História One (Diley) - I Love You

– Steven poderia me ajudar aqui na cozinha? Demi dispensou os empregados justo hoje. Ela não deveria ser tão boazinhas com eles. – Dianna me chamou aparecendo na sala. Fechei o meu notebook o colocando na mesa de centro e forcei um sorriso para ela logo levantando e indo para a cozinha.

– Pois acho que ela está certa. Eles estavam trabalhando sem parar nesse mês, acho que um dia de folga não seria ruim, certo? – Respondi com um sorriso de lado.

– Ok, você está certa. Mas ela tinha que dar essa folga deles justo hoje que eu planejei esse pequeno churrasco entre amigos? Ela deu folga para todos eles! – Falou enquanto pegava algumas taças.

– Dianna os nossos braços não vão cair se a gente fizer os serviços deles por um dia. E não estamos totalmente sozinhas, Rosie e Calvin fizeram questão de ficar para ajudar nós. E eu também gosto muito de cozinhar, faz um bom tempo que não cozinho.

– Fale isso por si mesmo. – Disse dando uma pequena risada e eu revirei os olhos discretamente e logo suspirando. Nesses últimos dias Dianna tem sido uma pessoa muito difícil de se lidar. De uma hora para outra ela virou uma pessoa muito egoísta, prepotente e arrogante. Como já não bastasse o que ela está fazendo com a própria filha, ela vira essa pessoa insuportável. – Para que cozinhar quando se temos empregados para fazer isso por nós? – Completou arrumando a mesa de jantar.

– Você...

– Olá minhas senhoras favoritas. – Nick entrou na sala de jantar com uma bermuda úmida e com uma toalha em volta do pescoço. Dei graças a Deus por ele ter aparecido, se não estaria discutindo com Dianna agora.

– Jonas você está molhando a casa! – Bravejou Dianna.

— Desculpa, eu só vim aqui para saber se vocês precisam de ajuda.

– Não precisamos. Mas fale para os meninos saírem da piscina e se arrumarem que os convidados já devem estar chegando. – Disse e ele assentiu saindo da sala de jantar.

– Você convidou mais alguém? – Perguntou Dianna e eu a olhei assentindo.

– Sim. Convidei Miley e algumas amigas da Demi, já que a mesma não está podendo falar com elas por causa do trabalho e do casamento. E também como é uma pequena festa entre os amigos e família, pensei, por que não? – Disse fingindo de desentendida e ela me encarou como se tivesse tentando descobrir algo.

– Sim. – Ela umedeceu os lábios enquanto os seus olhos passavam-se pela a mesa e depois eles pararam em mim. – Pensei que elas tivessem brigado.

– Quem? Miley e Demi? — Assentiu. – Bom, soube que elas tiveram uma discussão mas acho que foi nada mais. Amigas brigam. – Ouvi a companhia tocar. – Devem ser elas. – Fui até a sala principal com a Dianna ao meu alcanço. Quando cheguei na sala Miley e Ally estavam conversando com Calvin. Assim que elas perceberam a nossa presença Miley sorriu, mas ficou seria ao ver Dianna atrás de mim. Ela logo tratou de disfarçar e sorriu de novo vindo nos abraçar. Ally veio nos cumprimentar logo em seguida.

– Que bom vocês chegaram, já íamos começar sem vocês. – Disse. – Bom, cadê o resto da turma? – Perguntei com um sorriso de lado.

– Oh é Normani e Dinah não puderam vir porque Normani ainda está de repouso da cirurgia, já que houve problemas no parto e teve que fazer cesariana. E a Lauren está em uma almoço na casa dos pais de Camila. – Respondeu Ally.

– E a Megan está no cinema com a Cara. – Completou Miley.

– Que pena. – Dianna disse com um sorriso forçado. – Miley é... Eu pensei que você e Demi não estivessem se falando.

– Na verdade a gente só teve uma pequena discussão, nada de mais. E eu vim aqui para a gente se acertar. Nenhuma briga irá fazer a nossa amizade de anos acabar.

– Hum... É bom saber que vocês estão bem.

– É, é bom sim. – Miley a encarou com um sorriso mas dava para perceber que ela estava furiosa só de olhar para os seus olhos que estavam escuros. Dianna e Miley se encaravam com raiva, mas disfarçavam muito bem. Só quem a conhecessem realmente saberia que se elas pudessem exterminariam uma a outra só com o olhar.

– Steven você sabe se tem cerveja? – Joe entrou na sala. — Oi Miley e...

– Ally, Allyson Brooke. — Disse Ally estendendo a mão para ele e ele logo o pegou a cumprimentando.

– Prazer Allyson, sou Joe, Joe Jonas.

– Ah então você é o tal Jonas.

– Me conhece? – Perguntou com um sorriso no rosto.

– Sim, acredite, já falaram muito de você para mim. – O sorriso do Joe aumento e percebi que Miley segurava o riso.

– Ah é? Aposto que falam muito bem de mim, certo?

– Sim, sim falam muito bem. Até de mais na verdade. – Ela respondeu com ironia e Miley acabou deixando escapar uma risada. Mas acho que Joe nem percebeu porque o mesmo esta sorrindo com a sua resposta.

– Eu sei. – Respondeu com uma sorriso convencido. – Bom, foi um prazer conhecer você Allyson e foi bom rever você também Miles.

