – Neguei com a cabeça.

– Não, é divino. – Falei com a boca cheia. – Tem maionese? – Ouvi alguém vomitar, ou fingir estar vomitando.

– Tem sim, vou pegar. – Segundos depois ela já está colocando a maionese em meu sanduíche.

– Pode encher, coloca mais. – Digo um pouco apressada. Não esperei ela terminar de colocar e já avancei no meu sanduíche. Ficou mais maravilhoso ainda.

– Chegamos! – Ouvi a voz da Ally.

– Finalmente. – Lauren murmurou baixo. – Miley vem fazer os desejos nojentos da sua mulher agora! – gritou me assustando.

– Calma! Calma! Eu já estou aqui. – Ouvi a voz de Miley na cozinha.

– Oi Smiley. — Falei com a boca cheia.

– Oi peque... Eca Demi! – Interrompeu a sua própria frase para criticar o meu delicioso sanduíche.

— Foi exatamente o que eu disse. – Lauren falou rindo.

— Vocês são chatas. — Limpei a minha boca com um guardanapo que Miley me entregou, mas não adiantou nada pois dei outra mordida em meu sanduíche me sujando novamente. – Amor me dá um beijo. – Falei manhosa.

– Argh! Miley boa sorte, ela é toda sua. – Lauren falou e em seguida ouvi seus passos se distanciando.

– Eu não. – Abri a boca chocada por ela ter negado um beijo meu. – É nojento Demi.

– Mas...

– Sem mas pequena. – Me interrompeu. — Vai escovar os dentes, aí sim eu te dou um beijo daqueles de cinema.

– Ah Miley qual é! Você não ouviu não? – Limpei a minha boca e virei o meu corpo em sua direção. – Na pobreza e na riqueza, na saúde e na doença, na sujeira e na limpeza, na nojeira e na higiene, até que a morte nos separe. — Ela gargalhou.

– Eu nunca ouvi falar no "na sujeira e na limpeza" e na "nojeira e na higiene". – Diz entre risos.

– Mas ouviu agora. — Ela riu e me deu um beijo na minha testa e um na minha bochecha.

– Pronto, dois beijos. Tá todo mundo feliz. — Revirei os olhos e voltei a comer o meu sanduíche.

– Idiota. — Murmurei com a boca cheia.

– A idiota que você não vive sem. – Me deu outro beijo na bochecha, e eu fui mais rápida e a puxei para um beijo de verdade, mas ela se afastou rapidamente.

– Demi! – Soltei uma gargalhada e ouvi a torneira da pia ser ligada. — Mas que... Eca! Como pode gostar disso? – Indagou surpresa.

– Apenas gosto. — Dei de ombros, voltando a comer o sanduíche que por sinal já estava acabando.

– Isso é nojento.

— Foi exatamente o que eu disse! – Lauren gritou da sala nos fazendo rir.

— Termina de comer esse sanduíche logo para podermos ir para a cidade, tem horário de visita no hospital, e como só eu e a Ally estamos de acompanhante não podemos nos atrasar. – Ela disse e senti ela sentar do meu lado.

Faz um dia depois do ocorrido com Sel, e Miley, Ally e Steven passaram essas noite com ela. Hoje de manhã Sel fez a cirurgia, e acho que está na cirurgia até agora. Ally e Miley vieram pra cá enquanto Steven está no hospital esperando a cirurgia acabar.

– Sel não merece isso. — Minha voz saiu embargada.

— Eu sei. — Miley segurou a minha mão. — Mas ela ficará bem, ela é forte. — Assenti e ela beijou os meus cabelos.

Voltei a comer e não demorou muito pra eu terminar. Miley levou o prato na pia e lavou o mesmo e em seguida me deu um copo d'água.

– Mais alguma coisa? – Perguntou quando terminei de beber a água.

– Não, obrigada. – Entreguei o copo vazio à ela.

– Vem, vamos avisa às meninas que já podemos ir. – Assenti e Miley pegou a minha mão e caminhamos até a sala.

– Miley! Miley! – Ally falou desesperada quando chegamos na sala. – Fala para esse imã chato aqui parar de me abraçar ou tira ela de mim. Você é a única que ela obedece.

