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História One (Diley) - Fighting against and against all.


Escrita por: dileycoud

Notas do Autor


Mais uma capítulo bonitinho para vocês seus lindos!

Boa Leitura.

Capítulo 23 - Fighting against and against all.


Eu estava na sala tentando me concentrar no livro que estava em minhas mãos, apenas tentava, pois a voz calma e rouca de Miley ecoava da cozinha. Sua voz cantando uma música de Lana Del Rey me tirava totalmente do foco, eu nem mais sabia qual livro eu estava "lendo". Eu estava muito ocupada ouvindo a voz maravilhosa de Miley para pelo menos saber o título do livro que estava em meu colo.

Miley ama cantar e eu amo ouvi-la cantar. Se ela não fosse fotógrafa, com toda certeza ela daria uma ótima cantora. Miley canta para mim quase todos os dias, e quando não está cantando para mim ela está cantando em algum cômodo da casa e mesmo assim eu tenho o privilégio de ouvi-la.

Nesse momento ela está na cozinha preparando algo para mim. Diz ela que é uma surpresa, uma coisa que eu estava desejando a muito tempo, e pelo o cheiro doce vindo da cozinha eu já imagino o que deve ser, e foi ai que eu percebi que eu me apaixonei por ela mais uma vez. Não porque ela estava fazendo uns dos meus doces estrangeiros favoritos, mas por ela me tratar tão bem como se eu fosse a coisa mais preciosa e importante para ela.

Ela não é apenas a minha namorada, mas sim a minha melhor amiga. A gente implica uma com a outra, brincamos, rimos das nossas bobagens, colocamos a fofocas em dia, nos divertimos e agimos como duas adolescentes na maior parte do dia. E no final, nos amamos a noite inteira, ela me faz sentir sua e ao mesmo tempo se entrega para mim.

Eu não consigo explicar como me sinto ao lado dela, tudo parece tão simples e perfeito. Tão simples e perfeito que as vezes esqueço que tem alguém tentando separar a gente. Com ela eu não tenho medo, eu não tenho medo do que pode acontecer no futuro. Porque por mais que eu tivesse medo do que estaria por vir, no nosso futuro, ela me faz pensar que tudo vai ficar bem, que a gente vai passar pelo os obstáculos juntas, enfrentando quem for preciso.

Eu nunca imaginei a gente juntas, quer dizer, como um casal. Eu sabia que sentia algo forte por ela, mas não sabia que eu a amaria de uma forma tão intensa, não sabia que trocaria o "eu" por "nós", não sabia que ela tornaria o meu necessário, o meu tudo. Bom, mas agora eu sei e eu não consigo imaginar o meu futuro sem ela, eu preciso dela, eu amo ela. Eu amo o jeito que ela me abraça, eu amo como ela me toca, eu amo como ela consegue vencer o nosso medo, eu amo como ela sussurra palavras lindas em meu ouvido, eu como ela me faz sentir segura. Eu simplesmente a amo.

Suspirei quando senti beijos em meu pescoço e ombro. Levantei a minha mão passando os meus dedos em seus cabelos e pela a nuca a incentivando continuar. Ouvi sua pequena risada e chupou o meu ponto de impulso e depois não senti mais os seus lábios em meu pescoço, o que fez eu suspirar frustrada. Estava tão bom.

– Não era para parar. – Falei bufando e ouvi a sua risada novamente. Senti o meu lado esquerdo do sofá afundar e logo o seu perfume invadiu as minhas narinas, junto com outro cheiro doce.

– Safada. – Disse entre risos. Virei o meu rosto em sua direção e mostrei a língua a fazendo gargalhar.

— E você gosta. – Ela deu um beijou estalado na minha bochecha.

– Gosto mesmo. Mas agora não é hora disso. Agora abre a boca. – Dei um sorriso malicioso. — Não é isso Demi, sua pervertida. Abre a boca e você vai saber o que é e vai gostar. – O meu sorriso malicioso aumentou e ela bufou. – Demi! É sério!