– Miley, para você é só Miley. – Ele apenas revirou os olhos. – Ah e avisa para o seu priminho que se ele chegar perto de Maddie de novo ele é um cara morto. – Ameaçou Miley apontando o dedo perto do seu rosto.

– Ok eu aviso, ele não chegará perto de Madison. Não se preocupe. – Ele sorriu. – Mas se você encostar um dedo nele eu te mato. – Ele disse tão calmo que foi até assustador. Mas parece que Miley nem se abalou com isso.

– Ok crianças nada brigar. – Disse fazendo os dois pararem de se encararem e darem atenção a mim. – Joe, vai ver se Eddie precisa de ajuda lá fora. – Ele assentiu e encarou Miley novamente logo saindo.

Miley e Joe não se dão muito bem, isso desde que ele e Demi terminaram. Na verdade desde de que eles se viram pela a primeira vez eles começaram a se odiarem. Nunca gostaram um do outro.

– Prefiro o outro Jonas. – Murmurou Miley fazendo todos rir exceto Dianna.

– Miley não gostei da cena que você e Joe fizeram aqui. Espero que isso não se repita. – Chamei sua atenção e ela assentiu.

– Sim senhora, desculpa.

– Eu vou terminar de arrumar a cozinha. – Falou Dianna saindo da sala.

– Eu te ajudo! – Ally andou logo atrás dela deixando eu e Miley sozinhas na sala.

– Mais alguém sabe? As meninas sabem? – Perguntei a puxando para sentar no sofá.

– Não, e não contei para ninguém, quer dizer, contei para Ally porque sei que ela não faria nenhuma besteira. Se eu contasse para as meninas com certeza elas arrumariam uma grande confusão. – Respondeu enquanto mexia no celular.

– É melhor a gente pensar em algo rápido. – Disse mas ela nem se quer prestou atenção no que eu disse. – Miley está me ouvindo? – Ela murmurou um "aham" sem tirar os olhos do celular. – Eu estou falando com você, será que dá para parar de mexer nisso e prestar a atenção em mim?! – Peguei o celular da sua mão.

– Hey devolve! – Tentou pegar o celular da minha mão mas não deixei.

– No que você tanto mexe nesse celular hein? – Verifiquei no que ela estava vendo nesse celular e vi que ela estava mandando mensagem para alguém. – Quem é Ariana? – Eu ia ver a mensagem mas ela não deixou pegando o celular da minha mão.

– Não é ninguém!

– Ah então agora é ninguém? Miley o que você está escondendo?

– Eu não estou escondendo nada!

– Então me diga quem é essa garota. Miley você sabe que assim como Dianna deixou eu ser responsável pela Demi sua mãe me deixou responsável por você, mesmo vocês sendo de maior. Preciso saber o que está acontecendo com a minha filha adotiva! – Disse a fazendo rir. – Ah e falando nisso. Seu pais me ligaram, falaram que viram pra cá para o casamento de Demi. – Ela olhou para mim franzido o cenho.

– Como eles sabem do casamento? E Dianna sabe que eles virão?

– Eles são os melhores amigos dos pais de Demi, é claro que eles avisaram para ela que viriam. E eles nunca perderiam a oportunidade de ver Demi se casar.

– E você sabe quando será esse casamento?

– Está marcado para domingo.– Disse a vendo suspirar.

– Mas é depois de amanhã! Não dá tempo de pensar em nada. – Concordei com a cabeça e ela apoiou os braços no seus joelhos e passou uma mão pelos os seus cabelos curtos logo suspirando. – Por que os meus pais não ligaram para mim? – Mudou de assunto.

– Eu não sei, talvez eles queriam fazer uma surpresa para você. E se queriam acabei estragando a surpresa. – Ela riu me fazendo rir também. – Você não me disse quem é essa Ariana que você tanto conversa. – Ela olhou para mim e depois olhou para o celular voltando a digitar algo no nele.

– É uma amiga minha.

– Só amiga? – Arqueei as sobrancelhas.

– A gente meio que estamos... Ficando, eu acho. Eu não sei o que nós somos exatamente, só sei que ficamos quase todos os dias.

– Hum. – Murmurei.

– Ah qual é Steven! Eu não sou feita de ferro!

– Calma, não estou te julgando.

– Eu vou conversar com Ariana, pensar em alguma forma em como dizer a ela que não quero mais o que estamos tendo. Apesar de tudo só a vejo como uma amiga e ela me ajudou bastante nesses dias e não quero magoa-la.

– Bom, aí eu não vou poder te ajudar. É entre você e ela, ninguém mandou ficar com uma amiga. – Ela me olhou de boca aberta.

– Hey! Eu não ia ficar sozinha só porque Demi me trocou por um velho babão e deixou bem claro que não me que queria, está bem.

– Não! Demi não te trocou por ninguém e muito menos nem quer saber de você, muito pelo ao contrário. Ela te ama! Ela me disse isso, eu sei disso. Ela só estava protegendo o seu trabalho e vocês duas. Pare de jogar a culpa toda nela porque ela não fez por mal.

– Eu sei, é que não... Espera, o quê?! – Ela me olhou com os olhos arregalados e eu franzi o cenho sem entender. – O que você disse? – Completou.