– Aah pequena Ally, eu só estou com saudades! – Megan falou manhosa.

– Megan a gente não nos vimos só a um dia, larga de ser grudenta garota. – Miley suspirou e soltou a minha mão caminhando em passos firmes.

– Megan deixa de ser chata e larga a Ally.

– Não! Ninguém me tira do meu amorzinho.

– Awwwn! – Todas falamos juntas e ouvi Ally bufar.

– Eu não sou o seu amorzinho. – Disse com desdém. – Céus, eu tenho namorado!

– Quem? – Riu. – Aquele cara que se recusou passar o feriado com a sua namorada para viajar com os amigos? Vocês podiam estar juntinhos agora, mas não estão, por será? – Ally não respondeu, deixando claro a sua resposta. – Que ótimo namorado que você tem, Ally.

– Está bem Megan, larga ela. – Miley disse. – Não me faça tirar você a força. – Megan resmungou alguma coisa e depois pude ouvir um suspiro aliviado.

– Finalmente posso respirar! –Ally fala.

– Você ainda vai me amar pequena Ally, apenas espere.

– Só nos seus sonhos. – Rosnou.

– Nos meus sonhos já estamos casadas, morando em uma casa de praia, com os nossos dois filhos e o nosso cachorro chamado Spike. – Soltei uma risada divertida. Megan não existe mesmo.

– O papo tá legal mas vamos para a cidade logo. – Concordamos e fomos para o carro.

– E as nossas malas? – Camila perguntou quando já estávamos dentro do carro.

– Os empregados já colocaram no carro. – Miley respondeu já no carro e colocando o cinto de segurança em mim. – Todas estão prontas?

– Sim. – Respondemos juntas.

– Todas acomodadas?

– Sim. – Respondemos novamente.

– Todas colocaram o cinto?

– Sim.

– Todas estão confortáveis? – Fez outra pergunta.

– Sim...

– Todas...

– Anda logo com essa merda de carro Miley! – Lauren gritou interrompendo Miley.

– Hey! O carro é meu! – Ally disse. – Não chama o meu bebezinho de merda.

– Desculpe Allycat mas é porque Miley já estava me irritando. – Rosnou.

– Eu só queria saber se vocês estão bem poxa vida. – Resmungou. – Não precisa gritar. – Soltei uma risada nasal e procurei a sua coxa dando um carinho singelo na mesma.

– Tá, tá, todo mundo está bem, vamos logo que eu quero saber se Selenita está bem também. – Miley falou nada, apenas ligou o carro e não demorou muito para eu sentir o vento bater em meu rosto.

– Quando eu estava vindo, eu vi uma loja de bebês perfeita, tem tudo o precisamos. Podíamos fazer as comprar lá. – Miley falou.

– Perfeito. – Sorri. – Que dia você acha melhor para comprar as coisas dela?

– Eu não sei, semana que vem para mim está ótimo. – Acariciou a minha barriga.

– Tudo bem, pode ser na próxima semana então.

– Mas vamos que marcar um dia, pois eu tenho a consulta no urologista semana que vem também. – Assenti e ela continuou a acariciar a minha barriga por alguns minutos, o que fez eu dar uma bronca nela para ela prestar atenção na estrada e dirigir com as duas mãos, e a mesma obedeceu sem reclamar.

– Você é muito pau mandado Miley. – Dinah disse rindo.

– Engraçado que você não é diferente Dinah. – Mani falou e todas rimos, menos Dinah claro.

– É claro, se não eu fico sem esse seu corpo lindo a noite.

– Mani, se Dinah não te obedecer fique sabendo que estou disponível a noite, isso se Ally parar de fazer cu doce comigo. — Megan disse e ouvi algo tipo tapa.

– Cuidado aí. É da minha mulher que você está falando.

– Não precisa me bater. Eu não tenho culpa se sua mulher é um pedaço de mau caminho.

— Ah mas você vai conhecer o verdadeiro mau caminho. Vem cá sua magrela. – De repente todas começaram a gritar, pedindo para a Megan e Dinah ficarem quietas e eu tava sem entender nada.