– Desculpa são os hormônios da gravidez, eu não consigo resistir. – Dei um sorriso inocente. E era verdade. Desde que eu fiquei grávida passei a pensar em coisas muito inapropriadas, digamos assim. Qualquer coisa me faz ter esses tipos de pensamento. A doutora avisou sobre isso, mas não sabia que o meu apetite sexual ia ser muito ativo.

— Sei... Agora pode fazer o que eu pedi? Se não eu desisto.

– Não! Eu quero sentir o seu gosto.

– Demetria!

— Brincadeira! Pronto, eu já parei. – Aposto que agora ela está me encarando com os olhos estreitos. Abri a boca e logo senti uma colher na minha boca e o gosto do doce brasileiro. Quase soltei um suspiro de admiração ao sentir o gosto adocicado na minha boca.

– E aí? Ficou bom? Você gostou? — Perguntou esperançosa. Estava realmente bom, mas vou brincar com ela um pouquinho. Eu sei que ela podia ficar magoada, mas depois lhe conto a verdade que isso não havia passado de uma brincadeira.

Fiz a minha melhor interpretação de repugnância, enquanto ainda saboreava o gosto maravilhoso na minha boca.

– Ah... Você não gostou? – Perguntou cabisbaixa. Levei a minha mão até a minha boca tentando esconder o sorriso que havia se formado em meus lábios ao perceber que ela realmente havia acreditado na minha atuação. Eu seria uma ótima atriz.

— Não! Eu... – Engoli o brigadeiro e umedeci os lábios. — Eu não gostei. – Resolvi continuar com a brincadeira. Miley ficou em silêncio e isso me preocupou. Parabéns Demi, você magoou sua namorada. – Miley? Amor? – Ela continuou em silêncio e senti uma pontada de culpa. – Olha baby...

– Porra Demi! — Olha a explosão aí gente. – Eu atravesso a América, forço o meu pouco conhecimento de português para conseguir a receita com a cozinheira que fez o brigadeiro, atravesso de novo a América toda feliz por finalmente te ver e poder fazer o brigadeiro, fico mais de uma hora na cozinhando dando a minha vida para fazer o doce para você e você vem e diz que não gostou?! – Ela falou tudo em só fôlego que até eu fiquei sem ar. – Não pode estar tão ruim assim. – Ela ficou em silêncio e logo ouvi um gemido de prazer seguido por um suspiro. – Isso esta maravilhoso! Você esta louca, isso esta muito bom, esta divino. Você deve ter algum problema, sério. – Gargalhei e senti o seu olhar confuso queimar em mim. – Esta rindo de quê?

– De vo-você. – Digo entre risadas. Respirei fundo controlando a minha respiração para poder respondê-la melhor. – Eu realmente não gostei do brigadeiro.

– Mas prove de novo... Não deve estar tão ruim assim.

– Smiley, eu não disse que estava ruim, apenas disse que não gostei. – Ergui os ombros e sorri de lado.

– Ma-mas... Mas...

– Eu amei. – Digo sorrindo e ela ficou em silêncio. Merda... Você esta ferrada Demi. Ela continuou em silêncio e isso esta me assustando. – Era só u-uma brincadei...

– Argh! Eu queria te bater agora! – Exclamou me assustando e ela riu.

– Não me bata! – Disse fazendo uma voz horrivelmente fina, como se eu tivesse com medo. – Mas é sério, eu realmente gostei. Só quis brincar um pouco com você. – Digo já esperando vários xingamentos dela, mas tudo o que eu recebi foi um grito agudo e um abraço.

— Aha! Eu disse que estava bom. — Disse com um orgulho.

– Me desculpe baby. – Sorri culpada e mordi o meu lábio.

– Não precisa se desculpar. – Beijou os meus lábios. – Só não vai ganhar mais brigadeiro. – Abri a boca indignada.

– O quê? Ma-mas eu gostei...

– Lamento pequena, você foi muito má. — Ouvi mais uma vez um gemido de prazer e um suspiro. – Hum... Isso esta bom... Você não sabe o que esta perdendo. – Maldita...

– Amor... – Fiz biquinho e a minha melhor cara de cachorrinho abandonado que esta na chuva morrendo de fome e de frio, só que nesse caso é só morrendo de fome mesmo.