– Bom... Eu disse que... – Desta vez quem arregalou os olhos foi eu. Merda.  – Eu não sei de nada. — Levantei indo em passos rápidos até a sala de jantar mas ela logo me alcançou.

– Ela me ama? Você disse que ela me ama.

– Disse? Não estou lembrada.

– Steven... – Ela cruzou os braços e semicerrou os olhos.

– Ok, talvez eu tenha falado algo, mas isso não mudará em nada. Demi está um pouco confusa com os seus sentimentos. Não a impressione.

– Onde ela está? – Me ignorou.

– Miley...

– Não se preocupe, não a forçarei a dizer nada. Eu só quero vê-la.

– Ela está no quarto dela. Acho que Marissa e Maddie estão lá com ela. – Terminei de falar e ela saiu em disparada para o quarto, mas antes de ela sair da sala de jantar a chamei. – Me prometa que não...

– Steven calma, está tudo bem. – Me interrompeu. – O que você disse pode ter me dado um pouquinho de esperança, mas só irei realmente acreditar quando ela dizer isso para mim. Agora deixa eu ir antes que Dianna apareça e acabe com a minha alegria. – Ri negando e ela nem deixou eu responder e saiu da sala de jantar.

                                                                                          POV Miley Cyrus

Ela me ama! Demi me ama! Se eu podia ficar mais feliz? Não, impossível. Nunca estive tão feliz. Tá, ok Cyrus nada de ficar se iludindo. Steven podia ter falado sem perceber. Ela mesma disse que Demi está confusa, então não, não posso me animar tanto assim.

Subi os degraus da escada correndo, quase caindo mas antes de chegar no andar de cima ouvi alguém me chamar. Virei o meu corpo dando de cara com uma Dianna seria.

– Aonde está indo? – Perguntou cruzando os braços.

– Eu estou indo ver a minha amiga, melhor, as minhas amigas. Marissa e Maddie estão lá em cima também certo? – Assentiu ainda seria e com os braços cruzados.

– Sim, estão. – Suspirou descruzando os braços e colocando suas mãos dentro do bolsos de trás da sua calça jeans. Ela ficou me encarando, me olhando de cima para baixo. Eu tentei fazer a minha maior cara de inocente, não podia dar nenhum índice de que sei de tudo já.

– Que foi? – Perguntei a tirando do transe.

– Nada. Pode ir. Eu ia dizer algo para você mas acabei esquecendo. Quando eu lembrar eu te chamo.

– Tudo bem. – Eu ia subir a escada mas ela me chamou de novo.

– Não demorem lá em cima. Quero vocês aqui embaixo quando o resto dos convidados chegarem.

– Sim senhora. – Ela me analisou pela a última vez e depois saiu. Suspirei e encarei as minhas mãos que tinham umas três pequenas cicatrizes. Nunca me senti tão... traída. Estou sentindo tanta mágoa que esse sentimento chega a virar raiva. Mas o que eu realmente estou sentindo é decepção. Nunca estive tão decepcionada com alguém.

Meus pensamentos foram interrompidos por risadas vindo do andar de cima. Era mais que uma risada, mas uma eu conheço exatamente como é, era contagiante e alegre. Amo essa risada. Subi mais dois degraus da escada e cheguei no andar de cima. Percebi que as risadas estão vindo do quarto de Demi. Cheguei na frente da porta e empurrei devagar, já que a mesma está apenas encostada.

Demi, Maddie e Marissa estavam deitadas na cama de casal da Demi e assistiam um desenho e percebi que era Rei Leão, um grande clássico, uns dos desenhos preferidos da Demi, e o meu também.

Elas estavam tão ligadas ao desenhos que nem perceberam a minha presença. Bati duas vezes na madeira da porta chamando a atenção das três. Em poucos segundos Marissa já estava agarrada a mim como um coala. Uma mão minha segurou a sua cintura e a outra segurou a sua coxa para que ela não caísse.

– Amiga. Sua. Louca. Estava. Com. Saudade. De. Você. – Disse cada palavra antes de dar um selinho em cada canto do em meu rosto.

– Mas a gente quase nos falamos todos os dias. – Ri.

– É mas por celular. Não dá para nos encontrarmos pessoalmente por causa dos nossos serviços. Não é a mesma coisa.

– Ok, você está certa. Eu também estava com saudades de você. – Dei um beijo estalado em sua bochecha.

– Hey, hey desgruda da minha mulher Mari, eu sei que você está abraçada a ela. – Demi disse fazendo bico e cruzando os braços. A cena mais fofa.

– Depois conversamos baby. – Marissa sussurrou no meu ouvido e mordeu ele me fazendo dar uma gargalhada. Ela desceu do meu colo e se jogou na cama.

Fui até Maddie dando um beijo na sua bochecha e bagunçando o seu cabelo. Sei que ela odeia quando faço isso, mas como adoro irritar a minha segunda irmã caçula preferida eu sempre faço isso. Depois de vários xingamentos da parte de Maddie, fui até a Demi e dei um beijo no topo da sua cabeça logo acariciando os seus cabelos.

– Oi minha pequena. – Sussurrei sentando na beirada da cama ficando do seu lado.

– Oi. – Respondeu sorrindo e no mesmo tom.

