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História One Body, Two People - One Body, Two People


Escrita por: SamWelly

Notas do Autor


Primeiramente: é a primeira fic que utilizo personagens já existentes, então me desculpem se errei em alguma coisa!
Segundamente: levem na zoeira... não levem tão a sério....
Eu amoo o Yoong e depois de August D, vi um outro lado dele, ai resolvi fazer essa OneShoot sobre isso. Não é uma grande ideia (tive a ideia a muito tempo), mas Ok, espero que gostem....

Boa leitura (✿◠‿◠)

Capítulo 1 - One Body, Two People


Fanfic / Fanfiction One Body, Two People - One Body, Two People

 

O despertador tocou bem cedo, como todos os dias. Eu queria continuar dormindo pelo menos mais cinco minutos, mas como sempre, fui forçado a levantar. O dia seria longo e tedioso como todos são.

Arrastando-me, sai da cama. De 0 a 10, minha vontade é -15. Seria muito bom ter continuado dormindo e não fazer nada. No momento em que terminei de trocar de roupa, como uma zelosa mãe, ele apareceu e como de costume com seu grande sorriso estampado no rosto, um sorriso branco, lindo, meigo e convidativo.

- Bom dia dorminhoco, dormiu bem? – sua voz soava como a de um anjo – O café-da-manhã já esta pronto, assim que quiser, pode nos acompanhar – sorri a cada vez que termina uma frase. Eu nem havia visto que estava sozinho no dormitório.

- Bom dia Jin, gostaria de dormir mais – notava-se claramente que eu ainda estava com sono, pela voz – Logo me juntarei a vocês.

- Estaremos esperando – sorriso ainda estampado. Jin saiu encostando a porta com cuidado para não bater, ele é sempre cuidadoso, às vezes até demais.

Assim que o hyung saiu, tentei me espreguiçar, mas desisti, era muito esforço para eu fazer logo cedo. Arrumei minha cama e segui em direção à cozinha, os corredores estavam vazios, provavelmente eu era o único que não estava tomando café, fico me perguntando como os meninos conseguem acordar tão cedo. Seria ótimo se eu tivesse que acordar por volta das nove ou dez horas, mas tenho que acordar às sete e meia, os outros também, no entanto eles acordam mais cedo. Nossa rotina é um tanto que chata, depois que acordamos tomamos café e vamos para o colégio – que sinceramente eu preferiria não ir – quando saímos de lá vamos para a academia – que eu também gostaria de não ir – e depois voltamos para casa.

Cheguei à cozinha e dei de cara com os meninos, que me olhavam da mesma maneira de sempre, olha só como o sono esta estampado no rosto dele. Não demorou muito para o Maknae abrir um sorriso e me chamar para sentar ao seu lado.

- Bom dia hyung. Sente-se – disse, mostrando-me a cadeira vaga ao seu lado.

- Bom dia Jungkook – falei, ao me sentar.

- Coma um pouco – começou Jimin – Você está muito pálido.

- Jiminie, o hyung sempre está pálido, essa é a cor da pele dele associada ao sono – comentou Taehyung.

- Não fale assim do Suga, Tae-ssi – repreendeu Hoseok.

- Podem fazer silêncio, por favor – pedi, apoiando os braços na mesa em seguida apoiei a cabeça em minhas mãos, suas vozes estavam me dando dor de cabeça e isso não era um bom sinal.

- Terminem de tomar café e peguem suas bolsas, temos que ir para o colégio – avisou Namjoon levantando-se da cadeira em seguida e saindo.

Depois da fala de Kim Namjoon todos ficaram quietos, o que foi bom pra mim, a dor em minha cabeça parou. Ele não apareceria tão cedo, a dor em minha cabeça não era uma simples dor de cabeça... Tentei focar na mesa, minha visão ainda um pouco turva por causa do sono, olhei para diversas travessas cheias de guloseimas, pães em umas, bolachas em outras, frutas e até pastéis, um ótimo café-da-manhã. Apanhei uma fatia de pão de forma, passei um pouco de geléia e levei à boca, dei uma mordida e bebi um pouco do suco de abacaxi que estava em um copo a minha frente.

Assim que terminei de tomar meu café, voltei para o dormitório e peguei minha mochila, pegando meu celular e fone em seguida. Sai do dormitório e fui até aonde os meninos se encontravam, Namjoon e Jin estavam a minha espera no carro, enquanto Hoseok, Jimin, Jungkook e Taehyung já haviam saído. Antes de entrar no carro coloquei meu fone e entrei no mundo da música – o meu mundo.