– Assim não vale! — Sorri vitoriosa. — Sua chata, vem cá. — Ela me puxou me fazendo sentar em seu colo de lado e me beijou. Correspondi o beijo e deixei língua explorar cada canto da minha boca me fazendo suspirar sentindo o seu gosto misturado com o doce brasileiro. Senti a mão de Miley entrar embaixo da minha camisa e começou a acariciar as minhas costas e a outra foi até a minha nunca arranhando de leve me fazendo arfar um sua boca.

– Vão para o quarto! — Ouvi a voz da Noah e me separei de Miley que bufou.

– O que estão fazendo aqui? – Miley disse um pouco rude.

– Esse é o modo que fala com os seus pais Miley? – Ouvi a voz do meu sogro.

– Ah me desculpem... O que vocês querem aqui? Viraram empata foda agora? – Respondeu mais rude e eu dei um tapa em seu braço.

– Me desculpem por ela. – Sorri culpada e sai do seu colo e sentei do seu lado. – Sem querer ser grossa, mas o que fazem aqui?

— Nada, só queremos perturbar vocês mesmo. – Noah respondeu. Com certeza ela e Miley são irmãs.

— Fique quieta pirralha.

– Pirralha é o teu pa...

– Noah Cyrus! – Tish a Interrompeu. – Ai meu Deus! Aonde foi parar a educação que eu dei para essas meninas?

– Foi para a casa do ca... Aí! – Belisquei a coxa de Miley antes de ela poder terminar a frase.

– Miley por que não seja mais educada como a Demi? – Billy perguntou.

– Porque diferente dela, eu não consigo controlar a minha frustração de vocês terem interrompido o nosso clima super quente e excitante, mas eu sei que por dentro Demi esta arrancando os cabelos. – Eu queria me enfiar em qualquer buraco nesse momento, meu rosto deve estar mais do que vermelho. Para que um inimigo sendo que tenho uma namorada como a Miley?

– Falando nisso. Miley você esta indo para o urologista? – Tish perguntou e senti Miley mexer desconfortável ao meu lado.

– Si-sim. Estou sim.– Com certeza ela não sabe mentir.

– Não, ela não esta indo senhora Tish.

– Demi! – Miley exclamou e eu apenas ri.

– Miley! – Billy e Tish falaram juntos.

– Olha, desculpa! Mas eu não quero voltar a fazer os exames.

– Como você quer ter relacionamento sexualmente ativo sendo que nem ao médico você vai? Quando o teu pênis parar de funcionar, quem vai sofrer com isso não é só você mas a Demi também. – Céus quero tanto enfiar a minha cabeça em um buraco agora. Era necessário mencionar o meu nome? Eu acho que não! – Eu quero netos Miley!

– E em dez pessoas intersexuais apenas duas sobrevive ou o seu corpo consegue se adaptar e se desenvolver perfeitamente com a mistura de tecidos. — Continuou Billy. – E você sabe que o seu caso é raro, pois seu corpo se adaptou com o sexo masculino e feminino juntos, e ele desenvolveu perfeitamente com o passar dos anos e não teve nenhuma complicações nas misturas de sexos, e isso graças aos tratamentos médicos. E como a sua mãe disse, como quer ter uma vida sexualmente ativa ou sem problemas sendo que nem ao o urologista você vai mais? Pode esta tudo perfeito agora, mas e depois? Você sabe que precisa desses tratamentos e nem tente negar.

– Ok, ok, me convenceram. Vou marcar uma consulta amanhã, hum? Satisfeitos?

– Ótimo. – Continuou Tish. – Tem que seguir o exemplo de Demi. Ela sempre vai ao oftalmologista, não é Demi?

– É... Ãnh... É claro que vou... Vou se-sempre. – Minha voz saiu mais fina do que o normal.

– Ela não esta indo não. – Miley me entregou. – Que coisa feia... Fica mentindo para os seus sogros.

– Miley! – A repreendi e ouvi a sua risada alta e contagiosa.

– Vingança amor. – Ela me beijou ainda rindo e senti seu braço abraçando a minha cintura.

– Não acredito nisso Demi! – Desta vez quem falou foi o Billy e eu me encolhi toda no sofá.