– Tudo bem? – Perguntei a abraçando de lado.

– Sim, só estou um pouco enjoada e cansada nada de mais. – Deu de ombro e passando as mãos pela a sua barriga.

– Hey Diley! podem saindo dessa bolha mágica e melancólica com direito a purpurina, pôneis e arco-íris porque vocês estão tirando a minha concentração do filme. – Marisa disse em seguida jogando um travesseiro na gente.

– Diley? – Perguntei franzindo a testa.

– É a junção dos seus nomes. D de Demi e iley de Miley. Diley. – Deu de ombros.

– Ah é a mesma coisa que fizemos com o casal Norminah... – Demi disse pensativa.

– Eu gostei. – Disse.

– Gente eu estou boiando legal. – Maddie disse chamando a atenção de todo mundo.

– Depois te explicamos pirralha. – Maddie olhou para Marisa incrédula.

– Marissa chama a minha irmã de pirralha de novo que eu arranco a sua língua fora. – Demi disse fazendo Maddie sorrir vitoriosa. – Só eu posso chamá-la de pirralha, não é pirralha? – Gargalhei ao ver a cara que Maddie fez.

– Af vocês me amam. – Ela cruzou os braços e fez bico.

– É claro amamos você pirralha.

– Até você Miley?! Eu vou embora. – Ela levantou mas Marissa a puxou fazendo ela sentar de novo.

– Pare de drama. A gente só estávamos brincando com você. A gente te ama pirralha. – Marissa disse segurando o riso.

– Argh! Vocês são chatas.

– A gente sabe pirralha. – Piscou para Maddie a fazendo bufar.

– Cade Noah Cyrus quando eu preciso?! Pelo menos vocês não implicam só comigo, mas com ela também.

– A gente implica com vocês porque a gente ama vocês. É isso que irmãs mais velhas fazem. – Respondi.

– Cade as meninas Miley? Elas não vão vir? – Demi perguntou mudando de assunto.

– Não. Norminah não podem vir porque Normani ainda está se recuperando da cirurgia, Cegan estão no cinema e Camren estão na casa dos pais de Camila almoçando.

– Cegan? Camren?

– C de Cara e egan de Megan. Cam de Camila e ren de Lauren. Acabei de inventar. — Deu de ombros.

– Meninas, Dianna está chamando vocês. – Steven disse entrando no quarto.

– Começou. – Murmurou Demi.– Avisa a ela que a gente já vai. – Ela assentiu e saiu do quarto.

– Uma pergunta. – Maddie disse chamando a nossa atenção. – Por que mamãe inventou essa festa em última hora?

– Porque de alguma forma ela quer comemorar esse tão esperado casamento. Então ela teve a ideia dessa festa. — Demi disse e em seguida revirou os olhos.

– Vamos logo antes que Dianna brigue com a gente. – Marissa disse e nós concordamos. Segurei a mão de Demi e a ajudei levantar. A sua barriga já estava um pouco grande.

– Espera, pega o meu óculos e meu bastão por favor. – Pediu.

– Onde estão? – Perguntei olhando em volta.

– Estão dentro da gaveta da minha escrivaninha ao lado da cama. – Assenti e fui até a escrivaninha e abri a gaveta da mesma encontrando o seu famoso óculos escuros e seu bastão de hoover. Peguei os dois e estiquei seu bastão a entregando e em seguida entreguei o seu óculos. Demi só fica sem os óculos quando está entre amigos mais próximos e família. – Agora sim, vamos.

– Esperem! – Marissa gritou assustando todo mundo.

– Que foi? – Perguntei.

– Eu amo essa parte! Minha música! – Ela apontou para a televisão e estava passando a cena de Scar cantando com as hienas.

– Marissa agora não, precisamos ir antes Dianna perca a paciência.

– Mas eu amo essa música! – Choramingou.

– Depois eu sou a criança. – Maddie disse rindo.

– Ok crianças, vamos logo. – Falei e todas assentiram saindo do quarto e indo para a sala aonde está ocorrendo a tal festa.

– Amor, vem. Vou te apresentar a alguns amigos. – Wilmer disse assim que chegamos na sala principal.

— Que tal depois Wilmer, hoje não acordei disposta para quase nada. – Demi respondeu e procurou o sofá. Quando ela ia sentar Wilmer a puxa pelo o braço.

– Demi vai ser rápido. Eles estão ansiosos para te conhecer. – Wilmer apontou para um canto, como se ela pudesse ver para onde apontava. Olhei em direção para onde ele apontou e vi três homens. Todos seguravam um copo com uma bebida dentro. Suponho que seja whisky. Eles olhavam em nossa direção e percebi que dois deles olhavam para Demi com malícia. Não olhavam só para ela desse jeito, mas sim para mim, Marissa e Maddie também. Idiotas.

– Wilmer eu não quero ir agora, vou depois.

– Você vai sim. Já prometi a eles que você vai conhecê-los.

– Então lamento, vai ter que quebrar essa promessa. – Ela sorriu falso.

– Já disse que vai! – Respondeu um pouco alterado.

– Hey! você não ouviu o que ela disse ou é surdo? Ela não quer ir e ponto. Não é preciso fazer essa cena toda cara. – Marissa disse se aproximando deles.

– Fique quieta que isso é entre eu e minha mulher. Não se mete!