O caminho para o colégio é um pouco grande, mais de três quilômetros, mas com Namjoon ao volante não chega a parecer nem um. É um tanto que engraçado ver como o Jin olha para o Nam, e ao mesmo tempo é fofo, ele olha com admiração, mas sempre acaba fazendo cara de bobo, uma vez ficou cerca de um minuto olhando para ele sem piscar e com a boca aberta. Nenhum dos dois abre a boca enquanto o outro esta ao volante, acho que é para não desconcentrar quem dirige.

Não demorou nem dez minutos para chegarmos ao colégio, e eu ainda com sono. Descemos do carro e cada um foi para a sua sala. Hoseok eu estudamos juntos, apesar de ele ser quase um ano mais novo e Tae junto com Jiminie.

- Eu não devia ter, devia ter ficado em casa dormindo – falei para mim mesmo, enquanto atravessava os corredores até chegar à minha sala.

Todo dia que vou ao colégio alguém fica me encarando como se eu fosse algo de outro mundo – pelo menos era isso é o que eu achava – certa vez uma garota ficou me encarando com a boca aberta por tanto tempo que chegou a babar, foi nojento. Passo após passo, corredor após corredor, parecia que nunca iria chegar.

- Bom dia hyung – ouvi uma garota, que estava perto do bebedouro, dizer, com um sorriso tão grande que mal cabia no rosto. Curvei-me em resposta, sem dizer nada e continuei meu caminho. O dia seria longo e tedioso, e eu não fazia idéia de que ele viria.

A primeira aula não podia ser mais chata, tive que agüentar a professora falar sobre reprodução, duas tem uma relação e acabou não precisava falar mais nada a segunda aula até que foi razoável, o básico de matemática, porém ver tantos números espalhados pelo quadro começou a me dar dor de cabeça – não era esse o real motivo da dor, o motivo era ele, ele queria sair e começou a forçar cada vez mais – pousei a cabeça sobre os braços em cima da mesa e tentei dormir para ver se conseguia acalmá-lo.

No começo não me preocupei, peguei facilmente no sono, um sono sem sonhos. Tudo estava indo bem até que senti uma pontada muito forte na cabeça, ele estava conseguindo me vencer, estava ficando mais difícil tentar impedi-lo. Quanto mais eu tentava, mais forte ele parecia ficar. Minha cabeça doeu por minutos até que não consegui resistir mais. Ele havia me derrotado outra vez.

[...]

- Aonde você vai? – ouvi o pirralho do Hoseok perguntar.

- Estou cansado de ficar enfurnado aqui dentro, vou dar o fora daqui – respondi jogando meu material dentro da mochila, com cara de tédio.

- Você não pode sair – começou ele, a sua voz estava me irritando – Ainda mais que não falta nem dez minutos para sermos liberados para o intervalo, você pode esperar – como alguém consegue ser tão certinho assim?

- Não quero esperar. Quero sair daqui o quanto antes – falei já irritado. Por que ele tinha que sentar do meu lado? Isso só servia para me irritar, desde a voz enjoadamente melosa e doce até o sorrisinho estampada no rosto. Quando me levantei ele segurou o meu braço.

- Você não pode ir assim sem mais nem menos. Pelo menos espere, não...

- Se eu esperar você vai ficar com a boca fechada? – perguntei, cortando a sua fala e esperando que não demorasse muito para ele se calar.

Hoseok ficou quieto por um tempo me olhando com cara de bobo, tipo aqueles cachorros que correm atrás de uma bola que você ainda não jogou. Ele parecia não entender o que estava acontecendo. Quando voltou a si, confirmou com a cabeça e fechou a boca, que ainda estava aberta.

Ficar enfurnado naquela sala tendo que agüentar a ladainha daquele professor me deixou ainda mais sem paciência - eu estava livre, devia estar aproveitando a minha liberdade - se ele soubesse como a voz dele estava me irritando, calaria-se na mesma hora e não emitiria nenhum som. Eu ainda não sei e nem irei entender como o Suga consegue agüentar essas coisas quase todos os dias, eu já teria incendiado tudo se tivesse que passar por isso por cinco dias.

Não é tão fácil vencê-lo e tomar seu corpo, ele até que é bem forte apesar de ser um preguiçoso. Mas agora que consegui sair, irei me divertir um pouco. Os dez minutos haviam se passado, eu peguei minha mochila e sai dali o mais rápido que consegui, deixando o bastardo do Hoseok falando sozinho.