– Eu não vou voltar a enxergar mesmo! Não fazia sentindo eu ir para esses tratamentos, não ia adianta em nada. – Digo fazendo bico nos lábios e cruzos os braços.

– Não fale assim querida. Sempre haverá uma oportunidade, você sabe disso, basta ter paciência. Você vai voltar a enxergar sim. — Descruzei os braços suspirando. Sinceramente eu já desistir disso tudo. Não faltava em nenhuma consulta, eu ia sempre com a esperança de que algum dia o doutor ia me dar uma notícia como "Você vai voltar a enxergar, já temos um doador." ou " Tem cura, podemos tratar e em breve você poderá a voltar a enxergar." Mas esse dia nunca chegou e acabei desistindo. Comecei a achar uma perda de tempo eu ir para a consulta, só gastava a metade do meu dia. Me acostumei com a minha falta de visão e parei de ir para os exames.

– Eu não sei não Tish. Eu sinceramente já perdi a fé nisso, acho melhor deixar como esta. – Digo tentando máximo possível impedir que as lágrimas caíssem.

– Demi, não é melhor deixar como esta, porque não esta melhor, você tem que lutar para ter de volta o que você perdeu. Eu sei que é chato ir para o exame e receber sempre a mesma resposta, mas vai chegar um dia em que vai ser diferente e você vai perceber que apesar do tempo perdido valeu a pena. Não desista dos uns melhores sentidos da vida, não decide viver na escuridão porque você não merece viver na escuridão, você merece o melhor. A gente te ama e estamos com você sempre. – Abri a boca impressionada com o que Noah disse. Sim, Noah que disse isso. Não que ela seja uma menina que só fala besteira, pelo aí contrário, ela é uma menina esperta e extraordinária, mas ela nunca falou esses tipos de coisas comigo.

Noah esta certa. Não devo desistir dos melhores sentidos da vida, eu não mereço isso, eu não mereço a escuridão, eu mereço algo melhor. Eu mereço o melhor.

– Esta bem, eu marco uma consulta depois que o bebê nascer.

– Aaaeeeh! – Todos gritaram me fazendo rir.

– Mas vou logo avisando. Quando você voltar a enxergar, se prepare para levar um susto da sua mulher, porque...

– Ok Noah, sai da minha casa. – Miley respondeu e eu ri mais ainda.

– Que isso irmãzinha querida, você sabe que eu te amo e que você é a pessoa mais linda do mundo... Depois de mim é claro.

– Acho bom mesmo. – Miley murmurou e deitou a sua cabeça em meu ombro. — Mudando de assunto. O que vocês virem fazer aqui afinal?

– A gente venho porque queríamos visitar vocês e também avisar que a fazenda já esta pronta, apenas alguns empregados estão arrumando e cuidando dos animais lá, já que não vamos para lá quase nunca.

– Oba! Vamos poder ir quando quisermos? – Miley perguntou levantando a sua cabeça do meu ombro.

– Sim.

– Eu vou avisar a meninas que já esta tudo pronto e que já podemos marcar uma semana para podermos passar lá na fazenda. – Ela levantou mas eu a puxei a fazendo sentar de novo.

– Sossega aí. Seus pais vieram visitar nós, depois você liga para elas, você tempo todo mundo para poder fazer isso. – Disse de um jeito mandão e a ouvir sussurrar um " tudo bem, mandona".

– Pau mandado. — Noah disse rindo.

– Noah! – Billy a repreendeu. – Tudo bem Demi, temos que ir. Noah esta de castigo e não deve ficar muito tempo fora de casa.

– De castigo? – Franzi o cenho. – Por quê?

– Olha em minha defesa, aquela garota homofóbica tirou a minha paciência... Pensando bem não tem como tirar de mim uma coisa que eu não tenho. – Noah respondeu bufando logo em seguida.

– Que garota? – Miley perguntou.

– A gente estava no shopping e só foi eu e Billy darmos as costas que Noah jogou sorvete e terra no cabelo e na roupa de uma menina. – Tish respondeu.