– Vou me meter sim! Fale direito com a minha amiga seu covarde. – Os olhos dele ficou mais escuros. Ele levantou a mão em sua direção mas cheguei mais perto deles e segurei o seu braço o impedindo de transferir o tapa na Marissa.

– Eu não faria isso se fosse você. – Arqueiei as sobrancelhas.

– E porque não? – Ele se soltou ficando de frente para mim com os braços cruzados e o peito estufado e ele estava cheirando a bebida. Ele anda bebendo demais ultimamente. Mas isso não importa. O que importa é que ele vai ter que fazer mais esforço para me intimidar. Não me abalo tão fácil.

– Primeiro. – Ergui um dedo. – Você não seria louco o suficiente para encostar um dedo numa delegada. A não ser que você queira ir para cadeia. – Dei de ombro. — E segundo. – Ergui o segundo dedo. – Eu não vou deixar você encostar essas suas mãos nela ou em qualquer outra mulher que está aqui. – Ele começou a rir como estivesse vendo um show de comediante. 

– Não me faça rir Cyrus. – Disse com mão no peito e recuperando o fôlego. Ele respirou fundo e me encarou um pouco risonho. – Você não teria coragem. – Respondeu sorrindo de lado. Seus olhos me encarava em desafio. Reviro os olhos e olho em volta com a mão na cintura e sorrio. Volto a olhar para ele que me encarava desafiador.

– Quer apostar? Você não vai querer se machucar garotão. – Dei um sorriso debochado e seus olhos ficaram escuros de tamanha raiva. Ele apertava os punhos enquanto respirava pesadamente. Fiquei o encarando, o desafiando. Sei que ele não arrumaria briga aqui, em um local de família aonde tem crianças e na frente de seus sogros e noiva. Só de pensar que Demi é noiva dele o meu sangue ferve. Mas ignorei esse fato e continuei a encará-lo.

Wilmer me encarou por mais alguns segundos para depois olhar em volta bufando e saiu batendo o pé com força no chão. É claro que ele aproveitou a oportunidade e esbarrou em mim de propósito, só para me provocar, mas eu nem liguei para isso.

– Mana eu não sei como você aguenta ele. – Maddie disse se jogando no sofá. – Serio, eu gostava dele de início mas agora estou com dó de você.

– Aprendi a lidar. – Deu de ombros.

Senti alguém me abraçar por trás e eu olhei por cima do ombro e vi Marissa que sorria.

– Obrigada por me defender. – Ela disse ainda sorrindo.

– Não há de que. – Sorri. – Eu nunca deixaria ele te agredir, não deixaria ele agredir nenhuma de vocês. – Olhei para outras duas mulheres a minha frente.

— A gente sabe. Você sempre foi muito protetora com a gente Smiley, desde do tempo de escola. Não foi surpresa para nenhuma de nós o que aconteceu aqui.

– Não a chame assim! Só eu posso chamá-la de Smiley.

– Deixa de ser chata Demetria. – Se soltou de mim e sentou ao lado de Maddie.

– Demi! É Demi. Não gosto quando me chamam de Demetria, você sabe muito bem disso.

– Tudo bem Demetria. Não te chamo mais de Demetria. Esta bem Demetria?

– Vai se foder Marissa. – Demi bufou passando as mãos pelo o rosto. Fui até ela e a abracei.

– Para de irritar a minha ciumenta Marissa. – Acariciei o cabelo da Demi e a mesma escondeu seu rosto em meu pescoço.

– Vocês são muitos melosas. E você Demetria devia me agradecer por eu ter te defendido do seu noivo e não ficar me xingando dessa forma.

– Cala a boca. – Demi resmungou. – Vem comigo. Eu quero te mostrar algo. – Se soltou de mim e segurou a minha mão.

– O que é?

– Você vai saber. – Me puxou para em direção à escada.

                                                                                                POV Demi Lovato

Levei Miley até o meu quarto, queria ficar sozinha com ela. Passamos por algumas pessoas que nos cumprimentaram e subimos a escada e fui até o meu quarto. . Assim que chegamos, procurei a maçaneta da porta e quando a encontrei abri a porta e entrei puxando Miley junto comigo e fechei a porta atrás de mim.

– O que você... — Fui até ela e a beijei. Ela ficou surpresa mas logo relaxou se entregando ao beijo. Passei os meus braços pelo o seu pescoço e ela abraçou a minha cintura. Foi apenas encostar de lábios, mas eu queria mais então acariciei os seus lábios com a língua pedindo passagem e ela prontamente permitiu. Soltei um gemido de satisfação ao sentir nossas línguas se tocarem. Estava com tanta saudades do seu beijo.

– Eu não consegui aguentar. Desculpe. – Separei o beijo e me afastei dela. Ela me puxou pela a cintura colando os nossos corpos novamente e roubou um selinho.

– Por que está se desculpando? Eu que agradeço por ter feito isso. – Disse me fazendo rir.

– Boba. – Escondi o rosto entre o seu pescoço e abracei a sua cintura. Era tão bom estar em seus braços, sentir as suas carícias. A cada dia mais a incerteza dos meu sentimentos por ela ficam cada vez mais claras. Eu a amo. – Miley posso te dizer uma coisa?

– Claro.