– Dinah sai de cima de mim! – Camila falou. Provavelmente Dinah está tentando pegar a Megan que acredito esteja em uns dos últimos bancos do carro.

— E tira essa bunda grande da minha cara agora! — Lauren disse e eu ri, imaginado a confusão atrás do carro.

– Mamãe porque a mãe Dih está de cabeça pra baixo? – Liz perguntou.

– Céus, as duas param com isso! Estão me atrapalhando! – Miley gritou mas resolveu nada. Ela bufou e o carro foi parando aos poucos. – Dinah senta no seu lugar! – Falou assim que parou o carro mas ela nem foi ouvida.

– Dinah Jane senta no seu lugar agora e sossega. – Normani falou e eu acho que desta vez ela obedeceu, pois as meninas pararam de gritar. – Ótimo! Por Deus temos uma amiga que precisa de nós agora e vocês brigando. Eu não quero ouvir nenhum piu, principalmente de você Megan. E Miley dirige esse carro agora.

Todas ficaram quietas ou ousou falar falar, Miley voltou a dirigir sem falar nada. O caminho todo ficamos em silêncio ouvindo as músicas do rádio.

Demorou quase duas horas e já estávamos na frente do hospital. Todas saíram do carro enquanto eu colocava o meu óculos. Miley me ajudou a sair do carro e me entregou o meu bastão já esticado entrelaçando as nossas mãos e caminhamos em direção ao hospital.

– Com licença, viemos visitar uma paciente. – Camila falou assim que paramos de andar.

– Nome da paciente, por favor. – Essa recepcionista é mais educada da última que nos atendeu.

– Selena Marie Gomez. – Miley respondeu.

– Certo, e vocês são o que dela?

– Amigas, quer dizer somos irmãs praticamente. – Ally respondeu.

– Tudo bem, no quarto 233, é no segundo andar. Senhorita Gomez acabou de sair de uma cirurgia.

– Ok, obrigada. – Megan respondeu e começamos a caminhar até o elevador.

– Megan, eu não sabia que você conseguia ser educada. – Miley disse rindo, enquanto íamos até o elevador.

– Cala a boca idiota. – Miley riu fazendo Megan bufar.

– Agora sim é a Megan que eu conheço. – Provocou novamente Miley. Entramos no elevador e segundos depois eu já podia sentir o movimento do mesmo e o medo me consumir. Miley me abraçou pela a cintura e eu me encolhi em seu braços.

– Larga de ser chata Miley.

– Como se você não fosse. – Rebateu.

– Ei! vamos parar? – Interrompi a pequena discussão das duas. – Miley deixa de ser infantil, e Megan não caia nas provocações dessa chata

– Quanto amor com a sua mulher Demetria. – Camila falou irônica. Senti o elevador parar. Miley puxou o meu corpo me fazendo andar junta a ela.

– Para vocês verem como sofro na mão dela.

– Para de ser dramática. – Revirei os olhos.

– Dramática? Demi teve um dia que eu estava conversando com a minha mãe e você ficou fazendo sons de gemidos perto do telefone só para me ferrar. Levei uma bronca da dona Letícia naquele dia. Ela não sabe a nora que tem. – Ri lembrando do dia.

Confesso que eu estava meio inquieta naquele dia e como se não bastasse, no mesmo dia eu joguei sabão e água em Miley quando ela estava lavando a louça, mas no final resultou em nós duas molhadas e com sabão no cabelo. Miley as vezes sofre bastante na minha mão.

– Ah eu sou amor de pessoa. – Dei um sorriso inocente e ela deu uma risada irônica. – Quando eu quero ser, claro. Mas você não fica por trás, as vezes você também é bem irritante.

– Eu? Como pode falar isso? Sou um amor. — Parei de andar e cruzei os braços. – Está bem, eu não sou nada disso.

– É as duas são lindas, agora podemos? – Camila perguntou. Eu assenti e voltamos a andar e não demorou muito para chegarmos no quarto que Selena está.

– Oi meninas. – Ouvi a voz da Steven.

– Oi. – Respondemos juntas. Alguém tem abraçou e retribui o abraço quando percebi que era Steven.

– Oi querida. Eu estava com saudades. — Falou ainda abraçada a mim.