– Ah por favor né?! Eu estava ficando com uma garota linda e uma menina idiota interrompeu o meu momento só para me xingar e me chamar de lésbica nojenta! E ainda por cima xingou a coitada da garota que eu estava ficando. Vocês tem que concordar que ela mereceu, na verdade ela mereceu pior.

– Boa Noah! Essa sim é a minha irmã. Ela mereceu e muito. – Miley disse e eu belisquei o seu braço. Mas tenho que concordar a menina mereceu mesmo.

— Não importa, o que importa é que você esta de castigo até quando nos decidimos. – Billy disse. – Agora vamos, Demi precisa descansar e você vai para casa e cumprir o seu castigo.

– Argh que saco! – Noah exclamou.

– Não reclama. Nos vemos depois. – Tish disse e em seguida sentir ela beijar a minha testa e Billy acariciar o meu cabelo. Amo o jeito que eles me tratam. Não é atoa que eu considero eles como o seu segundos pais.

– Tchau meninas.

– Tchau. – Eu e Miley respondemos juntas e em seguida ouvi a porta ser fechada.

– Acabou o brigadeiro? – Perguntei depois que ficamos em silêncio.

– Sim, mas eu posso fazer mais. – Ela pegou a minha mão e andando acredito até a cozinha. Ela soltou a minha mão e depois ouvi barulhos de panelas batendo em algo ou uma na outra.

Procurei a bancada e me sentei nela esperando ela fazer o brigadeiro. Depois de algum tempo já estava pronto e eu já podia sentir o cheiro maravilhoso do doce.

– É melhor deixarmos esfriar um pouco. – Miley segurou a minha cintura ficando entre as minhas pernas. Ela começou a beijar o meu pescoço e apertar a minha cintura nos deixando mais coladas.

Os nossos toques e carícias já estavam esquentando quando ouvimos a campainha. Miley se afastou de mim bufando e sai da cozinha resmungando. Fiquei esperando ela voltar e depois de alguns minutos ela volta mais brava do que antes.

– Quem era?

– Ninguém. – Ela voltou a beijar o meu pescoço, mas a empurrei de leve a fazendo parar.

– Miley, quem era? – Perguntei com o tom mais firme. Ela suspirou me abraçou.

– Ariana. – Disse com a voz abafada por ter o rosto escondido em meu pescoço. Me mexi desconfortável na bancada ao ouvir esse nome. Não é que eu não gosto dela, mas é que ela estava com Miley quando tudo aconteceu... Esta bem eu estou com ciúmes sim e muito, mas ela não precisa saber disso. – Vai dizer nada? – Tirou a cabeça na curva do meu pescoço e acariciou o meu rosto.

– O que ela queira? – Fechei os olhos sentindo o seu carinho.

– Conversar.

– Hum. – Foi tudo o que eu consegui dizer e ela soltou uma risada. – Que foi?

– Você esta com ciúmes. – Disse rindo.

– Não estou. – Digo bufando e desci da bancada mas ela me ergueu me fazendo sentar novamente na bancada e me prendeu com o seu corpo.

— Eu não estou perguntando, eu estou afirmando.

– Esta bem, eu estou com ciúmes sim. – Suspirei. – Mas porque você é só minha.

– Só sua? – Perguntou em um tom provocante e me puxou para mais perto dela.

– Sim, minha e de mais ninguém. E coitada da mulher que pensar em te olhar de outra forma. – Passei os meus braços pelo o seu pescoço e a puxei para mais perto. Agora os nossos corpos estão literalmente colados.

– Minha pequena, você sabe que eu sempre fui sua. – Deu um beijo rápido em meus lábios. – E nunca deixei de ser. – Me beijou de novo.

– Acho bom, porque... – A beijei com calma. – Essa boca é minha. – Digo com os meus lábios ainda colados nos seus e depois desci os meus beijos para o seu pescoço e a ouvi suspirar. – Esse pescoço é meu.

 Minha mão entrou de baixo da sua blusa e sorri quando senti ela se arrepiar com os meus toques.

Meus dedos escalaram sua barriga até chegar em seus seios cobertos pelo o sutiã e apertei fazendo-a arfar em meu pescoço.