– Eu acho que te a... – Fechei a boca rapidamente ao sentir algo subir pela a minha garganta. Me separei dela colocando a mão na minha barriga.

– Demi esta tudo bem?

– Eu acho que... – Não consegui terminar e sai correndo em direção ao banheiro mas acabei batendo contra a parede. Essa doeu. – Ai! Merda. – Resmunguei colocando a mão na testa sentindo ela latejar. Senti as mãos firmes da Miley segurando a minha cintura.

– Demi calma, desse jeito você... – Nem deixei ela terminar e procurei a porta do banheiro a abrindo. Fui em direção ao vaso sanitário e me ajoelhei em frente dele jogando tudo para fora o que eu comi alguns minutos atrás. Senti as mãos de Miley segurar o meu cabelo. Eu não queria que ela visse isso. Assim que terminei, levantei e dei descarga. Miley me levou até a pia e me entregou uma escova de dentes.

Enquanto escovava os dentes sentia o olhar de Miley queimar sobre mim. Dava para sentir que ela me olhava com curiosidade, me analisava de cima para baixo o que me deixava desconfortável. Nesses últimos dias eu estou me sentindo horrível, eu sei que estou horrível. Estou tão cansada fisicamente como mentalmente.

– Eu sei, eu estou horrível. E para piorar você me ver jogar tudo que comi fora. – Disse lavando o meu rosto em seguida o secando.

– Demi eu já vi você usar o banheiro. – Ela riu. – Acha que vou me importar com isso?

– Não é a mesma coisa. A gente era criança. – Cruzei os braços.

– Pare com isso, eu realmente não importo. E você esta linda. – Ri negando com a cabeça.

– Você não sabe mentir.

– Está bem. Ok. Sua aparência não esta das melhores, mas quase não dá para notar. Você não esta horrível, só parece cansada, só isso. – Segurou a minha cintura.

– E eu estou cansada. – Tirei os meus óculos o colocando em qualquer lugar e apoiei as minhas mãos em seus ombros deitando a minha cabeça em seu peito.

Ficamos em silêncio, nenhuma de nós se atrevia pronunciar alguma palavra. Fechei ao perceber o quão calmo estava. O que é raro aqui na minha casa. Sempre tem alguém gritando em meu ouvido. Minha "mãe" não para de me dar ordens. Ela me diz como eu tenho que me comportar, o que dizer, o que fazer e com quem conversar. Joe quando tem a oportunidade ele me irrita. Wilmer esta bebendo muito e fica cada vez mais alterado. E para completar, os organizadores do casamento não me deixam em paz. Sei que eu sou a noiva e é o trabalho deles mas um minuto de paz é pedir muito? Acho que não.

Tudo o que eu queria é deitar na minha cama e conseguir dormir. Dormir sem nenhum barulho a me incomodar, dormir sem preocupação. Dormir até eu esquecer os problemas. Ou até eu acordar e os problemas já estivessem resolvidos.

Estava tão silencioso que deu para ouvir a nossa respiração e os batimentos cardíacos de Miley – digamos que a minha audição elevada por causa da minha deficiência e a minha cabeça deitada no peito de Miley ajudou a ouvir –. O coração de Miley estava acelerado, mas não o suficiente para me preocupar. E o meu não estava diferente. Isso sempre acontece quando estou com ela, só com ela. Cada toque seu deixa um formigamento em minha pele, parece que uma sensação de choque passa pelas as minhas veias e esquenta o meu corpo inteiro e uma sensação boa, ótima aliás, me invade. Chega a ser assustador.

Suspirei aliviada e satisfeita ao ouvir o maravilhoso som saindo do peito de Miley e o silêncio ao nosso redor.

– Está ouvindo isso? – Perguntei me aconchegando mais em seus braços.

– Não, o quê?

– O silêncio. O necessário e prazeroso silêncio.

– O que quer dizer com isso? – Perguntou brincando com o meu cabelo.

– Só estou dizendo que... Isso é bom. É bom se sentir, por alguns minutos, leve, calma, se sentir livre e segura.  É bom. – Me afastei um pouco dela e passei os meus braços pelo o seu pescoço. – É bom estar com você, estar ao seu lado. Pois é com você que me sinto calma. Me faz sentir livre, me faz sentir segura. Você é o meu silêncio. – Acariciei os cabelos finos da sua nuca. – Eu te amo. Antes eu estava com dúvidas do meu sentimento por você, mas a cada minuto que passo com você, cada segundo deixa tudo mais claro. Eu te amo. Você é a única pessoa que eu amei dessa forma, e que eu sempre vou amar. Eu te amo Miley, como eu nunca amei ninguém. – Fui respondida com um beijo. Um beijo calmo, significativo, um apaixonado, um beijo cheio de amor, por ambas partes. O beijo perfeito

Esta mais do que claro. Eu amo Miley Ray Cyrus, e é com ela que eu quero ficar.

– Eu também amo você. – Disse assim que separamos o beijo. Pela a sua voz ela estava presente a chorar. Imaginei os seus olhos azuis brilhando em minha direção, seu sorriso ao dizer essas palavras. Senti sua mão acariciar a minha bochecha e automaticamente fechei os olhos sentindo esse pequeno toque. Em poucos segundos senti os seus lábios no meu novamente. Aos poucos o beijo foi ficando mais apressado, não tinha só amor mas também desejo nele. Gemi quando senti uma das suas mãos apertar o meu seio de leve e a outra descer para a minha coxa e parou na parte descoberta pelo o pano fino do vestido.