- Oi hyung. Como está? – perguntou uma garota, assim que passei pela porta.

- Não enche – falei secamente e continuei meu caminho, sem olhar para ela. Não estava vendo à hora de sair finalmente daquele colégio, tudo nele me dá nos nervos, desde as pessoas até as paredes. Passei pelo portão, ignorando o porteiro e segui em direção ao centro da cidade, estava livre daquela prisão finalmente – Ninguém pode me segurar agora, estou livre. Ouviu isso mundo? – gritei para o céu – Estou livre! – arranquei algumas folhas de uma árvore que tinha à minha frente – E saiba que eu sou o rei, o rei de tudo e todos, ninguém é páreo para mim – joguei as folhas no chão e as pisoteie.

A sensação de estar livre é muito boa, corri de um lado para o outro, ás vezes mostrando o dedo do meio para algumas pessoas que me olhavam com expressão de reprovação. Elas estariam agindo da mesma forma se caso fossem presas e conseguissem fugir depois de anos, a sensação iria ser ótimo.

Passei ao lado de um bar ou restaurante, não sei bem o que era, e vi várias motos estacionadas perto do meio fio. Andei até elas e vi que duas estavam com um capacete pendurado no retrovisor, uma branca com detalhes pretos e uma preta com detalhes vermelhos. A branca estava com a chave na ignição, e o que eu fiz? Lógico que montei nela sem hesitação, peguei o capacete vermelho que estava pendurado na moto preta e joguei o azul que estava pendurado na moto branca no chão, coloquei o capacete e comecei a acelerar, sem sair do lugar, comi pneu até que um alvoroço de pessoas saiu de dentro daquele estabelecimento.

- Ei seu pirralho! – exclamou um homem grandão com uma jaqueta jeans preta – Essa moto é minha! Olha só o que você fez com o meu capacete seu imbecil – disse, enquanto pegava o capacete azul do chão.

- Esse capacete é meu! Tire-o agora! – gritou outro brutamonte.

- Andem logo seus idiotas, peguem ele! – gritou um dos homens mais velhos, que tinha a barba branca maior do que a do Papai Noel.

- Vocês são mesmo uns palermas – provoquei-os, enquanto acelerava mais a moto. Parti na mesma hora que um dos homens tentou segurar na moto, o fazendo cair de cara no chão como se fosse uma pedra atirada de um penhasco – IHUUUL!!

Alguns minutos depois olhei pelo retrovisor e vi que estava sendo seguido por uns cinco motoqueiros, senti meu sangue ferver assim que os vi. A adrenalina estava a mil, acelerei ainda mais a moto, deixando os motoqueiros comendo minha poeira. Alguns quilômetros à frente virei em uma rua desconhecia, uma rua que nunca vira antes, derrapei algumas vezes e voltei a vagar pelas ruas. Mais à frente me deparei com dois dos cinco motoqueiros que estavam me seguindo, um uma moto azul e o outro em uma amarelam, os dois estavam com raiva - se fossem dragões estariam cuspindo fogo, ri com minha própria piada.

Parei e fiquei encarando os dois, os quais aceleraram e eu, é claro, fiz o mesmo, comemos pneu por alguns segundos e quase que sincronizado, seguimos uns contra os outros. Passei perfeitamente entre as duas moto, sem encostar em nenhuma.

- Seu canalha! – ouvi um deles vociferar, antes de virarem as motos e virem em minha direção. Eu ri alto, com uma risada de deboche. Eles nunca seriam páreos para mim, nunca iriam me alcançar.

Seguimos em direção a um beco estreito, mal cabiam as motos.

- Você não vai escapar – disse um dos caras.

- Isso é o que veremos – provoquei.

Antes de sairmos do beco um caminhão apareceu, bloqueando a saída. Não parei de acelerar. Quando cheguei mais perto do caminhão joguei todo o meu peso para a esquerda, fazendo com que a moto ficasse inclinada sem encostar totalmente no chão, e passei tranquilamente por baixo do caminhão. Ao contrário dos homens que me seguiam, que se desequilibraram e acabaram caindo um sobre o outro.

- Acharam mesmo que iriam me pegar? – gritei, ao parar a moto do outro lado do caminhão, não ouvi resposta. Ri alto e voltei a acelerar.