– Esses seios são meus. – Sussurrei em seu ouvido. Minhas mãos desceram arranhando sua barriga e cintura. – Essa barriga é minha.

Desci as minhas mãos e já podia sentir a sua pele quente.

Fui descendo até parar na sua bermuda apertada, onde com calma desabotoei os botões. 

– E ele... – Minha mão invadiu sua bermuda e apertei seu pau por cima da cueca. – Só pode estar dentro de mim. – Sussurrei e a beijei novamente só que desta vez o beijo era mais apressado. 

Senti as suas mãos segurar a minha cintura de forma possessiva como se ela tivesse dizendo para mim que eu também a pertenço. E com toda certeza ela está certa.

Seus lábios desceram para o meu pescoço e depois desceram mais um pouco, parando um pouco a cima dos meus seios, onde ela chupou e mordeu aquela região me fazendo arquear as costas e arranhar a sua nuca.

Miley tocava o meu corpo com maestria, suas mãos ages tocavam cada parte do meu corpo me fazendo arrepiar e seus lábios em minha pele era umas das melhores sensações que eu já senti. Nunca necessitei de alguém como eu necessito dela nesse momento, não só nesse momento como em todos quando ela me toca como só ela sabe.

— Miley... — Fui interrompida pela campainha, mas parece que Miley nem se importou com isso. 

Sua mão entrou por baixo da minha blusa e ela repousou a sua mão em cima do meu seio  coberto pelo o meu sutiã enquanto a outra sua mão ainda segurava a minha cintura de forma possessiva e acabei soltando um gemido quando ela apertou o meu seio.

A campainha soou novamente na casa e abri os olhos me despertando, mas Miley não parou de beijar e tocar o meu corpo.

– Que... Querida... – Gemi quando ela levantou o meu sutiã e seus dedos começaram a brincar com o meu mamilo, mas a campainha não parava de tocar. – Mi-Miley... Tem gente na... Na porta. – Ela nem me ouviu. Toquei o seu ombro e a afastei um pouco de mim. – Miley... Pode ser algo importante. – Ouvi o seu bufo e resmungou algum palavrão me fazendo rir.

– Seja lá quem for eu vou xingar por ter nos atrapalhado. – Aposto que ela esta fazendo biquinho agora.

– Eu aposto que sim. – Digo rindo e arrumei o meu sutiã. – Mas prometo que vamos terminar o que começamos depois, ok? – Ela murmurou um "ok" e me deu um selinho antes de eu não sentir o calor do seu corpo perto de mim mais.

Fiquei ali sentada esperando ela voltar e não demorou muito para ela estar entre as minhas pernas novamente e estranhei do fato ela estar tão quieta e calada, Miley parecia tensa.

– Miley? – Toquei a sua mãos que estava em cima da linha coxa. – Quem era?

– Ah... Era a Dianna. – Assim que ouvi esse nome o meu corpo congelou e senti a minha garganta ficar seca. – Ela... Ela veio avisar que Steven não vem visitar a gente hoje, pois ela foi no aeroporto buscar a sua filha que veio do Brasil e também... Dianna nos convidou para um jantar... Eu não entendi muito bem mas... Mas parece que ela estava... Arrependida? – Ela disse a última frase como uma pergunta, como se ela tivesse com dúvida e surpresa. Suspirei e apertei a sua mão que estava em cima da minha coxa.

Arrependida... Não, ela não esta arrependida. Conheço a minha mãe e sei que quando ela coloca uma ideia em sua cabeça não tem ninguém que tire, esse jantar não deve ser um pedido de desculpas. Mas e se ela estiver realmente arrependida? Eu realmente não sei.

– E o que você disse? – Perguntei engolindo em seco.

– Bom... Eu disse que vamos pensar e que eu ia conversar com você. – Miley respondeu calma porém com a voz um pouco trêmula.

– Certo... – Suspirei acariciando a sua mão. Não sei o que pensar. Ir ou não ir para esse jantar? Eu realmente não sei o que pensar, eu estou com medo, mas a curiosidade fala mais alto. O que ela quer na verdade? Tantas perguntas. Acho que não vai acontecer nada, ela não vai poder fazer nada pois não vamos estar sozinhas nesse jantar.