Com um pouco de força, Miley me levantou me fazendo sentar em algo gelado, acredito que seja a pia. Ela desceu o beijo para o meu pescoço e suas mãos foram para os meus ombros e descerem a alça do meu vestido delicadamente deixando ele deslizar até a minha cintura.

– Demi, Mi... Oh. Meu. Deus! – Ouvi a voz de Maddie e rapidamente me separei de Miley.

– Madison não sabe bater na porta não? – Perguntei colocando o meu vestido e desci da pia.

– E-eu não sa... Você esta... E-ela... Vocês... – Maddie não conseguia completar nenhuma frase e isso já está me preocupando.

– Maddie você...

– Ai caralho eu não acredito! Finalmente eu vou ter a Miley como a minha cunhada! – Gritou me assustando.

– O quê?

– Você não esta brava ou algo parecido? – Perguntou Miley.

– O quê? Não! Eu estou é feliz. Vocês não fazem ideia do quanto desejei que a Miley fosse a minha cunhada em vez do Wilmer. E agora o meu desejo foi realizado. – Nos abraçou de surpresa mas acabamos rindo. — Agora eu entendi porque Marissa fez junção dos seus nomes e o ciúmes bobo e desnecessário de Demi.

– Eu só não gosto quando agarram e apelidam a minha mulher. Não sou ciumenta.

– É sim. – Miley e Maddie responderam juntas.

– Talvez eu seja um pouco.

– Um pouco? – Miley disse e depois riu.

– Não começa se não machuco o seu amiguinho. – Ela parou de rir e sorri vitoriosa. – Só não arranco porque eu gosto muito dele.

– Ai vamos pular esse assunto porque eu não preciso saber de detalhes. – Maddie disse. – Demi, mamãe está procurando por você. Miley, Ally precisa ir embora porque ela tem que buscar a irmã dela na creche, e como você a trouxe você tem levá-la. E eu quero que vocês me explicam tudinho em detalhes para mim depois.

– Só isso? – Perguntei.

– Sim, agora deixa eu ir que eu tenho alguém me esperando lá em baixo.

– Não é o Justin não né?

– Quê? Não! Não quero vê-lo na minha frente nunca mais. Vou deixar vocês sozinhas e podem voltar a fazer o que vocês estavam fazendo. – Ouvi a porta ser fechada.

– É melhor a gente descer. – Miley disse segurando a minha mão.

– É sim.

– O seu óculos. – Ela virou o meu rosto e colocou o óculos em mim e sussurrei um "obrigada"

– Cade o meu bastão?

– Está no quarto. Você deixou lá quando saiu correndo e deu de cara com a parede. – Começou a rir.

– Não teve graça, doeu muito.

– Desculpe pequena, mas foi engraçado sim. – Disse recuperando o fôlego.

– Porque não foi com você. – Soltei a sua mão e sai do banheiro indo em direção para a porta do quarto.

– Esta bem, desculpa. Não vou mais rir de você. – Me alcançou e segurou a minha mão novamente me entregando o bastão.

– Tudo bem. – Ela me deu um selinho e saímos do quarto. Quando estávamos descendo a escada Miley soltou a minha mão contra a nossa vontade, mas era necessário.

– Eu vou procurar Ally. Eu vejo você amanhã. Tchau pequena. – Deu um beijo na minha bochecha e ouvi os seus passos distanciando.

– Finalmente encontrei você garota! – Ouvi a voz da Dianna. Seus passos estavam se aproximando e quando senti a sua respiração no lado direito do meu rosto virei para ela.

– E por que me procurava?

– Joe esta te procurando, ele quer conversar com você.

– Mas é claro que eu não vou conversa com ele.

– Demi ele está querendo se desculpar pelo o fez, ele quer voltar a ser o seu amigo.

– Mas eu não quero. Fale para ele que eu aceito a suas desculpas mas a amizade dele eu não quero.

– Pensei que você já tinha superado Demi. — Ouvi a voz do Joe atrás de mim e me virei para ele.

– Eu superei, mas não esqueci. Agora se me dão licença, eu vou para o meu quarto. – Eu ia em direção a escada mas alguém segurou o meu braço.

– Você vai ficar. Nós não planejamos esta festa para você ficar lá no seu quarto. – Dianna disse.

– Não tem nada de nós. Você que planejou esta festa, eu não tive nada haver com isso. – Me soltei dela. – Vou para o meu quarto, preciso descansar. – Não deixei eles responderem e subi a escada indo para o meu quarto. Quando cheguei no andar de cima fui em direção a porta do meu quarto e a abri entendo logo em seguida. Quando eu ia fechá-la alguém a empurrou com brutalidade me fazendo dar alguns passos para trás.

– Eu já cansei disso Demetria! – Era Dianna.

– Do que está falando? Não é você que está sendo obrigada a fazer aquilo que não quer.

– Fale direito comigo! Você está sendo rude...

– E eu tenho motivos para ser rude com a senhora. – A interrompi. – Cresci aprendendo a respeitar as pessoas, mas também aprendi a saber quem merece o meu respeito.