Dei várias voltas pela cidade com aquele moto que peguei “emprestada”, mas tive que voltar para casa antes que o combustível acabasse, o tanque estava quase vazio. Quando cheguei perto de casa estacionei a moto do outro lado da rua, para evitar perguntas.

Entrei tranquilamente, sem dar muita atenção para os meninos irritantes que encontrava pelos corredores. Tirei o fone de dentro do bolso da calça e o coloquei, quando estava procurando uma música boa no celular – o Suga não tem um bom gosto, pensei – alguém esbarrou em mim, jogando-me contra a parede.

- Olha por onde anda seu desastrado – falei, ao ver que fora o palerma do Namjoon que esbarrara em mim.

- Desc... espera – começou ele, me observando – O que aconteceu com você? Você está bem Suga? Parece diferente.

- Não sou o imbecil do Suga, meu nome é Yoong, Min Yoong – respondei com tom sério e dando de ombros.

- Espera. O que? – perguntou com cara de sonso.

- Esqueça, você não entenderia mesmo – revirei os olhos e acrescentei – Você é muito burro para entender.

- Osh – murmurou ele, passando uma mão sobre o cabelo.

Deixei-o falando sozinho e continuei meu caminho. Estava tudo quito e tranqüilo no dormitório até a chegada da criança super irritante.

- Aonde você foi depois da aula? Ficamos preocupados com você, por não ter ido à academia. Todos ficamos esperando você chegar – disse, com cara de criança preocupada, como aquelas que vêem um passarinho com um asa machucada.

- Isso não te importa. Deixe-me em paz Kim Taehyung – sim, eu me irrito por qualquer coisa.

Ele ficou me olhando com cara de cachorrinho sem dono e saiu do dormitório batendo o pé, a expressão de emburrado em seu rosto me deu enjôo, ele não sabe à hora de crescer? O mundo não é um mar de rosas como ele acha que é. Pior do que ele, só o Jungkook, que se acha o rei das palhas assadas.

O enjôo demorou alguns minutos para passar e como eu estava sozinho, finalmente, aproveitei para dormir, bom, dormir sempre é bom, não há como negar. Odeio quando sou acordado e quando isso acontecesse, é melhor sair de perto.

Assim que peguei no sono, não passava das cinco da tarde, mergulhei na escuridão total. De repente me vi de frente para mim mesmo, na verdade, de frente para o Suga, somos duas pessoas completamente diferentes. Ele é sempre fofo, gentil e carinhoso com tudo e com todos, isso me dá náuseas só de olhar por trás dos bastidores. Eu por outro lado, sou super descolado, ninguém manda em mim e se for para brigar, não penso duas vezes, parto para cima mesmo que eu me machuque, no entanto eu também bato.

- Você não tem o direito de tratar meus amigos assim! – começou ele, com uma voz melosa e levemente irritada – Exijo que me deixe voltar, eu não preciso mais de você. Sei me cuidar sozinho – bufei.

- Olha só! – vociferei – A florzinha está brava por que eu sai? – ri alto – Você esta achando mesmo que eu irei abrir espaço para que você volte? Não seja tão tolo – revirei os olhos – Você até pode não estar precisando de mim agora, mas agora que eu finalmente sai, acha mesmo que irei deixar que volte?

- Por favor, Yoongi. Deixe-me voltar – seus olhos brilhavam com as lágrimas que ele deixava rolar. Ver aquilo me enjoou, ele sempre foi muito sensível, não consegue resistir a nada.

- Esqueça! – gritei, agitando as mãos no ar – Não vou deixar. Não irei passar mais nenhum segundo preso.

- Você não vai ficar preso – me encarou com os olhos cheios de lágrimas.

- Foi isso o que você me disse da última vez – elevei a voz, irritado – E depois me deixou preso por anos, nem sequer me deixou sair para poder respirar um pouco.

- Desta vez será diferente – começou, entre soluços – Você pode sair sempre que quiser, se me deixar voltar – enxugou as lágrimas que ainda escorriam – E por que você voltou dessa vez? Eu não preciso de ajuda.

- Precisando ou não, isso não importa. Agora sai da minha frente seu inútil – falei, e de repente ele começou a desaparecer me deixando sozinho na escuridão outra vez – Se ele acha que irei desistir, ele esta muito enganado. Não voltarei para aquela prisão tão cedo. Passei anos preso e agora que estou livre irei aproveitar ao máximo – falei para mim mesmo, dando uma gargalhada em seguida.


Notas Finais


Beijo do Sammy :3


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