– Tudo bem? – Miley perguntou interrompendo os meus pensamentos. Assenti com a cabeça sentido o seu carinho em meu rosto. – Que tal conversamos sobre isso depois e concentrarmos só na gente? – Ela se afastou de mim e logo ouvi a voz de Ed Sheeran ecoar na cozinha junto com a guitarra em um ritmo calmo.

Perfect. É uma das nossas músicas preferidas, não por ela ter um ritmo bom e letras bonitas mas sim porque ela define o que sentimos uma pela a outra, revelando os nossos sentimentos em música.

– Concede essa dança, senhorita Lovato? – Disse de um jeito meio estranho me fazendo rir. Concordei com a cabeça e a sua mão segurou a minha me ajudando a descer da bancada.

Senti a sua mão na minha cintura me puxar para ela com calma e a outra se entrelaçou com a minha, deitei a minha cabeça em seu ombro e repousei a minha mão no mesmo e começamos a balançar o corpo no ritmo da música e nossas mãos entrelaçadas acompanhou os nossos corpos.

É tão bom estar em seus braços. Com esse simples gesto ela me fez esquecer de Dianna, fez com que eu me concentrasse apenas no amor que sinto por ela. Tudo é tão perfeito. Os nossos corpos balançando ao som da música, seu aperto em minha cintura, sua respiração batendo na curva do meu pescoço e meu coração batendo ao ritmo da música, sentido cada palavra da música, cada frase, cada letra, definindo o meu sentimentos por ela.

Miley ficou cantando baixinho em meu ouvido acompanhando a música e eu não parava de sorrir. Deus ela é tão perfeita! Eu queria tanto ter me apaixonado por ela antes, só para passar mais momentos como esses. Nunca me senti tão bem ao lado de alguém, é algo inexplicável. Cada segundo que passo com ela faz parecer uma eternidade, e é aí que eu percebo que o que sentimos é eterno, o nosso amor é eterno.

– Miley o que você fez comigo? — perguntei levantando a minha cabeça do seu ombro.

– Quê? – Perguntou rindo.

– O que você você fez comigo? Você é tão perfeita, tão boa para mim que as vezes acho que eu não te mereço. Em pouco tempo você mexeu comigo de uma forma inexplicável, sinto que não consigo nada sem você, sinto que você é mais do que suficiente para mim. Eu nunca amei ninguém da mesma forma que te amo, tão bom, tão intenso, tão simples e perfeito. – Ela não disse nada, apenas riu e me afastou dela girando o meu corpo e voltou a abraçar a minha cintura e entrelaçar as nossas mãos. Escondi o meu rosto na curva do seu pescoço e respirei fundo inalando o seu perfume, e o nossos braços que balançavam junto com os nossos corpos, agora estavam entre nós, entre nossos peitos enquanto a outra sua mão continuava em minha cintura, me mantendo firme ali.

– Apenas estou te amando, minha pequena. – Sussurrou em meu ouvido me fazendo arrepiar. – Como você merece ser amada. – Sorri e me aconcheguei mais em seus braços. Fechei os olhos e aproveitei aquele momento. A música já tinha acabado mas não queríamos nos afastar, parecia que tinha um imã entre nós.

– We are still kids, but we're so in love. (Ainda somos crianças, mas nos amamos muito) Fighting against all odds. (Lutando contra tudo e contra todos) I know we'll be alright this time. (Sei que ficaremos bem desta vez) – Sussurrei uma parte da música e a senti me apertar mais em seus braços. De uma coisa eu sei, pode vir o que vier mas estaremos juntas lutando contra tudo e contra todos. 


Notas Finais


É meio estranho fazer esses tipos de capítulos porque eu não sou nem um pouco romântica, então tento o máximo possível deixar tudo tão... Romântico Kkkkkk

Mas enfim... Vocês podiam dar opções de nomes para o bebê de Demi? Eu realmente não consigo pensar em nenhum nome.

E quem quiser ouvir a música esse é link da música com a tradução.
https://youtu.be/KDqd5j-umk0 (obs... recomendo)

Espero que tenham gostado e desculpem qualquer erro.


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