– Eu sou sua mãe...

– Então age como uma! – A interrompi de novo. – Não era a toa que Dallas e você viviam brigando.

— Não meta Dallas nisso! Você não...

– Foi por sua culpa! – A interrompi. – Por sua culpa que ela morreu! – Algumas lágrimas ja desciam pela a minha bochechas. Estava sendo muito dolorido falar sobre a morte da minha irmã. – Ela me ligou dizendo que vocês tinham discutido novamente antes de acontecer o acidente. Ela estava chorando, estava em prantos, não estava em condições de dirigir, mas mesmo assim ela pegou o carro e saiu. Foi por sua culpa! Por causa desse seu jeito doentio. Ela morreu por... – Senti o lado esquerdo do meu rosto arder. Ela tinha me batido. Ela nunca me bateu.

– Não vou deixar que você me culpe pela a morte de Dallas.

– Mas por que? É a verda...

– Já chega! – Me interrompeu. – Quer saber... E-eu estou sendo muito boazinha com você... Não! Eu estou sendo muito boazinha com a Miley. – Assim que prestei atenção no que ela disse senti um aperto em meu peito.

– Você não vai...

– Calada! – Me interrompeu. – Você só vai aprender assim... É isso. É exatamente isso.

– O-o que você vai fazer?

– Só lhe digo uma coisa. – Ignorou a minha pergunta. – Se você me desrespeitar na frente dos outros, ou pensar fazer mais uma gracinha, irei ter que chamar alguns amigos meus... Não! Não pense que vou mandar matá-la! Não, matar Miley vai ser muito doentio. Só vou lhe dar uma lição, ela precisa aprender uma lição. Só isso. Mas vai doer bastante, muito.

– Por que esta fazendo isso? – Um soluço saiu da minha garganta.

– Não filha, não chora. – Segurou o meu rosto entre as suas mãos. – É por seu bem. Só para o seu bem. Tudo vai ficar bem, não é preciso chorar. Vou tirar aquela mulher do seu caminho, eu prometo.

– Você é doente. – Ela largou o meu rosto com brutalidade quase me fazendo cair.

– Eu não sou doente! – Bravejou. – Eu não sou doente. – Repetiu quase em um sussurro mas consegui ouvir. – Não me chame de doente. Não me faça esquecer que você está grávida Demetria. A minha paciência está acabando. – Seus passos de distanciaram. – Eu vou voltar para a festa. Pode ficar aqui, irei dizer a todos que você não está bem. Você precisa descansar, precisa dormir. Amanhã vai ser um grande dia. – Ouvi a porta sendo fechada.

Tirei o meu óculos o jogando em qualquer lugar e limpei os meus olhos e meu rosto. Andei sem direção e acabei esbarrando em algo, percebi que era uma mesa, uma mesa de canto. Apalpei ela e encontrei um retrato. Peguei ele e o formato era oval, de madeira, era esculpido e delineado perfeitamente. Sei exatamente quem me deu este retrato. Minha mãe. Ela me deu no dia do meu aniversário de 18 anos. Ela me disse que colocou uma foto nossa nele. Esta foto foi tirada na casa de praia dos meus avós, estávamos em pé perto de um piano. O piano que Dianna me ensinou a tocar. Me ensinou exatamente onde esta cada tecla e que cada som elas transmitiam. E nesse dia que tiramos a foto eu tinha consegui tocar uma música, e orgulhosa de mim, Dianna queria guardar esse momento de alguma forma, então tiramos está foto, para sempre lembrar o dia que eu venci a minha deficiência.

Fechei os olhos lembrando desse dia e sorri com a lembrança. Mas logo as lágrimas descerem pelo o meu rosto novamente. A cena que ocorreu a poucos minutos aqui passou pela minha mente novamente e tudo o que senti era raiva. Nada mais do que raiva. Raiva por Dianna ter se tornado uma pessoa controladora. Raiva por eu ser fraca o suficiente para não enfrentá-la.

Raiva, nada mais que isso.

Ouvi estrondo forte de algo se chocando e caindo no chão. Quando percebi já tinha jogado o retrato em algum lugar do quarto. Me sentei no chão apoiando a minhas costas no pé mesa e comecei a chorar como nunca tinha chorado antes. Estava desesperada, cansada, frustrada, estressada, não sabia mais o que fazer. Limpei o meu rosto novamente e respirei fundo. Levantei procurando a minha cama e quando encontrei me deitei nela. Eu não podia me estressar mais do que já estava estressada. Tentei limpei as minhas lágrimas novamente mas elas teimavam em cair.

Eu não sabia o que fazer. Agora por culpa minha Miley esta sendo ameaçada e eu não posso fazer nada. Eu não entendo. Por que com ela? Por que Dianna esta fazendo isso com ela? Eu não entendia. A única coisa que sei é que tenho que me casar se eu quero Miley bem, tenho que obedecer às ordens daquela mulher para protegê-la. Estava indo tudo tão bem. Já estava decidida que enfrentaria quem for preciso para estar com Miley, mas agora tudo foi por água abaixo. Fechei os olhos e me virei deitando de lado tentando dormir, eu precisava dormir. Em meio a pensamentos e lágrimas acabei me entregando ao sono.