– Também estava mama. – Sorri quebrando o abraço. – Como está a Sel?

– Bem, a médica disse que não teve nenhuma complicação na cirurgia, e que ela deve acordar a qualquer momento, ou até amanhã de manhã. Daqui a pouco ela volta para terminar de explicar o resto. – Assenti sentido um aperto no peito quando imaginei Selena deitada numa maca.

– Me leve até ela. — Pedi com a voz um pouco embargada. Mama me guiou até Selena em passos lentos. Quando paramos de andar apalpei a cama procurando a sua mão, e assim que eu encontrei segurei a mesma apertando de leve.

Ouvi a porta ser aberta e virei o meu corpo na direção da mesma.

– Boa tarde, eu sou a Dra. Gillies. – Uma voz desconhecida por mim falou.

– Então doutora, a cirurgia ocorreu bem mesmo? – Ally perguntou.

– Sim, felizmente. Mas...

– Ah! Sempre tem esse "mas" – Megan interrompeu a doutora.

– Shii! Deixa ela terminar! – Lauren falou.

– Bom como estava dizendo. A cirurgia ocorre bem, mas a ruim notícia é que não deu para fazer nada. O pulmão dela está muito fraco e já não funciona corretamente, é inútil.

– E o que está pesando em fazer? – Miley perguntou.

– Bom, a única solução é transplante. Colocamos ela no topo da lista, mas isso pode demorar algumas semanas, ou até meses e anos. E como ela quebrou o braço e algumas costelas na queda, ela estará em observação no hospital e irá respirar com a ajuda de algumas máquinas, mas poderá conversar normalmente com as pessoas.

Senti os meus olhos marejados e o famoso no se formar em minha garganta. Não é justo o que está acontecendo com a Selena. Ela é uma pessoa tão boa, ajuda quem for preciso, na verdade ninguém merece passar por isso. Não desejo isso para ninguém.

– Mas e se alguém, tipo, doar? – Megan perguntou quebrando o silêncio que se instalou.

– Não é hora de...

– Não é sério! – Interrompeu Camila. – Eu li sobre isso em algum site.

– É possível alguém doar sim. – A médica tornou-se a falar. — Mas é um procedimento não muito comum e também arriscado tanto para o doador como para o paciente que pode rejeitar o pulmão.

– Eu me arrisco. – Disse decidida. – Eu nunca coloquei um cigarro na boca e eu tenho a saúde ótima, sou uma pessoa saudável. E pelo o que eu sei, o tipo sanguíneo dela é O Negativo e o meu também é O Negativo. Não vejo problemas.

– Conhece os risco...

– Eu estou ciente dos riscos. – Interrompeu a médica.

– Megan, tem certeza? Isso é muito...

– Eu já falei que eu tenho certeza. — Interrompeu Miley.– Minha mãe morreu quando eu era criança. Meu pai não me aceita como filha, pelo o simples motivo de eu ser quem eu sou, e ele levou a minha irmã mais nova com ele. Eu aprendi a me virar sozinha, aprendi a ser adulta aos meu dezesseis anos. — Pausou, respirando fundo. – Vocês são tudo o que eu tenho. – Sua voz saiu embargada e eu sorri com os olhos marejados. — Vocês são a minha família, eu amo vocês, vocês se tornaram importantes na minha vida e uma em especial se tornou mais do que importante. – Sorri largo. Imagino que ela esteja falando de Ally. — E se eu perder uma de vocês, eu irei perder uma parte de mim também. — Respirou fundo novamente, soltando um pequena risada. – Então suas chatas, não me impeçam de ajudar Selena porque eu vou. Até porque vocês querendo ou não eu vou fazer de qualquer jeito mesmo. – Riu de leve. —Então sim, eu me arrisco por ela. 


Notas Finais


Eu sei que está atrasado e que provavelmente todos já estão sabendo, mas queria pedir que orem por Manchester e pela a Ariana e Arianators. Até hoje estou com a mão no coração por causa desse terrível atentado, é muito doloroso, podia ter acontecido com o seu fandom, com seus amigos e ídolos, então por favor não deixem de orar por eles e manda vibrações positivas à eles, obrigada.

Desculpem qualquer erro! Adoro vcs!


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